1. (EFOA MG/2000) A data de 1º de maio tornou-se mundialmente consagrada ao Dia Internacional da Solidariedade aos Trabalhadores, ou “Dia do Trabalho”, devido a qual fato histórico?
a) Rebelião dos escravos no Haiti em 1791.
b) Publicação do “Manifesto Comunista” por Marx e Engels em 1848, na Alemanha.
c) Eclosão da “Comuna de Paris”, em 1871.
d) Implantação da “Ditadura do Proletariado” na URSS, em 1917.
e) Tragédia de Chicago (EUA), em 1886, quando uma greve geral pela jornada de 8 horas foi violentamente reprimida.


2. (FUVEST SP/1998) “Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural costuma empregar o seu em despesas. Um frequentemente vê seu dinheiro afastar-se e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus empreendimentos...”
(Adam Smith, A Riqueza das Nações, Livro III, capítulo 4)
Neste pequeno trecho, Adam Smith:
a) contrapõe lucro a renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos.
b) mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval.
c) defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo.
d) critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com a ostentação de riquezas.
e) expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII.


3. (FUVEST SP/2001) "Com efeito, a política científica evidencia que a separação entre o poder espiritual e o poder temporal é a condição indispensável de toda Ordem e de todo Progresso na sociedade moderna."
Miguel Lemos, Rio de Janeiro, 1890
As afirmações apresentadas no texto correspondem às ideias:
a) evolucionistas
b) positivistas
c) católicas
d) românticas
e) republicanas


4. (FUVEST SP/2002) Segundo Marx e Engels, há períodos históricos em que as classes sociais em luta se encontram em tal equilíbrio de força que o poder político adquire um acentuado grau de independência em relação a elas. Foi o que aconteceu com:
a) a Monarquia absolutista, em equilíbrio entre nobreza e burguesia.
b) a Monarquia feudal, em equilíbrio entre guerreiros e camponeses.
c) o Império romano, em equilíbrio entre patrícios e plebeus.
d) o Estado soviético, em equilíbrio entre capitalistas e proletários.
e) o Estado germânico, em equilíbrio entre sacerdotes e pastores.


5. (GAMA FILHO RJ/1995) O processo de unificação da Alemanha (1870) e da Itália (1871) identificou-se com o fortalecimento, nesses países, das ideias:
a) católicas.
b) comunistas.
c) fisiocratas.
d) nacionalistas.
e) socialistas.


6. (UEL PR/2001) “[O indivíduo], orientando sua atividade de tal maneira que sua produção possa ser de maior valor, visa apenas o seu próprio ganho e, neste, como em muitos outros casos, é levado como que por uma mão invisível a promover um objetivo que não fazia parte de suas intenções. (...) Ao perseguir seus próprios interesses, o indivíduo muitas vezes promove o interesse da sociedade muito mais eficazmente do que quando tenciona realmente promovê-lo."
(SMITH, A. A riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 379-380).
Sobre o liberalismo, considere as seguintes afirmativas:
I - O liberalismo econômico, cujos princípios, como o livre comércio, a propriedade privada e a lei de mercado, favoreceram o desenvolvimento do capitalismo, teve em Adam Smith um de seus principais fundadores.
II - A sistematização das análises econômicas no livro História da riqueza das nações contribuiu para a definição da economia como ciência.
III - No trecho acima, Adam Smith denunciou os males do individualismo e do egoísmo econômico.
IV - A “mão invisível” citada por Adam Smith é uma metáfora que pode ser substituída pela definição liberal de mercado.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
c) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
d) Apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.



7. (UEL PR/2001) “No âmbito da vida política, os Estados nacionais emergentes da luta anticolonial tiveram que enfrentar dois problemas imediatos. Por um lado, assegurar o aparecimento da sociedade de mercado, requisito fundamental para a consolidação do crescimento econômico e para a acumulação nacional da riqueza. De outro lado, a ruptura do pacto colonial requereu um novo estatuto jurídico-político, representado pelo estabelecimento de regras constitucionais que assegurassem liberdade, porém que ao mesmo tempo contivessem o assédio ao poder dos grupos locais”
(ADORNO, S. Nos limites do direito, nas armadilhas da tradição. In: COGGIOLA, O. (org.) A Revolução Francesa e seu impacto na América Latina. São Paulo: EDUSP; Brasília: CNPq, 1990. p. 184.)
Os dois problemas apontados no texto referem-se ao período de formação dos Estados da América Hispânica. Entre os fundamentos que embasaram as novas regras políticas e econômicas nesse processo, considere os seguintes:
I. O liberalismo, base teórica do capitalismo, que preconiza a liberdade de ação do mercado em relação ao Estado.
II. O anarquismo revolucionário de Bakunin, que propõe a derrubada de todos os governos.
III. O "Contrato Social", de Rousseau, que sugere um regime de igualdade jurídica oferecido por um Estado de bases democráticas.
IV. A "Declaração da Independência dos Estados Unidos da América", que enunciou uma filosofia política cuja essência é a ideia de soberania popular.
V. O "Manifesto Comunista", de Karl Marx e Friedrich Engels, que traça o desenvolvimento da sociedade de classes até o início do capitalismo moderno.
Assinale a alternativa que enumera apenas elementos que influenciaram as políticas dos Estados hispano-americanos em formação.
a) I, III e V.
b) II, III e IV.
c) III, IV e V.
d) I, III e IV.
e) I, IV e V.


8. (UERJ/1994) No início do século XIX, reformistas como Santi Simon e Robert Owen propuseram atenuar os males causados pelo fortalecimento da ordem burguesa sobre os operários e distribuir melhor a riqueza.
Como esperassem medidas humanistas dos governos burgueses, Karl Marx chamou-os de:
a) sociais democratas
b) socialistas utópicos
c) sindicalistas radicais
d) comunistas ortodoxos
e) anarquistas românticos


9. (UFC CE/2002) A respeito do anarquismo, é correto afirmar que:
a) como doutrina, defendia a necessidade de eliminar qualquer forma de intervenção estatal.
b) seus teóricos defendiam a intervenção do Estado na economia com o apoio do operariado.
c) condenava a violência como meio de ação, angariando, assim, o apoio da Igreja Católica.
d) a sua difusão representou a primeira ruptura surgida no partido comunista da Rússia.
e) o movimento restringiu-se aos países da América do Sul.


10. (UFJF MG/1997) "... o indivíduo é o soberano de seu próprio corpo e de sua própria mente (...) a única razão que justifica o exercício do poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra a sua vontade, é impedir danos a outros".
Este trecho foi extraído do livro Da liberdade, de John Stuart Mill, um dos maiores expoentes do Liberalismo no século XIX.
Leia as afirmativas abaixo e, em seguida, marque a alternativa CORRETA:
I. O Liberalismo encontra suas raízes no pensamento iluminista, uma vez que ambos sustentam que o Estado deveria acumular amplos poderes para
garantir o bem-estar da comunidade através de reformas sociais.
II. De acordo com o pensamento liberal, quando as pessoas são livres para agir em interesse próprio, elas produzem mais, o que estimula a atividade econômica e conduz à prosperidade da nação.
III. É próprio do pensamento liberal a defesa da igualdade civil e da liberdade individual.
a) I e II estão corretas;
b) II e III estão corretas;
c) I e III estão corretas;
d) todas estão corretas;
e) todas estão erradas.



11. (UFMG/1995) Marx, em A Sagrada Família, afirmou que o golpe de 18 de Brumário de 1799 instaurou um regime o qual “concluiu o Terror, pondo no lugar da revolução permanente a guerra permanente”.
Todas as alternativas contêm referências corretas relativas a essa afirmação EXCETO:
a) A concentração de um poder ditatorial nas mãos de Napoleão Bonaparte.
b) A repressão interna desencadeada pelo novo regime sobre opositores do golpe.
c) As constantes jornadas militares externas empreendidas por Napoleão.
d) As proibições impostas à burguesia no campo associativo.
e) As severas interdições que limitaram a liberdade da imprensa francesa.



12. (UFMG/1996) Todas as alternativas apresentam princípios do anarquismo, EXCETO:
a) A afirmação das cooperativas coletivas em detrimento da propriedade privada.
b) A desnutrição do Estado europeu e de seu aparato burocrático e repressivo.
c) A supressão dos partidos políticos e a defesa da liberdade individual.
d) O gerenciamento da sociedade pelas várias organizações de classe.


13. (UFMG/1998) Leia o texto.
“A fome parece ser o último, o mais horrível recurso da natureza. O poder da população é tão superior ao poder da terra em prover subsistência (...) que a morte prematura, com uma aparência ou outra, tem que visitar a raça humana. Os vícios da humanidade são ativos e habilidosos agentes de despovoamento (...). Mas caso eles falhem na sua missão de extermínio, doenças endêmicas, epidêmicas, pestes e pragas surgirão em terríveis sucessões ceifando milhares e dezenas de milhares de vidas.”
As ideias presentes na citação acima podem ser identificadas com
a) o darwinismo social, que entende que na luta pela sobrevivência os mais fracos serão eliminados pelos mais fortes e aptos.
b) a teoria malthusiana, segundo a qual a população aumenta em razão geométrica, enquanto que a produção de alimentos cresce em progressão aritmética.
c) o nazismo, que propunha o extermínio dos degenerados e raças inferiores como forma de manter a pureza racial.
d) o discurso médico-higienista, que propunha uma melhoria nas condições sanitárias e de habitação para reduzir a incidência de doenças infectocontagiosas.


14. (EFOA MG/2001) O Liberalismo Econômico se constituiu numa doutrina política do capitalismo industrial e financeiro. Qual das alternativas abaixo não reflete um de seus princípios fundamentais?
a) Fortalecimento do mercantilismo.
b) Livre concorrência.
c) Defesa da propriedade privada.
d) Explicação científica dos fatos econômicos.
e) Liberdade de contrato.



15. (UFTM MG/2001) Problemas econômicos estimularam o crescimento dos partidos de esquerda no início do século XX e evidenciaram as deficiências das democracias liberais.
Como resposta a essa situação, parte da burguesia europeia:
a) Defendeu a planificação da economia nos moldes da URSS.
b) Repudiou o nacionalismo, a militarização e a hierarquia social.
c) Condenou a ascensão da direita e o direito à propriedade privada.
d) Apoiou regimes fascistas baseados no fortalecimento do Estado.
e) Destacou o comunismo como solução viável para a crise.


16. (UFRN/1999) Leia o fragmento seguinte, cuja referência bibliográfica foi intencionalmente omitida.
A burguesia não forjou apenas as armas que lhe trarão a morte, produziu também os homens que empunharão essas armas: os operários modernos, os proletários. A queda da burguesia e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis. Os proletários nada têm a perder, a não ser as próprias cadeias. E têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países, uni-vos. [adaptação]
As ideias contidas nesse fragmento são representativas do(a)
a) Tratado de Versalhes, que criou uma série de determinações, visando enfraquecer o poder da burguesia na Europa.
b) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que se colocou contra a sociedade, a qual mantinha privilégios exclusivos da burguesia.
c) Doutrina Monroe, que consolidou a autonomia latino-americana, propondo a união dos povos americanos.
d) Manifesto Comunista, que esboçou as proposições que se tornaram o alicerce do movimento comunista internacional.


17. (UFOP MG/1996) As ideias socialistas, difundidas ao longo da primeira metade do século XIX ampliaram muito as reivindicações liberais por governos constitucionais e por participação democrática, defendendo ainda a construção de uma nova sociedade fundada no espírito de cooperação e planejamento para fazer frente aos males surgidos com a industrialização.
São características do socialismo utópico da primeira metade do século XIX, exceto:
a) Teve como principais pensadores, divulgadores e implantadores de sociedades comunais os franceses Henri de Saint-Simon e Charles Fourier além do inglês Robert Owen.
b) O sant-simonismo apregoava a substituição da elite clerical e aristocrática no poder por uma nova elite de cientistas e industriais mais apta a governar e a planejar a sociedade de acordo com as necessidades da nova era industrial.
c) O socialismo utópico era hostil a todo e qualquer fundamento da sociedade industrial, propondo a constituição de pequenas comunidades agrárias, como as fundadas por Fourier e Owen.
d) As comunidades planejadas por Fourier chamavam-se falanstérios, e deveriam agrupar em torno de 1600 pessoas, sendo que, em meados do século XIX, haviam sido implantadas 29 dessas comunidades nos Estados Unidos.
e) O proprietário de fábricas e reformador infantil, recusando-se a contratar crianças abaixo de 10 anos, criando ainda um programa especial de ensino para crianças.



