Estado de São Paulo continua a ser o mais populoso do Brasil

De acordo com os primeiros resultados do Censo 2022, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro permanecem como os estados mais populosos do Brasil. Em conjunto, esses três estados abrigavam 39,9% da população do país. São Paulo, o mais populoso entre eles, contava com 44,4 milhões de habitantes, representando cerca de um quinto da população brasileira (21,8%).

No entanto, Roraima continua sendo o estado menos populoso, com uma população de 636,3 mil habitantes, mesmo tendo registrado a maior taxa de crescimento anual ao longo de 12 anos (2,92%). Os estados com menor número de habitantes a seguir foram Amapá, com 733,5 mil, e Acre, com 830 mil.

Em 2022, catorze estados, juntamente com o Distrito Federal, experimentaram taxas de crescimento anual acima da média nacional de 0,52%. Além de Roraima, que registrou a maior taxa de crescimento de 2,92%, com sua população aumentando de 450.479 em 2010 para 636.303 em 2022, destacaram-se também Santa Catarina (1,66%), Mato Grosso (1,57%), Goiás (1,35%), Amazonas (1,03%) e Acre (1,03%) em termos de crescimento populacional.

Por outro lado, entre os estados com menor crescimento (variação de 0,1% ou menos), encontramos o Rio de Janeiro, o terceiro estado mais populoso do país, com um crescimento de apenas 0,03%. A população fluminense aumentou de 15,9 milhões em 2010 para 16,1 milhões em 2022. Além disso, os estados de Alagoas (0,02%), Bahia (0,07%) e Rondônia (0,10%) também apresentaram um crescimento populacional relativamente baixo.

Cerca de metade dos municípios brasileiros possuem uma população de até 10 mil habitantes

No Brasil, existem 5.570 municípios, e quase a metade (44,8%) desses municípios tinha uma população de até 10 mil habitantes em 2022, abrigando um total de 12,8 milhões de pessoas em 2.495 municípios. Por outro lado, a maior parte da população do país (57% do total) residia em apenas 319 municípios, o que demonstra que as pessoas estão concentradas em centros urbanos com mais de 100 mil habitantes, de acordo com a publicação.

Os 20 municípios com maior população no Brasil representavam 22,1% do total de habitantes, e desses, 17 eram capitais. Os outros três municípios incluídos nessa lista foram Guarulhos e Campinas, localizados em São Paulo, e São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A cidade de São Paulo ocupava o topo do ranking, com uma população de 11,5 milhões de habitantes, seguida pelo Rio de Janeiro com 6,2 milhões e Brasília com 2,8 milhões de habitantes.

Por outro lado, três municípios apresentavam uma população inferior a mil habitantes: Serra da Saudade, localizada em Minas Gerais, com 833 habitantes, Borá, em São Paulo, com 907 habitantes, e Anhanguera, em Goiás, com 924 habitantes. Os 20 municípios com menor população representavam apenas 0,01% do total da população.

Entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, aqueles que apresentaram o maior aumento percentual no número de habitantes foram Senador Canedo, localizado em Goiás, que viu sua população crescer de 84,4 mil em 2010 para 155,6 mil em 2022 (um crescimento de 84,3%), e Fazenda Rio Grande, no Paraná, cuja população aumentou de 81,7 mil para 148,9 mil (um aumento de 82,3%).

Por outro lado, entre os municípios com população acima de 100 mil pessoas, aqueles que registraram a maior redução percentual da população foram São Gonçalo, no Rio de Janeiro, com uma população de 896,7 mil habitantes (uma queda de 10,3%), Salvador (-9,6%) e Itabuna (-8,8%), ambos na Bahia. A capital baiana viu sua população diminuir de 2,7 milhões para 2,4 milhões durante o período intercensitário.

De acordo com Claudio Stenner, diretor de geociências do IBGE, a diminuição da população nas metrópoles é algo sem precedentes no país. Ele destaca que muitas vezes o município central da metrópole experimenta uma redução populacional, enquanto as cidades vizinhas registram um aumento. Isso está relacionado à expansão do tecido urbano para além dos limites municipais, uma vez que os municípios se expandem para novas áreas devido ao esgotamento do espaço disponível. Essa é uma parte essencial para explicar esse fenômeno, afirma Stenner.

Em termos absolutos, as três cidades com mais de 100 mil habitantes que apresentaram o maior aumento populacional são todas capitais. Um destaque vai para Manaus, no Amazonas, que viu sua população crescer de 1,8 milhão para 2,1 milhões, um acréscimo de 261,5 mil pessoas ao longo de 12 anos. No mesmo período, Brasília, a capital federal, teve um aumento de 246,9 mil habitantes, enquanto São Paulo registrou um crescimento de 197,7 mil habitantes.

Dentre as diminuições, levando em conta os valores absolutos, também se destacam Salvador, com uma queda de 257,7 mil pessoas, e São Gonçalo, com uma diminuição de 102,9 mil habitantes. Esses municípios se destacaram na redução percentual entre aqueles com mais de 100 mil habitantes. Além disso, a cidade do Rio de Janeiro foi o segundo município que registrou a maior perda populacional desde 2010, com uma diminuição de 109 mil habitantes.

Aproximadamente 124 milhões de pessoas residem em áreas urbanas densamente povoadas.

Em 2022, a população residente em concentrações urbanas, que consistem em agrupamentos populacionais ou municípios isolados com mais de 100 mil habitantes, era de 124,1 milhões. Os agrupamentos populacionais são compostos por municípios altamente integrados, muitas vezes conurbados. Essa união de cidades forma unidades espaciais, como o caso da cidade de São Paulo, que serve como núcleo de uma concentração urbana composta por 37 municípios. Outros exemplos de concentrações urbanas no país incluem Belo Horizonte, em Minas Gerais, que agrega 23 municípios, e o Rio de Janeiro, que engloba 21 municípios.

Em comparação aos dados do Censo 2010, a população residente em concentrações urbanas aumentou em 9,2 milhões de pessoas, o que representa uma parcela significativa do crescimento populacional do país. O Brasil possui 185 concentrações urbanas, sendo a maioria delas localizada na região Sudeste (80). Em seguida, temos as regiões Nordeste e Sul, cada uma com 37 concentrações urbanas. Por outro lado, existem 4.218 municípios com menos de 25 mil habitantes, onde aproximadamente 19,7% da população do país reside.