Relevo
O relevo representa o conjunto de formas que compõem a
superfície da Terra, como montanhas, planaltos, planícies e depressões. Essas
estruturas surgiram ao longo de milhões de anos e continuam passando por
transformações constantes devido à ação de diversos agentes naturais. A
litosfera, camada externa da Terra, abriga essas formas, que são estudadas pela
Geografia através da área chamada geomorfologia, responsável por investigar a
origem, evolução e características dessas feições.
As montanhas são as formas de maior altitude no relevo
terrestre. Elas são originadas principalmente pelos agentes internos, como o
tectonismo, que promove o choque e o deslocamento de placas, e o vulcanismo,
que libera magma à superfície. Apesar de também sofrerem com os agentes
externos, como a erosão, esses processos têm ação limitada nas áreas
montanhosas. As montanhas costumam apresentar encostas íngremes e altitudes
elevadas.
Os planaltos são formações com o topo plano e bordas
elevadas. São constantemente modificados por agentes externos, como a água e o
vento, que esculpem suas feições. Chapadas são exemplos dessas formas.
No Brasil, os planaltos predominam e caracterizam boa parte do território
nacional. Apesar das altitudes elevadas, sua superfície é bastante trabalhada
pela erosão.
As depressões se destacam por estarem situadas em altitudes
mais baixas que as regiões ao seu redor. São moldadas, principalmente, pelos
agentes externos, especialmente pela erosão, que desgasta a superfície, criando
áreas rebaixadas e irregulares. Esses ambientes apresentam dificuldades para o
desenvolvimento de atividades econômicas devido à sua topografia acidentada.
As planícies, por sua vez, são áreas de baixíssima altitude
e geralmente localizadas próximas a rios, lagos ou oceanos. Elas se formam a
partir da deposição de sedimentos transportados por agentes como a água. Esse
processo constante de acúmulo de materiais dá origem às superfícies planas e férteis,
favoráveis à agricultura e à ocupação humana.
Os agentes responsáveis pela formação e modificação do
relevo são classificados em internos e externos. Os internos, como o tectonismo
e o vulcanismo, agem a partir do interior da Terra, criando novas formas. Já os
externos, como a chuva, o vento e a ação do homem, modelam essas formas através
de processos como a erosão, a sedimentação e o intemperismo, transformando
continuamente a paisagem terrestre.
Classificação do relevo brasileiro segundo Aziz Nacib Ab’Saber (1958)
De acordo com essa classificação, as planícies são áreas
mais ou menos planas onde os processos de sedimentação são superiores aos
processos de erosão. Os planaltos são áreas irregulares onde os processos de
erosão são superiores aos processos de sedimentação. As áreas de planaltos
correspondem a 75% e as áreas de planícies a 25% do território brasileiro.
A classificação de Ab’Saber apresentou 10 unidades de
relevo: Planalto das Guianas, Planície e Terras Baixas Amazônicas, Planalto
Central, Planalto do Maranhão-Piauí, Planalto Nordestino, Planície do Pantanal,
Serras e Planaltos do Leste e Sudeste, Planícies de Terras Baixas Costeiras,
Planalto Meridional e Planalto Uruguaio Sul-Rio-Grandense.
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