18. (UFOP MG/1998) O liberalismo, o socialismo e o anarquismo foram alguns dos ideais que colocaram milhões de pessoas em luta no século XIX.
Com respeito a essa questão, assinale a opção correta:
a) O liberalismo tinha, nessa época, como principal reivindicação a presença mais incisiva do aparato administrativo estatal na combalida economia europeia.
b) A principal diferença entre o socialismo e o anarquismo era quanto ao papel do Estado na sociedade, já que o socialismo defendia uma atuação destacada, enquanto o anarquismo queria um papel secundário de manutenção da ordem social.
c) Através da grande atuação de Bismarck, a Alemanha se unificou nos anos 70 do século XIX, com evidente inspiração socialista na ordem política promovida pelo seu líder.
d) Os ideais socialistas e comunista tiveram em Karl Marx e F. Engels seus principais formuladores, e sua atuação teve grande impacto nas políticas de diversos Estados europeus da época.
e) A França, durante o século XIX, viveu sob a forma republicana de governo, com o liberalismo dominando sem resistência o cenário político-institucional.


19. (UNIPAR PR/2002) Os prognósticos do pensador liberal Thomas Robert Malthus com relação à demografia poderiam ser sintetizadas a partir da ideia de que:
a) As novas técnicas trazidas pela Revolução Industrial abriam novas perspectivas para solucionar o problema da fome no mundo.
b) As Guerra deveriam ser evitadas para não consumir uma preciosa mão-de-obra necessária à produção de alimentos, assim como as pestes poderiam ser previstas pelo desenvolvimento técnico da sociedade.
c) Os trabalhadores urbanos deveriam ter salários mais dignos para se alimentarem adequadamente e tornarem-se mais produtivos na atividade manufatureira contribuindo para o enriquecimento da nação.
d) A produção de alimentos deveria ser estimulada naqueles países que apresentassem vantagens comparativas como terras e clima para aumentar a produção e evitar situações de falta de alimentos.
e) A população cresce numa progressão geométrica enquanto a produção de alimentos cresce numa progressão aritmética, tornando a falta de alimentos uma situação constante, uma fatalidade para a humanidade.


20. (UEG GO/2005) O movimento operário europeu conheceu, durante o século XIX, períodos de ascensão e refluxo, vinculados, em certa medida, ao emprego progressivo de máquinas no processo produtivo, que levou à substituição gradual da mão-de-obra operária.
Com base no exposto, julgue as proposições que se seguem:
I. O ludismo, no início do século XIX, propunha-se a resolver o problema da miséria social através da destruição do maquinário. Essa iniciativa possibilitou a resolução parcial da crise, visto que os trabalhadores foram beneficiados com leis mais flexíveis no que se refere à redução de sua carga de trabalho.
II. O cartismo, movimento popular que reivindicava reformas nas condições de trabalho e direitos políticos para os trabalhadores, representou uma das primeiras manifestações organizadas do operariado inglês.
III. As revoluções de 1848 representaram uma novidade para o panorama político europeu, resultando na emergência de ideologias políticas heterogêneas, tais como nacionalismo, liberalismo e socialismo.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.
b) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) Apenas a proposição I é verdadeira.
e) Todas as proposições são verdadeiras.


21. (Mackenzie SP/2002) O socialismo é a etapa de desenvolvimento social que começa com o triunfo da revolução proletária. Trata-se de uma etapa que surge diretamente do capitalismo e durante a qual se ajustam e se transformam os elementos herdados do passado. Durante essa etapa, vão desaparecendo os elementos negativos e vão-se fortalecendo os elementos que conduzem ao comunismo.
Marta Harmecker
O conceito de socialismo, a que se refere a autora do fragmento acima, NÃO pressupõe:
a) a exclusão da propriedade privada dos meios de produção e a ditadura do proletariado no campo político.
b) a supressão da propriedade privada individual dos bens de consumo e de subsistência.
c) a abolição da propriedade privada e controle dos produtores sobre os frutos de seu trabalho.
d) a substituição do regime capitalista de produção.
e) a propriedade social e a planificação dos meios de produção.



22. (UFTM MG/2005) No livro A Riqueza das Nações, Adam Smith (1723-1790) lançou as bases do liberalismo econômico, cujas características são
a) a agricultura como fonte de riqueza do país e a livre empresa.
b) o livre mercado e as restrições à propriedade privada.
c) a intervenção do Estado na economia e o livre comércio.
d) o trabalho como fonte de riqueza e a liberdade de concorrência.
e) a liberdade de produção e o protecionismo alfandegário.



23. (UEPB/2005) Considere as proposições a seguir:
I. Adam Smith defendeu a ampla liberdade econômica e negou ao Estado o direito de intervir na economia. Na prática, no entanto, os países capitalistas cujo desenvolvimento foi posterior ao da Inglaterra, acabaram não adotando na íntegra o receituário da Escola Clássica, protegendo suas economias com barreiras alfandegárias.
II. O subdesenvolvimento, fenômeno que hoje atinge principalmente países da América Latina e África não tem relação com a divisão internacional do trabalho.
III. O advento do núcleo industrial na Europa do século XVIII provocou uma ruptura na economia mundial do período e condicionou o desenvolvimento subsequente de muitos países que, na maior parte das vezes, se limitaram a participar das linhas de comércio.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I está correta.
b) Apenas III está correta.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão corretas.


24. (FGV/2001) Na distinção entre socialistas utópicos e socialistas científicos, são representantes dos primeiros:
a) L. Blanc, R. Owen e M. Bakunin;
b) C. Fourier, Saint-Simon e F. Engels;
c) M. Bakunin, Proudhon e A. Bebel;
d) R. Owen, F. Engels e A. Bebel;
e) L. Blanc, Saint-Simon e Proudhon.


25. (PUC PR/2003) “Toda riqueza é criada pelo trabalho. O capital nada cria, mas ele próprio é criado pelo trabalho. O valor de todas as utilidades é determinado pela quantidade de trabalho necessária para produzi-las”.
(Burns, Edward McNalls – História da Civilização Ocidental, Globo, volume II, 1964.)
Conforme a ideologia marxista ou doutrina comunista, o texto exprime uma das suas premissas fundamentais:
a) à interpretação econômica da História.
b) ao materialismo dialético.
c) à doutrina da mais-valia.
d) à luta de classes.
e) à teoria da evolução socialista.


GABARITO


1. (UNIMONTES MG/2004) A mobilização dos trabalhadores e o movimento socialista cresceram a partir de meados do século XIX. Acerca dessa questão, é CORRETO afirmar que
a) a chamada I Internacional se caracterizou pela hegemonia dos anarquistas.
b) a III Internacional foi uma reação dos anarquistas à inércia política da II.
c) a I e II Internacionais eram revolucionárias e a III, reformista e burguesa.
d) a chamada II Internacional se caracterizou pelo predomínio dos socialdemocratas.


2. (UNIMONTES MG/2005) Quanto ao pensamento dos autores da Escola Clássica de Economia, é INCORRETO afirmar:
a) Os preços de mercado serão regulados pela lei da oferta e da procura.
b) As causas profundas da miséria humana residem no crescimento populacional sem controle.
c) O livre funcionamento da economia, embora mais produtivo, amplia as desigualdades sociais.
d) A verdadeira riqueza de uma nação provém do trabalho.


3. (Mackenzie SP/2006) Cada trabalhador tem para vender uma grande quantidade do seu próprio trabalho, além daquela que ele mesmo necessita; e pelo fato de todos os outros trabalhadores estarem na mesma situação, pode ele trocar grande parte de seus próprios bens por uma grande quantidade, ou – o que é a mesma coisa – pelo preço de grande quantidade de bens desses outros. Fornece-lhes em abundância aquilo de que carecem, e estes por sua vez, com a mesma abundância, lhe fornecem aquilo de que necessita; assim é que em todas as camadas da sociedade se difunde uma abundância geral de bens.
A Riqueza das Nações, 1776
Vocês se horrorizam com o fato de que queremos abolir a propriedade privada. No entanto, a propriedade privada foi abolida para nove décimos dos integrantes de sua sociedade; ela existe para vocês exatamente porque para nove décimos ela não existe.
Manifesto do Partido Comunista, 1848
Os trechos acima pertencem a duas obras clássicas do pensamento político e econômico moderno. Em suas páginas, definiram-se modos distintos de se encarar o mundo capitalista. Seus autores são, respectivamente,
a) Jean-Jacques Rousseau e Voltaire.
b) Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes.
c) Jean Bodin e David Ricardo.
d) Adam Smith e Karl Marx.
e) John Keynes e F. Engels.


4. (UEL PR/2005) Na segunda metade do século XIX, no limiar da Segunda Revolução Industrial e da expansão imperialista, o Brasil se olhava no espelho da civilização e, ao voltar-se para si mesmo, era nítido o contraste. Na galeria dos inconformistas reluzia uma corrente fecunda de pensamento liberal. De Tavares Bastos a Joaquim de Nabuco, de Raul Pompéia a Euclides da Cunha, de Lúcio Mendonça a Cruz e Sousa, de Luís da Gama a Lima Barreto, de André Rebouças a Manuel Bonfim, antecedidos por Castro Alves.
Sobre essa corrente liberal, analise as afirmativas a seguir.
I. O olhar daqueles intelectuais mudou de rumo e perspectiva. Impacientes com a estagnação política defendiam a indústria, o trabalho livre e a cidadania, desejosos de igualar o Brasil a outros países capitalistas.
II. Incluem-se, naquela corrente, os poemas sociais de Castro Alves – “Navio Negreiro” e “Vozes d’África” – que expuseram a indignação com o cativeiro do negro, em dissonância com a democracia e a liberdade da América, dando um espaço amplo de sentido e dignidade ao tema.
III. A imagem da natureza idílica, com suas exuberantes e pujantes matas e o céu azul anil do Brasil, propagada pelos inconformistas, reforçou o ufanismo da belle époque e dificultou os protestos e denúncias das mazelas de um povo dividido em raças e classes.
IV. Os políticos e ideólogos reformistas, adeptos da escravidão, combateram o Projeto da Lei do Ventre Livre, com argumentos de liberais ortodoxos, enfatizando a autonomia do paterfamílias perante o Estado Imperial, que estaria intervindo na esfera privada da família a quem, por direito de compra, pertencia o escravo.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III
c) II e IV
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.


5. (UEL PR/2005) A situação de miséria dos trabalhadores, no século XIX, estimulou pensadores e ativistas sociais a buscar “remédio” para os males sociais e a procurar nova s formas de organização da sociedade.
Para os socialistas utópicos, a superação desses males dar-se-ia por meio da:
a) Implantação de um estado que legitimasse a propriedade privada dos meios de produção.
b) Defesa dos ideais monarquistas.
c) Organização da classe trabalhadora em um partido único.
d) Ditadura do proletariado para se chegar à sociedade sem Estado.
e) Criação de uma sociedade igualitária entre os indivíduos.


6. (UESPI/2004) A vitória política da burguesia não impediu que formas de resistência ao capitalismo se fizessem presentes na sociedade europeia e se divulgassem pelo mundo.
As críticas de Karl Marx destacaram-se na análise crítica do sistema capitalista, pois:
a) ressaltam suas contradições e as desigualdades sociais que permanecem, apesar da produção das riquezas.
b) têm conteúdo basicamente em defesa da democracia operária e do sistema de poder descentralizado.
c) assumem princípios anarquistas, que defendem o fim do Estado e dos partidos políticos.
d) defendem o crescimento industrial, baseado em cooperativas, sob o controle de sindicatos.
e) não viram nenhum mérito no sistema capitalista, apenas ressaltando suas contradições políticas.


7. (PUC SP/2006) “Para nós, a autoridade não é necessária à organização social; ao contrário, acreditamos que ela é sua parasita, que impede sua evolução e utiliza seu poder em proveito próprio de uma certa classe que explora e oprime as outras. Enquanto houver harmonia de interesses em uma coletividade, enquanto ninguém quiser ou puder explorar os outros, não haverá marcas de autoridade; mas, quando surgirem lutas internas e a coletividade se dividir em vencedores e vencidos, então a autoridade aparecerá, autoridade que, naturalmente, estará a serviço dos interesses dos mais fortes e servirá para confirmar, perpetuar e reforçar sua vitória.”
(Enrico Malatesta. Textos escolhidos. Porto Alegre: LPM, 1984, p. 25)
O fragmento acima defende postura:
a) humanista: acredita na harmonia entre os homens e opõe-se a qualquer tipo de conflito social.
b) anarquista: rejeita a necessidade da autoridade e a vê como instrumento de poder e de dominação.
c) autoritária: concebe a autoridade como natural e exclui qualquer tentativa de utilizá-la na vida em comunidade.
d) socialista: critica a autoridade exercida pela classe dominante e defende o poder nas mãos dos trabalhadores.
e) liberal: celebra o valor universal da liberdade e recusa a imposição da vontade de uns sobre outros.


8. (PAES MG/2004) “Para quem sempre viveu numa sociedade como a nossa, a existência de uma grande parte da população desprovida de meios de produção e de subsistência pode parecer inteiramente ‘natural’. Nem sempre houve um proletariado ‘livre’, isto é, desprovido de recursos e, ao mesmo tempo, liberado de obrigações, podendo, portanto, vender sua força de trabalho para quem pagar por ela melhor preço. O proletariado livre, nesse duplo sentido, caracteriza um modo específico de produção. É de origem relativamente recente em termos históricos.”
(SINGER, Paul. A formação da classe operária. São Paulo: Atual, 1985, p. 10. Citado por RICARDO, ADHEMAR E FLÁVIO. História – 2. Belo Horizonte, LÊ, 1995, p.1. Adap)
Pode-se inferir do texto acima que
a) o trabalho assalariado, como forma predominante de trabalho no mundo, é exclusivo da ordem capitalista, inexistindo, por exemplo, na Idade Média.
b) o regime de trabalho assalariado prescinde da separação dos trabalhadores dos meios de produção para se consolidar.
c) a prática do trabalho assalariado é inerente à “raça” humana, por isso escapa às determinações sociais e históricas.
d) a ordem capitalista é a única capaz de garantir a liberdade dos trabalhadores, mesmo que limitada pelo domínio do grande capital.


9. (UFRRJ/2005) O texto a seguir se refere ao liberalismo econômico.
“A Escola de Manchester, conhecida também como Escola Clássica, desenvolveu o pensamento econômico dominante na época do capitalismo industrial e liberal. Coube a Adam Smith formular em “A Riqueza das Nações”, que foi publicado em 1776, as ideias iniciais do Liberalismo Econômico, igualmente defendido por Davi Ricardo” em “Princípios da Economia Política e do Imposto”, Thomas Robert Malthus em “Ensaio Sobre o Princípio da População” e Jean Baptiste Say em “Tratado de Economia Política”.
AQUINO, S. L. de A.; et alii. História das sociedades modernas às atuais. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1995, p. 1281.
A obra Riqueza das Nações (1776), fundamental na evolução do pensamento econômico, defendia, entre outras, a ideia de que
a) a grandeza de um Estado exige a planificação e o dirigismo econômico.
b) o trabalho é a fonte de riqueza, baseando-se no valor da lei da oferta e da procura.
c) a riqueza deve basear-se, fundamentalmente, na exploração dos recursos da natureza.
d) a “mais-valia” resultado da exploração do trabalhador deve ser suprimida.
e) a socialização dos meios de produção e distribuição aumentam a eficiência da economia.



10. (UEM PR/2006) "Paralelamente às propostas do socialismo utópico, que procuravam conciliar numa sociedade ideal os princípios liberais e as necessidades emergentes do operariado, surgiu o socialismo científico. Mediante a análise dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo, seus ideólogos propunham compreender a realidade e transformá-la."
(VICENTINO, C. História Geral. São Paulo: Scipione, 2002, p.298).
A respeito do Socialismo Científico, assinale a alternativa incorreta:
a) Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) foram os formuladores da tese do Socialismo Científico.
b) O texto Manifesto Comunista escrito por Marx e Engels foi o lançamento formal de uma nova proposta de sociedade que pretendia substituir a sociedade capitalista.
c) O Socialismo Científico previa que, após a tomada do poder pela classe operária, seria instalada a ditadura do proletariado e decretada a socialização dos meios de produção.
d) A mais-valia é um conceito utilizado por Karl Marx para designar o valor da riqueza produzida pelo operário além daquilo que o capitalista lhe pagava na forma de salário.
e) O socialismo científico previa que a transformação da propriedade privada em propriedade coletiva ocorreria por meio pacífico, em função do desenvolvimento da ciência.



11. (UEM PR/2006) A respeito do Liberalismo Econômico, assinale o que for incorreto:
a) O livro de Adam Smith, A Riqueza das Nações (1776), é a base teórica principal do capitalismo liberal.
b) O Liberalismo opõe-se teoricamente ao Mercantilismo.
c) Mesmo tendo algumas diferenças teóricas, a visão de Adam Smith se somava à Fisiocracia na defesa do livre comércio.
d) A frase Laissez paire, laissez passer, le monde va de lui-même (Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo) expressa o pensamento do Liberalismo.
e) As teses liberais de Adam Smith serviram de inspiração, inclusive, para os regimes fascistas que floresceram na Europa no século XX.



12. (UFMG/2006) Em 1891, o Papa Leão XIII editou um documento a encíclica Rerum Novarum que deixou marcas profundas na Igreja Católica. A importância desse documento transcende os muros da Igreja, haja vista que ele redefiniu o pensamento católico e o modo como essa Instituição se relacionava com as sociedades em que atuava.
Considerando-se a influência da Rerum Novarum, é CORRETO afirmar que essa encíclica:
a) significou uma condenação vigorosa da guerra e do colonialismo, pela manifestação do pacifismo e do humanismo inerentes aos valores cristãos.
b) deu origem ao pensamento social católico, a partir do impacto da expansão do capitalismo e do crescimento do ideário socialista.
c) transformou a Igreja em aliada do movimento fascista, abrindo caminho para a Concordata entre o Papa e o Estado italiano.
d) representou uma tomada de posição do Vaticano contra a religião muçulmana, que crescia em ritmo acelerado e ameaçava a posição hegemônica do catolicismo.


13. (UFRN/2006) Nas primeiras décadas do século XX, o socialismo e o anarquismo foram as duas tendências políticas que se destacaram no movimento operário brasileiro. Embora tivessem um ideal comum – a defesa do proletariado –, socialistas e anarquistas apresentavam profundas divergências.
Entre essas divergências, está o seguinte fato:
a) os socialistas defendiam a participação dos trabalhadores em campanhas políticas visando superar o capitalismo, enquanto os anarquistas defendiam que a superação do capitalismo viria pela instauração do caos na sociedade.
b) os socialistas defendiam a existência de um só partido, que unificasse as lutas dos trabalhadores, enquanto os anarquistas eram a favor da existência do pluripartidarismo.
c) os socialistas defendiam a organização da classe em um partido político, enquanto os anarquistas se recusavam a participar de qualquer organismo que estes considerassem burguês.
d) os socialistas defendiam eleições livres e tinham o parlamento como espaço principal para o debate das suas estratégias de luta, enquanto os anarquistas tomavam suas decisões em assembleias.


14. (UFAM/2006) Na disputa pela organização e controle das classes trabalhadoras, anarquistas e marxistas enfrentaram-se diversas vezes ao longo da segunda metade do século XIX. Das frases abaixo, assinale aquela que não se coaduna ao ideário anarquista:
a) “Quem quer que coloque a mão sobre mim para governar-me é um usurpador e um inimigo – eu o declaro meu inimigo”
b) “Minha consciência me pertence, minha justiça me pertence e minha liberdade é soberana”.
c) “Na medida em que buscam o poder, todos os partidos – sem exceção – são variantes do absolutismo”
d) “O operariado tem como objetivo a conquista do poder político para se transformar em classe dirigente da nação”.
e) “Quanto mais perfeita a civilização, menos necessidade terá de um governo, porque mais capacidade terá para resolver seus próprios problemas e autogovernar-se”


15. (UNIMONTES MG/2006) Durante o século XIX, o movimento operário europeu demonstrou comportamento ora de ascensão, ora de refluxo. É possível destacar, como exemplo de luta organizada dos trabalhadores, nesse século, a/o
a) I Internacional Operária, de caráter notadamente revolucionário
b) Movimento Leveler, luta de caráter reformista e parlamentar
c) Marcha dos Trabalhadores pela Vida, de natureza reivindicatória pacífica
d) Falansterismo, de natureza coletivista e revolucionária


16. (FATEC SP/2006) Adam Smith, teórico do liberalismo econômico, cuja obra, Riqueza das Nações, constitui o baluarte, a cartilha do capitalismo liberal, considerava
a) a política protecionista e manufatureira como elemento básico para desenvolver a riqueza da nação.
b) necessária a abolição das aduanas internas, das regulamentações e das corporações então existentes nos países.
c) a propriedade privada como a raiz das infelicidades humanas, daí toda a economia ter de ser controlada pelo Estado.
d) a terra como fonte de toda a riqueza, enquanto a indústria e o comércio apenas transformavam ou faziam circular a riqueza natural.
e) o trabalho como fonte de toda a riqueza, dizendo que, com a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio, a harmonia e a justiça social seriam alcançadas.



17. (FGV/2006) “Quando este impulso para o desenvolvimento individual mais elevado se combinava com uma natureza poderosa e variada, que já se havia assenhoreado de todos os elementos da cultura, surgia o homem multifacetado – l’uomo universale – que pertencia só à Itália.
(...) No Renascimento italiano encontramos artistas que, em todos os ramos, criavam obras novas e perfeitas, e que causavam também a maior impressão como homens. Outros, além das artes que praticavam, eram mestres de um amplo círculo de interesses espirituais.”
BURCKHARDT, Jacob. A cultura do Renascimento na Itália. Brasília: Universidade de Brasília, 1991, pp.84-5.
Caracterizam a produção cultural e científica do Renascimento:
a) A descoberta da perspectiva nas artes plásticas; a invenção da luneta astronômica; O Príncipe de Maquiavel.
b) A teoria heliocêntrica; o desenvolvimento da cartografia; o maneirismo nas artes.
c) A invenção da luneta astronômica; as Confissões de Santo Agostinho; a tradução de textos da antiguidade greco-romana.
d) A descoberta da perspectiva; a Eneida de Virgílio; a invenção da imprensa.
e) A valorização dos idiomas nacionais; a tradução de textos da antiguidade greco-romana; a pintura hierática.


18. (FURG RS/2006) Uma teoria política do século XIX “... propunha a organização de comunidades compostas, cada uma, de 10.000 pessoas, a que chamava de ‘phalanatéres’ (ou falanstérios). Nestas comunidades, a distribuição das tarefas e encargos seria feita segundo a atração passional , o que queria dizer que os indivíduos fariam aquilo que mais gostavam de fazer, pois acreditavam que a natureza distribuiu a todos as vocações, de tal maneira que ficam em perfeita harmonia com as necessidades que a humanidade pode ter em relação a tal ou qual espécie de trabalho”. As ideias de Fourier refletem o que seria posteriormente categorizado como socialismo
a) sindical.
b) cristão ou social cristão.
c) solidário ou revolucionário.
d) científico ou marxista.
e) utópico ou romântico.


19. (Mackenzie SP/2006) Para responder à questão, use o seguinte código:
I. Absolutismo de direito divino
II. Fisiocracia
III. Liberalismo político
IV. Socialismo utópico
V. Socialismo científico
Os príncipes agem, pois, como ministros de Deus, e seus lugares tenentes sobre a Terra. É através deles que Ele exerce seu império. [...] É por isso que vimos que o trono real não é o trono de um homem, mas o trono de Deus mesmo.
Política retirada das próprias palavras da Sagrada Escritura
Todas as classes dominantes anteriores procuraram garantir sua posição submetendo a sociedade às suas condições de apropriação. Os proletários só podem se apoderar das forças produtivas sociais se abolirem o modo de apropriação típico destas e, por conseguinte, todo o modo de apropriação em vigor até hoje. Os proletários nada têm de seu para salvaguardar; eles têm que destruir todas as seguranças e todas as garantias da propriedade privada até aqui existentes.
Manifesto do Partido Comunista
Os dois trechos acima são de obras representativas de correntes de pensamento político comumente conhecidas como:
a) I e II
b) II e III
c) I e IV
d) III e IV
e) I e V


20. (UEPB/2006) Considerando as principais doutrinas sociais do século XIX, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira.
I. Socialismo científico
II. Positivismo
III. Anarquismo
(__) Não reconheciam o Estado, o exército ou qualquer outra instituição onde houvesse os que mandassem e os que obedecessem.
(__) A humanidade só atingiria seu grau supremo de evolução quando todas as ideias e ações humanas fossem baseadas na ciência.
(__) O progresso da indústria substituiria o isolamento dos trabalhadores, unindo-os de forma revolucionária. O desenvolvimento industrial criaria os coveiros dessa sociedade.
A alternativa correta é:
a) II, I, III
b) III, I, II
c) I. II, III
d) I, III, II
e) III, II, I



21. (UFLA MG/2006) Considere o texto abaixo e assinale a alternativa CORRETA.
“(...) A ética autoritária nega a capacidade do indivíduo para saber o que é bom ou mau; quem determina as normas é sempre a autoridade superior que está acima do indivíduo. Cria-se o sistema baseado não na razão e no conhecimento, mas no temor à autoridade e na sensação de fraqueza e dependência por parte dos indivíduos subordinados(...).
A ética humanista, em oposição ao sistema autoritário irracional, adota o seguinte princípio: somente o próprio homem pode determinar, segundo a sua consciência moral, o que deve ou não deve fazer. Seu lema é simples: o bem é aquilo que nos leva à verdadeira felicidade, o mal é aquilo que nos afasta da felicidade, sendo nocivo à natureza humana. A ética humanista fundamenta-se no fato de que o homem só pode realizar-se e ser feliz vivendo em solidariedade com seus semelhantes (...).”
Erich Fromm. Análise do Homem (com adaptações)
a) O próprio homem deve determinar o que ele deve ou não fazer, segundo a ética autoritária.
b) O sistema deve determinar o que o próprio homem deve ou não deve fazer, segundo a ética humanista.
c) O sistema autoritário é irracional, segundo a ética humanista.
d) Segundo a ética autoritária, o indivíduo tem capacidade de saber o que é bom ou mau.


22. (UFTM MG/2006) As Revoluções Inglesas do século XVII e a Revolução Francesa (1789) apresentam, em comum,
a) a vitória da burguesia, que impôs sistemas políticos baseados na soberania popular e na república parlamentarista.
b) a consolidação das estruturas do Antigo Regime, que triunfaram sobre os princípios da Ilustração.
c) a implantação de uma república, sob inspiração dos ideais iluministas, que perdura até a atualidade.
d) a influência do liberalismo, que defendia formas representativas de governo e o direito à propriedade.
e) a liderança das camadas populares, que concretizaram sua aspiração por igualdade econômica.


23. (UFPEL RS/2006)
As ideias de Proudhon (1809-1865)
– A propriedade é um roubo e a mãe da tirania;
– Quem quer que ponha as mãos em mim com a intenção de governar-me é um usurpador e um tirano;
caracterizam o
a) Comunismo.
b) Materialismo Histórico.
c) Liberalismo.
d) Socialismo.
e) Anarquismo.


24. (UFPR/2006) No filme Matrix (1999), dos irmãos Andy e Larry Wachowski, a vida humana não passa de uma ilusão, pois os seres humanos vivem ligados às máquinas como baterias de um amplo sistema de controle tecnológico. Esse filme suscitou inúmeras reflexões e debates de natureza filosófica e religiosa, mas um aspecto que merece ser destacado é o político, pois é um filme que apresenta uma visão pessimista e antiutópica do futuro humano. Contudo, muito antes dos filmes de ficção científica, as esperanças e os desejos de uma sociedade ideal já inspiravam pensadores e escritores, que deixaram em suas obras modelos de transformação social. Sobre a imaginação utópica e seus fundamentos, é correto afirmar:
a) Durante o século XIX, multiplicaram-se as utopias de caráter socialista-comunista, como as de Owen, Saint-Simon e Fourier, enfatizando a transformação das condições materiais da sociedade.
b) As obras caracterizadas como utópicas são assim chamadas devido à sua natureza ficcional, sem nenhuma relação com a realidade.
c) A República, obra utópica escrita por Platão, previa um mundo controlado pelos sacerdotes.
d) Em seu livro A Utopia, o humanista inglês Thomas More, ao defender a propriedade privada e o enriquecimento, tinha como modelo ideal a seguir a sociedade inglesa de sua época.
e) O livro 1984, de George Orwell, é uma utopia socialista inspirada na Revolução Russa e na admiração do autor pelo sistema político soviético.


25. (UFRRJ/2006) Sobre as primeiras ações socialistas, Karl Marx e Friedrich Engels, no Manifesto Comunista de 1848, afirmaram o seguinte:
“As primeiras tentativas do proletariado para impor diretamente o seu próprio interesse de classe, num tempo de agitação geral, no período da revolução que pôs termo à sociedade feudal, falharam necessariamente por não estar ainda desenvolvida a figura do próprio proletariado e por faltarem ainda condições materiais da sua libertação, que são precisamente o produto da época burguesa.”
Em relação aos primórdios do movimento operário na Europa, é correto afirmar que:
a) foi denominado, em sua forma mais violenta, budismo e é associado à resistência dos operários ao capitalismo por meio da quebra de máquinas.
b) se organizou em torno de um programa político revolucionário que tinha nos Bolcheviques russos a referência fundamental.
c) surgiu por iniciativa de partidos políticos socialdemocratas com atuação regular em diversos parlamentos europeus e grande base entre os operários.
d) se originou na Inglaterra e buscava superar as mazelas do capitalismo por meio de um programa de inspiração claramente socialista.
e) propunham como forma de acabar com o capitalismo um regime socialista ditatorial conhecido como “Ditadura do Proletariado”.


GABARITO

1. (UFU MG/2006) Em relação às intensas mobilizações políticas e sociais ocorridas nas décadas finais do século XIX e no princípio do século XX, bem como seus desdobramentos na Europa e no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O anarquismo e o socialismo, embora sejam críticas radicais da sociedade, estão restritos ao contexto da passagem do século XIX para o XX. Esses referenciais foram abandonados pelos movimentos sociais, principalmente após o fim da União Soviética e a queda do Muro de Berlim, na década de 1990.
b) Militantes anarquistas ou libertários elaboraram uma das críticas mais severas ao capitalismo e às suas consequências. Eles defendiam a necessidade de despertar no homem a liberdade, a fim de criar um novo modo de ser da sociedade, na qual sejam suprimidos o governo, a hierarquia e a propriedade privada, substituindo, assim, a organização autoritária burguesa.
c) A primeira Associação Internacional dos Trabalhadores, iniciada em Londres no século XIX, reuniu diferentes tendências entre os militantes do proletariado. Duas das mais importantes tendências presentes no movimento podem ser sintetizadas nos embates entre Bakunin, líder anarquista, e Marx, líder comunista.
d) Devido ao temor em relação ao movimento operário europeu e, posteriormente, em função dos movimentos de greve ocorridos no Brasil no início do século XX, o governo brasileiro adotou medidas como a Lei Adolfo Gordo, que permitia ao poder executivo não só expulsar, mas também vetar a permanência de imigrantes radicais no país.


2. (ESCS DF/2007) “As colônias da França contêm, como acabamos de ver, quase quinhentos mil escravos; e é somente pelo número dos infelizes que se mede ali a fortuna. Que funesto olhar! Que profundo tema de reflexão! Ah! Como somos inconsequentes, em nossa moral e em nossos princípios! Nós pregamos a humanidade, e todos os anos vamos levar grilhões a 20 mil habitantes da África!
Tratamos de bárbaros e bandidos os mouros que, arriscando sua liberdade, vêm atacar a dos europeus, e os europeus, sem perigo e como simples especuladores, vão excitar a preço de prata o tráfico dos escravos, e todas as cenas sangrentas que o precedem! Enfim, nós nos orgulhamos da grandeza do homem e vemos com razão, essa grandeza, no mistério espantoso de todas as faculdades intelectuais: porém uma pequena diferença nos cabelos, ou na cor da epiderme, é suficiente para transformar nosso respeito em desprezo, e para nos levar a rebaixar seres humanos semelhantes a nós ao nível daqueles animais sem inteligência, aos quais se impõe um jugo sobre a cabeça, para servir-se imperiosamente de sua força e de seu instinto.”
(Necker. L’Administration des Finances de la France-1784)
No texto acima, o autor explicita a ideia de que:
a) a escravidão é legitima uma vez que a natureza humana é desigual;
b) a política francesa para as suas colônias é coerente com os princípios filosóficos humanistas;
c) a desigualdade entre os homens se fundamenta em diferenças biológicas;
d) nas colônias francesas havia um convívio harmonioso entre brancos e negros;
e) a escravidão é uma instituição incompatível com as novas ideias francesas do século XVIII.


3. (UNIFESP SP/2007) A barbárie reaparece, mas desta vez é engendrada no próprio seio da civilização e dela faz parte integrante. (K. Marx,1846.) Que bestas brutas e ferozes! Como permite Deus que as mães os concebam assim. Ah, eis os verdadeiros inimigos e não os russos e os austríacos! (T.-R. Bugeaud, 1849.)
Embora de perspectivas diferentes, os dois autores estão se referindo ao mesmo drama social, protagonizado pelo
a) camponês.
b) imigrante.
c) soldado.
d) empresário.
e) proletário.


4. (UNIFESP SP/2007) Do papa Leão XIII na encíclica Diuturnum, de 1881: se queremos determinar a fonte do poder no Estado, a Igreja ensina, com razão, que é preciso procurá-la em Deus. Ao torná-la dependente da vontade do povo, cometemos primeiramente um erro de princípio e, além disso, damos à autoridade apenas um fundamento frágil e inconsistente. Nessa encíclica, a Igreja defendia uma posição política
a) populista.
b) liberal.
c) conservadora.
d) democrática.
e) progressista.


5. (FURG RS/2007) Com a Revolução Industrial, pioraram as condições de vida e de trabalho dos operários, ocasionando movimentos de reivindicação, greves, violência e até mesmo destruição de máquinas. Na primeira metade do século XIX, a Inglaterra, pioneira na industrialização, também conheceu movimentações operárias, em que se destacou:
a) a fundação do Partido Comunista Inglês, que além de alinhar-se com as ordens de Moscou, passou a dirigir os movimentos sindicais, antes descentralizados e sem lideranças.
b) o movimento chamado de socialismo científico, que reconhecia como necessidade uma fase de ditadura do proletariado para se chegar à organização de uma sociedade comunista.
c) a criação e o funcionamento da Associação Internacional dos Trabalhadores, fundada por Karl Marx e Friederich Engels.
d) um movimento jacobinista, que pretendia a igualdade social e política, como o voto universal também para as mulheres, assim como o direito a iguais salários e oportunidades.
e) o movimento cartista, que desenvolveu um programa vinculado às reivindicações trabalhistas, tais como: limitações da jornada de trabalho, abolição da lei dos indigentes e “questões de garfo e faca”.


6. (UFAM/2007) Junto com a expansão da Revolução Industrial, a urbanização e o fortalecimento da classe operária, o século XIX viu surgir um conjunto de ideias sociais que preconizavam o fim da exploração e o estabelecimento de sociedades igualitárias. Dos pensadores abaixo indicados, apenas um não pode ser associado aos libertários:
a) Proudhon
b) Bakunin
c) Malatesta
d) Kropotkin
e) Marx


7. (UFOP MG/2007) As ideias socialistas, difundidas ao longo da primeira metade do século XIX, ampliaram as reivindicações democráticas na Europa. Em relação ao socialismo da primeira metade do século XIX, assinale a alternativa incorreta:
a) O socialismo utópico era contrário a qualquer fundamento da sociedade industrial, defendendo a constituição de pequenas comunidades agrárias como alternativa.
b) Robert Owen, proprietário de fábricas e reformador social, preocupou-se com as péssimas condições do trabalho infantil, recusando-se a contratar crianças abaixo de 10 anos.
c) O saint-simonismo defendia a substituição da elite clerical e aristocrática no poder por uma nova elite de cientistas e industriais, mais apta a governar a sociedade.
d) Teve como principais pensadores, divulgadores e implantadores de sociedades comunais os franceses Henri de Saint-Simon e Charles Fourier, além do inglês Robert Owen.


8. (EFOA MG/2007) Nos séculos XIX e XX, houve várias tentativas de criação de comunidades coletivas, geralmente dedicadas à produção agrícola, algumas bem-sucedidas e outras não. Os inspiradores, os fundadores e os integrantes dessas comunidades eram críticos do capitalismo e de seu modelo econômico, razão pela qual buscavam a organização da sociedade em novas bases.
Utilizando os conhecimentos sobre algumas dessas comunidades, enumere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.
1. Kibutz
2. Colônia Cecília
3. Kolkhoz
4. Nova Harmonia
5. Falanstério
(__) Cooperativa agrícola voluntária surgida após a Revolução Bolchevique de 1917, base do sistema de coletivização da União Soviética, que começou a ser privatizada em 1992.
(__) Colônia socialista fundada nos Estados Unidos pelo industrial inglês Robert Owen, onde a jornada de trabalho foi reduzida e os salários aumentados, com o objetivo de melhorar as relações entre capital e trabalho.
(__) Colônia agrícola comunitária, de caráter voluntário, que na sua origem se caracterizava pela propriedade coletiva da terra e que teve papel importante na criação do atual Estado de Israel.
(__) Colônia agrícola fundada em 1890, no atual Estado do Paraná, por italianos, reunidos por iniciativa de Giovanni Rossi, músico e teórico anarquista, autor do livro Il Commune in Riva al Mare.
(__) Edifícios comunitários idealizados por Charles Fourier, com o objetivo de atingir a felicidade humana, nos quais seria abolida a divisão do trabalho e cada homem desenvolveria suas aptidões.
A sequência CORRETA é:
a) 3, 4, 1, 2 e 5.
b) 1, 2, 3, 4 e 5.
c) 1, 2, 3, 5 e 4.
d) 3, 2, 1, 5 e 4.
e) 4, 3, 5, 2 e 1.


9. (FFFCMPA RS/2007) “A burguesia só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com isso, todas relações sociais[...] A burguesia desempenhou na história um papel eminentemente revolucionário [...] A burguesia, porém, não forjou somente as armas que lhe darão morte; produziu também os homens que manejarão essas armas, os operários modernos, os proletários”.
(Karl Marx, O Manifesto do Partido Comunista, 1848).
I. Ao analisar as contradições que inauguraram a modernidade capitalista, Karl Marx não só aponta a emergência da burguesia enquanto classe hegemônica como também indica as tendências e contradições da nova sociedade;
II. Marx indica o papel eminentemente reacionário exercido pela classe burguesa na sua luta histórica contra os valores e concepções de mundo responsáveis pela estabilidade que caracterizou a antiga sociedade feudal;
III. Ao analisar a emergência do modo de produção capitalista, Marx enfatiza que ao transformar o modo como produzem sua existência, os homens transformam a percepção que tinham de si e do mundo. Nesse sentido, o homem burguês procurou recuperar valores medievais como Honra e Lealdade;
IV. As mudanças verificadas no conjunto das relações sociais permitem afirmar que Marx identifica no proletariado a nova classe revolucionária em oposição à classe burguesa.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas II e III são verdadeiras.
b) Apenas I e II são verdadeiras.
c) Apenas I e III são verdadeiras.
d) Apenas III e IV são verdadeiras.
e) Apenas I e IV são verdadeiras.



10. (UFCG PB/2007) “Surgida na Europa durante a Idade Média, a Maçonaria era uma sociedade secreta inicialmente ligada a corporações de ofício, entre elas a dos construtores de catedrais. Daí a palavra maçon, que em francês quer dizer pedreiro, e certos símbolos adotados pela associação, como o esquadro e o compasso. Com o tempo, as lojas maçônicas passaram a admitir o ingresso de pessoas de outros grupos, como religiosos, políticos, intelectuais”.
(AZEVEDO, Gislaine; SERIACOPI, Reinaldo. História. Série Brasil. São Paulo: Ática, 2005, p. 287)
A partir do fragmento textual acima e dos conhecimentos sobre a temática, é CORRETO afirmar que a Maçonaria:
I. ganhou a simpatia da Igreja Católica e das corporações de ofício que aprovaram, por escrito, as atividades maçônicas no Brasil no período colonial.
II. adotou a liberdade de pensamento a partir dos princípios do Iluminismo e do Liberalismo.
III. teve importante participação no processo que culminou com a Independência do Brasil, em 1822.
IV. proibiu que religiosos, políticos e intelectuais ingressassem nas Lojas Maçônicas brasileiras.
V. ficou restrita apenas na Europa, vindo para a América apenas no limiar do século XX.
Estão corretas:
a) I e II
b) II e V.
c) III e IV.
d) II e III.
e) IV e V.


11. (Fac. Cultura Inglesa SP/2014) Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
(www.direitoshumanos.usp.br)
Os valores expressos no artigo 2.º da Declaração de direitos do homem e do cidadão (1789) se referem ao
a) Absolutismo Monárquico.
b) Liberalismo Político.
c) Socialismo Científico.
d) Socialismo Libertário.
e) Fascismo e Nazismo.


12. (UNIMONTES MG/2007) Caracteriza a Doutrina Anarquista, de modo geral,
a) o repúdio a qualquer forma de poder estatal.
b) a aliança com o partido comunista na Rússia, durante o governo Lênin.
c) a parceria com o Vaticano na luta em favor do proletariado.
d) a localização do movimento apenas em territórios europeus.


13. (ESCS DF/2008)  “O anarquista imagina uma sociedade na qual as relações mútuas seriam regidas não por leis ou por autoridades auto impostas ou eleitas, mas por mútuas concordâncias de todos os seus interesses e pela soma de usos e costumes sociais – não imobilizados por leis, pela rotina ou por superstições – mas em contínuo desenvolvimento, sofrendo constantes reajustes para que pudessem satisfazer as exigências sempre crescentes de uma vida livre, estimulada pelos progressos da ciência, por novos inventos e pela evolução ininterrupta de ideais cada vez mais elevados. Não haveria, portanto, autoridades para governá-la. Nenhum homem governaria outro homem; nem cristalização nem imobilidade, mas contínua evolução – tal como a que vemos na Natureza”.
(Woodcock, George. História das ideias e movimentos anarquistas)
A partir da leitura do documento anarquista é correto afirmar que:
a) defende o regime constitucional, fundamento para a construção de uma sociedade democrática;
b) há uma defesa da hierarquização social, uma vez que a sociedade é composta de indivíduos dotados de diferentes capacidades produtivas;
c) propõe um estado proletário capaz de garantir uma evolução harmoniosa rumo à igualdade social;
d) defende uma sociedade sem estado, fundada na liberdade humana e em sua evolução harmoniosa;
e) propõe uma república positivista, fundada no conhecimento científico e nas leis do progresso humano.


14. (FUVEST SP/2008) “O livre-comércio é um bem – como a virtude, a santidade e a retidão – a ser amado, admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo o resto do mundo ame restrições e proibições, que, em si mesmas, são males – como o vício e o crime – a serem odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em todos os tempos.”
The Economist, em 1848.
Tendo em vista o contexto histórico da época, tal formulação favorecia particularmente os interesses
a) do comércio internacional, mas não do inglês.
b) da agricultura inglesa e da estrangeira.
c) da indústria inglesa, mas não da estrangeira.
d) da agricultura e da indústria estrangeiras.
e) dos produtores de todos os países.


15. (UEL PR/2008) Para Hume, "a conjunção entre motivos e ações voluntárias é tão regular e uniforme como a que existe entre a causa e o efeito em qualquer parte da natureza".
(HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. Tradução de Jose Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Editora da Unesp, 1999. p. 118.)
De acordo com a citação e os conhecimentos sobre Hume, considere as afirmativas a seguir:
I. A ação humana, embora voluntária, não é livre, pois sua regularidade é equivalente à regularidade da natureza.
II. As ações humanas voluntárias são livres, embora não deixem de ser também necessárias.
III. A necessidade natural é uma propriedade dos objetos, sejam estes naturais ou ações humanas.
IV. A imputabilidade moral é possível porque há regularidade e necessidade nas ações humanas.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.


16. (UEM PR/2008) O chamado movimento cartista é um acontecimento carregado de simbolismo na história da constituição da sociedade liberal-democrática na Inglaterra.
Assinale a alternativa correta sobre esse movimento.
a) Foi um movimento que expressou a revolta dos artesãos contra as máquinas, cuja utilização na indústria nascente eliminava seus empregos.
b) Foi um movimento vitorioso da burguesia contra o absolutismo monárquico, impondo uma Carta Constitucional que implantou o sistema parlamentarista na Inglaterra, no final do século XVIII.
c) Foi um movimento ocorrido na Inglaterra, no início do século XVIII, contra as tentativas do rei Carlos I de diminuir as prerrogativas da Câmara dos Comuns. A principal força desse movimento foi o proletariado industrial.
d) Foi um movimento deflagrado no final do século XVII em defesa do voto universal e da liberdade religiosa. O movimento recebeu o nome de cartismo por ter-se inspirado na Carta sobre a Tolerância, do filósofo liberal John Locke.
e) Foi um movimento político inspirado na Carta do Povo (People´s Charter), desencadeado no final da década de 1830, que reivindicava, entre outras coisas, o sufrágio universal masculino, o voto secreto, a elegibilidade dos não proprietários, etc.


17. (UFF RJ/2008) A consolidação da industrialização como característica do mundo moderno não foi tarefa fácil.
Foram os pensadores do século XVIII e do século XIX que forneceram os principais argumentos para legitimar a combinação entre indústria e modernização. Uma das alternativas abaixo associa, corretamente, um pensador ao sistema de ideias. Assinale-a.
a) Marquês de Pombal/Positivismo
b) Thomas Jefferson/Socialismo Utópico
c) Voltaire/Evolucionismo
d) Adam Smith/Liberalismo
e) Descartes/Existencialismo



18. (UFRN/2008) Claude de Saint-Simon, pensador francês, é um dos representantes do chamado “socialismo utópico”, corrente filosófica que criticava os resultados sociais da Revolução Francesa e da Revolução Industrial. Em suas obras, Saint-Simon propunha
a) a formação de uma sociedade em que não haveria ociosos (militares, clero, nobreza, magistrados) nem ocorreria a exploração do homem pelo homem.
b) a divisão do trabalho, a concorrência entre as empresas e o livre comércio como meios para se alcançar a harmonia e a justiça social.
c) a abolição das regulamentações econômicas e das corporações, possibilitando que a economia funcionasse segundo suas leis naturais.
d) a união do proletariado de todos os países, de modo a promover a revolução que construiria uma sociedade justa e igualitária.



19. (UFAM/2008) No bojo da Revolução Industrial desenvolveram-se novas doutrinas econômicas, consagrando os nomes de Adam Smith, Thomas Malthus e David Ricardo como expoentes da Economia Clássica. Podem ser aceitas como base dessa doutrina:
a) A constituição de um exército industrial de reserva, a produção artesanal, o assalariamento, a acumulação primitiva de capital e o protestantismo.
b) O Laissez-faire, a produção industrial em larga escala e o entesouramento.
c) O desenvolvimento das trocas e a obtenção de uma balança comercial favorável.
d) A transição do capital comercial para o capital financeiro, com a emergência da Burguesia como a nova elite econômica mundial.
e) O individualismo, a não intervenção do estado na economia, o fim do protecionismo e do tabelamento de preços, o livre câmbio e a livre concorrência.


20. (UFAM/2008) Dentre as doutrinas sociais de contestação ao avanço do capitalismo, ganharam destaque as formuladas por Karl Marx e Friedrich Engels, que preconizavam:
a) A expropriação dos bens da aristocracia, a valorização da pequena propriedade camponesa e ditadura do proletariado, como forma de assegurar a manutenção do processo de produção de mais valia.
b) O fim do capitalismo e a idealização utópica de uma sociedade sem classes e conflitos sociais.
c) A extinção da propriedade privada e do Estado em nome do coletivismo proletário.
d) A luta de classes como motor da história e o caráter histórico do Capitalismo, com a ênfase em sua futura superação pelo Socialismo através da luta revolucionária dos trabalhadores.
e) A reforma social através da participação operária no processo político partidário e a defesa de leis que transferissem renda à classe trabalhadora.


21. (UFPE/2008) O século XIX foi cenário de movimentos políticos que criticaram o capitalismo. Pensadores como Karl Marx defenderam alternativas políticas diferentes e formularam utopias. Sobre as ideias de Marx, podemos afirmar que elas:
a) ressaltaram a necessidade política de fazer reformas no capitalismo, contudo, sem grandes radicalizações.
b) restringiram–se ao mundo europeu e ao catolicismo da época, marcados pelo conservadorismo.
c) denunciaram, de forma apaixonada, as injustiças socias e políticas do capitalismo, sem construir utopias.
d) sofreram influências de algumas ideias do liberalismo, embora construíssem outra concepção de mundo.
e) fortaleceram a crítica à classe dominante, sem contudo, oferecer alternativas políticas para mudar.



22. (UERGS/2008) As frases abaixo são representativas de que doutrinas sociais que marcaram o século XIX?
I. “A luta de classes é a força que move a história.”
II. “Todas as formas de Estado são formas de opressão”
a) I. Anarquismo – II. Liberalismo
b) I. Liberalismo – II. Socialismo Utópico
c) I. Socialismo Utópico – II. Liberalismo
d) I. Socialismo Científico – II. Anarquismo
e) I. Liberalismo – II. Socialismo Científico


23. (UESPI/2008) No século XIX, a sociedade burguesa conseguiu avançar, incentivando o capitalismo e a industrialização. No campo das ideias, o positivismo do francês Auguste Comte:
a) criticava as filosofias materialistas, defendendo o idealismo iluminista.
b) argumentava a favor de uma história evolutiva e progressista.
c) considerava a ciência e a religião como dons supremos do homem.
d) desprezava a evolução, vendo a história como repetição e tradição.
e) teve repercussões apenas no pensamento europeu do século XIX.


24. (CEFET PR/2008) “A necessidade de modificações profundas na sociedade foi expressa, inicialmente, por alguns pensadores sociais. Suas ideias, desenvolvidas na primeira metade do século XIX, de uma maneira geral, se distinguiram por propor certas mudanças desejáveis, visando alcançar uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna, sem, no entanto, apresentar de maneira concreta os meios pelos quais essa sociedade se estabeleceria, pois não fizeram uma análise crítica da evolução da própria sociedade capitalista. Dentre alguns de seus principais teóricos podemos enumerar: Charles Fourier, Robert Owen e o Conde de Saint Simon.”
O texto acima se refere a uma corrente de pensamento político-social de contestação ao sistema capitalista:
a) Ludismo.
b) Socialismo Utópico.
c) Cartismo.
d) Socialismo Científico.
e) Anarquismo.



25. (FEI SP/2008) A Lei dos Pobres (1834), votada pelo Parlamento inglês, inspirou-se, de certa maneira, nas ideias de Thomas Malthus (1766-1834).
De modo geral, Malthus afirmava que:
a) a pobreza era inerente às sociedades, já que havia uma tendência ao crescimento maior da população do que da produção de alimentos.
b) era fundamental a intervenção do Estado para solucionar a questão do desemprego na sociedade inglesa.
c) a pobreza era resultado de políticas equivocadas por parte dos Estados capitalistas.
d) apenas o socialismo poderia trazer a superação da pobreza no mundo.
e) o aumento da população deveria ser contido por políticas de controle da natalidade, pois assim conseguiria se acabar com toda a pobreza no mundo.


GABARITO

1. (UNIMONTES MG/2008) Acerca da chamada Primeira Internacional Socialista (1864–1876), é INCORRETO afirmar que
a) os anarquistas, liderados por Proudhon e Bakunin, apesar da influência marxista, constituíram a corrente hegemônica.
b) contou com a participação pessoal de Karl Marx, intelectual cujo pensamento se tornaria um dos mais influentes na história subsequente.
c) foi o primeiro grande esforço de articulação internacional dos trabalhadores em um contexto de consolidação da ordem capitalista industrial no continente europeu.
d) anarquistas, marxistas e proudhonistas, não obstante as diferenças, convergiam na crítica à ordem burguesa vigente e apresentavam projetos sociais alternativos.


2. (UNICID SP/2009) “A história de todas as sociedades que existem até nossos dias tem sido a história da luta de classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e oficial, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada, uma guerra que termina sempre, ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira ou pela destruição das duas classes em luta.”
O fragmento citado faz parte
a) do Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os Homens, de Rousseau.
b) da obra O Contrato Social, de John Locke.
c) da Declaração de Independência dos EUA, redigida por Thomas Jefferson.
d) do Manifesto Comunista, de Karl Marx.
e) da obra Ensaio Sobre o Princípio da População, de Thomas Malthus.



3. (UNINOVE SP/2009) Analise os textos.
É anarquista, por definição, aquele que não quer ser nem oprimido, nem opressor, aquele que quer o máximo de bem-estar, o máximo de liberdade, o maior desenvolvimento possível a todos os seres humanos.
(Malatesta, anarquista italiano, 1899)
A exploração é o corpo visível e o Estado é a alma do regime burguês.
(Bakúnin, anarquista russo, 1871)
Os textos permitem afirmar que era ideia defendida pelos anarquistas:
a) tese de que a inexistência do Estado só seria possível mediante a criação de um partido encarregado de dirigir o operariado.
b) luta em prol da melhoria de vida do operariado e proposta de emancipação social por meio do Estado socialista.
c) luta contra o Estado opressor e formação de uma nova sociedade governada pelos partidos de trabalhadores.
d) luta contra a opressão capitalista e proposta de uma sociedade sem propriedade privada e nem Estado.
e) defesa da tese de que os Estados eram as bases de uma organização econômica e social mais justa e igualitária.


4. (UEG GO/2009) Sobre o conceito de alienação, é CORRETO afirmar:
a) é um conceito de Émile Durkheim, que expressa a situação na qual um indivíduo perde sua identidade, vivendo uma relação social na qual há ausência de regras e normas.
b) é um conceito de Karl Marx, que significa que o trabalhador perde o controle do seu processo de trabalho e do seu produto, gerando um estranhamento em relação a ele, devido à existência da propriedade privada.
c) é um conceito de Karl Marx, que revela o processo de inversão da realidade pela falsa consciência, trocando o determinante pelo determinado, a essência pela aparência, a causa pelo efeito, tal como fizeram os ideólogos alemães.
d) é um conceito de Max Weber, que traduz para linguagem sociológica o processo de racionalização e burocratização da vida moderna, no qual a calculabidade dos fatores técnicos, a quantificação, a hierarquia e o sigilo são as características principais.



5. (UEG GO/2009) Enquadrar as pessoas em determinada classe social é sempre um processo arbitrário, no Brasil e em qualquer país. Alguns pesquisadores usam como critério apenas a renda. Outros levam em conta fatores como patrimônio, ocupação ou nível de escolaridade. Em sua pesquisa, a FGV definiu como classe média as famílias com renda mensal entre R$ 1.065 e R$ 4.591.
Esse universo de 100 milhões de brasileiros é formado sobretudo pelos ex-pobres que acabam de pôr o pé na classe média. Alguns estudiosos chamam esse segmento de classe média baixa, outros falam em classe C. Para muitos, é difícil classificá-los. O certo é que melhoraram de vida. Anos atrás, não tinham conta em banco, consumiam apenas o essencial e seu principal objetivo na vida era chegar ao fim do mês com as contas pagas. Hoje, estão comprando o primeiro carro zero, construindo um cômodo a mais na casa, se vestem melhor. “Nossa maneira de olhar a classe média é meio americana”, diz o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa e diretor do Centro de Políticas Sociais da FGV. “A classe média tradicional brasileira sempre comparou seu poder aquisitivo ao dos países desenvolvidos”.
ÉPOCA, São Paulo, 11 ago. 2008. p. 94-95.
De acordo com as teorias sociológicas de Max Weber e Karl Marx, a análise apresentada no texto acima relaciona a posição social com qual conceito?
a) O conceito marxista de classes sociais.
b) O conceito marxista de grupos de status.
c) O conceito weberiano de castas e estamentos.
d) O conceito weberiano de grupos de status.


6. (UEG GO/2009) Os autores clássicos das Ciências Sociais, Émile Durkheim e Max Weber, definem como objeto de estudo da Sociologia, respectivamente:
a) a ação social e fato social.
b) a luta de classes e o fato social.
c) o fato social e a ação social.
d) o fato social e a luta de classes.


7. (UEL PR/2009)
Texto I
Thomas Malthus (1766-1834) assegurava que, se a população não fosse de algum modo contida, dobraria de 25 em 25 anos, crescendo em progressão geométrica, ao passo que, dadas as condições médias da terra disponíveis em seu tempo, os meios de subsistência só poderiam aumentar, no máximo, em progressão aritmética.
Texto II
A ideia de um mundo famélico assombra a humanidade desde que Thomas Malthus previu que no futuro não haveria comida em quantidade suficiente para todos.
Organismos internacionais – Organização das Nações Unidas, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional – chamaram a atenção para a gravidade dos problemas decorrentes da alta dos alimentos. O Banco Mundial prevê que 100 milhões de pessoas poderão submergir na linha que separa a pobreza da miséria absoluta devido ao encarecimento da comida.
(Adaptado: FRANÇA, R. O fantasma de Malthus. Veja. 23 abr. 2008.)
Para K. Marx (1818-1883), a teoria malthusiana do crescimento populacional:
a) permitia entender, de modo científico, as razões pelas quais os proletários teriam dificuldades para ascender socialmente.
b) apresentava as bases adequadas sobre as quais se deveria elaborar a teoria do valor trabalho.
c) reforçava valores da burguesia ascendente que, posteriormente a 1848, assumia posições cada vez mais conservadoras.
d) era o primeiro passo na construção de uma teoria explicativa do real caráter de classe da sociedade burguesa.
e) apreendia a essência do proletariado moderno e os motivos pelos quais a classe burguesa estaria fadada a desaparecer.


8. (UNCISAL AL/2009) No final do século XIX, nos países europeus mais industrializados, a crítica e a oposição operárias à sociedade burguesa poderiam ser detectadas na
a) quebra das máquinas e nos atentados contra os proprietários e principais acionistas dos grandes conglomerados fabris.
b) postura da 1.ª Internacional de trabalhadores, que se posicionou favoravelmente à guerra imperialista.
c) ascensão do movimento sindical e na expansão das ideias socialistas entre os operários.
d) propaganda anticolonialista feita pelos sindicatos católicos e marxistas.
e) propaganda contrária à implantação dos comitês de fábricas e à participação nos lucros.


9. (UNCISAL AL/2009) O desenvolvimento das ideias socialistas no século XIX está relacionado com a
a) vitória que as classes operárias obtiveram durante vários movimentos revolucionários, sobretudo os de 1830 e 1848.
b) disseminação dos argumentos apresentados por Augusto Comte contra a injustiça social e a propriedade.
c) formação de grandes concentrações operárias urbanas, em condições precárias, como consequência da Revolução Industrial.
d) pregação feita por Robert de Lammenais em nome da solidariedade e da justiça social para os trabalhadores.
e) política desenvolvida inicialmente por Guizot no sentido de aproveitar o potencial revolucionário da classe operária.


10. (UNCISAL AL/2008) A Europa do século XIX assistiu a um cenário marcado por grandes embates políticos e ideológicos de movimentos que almejavam a transformação da realidade social. Analise as ideias a seguir, procurando identificar as correntes que as defendiam.
I. Lutavam por uma sociedade sem Estado e descartavam a ideia da formação de um partido político operário para organizar a sociedade igualitária que idealizavam.
II. Defendiam uma ação política do movimento operário com vistas à conquista do poder político, como estratégia para a construção de uma sociedade igualitária.
III. Acreditavam numa evolução lenta e gradual da sociedade capitalista em direção à socialista, por meio da participação política dos operários nos parlamentos.
IV. Assumiam um posicionamento nacionalista e reiteravam a necessidade de os trabalhadores buscarem métodos de ação visando reformar o sistema capitalista.
Os anarquistas e os comunistas lutaram em defesa dos ideais presentes, respectivamente, nos itens
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.


11. (CEFET PR/2009) O “Socialismo Utópico” pode ser definido como um conjunto de ideias que se caracterizaram pela crítica ao capitalismo, muitas vezes ingênua e inconsistente, buscando, ao mesmo tempo, a igualdade entre os indivíduos. Em linhas gerais, combate-se a propriedade privada dos meios de produção como única alternativa para se atingir tal fim. A ausência de fundamentação científica é o traço determinante dessas ideias. Pode-se dizer que seus autores, preocupados com os problemas de justiça social e igualdade, deixavam-se levar por ideais românticos. Assinale a alternativa que apresenta o único autor que NÃO pertenceu a este ramo do socialismo.
a) Robert Owen
b) Karl Marx
c) Charles Fourier
d) Louis Blanc
e) Claude Saint-Simon



12. (UCS RS/2009) Entre 1830 e 1848, “da aliança instável entre burguesia e operariado surgiram diversos movimentos revolucionários de contestação às estruturas de poder vigentes em grande parte da Europa. Conjugando ideais nacionalistas, liberais e socialistas, esses movimentos ocorreram em diferentes países, como França, Itália, Áustria, Irlanda, Alemanha, Suíça e Hungria”.
(COTRIM, Gilberto. História global: Brasil e Geral. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p. 318 – Texto adaptado.)
Analise a veracidade (V) ou falsidade (F) das proposições abaixo, com relação aos ideais do liberalismo, nacionalismo e socialismo.
(__) O liberalismo politicamente defendia um governo democrático, em que os poderes dos governantes seriam limitados por uma constituição e separados em Legislativo, Executivo e Judiciário.
(__) O nacionalismo culturalmente apregoava o respeito à formação nacional dos povos, ligados por laços étnicos e linguísticos, além de outros traços culturais.
(__) Os primeiros socialistas, também denominados de utópicos, criticavam o capitalismo e acreditavam que seria possível projetar uma nova sociedade, baseada na solidariedade e não no individualismo.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) V – F – V
b) V – V – V
c) V – V – F
d) F – V – F
e) F – F – V


13. (UEG GO/2009) Ideologia é um conceito
a) desenvolvido por Marx e significa uma falsa consciência produzida pelos especialistas no trabalho intelectual.
b) desenvolvido por Weber e significa um processo de passagem da ética protestante para o espírito do capitalismo.
c) que significa anomia, para Durkheim; alienação, para Marx; e racionalização, para Weber.
d) criado por Durkheim e significa ausência de leis e regras na sociedade.



14. (UEG GO/2009) “Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra o opressor e o oprimido permaneceram em constante oposição um ao outro, levada a efeito numa guerra ininterrupta, que terminou, cada vez, ou pela reconstrução revolucionária de toda sociedade ou pela destruição das classes em conflitos”.
O trecho acima citado manifesta a teoria sociológica da:
a) racionalização e especialização das esferas, de Max Weber.
b) passagem da solidariedade mecânica para a solidariedade orgânica, de Emile Durkheim.
c) luta de classes, de Karl Marx.
d) evolução social, de Herbert Spencer.



15. (UFU MG/2009) “Com que direito impõem aos operários e aos camponeses uma forma determinada de governo ou de organização econômica? Com o direito da revolução, dizem. Mas a revolução quando age despoticamente, em lugar de provocar a liberdade nas massas, provoca nelas a reação”.
BAKUNIN Apud GALLO, Sílvio. Anarquismo: uma introdução filosófica e política. Rio de Janeiro: Achiamé, 2006. p. 74.
Sabendo que Bakunin é um líder anarquista da segunda metade do século XIX, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Durante a 1ª Internacional (AIT), o anarquismo foi consensualmente reconhecido por seus princípios e proposições de libertação das sociedades, diferenciando-se de noções vulgares de desordem e desarticulação.
c) As ações anarquistas no Brasil, sobretudo nas atividades políticas, até a década de 1930, foram combatidas com atos imperativos do governo, como a decisão de expulsão de estrangeiros ligados a mobilizações de trabalhadores.
c) Discordâncias sobre práticas e fundamentos políticos distintos levaram a conflitos entre líderes da chamada “esquerda” e, ainda no século XIX, causaram impactos decisivos nos movimentos socialistas e anarquistas internacionais.
d) Entre os princípios libertários básicos, de teoria e ação do anarquismo, estão: a autonomia individual, a autogestão social, o internacionalismo, a greve geral e a ação direta.


16. (Mackenzie SP/2009) O liberalismo, como doutrina política atuante no cenário europeu, desde o final do século XVIII, apesar de servir principalmente aos interesses da classe burguesa, contagiou as parcelas populares da sociedade oprimidas pelos nobres e pelos reis absolutistas. A sociedade liberal burguesa, mesmo sendo essencialmente elitista, era mais livre do que a do Antigo Regime, por
a) acreditar nos princípios democráticos, criando oportunidades para que todos pudessem enriquecer.
b) permitir maior liberdade de expressão e pensamento, e restringir a esfera de atuação do poder estatal.
c) aumentar, ao máximo, o poder do Estado, para que este defendesse as liberdades individuais de cada cidadão.
d) garantir a igualdade de todos perante a lei e o direito à participação política para todos os indivíduos.
e) praticar o liberalismo econômico, acreditando na livre iniciativa e na regulamentação do comércio pelo Estado.



17. (UERJ/2005)
PERGUNTAS DE UM OPERÁRIO QUE LÊ
Para onde foram os pedreiros
Na noite em que ficou pronta a Muralha da
China?
Bertold Brecht
BRASIL
Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Cazuza / George Israel / Nilo Romero
O poema de Brecht e a letra da música de Cazuza nos remetem ao papel dos trabalhadores como sujeitos da história em diferentes momentos.
O trabalho em sociedades contemporâneas como a brasileira pode ser caracterizado pela tendência progressiva de:
a) crescimento de mão-de-obra informal, ampliando o setor industrial
b) aumento da demanda por trabalho qualificado, estimulando a imigração
c) redução do número de trabalhadores ativos, estagnando o setor agrário
d) fragilização das relações de trabalho, inchando o setor de comércio e de serviços


18. (UFSM RS/2009) “A História não é um progresso linear e contínuo, uma sequência de causas e efeitos, mas um processo de transformação sociais determinadas contradições entre os meios de produção (a forma da propriedade) e as forças produtivas (o trabalho, seus instrumentos, as técnicas). A luta de classes exprime tais contradições e é o motor da História”.
(CHAUÌ, M. Filosofia. Série Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2003. p.219.)
Essas ideias de Karl Marx (1818-1883) influenciaram o desenvolvimento da ciência da História com a formação __________________________, corrente de produção do conhecimento que conceito de ______________________________ como um dos instrumentos teóricos fundamentais para a compreensão do processo histórico nas suas múltiplas a complexas dimensões - econômicas, sociais, políticas, ideológicas, culturais, etc. - e para o entendimento das transformações que afetam a vida concreta dos seres humanos.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
a) do Positivismo Científico - fatos empíricos
b) da Escola Metódica - objetividade histórica
c) do Materialismo Histórico - modo de produção
d) da história Nova - Estruturas de longa duração
e) da História cultural - relativismo cultural



19. (FGV/2010) (…) a luta contra o capitalismo e a burguesia é inseparável da luta contra o Estado. Acabar com a classe que detém os meios de produção sem liquidar ao mesmo tempo com o Estado é deixar aberto o caminho para a reconstrução da sociedade de classes e para um novo tipo de exploração social.
(Angel J. Capelletti, apud Adhemar Marques et alli, História contemporânea através de textos)
O fragmento define parte do ideário
a) liberal.
b) anarquista.
c) corporativista.
d) socialista cristão.
e) marxista-leninista.


20. (UEG GO/2010) A estratificação social identifica um tipo de estrutura social que dispõe o indivíduo com suas posições e seus papéis sociais em diferentes camadas ou estratos da sociedade, e a mudança de posição de uma pessoa de uma camada para outra é denominada mobilidade social. Esses estratos correspondem a graus diferentes de poder, riqueza e prestígio. Com base nessas informações, é CORRETO afirmar:
a) o fenômeno da mobilidade social varia de sociedade para sociedade. Em algumas sociedades, ela ocorre de maneira mais fácil; em outras, quase inexiste.
b) na sociedade indiana, caracterizada por castas, os indivíduos nascem numa camada social mais baixa e podem alcançar, com o decorrer do tempo, uma posição social mais elevada.
c) na sociedade capitalista é comum o indivíduo mudar de posição social devido à igualdade de oportunidades garantida na Constituição, segundo a qual todos são iguais perante a lei.
d) nas sociedades estratificadas em estamentos, a posição social é atribuída por ocasião do nascimento, independentemente da vontade do indivíduo, e sem perspectiva de mudança; ele carrega consigo, pelo resto da vida, a posição social herdada.


21. (UEL PR/2010) Leia o texto a seguir:
A Associação Internacional dos Trabalhadores é fundada em 1864, e não por monges conspirativos. O documento inaugural lido no ato público de Saint Martin‘s Hall em Londres – escrito por Marx –, termina com uma exortação aos operários para que dominem eles mesmos os mistérios da política internacional, pois a política das nações sempre condiciona as lutas operárias, concebidas por cima das fronteiras nacionais.
(GONZÁLES, H. A comuna de Paris: os assaltantes do céu. São Paulo: Brasiliense, 1981, pp.18-19.)
Baseado no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas:
I. Bakunin e Marx são considerados conspiradores esquerdistas, envolvidos diretamente nas lutas revolucionárias do período, no entanto, eles possuem distinção entre si sobre o processo de encaminhamento das lutas.
II. A igreja infiltra monges conspirativos na reunião realizada em Saint Martin´s Hall e de suas exortações disfarçadas em normas de política internacional, sugerem a eliminação das fronteiras nacionais, atitude realizada pela instituição religiosa à qual pertencem.
III. A primeira Associação Internacional dos Trabalhadores, apesar da presença de Marx, foi dominada pela ideologia religiosa proveniente da bula do Papa Pio XI, que declara a importância do operário como servo da igreja.
IV. A exortação do texto, da segunda metade do século XIX, indica a necessidade dos trabalhadores de compreenderem e, assim, desvendarem os mistérios das lutas políticas estabelecidas pelas fronteiras dos estados-nações.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.


22. (UEL PR/2010) Dois são os lugares do planeta no firmamento, o aparente e o verdadeiro. O aparente é determinado pela linha reta traçada do olho do observador pelo centro do planeta observado e o verdadeiro é aquele marcado pela linha reta lançada do centro da terra pelo centro do planeta observado. A paralaxe não é outra coisa que aquele espaço no céu (ângulo α) que está compreendido entre as duas linhas, a do lugar aparente e a do lugar verdadeiro.
(Adaptado de: Carta de Galileu Galilei a Francisco Ingoli. São Paulo: Scientiae Studio. v. 3, n. 3, p. 481-482. 2005.)
A distinção entre “aparente” e “verdadeiro” no texto de Galileu Galilei é retomada, com outra conotação, nas primeiras teorias sociológicas, como por exemplo, em Karl Marx (1818-1883) quando formula uma definição própria de ideologia. Para este, tal noção supõe que na sociedade burguesa a realidade dos fatos sociais contém a forma fenomênica (aparente) e a forma oculta
(verdadeira/essência), sendo a ideologia expressão da primeira.
Analise as afirmativas a seguir, identificando aquelas que, na perspectiva de Marx, constituem exemplos de representação ideológica da realidade.
I. Os Estados nacionais continuam a ser o espaço no qual os interesses de classe se manifestam e buscam sua representação. Mesmo com a globalização das economias eles se mantêm, em última instância, como os Estados da classe dominante.
II. No Brasil, o conflito social se constituiu com a chegada ao território nacional dos imigrantes europeus, sobretudo anarquistas, a partir do século XIX. Até então, a população brasileira era pacífica e ordeira, mesmo quando sofredora.
III. Na produção capitalista o salário não representa uma troca igual entre capitalista e trabalhador, já que o valor recebido pelo último equivale a um montante inferior àquele que ele produz na sua jornada de trabalho.
IV. Nem todos são feitos para refletir, é preciso que haja sempre aqueles voltados ao exercício e à cultura do pensamento e, inversamente, aqueles voltados à ação, ao trabalho manual.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.


23. (UERJ/2010) Socialista surgiu como descrição filosófica em princípios do século XIX. Sua raiz linguística era o sentido desenvolvido de social.
A distinção decisiva entre socialista e comunista, como em certo sentido esses termos são hoje comumente utilizados, veio com a mudança de nome, em 1918, do Partido Operário Socialdemocrata Russo para Partido Comunista Panrusso. Dessa época em diante, uma distinção entre socialista e comunista tornou-se amplamente vigente.
RAYMOND WILLIAMS Adaptado de “Socialista”. In: Palavras-chave: um vocabulário de cultura e sociedade. São Paulo: Boitempo, 2007
Na história europeia, durante o século XX, estabeleceu-se uma diferença entre socialismo e comunismo relacionada ao seguinte aspecto:
a) crítica dos valores liberais
b) controle da indústria pelo Estado
c) defesa da ditadura do proletariado
d) importância do sentimento patriótico


24. (UERJ/2010) O permanente revolucionar da produção, o abalar ininterrupto de todas as condições sociais, a incerteza e o movimento eternos distinguem a época de todas as outras. Todas as relações fixas e enferrujadas, com seu cortejo de representações e concepções, são dissolvidas, todas as relações recém-formadas envelhecem antes de poderem ossificar-se. Tudo o que era estável se volatiliza, e os homens são por fim obrigados a encarar com os olhos bem abertos a sua posição na vida.
MARX e ENGELS Adaptado do Manifesto do Partido Comunista
Em 1848, na defesa de uma nova sociedade, o Manifesto Comunista criticou as transformações advindas da modernização capitalista nos países da Europa Ocidental.
Dois aspectos dessa modernização, então criticados, foram:
a) crescimento industrial – garantia de direitos sociais
b) aceleração tecnológica – aumento da divisão do trabalho
c) mecanização da produção – elevação da renda salarial média
d) diversificação de mercados – valorização das corporações sindicais


25. (UFC CE/2010) “A maneira como os indivíduos manifestam sua vida reflete exatamente o que são. O que eles são coincide, pois, com sua produção, isto é, tanto com o que eles produzem quanto com a maneira como produzem. O que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais da sua produção.”
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 13.
Com base nessa citação do livro A ideologia alemã, que trata da teoria marxista para a interpretação da sociedade, é correto afirmar que:
a) o capitalismo teve origem no modo de produção socialista, a partir de uma revolução burguesa.
b) o capitalismo teve origem em ideias religiosas, a partir do Renascimento, e no crescimento da burguesia.
c) a produção de ideias na vida social, no decorrer da história, está separada da produção da vida material.
d) a perspectiva de análise marxista examina a sociedade levando em consideração as relações sociais estabelecias no modo de produção.
e) o pensamento marxista surgiu no início da revolução francesa, com a defesa da igualdade e da fraternidade entre todos os seres humanos.


GABARITO


1. (UFJF MG/2010) Entre fins do século XIX e as primeiras décadas do século XX, os trabalhadores se organizavam na defesa de seus interesses. Com base em seus conhecimentos sobre o tema, marque a alternativa INCORRETA.
a) A Comuna de Paris foi um movimento social ocorrido ao final do século XIX, que resultou na organização de um governo popular na França, inspirado sobretudo pelos ideais anarquistas e socialistas.
b) A I Internacional, fundada em Londres em 1864, expressou uma das estratégias de luta dos trabalhadores, que consistia na organização de associações nacionais e internacionais.
c) As greves de 1918 e 1919, ocorridas no Brasil, constituíram-se em exemplos de resistência operária, na maior parte das vezes, duramente reprimidas pelas autoridades policiais.
d) Entre as conquistas obtidas pela luta dos trabalhadores podemos destacar o fordismo nos Estados Unidos e o corporativismo sindical no Brasil.
e) Em geral, o movimento operário ocorrido neste período foi inspirado pelas ideias anarquistas e socialistas, que remontavam às teses de Bakunin e Marx, respectivamente.


2. (UFPB/2010) O conceito de história é bastante complexo. Na verdade, não se pode falar em um conceito único, mas em conceitos de história, os quais, com suas aplicações, variam de acordo com as concepções de mundo e de sociedade adotadas pelo historiador.
Considerando o exposto, analise as afirmativas a seguir.
• A história de uma sociedade é regulada por leis naturais, ou por leis com todas as características das leis dos fenômenos naturais, invariáveis, constantes, independentes da vontade e da ação humanas.
• A história de uma sociedade não ocorre apenas nos campos de batalha ou nas ações dos reis e presidentes, mas também nas ruas, residências, colégios, igrejas, prostíbulos, pela ação de pessoas comuns.
As afirmativas acima correspondem, respectivamente, às seguintes concepções historiográficas:
a) Marxismo e Positivismo
b) Epicurismo e Historicismo
c) História das Mentalidades e Estoicismo
d) Historicismo e Marxismo
e) Positivismo e História do Cotidiano


3. (UESPI/2010) A implantação do Capitalismo na Inglaterra teve influência das ideias dos economistas clássicos, que:
a) ressaltavam o valor das atividades mercantis, fonte de enriquecimento da Europa e das suas colônias.
b) defendiam uma ampla reforma agrária, para mudar as relações de desigualdade política na Inglaterra.
c) criticavam o mercantilismo, estabelecendo que o trabalho produtivo era a fonte da riqueza social.
d) consolidaram os princípios dos fisiocratas, lançando as bases de uma economia solidária e descentralizada.
e) confirmaram a força da propriedade privada para produzir riqueza e retomar princípios mercantilistas.


4. (UESPI/2010) As expectativas de mudanças na sociedade, para que a vida se torne mais pacífica e as pessoas tenham melhores condições de acesso à riqueza social estão enfraquecendo-se. Há muitas incertezas e dificuldades. O capitalismo dominante tem:
a) ajudado a fortalecer desconfianças com a busca de lucro e o seu individualismo.
b) feito reformas sociais tentando democratizar o mundo e acabar a desigualdade.
c) conseguido superar as crises sem grandes perdas e com conquistas sociais.
d) se debilitado com as críticas socialistas, vivendo uma situação de decadência irreversível.
e) mostrado sua capacidade de reforma em suas ações, pouco se abalando com as crises políticas.


5. (UEG GO/2010) No que diz respeito aos pensadores clássicos da Sociologia, é CORRETO afirmar:
a) Marx argumentava que a sociedade capitalista é ruim porque é extremamente racionalizada. Para ele, uma das características marcantes das sociedades modernas é sua tendência a fazer com que as atividades humanas sejam fruto de um planejamento prévio. Estabelecem-se os fins que se quer atingir e determinam-se quais os meios mais eficazes para atingi-los.
b) Durkheim não conseguia dissociar o estudo da sociedade de sua transformação; criticava a nascente sociedade capitalista, acusando-a de basear-se na exploração do operariado, de cercear a liberdade e impedir a realização da essência humana. Propunha sua destruição e a construção do socialismo.
c) coube a Weber o mérito de ter realizado a primeira pesquisa tipicamente sociológica. Ele via a sociedade como sendo externa e exercendo um grande poder sobre os indivíduos. A ordem social se mantém porque as pessoas respeitam e aceitam as normas impostas.
d) Karl Marx diz que as ideias da classe dominante são as ideias de cada época, ou seja, a classe que exercer o poder material dominante na sociedade é, ao mesmo tempo, seu poder espiritual dominante.


6. (UNESP SP/2010) Em algum remoto rincão do sistema solar cintilante em que se derrama um sem-número de sistemas solares, havia uma vez um astro em que animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da história universal: mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer. – Assim poderia alguém inventar uma fábula e nem por isso teria ilustrado suficientemente quão lamentável, quão fantasmagórico e fugaz, quão sem finalidade e gratuito fica o intelecto humano dentro da natureza. Houve eternidades em que ele não estava; quando de novo ele tiver passado, nada terá acontecido. Ao contrário, ele é humano, e somente seu possuidor e genitor o toma tão pateticamente, como se os gonzos do mundo girassem nele. Mas se pudéssemos entender-nos com a mosca, perceberíamos então que também ela boia no ar (...) e sente em si o centro voante desse mundo.
(Nietzsche. O Livro das Citações, 2008.)
Sobre este texto, é correto afirmar que:
a) Seu teor acerca do lugar da humanidade na história do universo é antropocêntrico.
b) O autor revela uma visão de mundo cristã.
c) O autor apresenta uma visão cética acerca da importância da humanidade na história do universo.
d) Ao comparar a vida humana com a vida de uma mosca, Nietzsche corrobora os fundamentos de diversas teologias, não se limitando ao ponto de vista cristão.
e) Para o filósofo, a vida humana é eterna.


7. (UECE/2010) Leia com atenção o texto a seguir.
“Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”
MARX, Karl. O Dezoito Brumário de Louis Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006.
Baseado no texto, assinale a afirmação verdadeira.
a) A história não é construída pelos homens porque ela é pré-definida pelo destino.
b) A história permite perceber que a realidade depende unicamente das escolhas dos homens.
c) A história é feita pelos homens dentro de condicionamentos herdados do passado.
d) A história não é feita pelo passado e sim pelas circunstâncias das escolhas.


8. (UFU MG/2010) Leia o texto abaixo.
O trabalho, como as outras coisas que se compram e se vendem e cuja quantidade pode aumentar ou diminuir, tem o seu preço natural e o seu preço de mercado. [...] O preço natural do trabalho depende do preço dos produtos alimentares, bens de primeira necessidade e outros artigos necessários para o sustento dos trabalhadores e de sua família [...] O preço de mercado do trabalho é o preço realmente pago por ele com base na relação natural entre a oferta e a procura.
RICARDO, D. Princípios de economia política e de tributação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1965, p. 103-104.
As ideias defendidas pelo autor integram o contexto de industrialização e urbanização na Europa ocidental na primeira metade do século XIX. Sobre este período, analise as seguintes afirmativas:
I. O postulado do liberalismo econômico se sustenta na defesa da propriedade privada e na economia de mercado, baseada na liberdade de comércio e de produção.
II. O incentivo à superpopulação era garantia de plena oferta de força de trabalho a baixos custos.
III. O nível dos salários dos trabalhadores corresponde sempre ao mínimo imprescindível para mantê-los vivos, permitindo-lhes perpetuar a espécie.
IV. Os trabalhadores conquistariam o controle do Estado e implantariam uma nova forma de governo, extinguindo a propriedade privada dos meios de produção.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas II e III estão corretas.
b) Apenas I e IV estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas III e IV estão corretas.


9. (ESPM/2011) Em conjunto com as grandes transformações econômicas, políticas e sociais do século XIX, surgiram doutrinas e correntes ideológicas. Uma delas foi o Anarquismo que pregava:
a) o respeito à propriedade privada, o controle demográfico e a observância da lei natural da oferta e da procura;
b) a revolução socialista, o controle do Estado pela ditadura do proletariado, o comunismo;
c) a erradicação do Estado, das classes, das instituições e tradições visando à imediata instalação do comunismo;
d) a necessidade de um contrato entre os governados e o Estado, o imperativo da moral e do bem comum como fundamentos do poder político;
e) a religião como instrumento de reforma e justiça social, além da formação de comunidades coletivistas.


10. (FGV/2011) Leia os dois fragmentos dos periódicos – o primeiro, de orientação comunista e o segundo, de orientação anarquista.
I. Viva o Esporte Proletário!
A necessidade do esporte para a juventude é um fato incontestável. A burguesia se aproveita desse fato para canalizar todos os jovens das fábricas para os seus clubes. Que fazem os jovens nos clubes burgueses?
Defendem as cores desses clubes. Se o clube é de uma fábrica, é o nome e a cor da fábrica que defendem; a burguesia cultiva neles a paixão e a luta contra a juventude das outras empresas. (...)
Todo operário footballer deve ingressar nos clubes proletários.
Já existem alguns, outros entretanto devem ser criados.
 (O trabalhador gráfico, 1928. Apud Maria Auxiliadora Guzzo de Decca. Indústria, trabalho e cotidiano: Brasil – 1889-1930, 1991.)
II. Eu sou um dos sócios do Grupo Germinal – seu feito principal: instruir e cultivar o cérebro dos operários.
Na mesma rua da sede do Grupo existe também uma poderosa fábrica de fósforos. Ao lado dessa fábrica há um grande terreno baldio transformado em um campo de futebol, com o maior dos entusiasmos imagináveis.
Vendo o Grupo Germinal às moscas e o campo de futebol vibrante de entusiasmo, naquela tarde quente de domingo, eu me lembrei, piedoso, das palavras do carnavalesco ilustre e intendente, que é o sr. Ribeiro Leite: “Senhores... enquanto o povo se diverte, não conspira...”.
(A Voz do Trabalhador, n.o 53-4, 1.º de maio, 1914. Adaptado.)
Baseando-se nesses fragmentos, pode-se concluir que
a) a prática do futebol, para os militantes sindicais comunistas, inibia a iniciativa revolucionária do proletariado, ao contrário da análise dos anarquistas, defensores da organização operária por meio dos clubes esportivos e culturais.
b) a concepção acerca do valor das atividades esportivas para o proletariado urbano era muito semelhante para comunistas e anarquistas, ainda que os anarquistas defendessem os outros esportes, como a pelota basca, e não o futebol.
c) os anarquistas atacavam a prática do futebol, pois entendiam que esse esporte incentivava práticas individualistas, ao contrário dos esportes cooperativos; já os comunistas defendiam o futebol como o alicerce central da consciência revolucionária.
d) os comunistas e os anarquistas acreditavam que as práticas esportivas desviavam os trabalhadores do inevitável caminho da revolução, porém, essa situação poderia ser consertada com o estabelecimento de esportes proletários.
e) para os anarquistas, a prática do futebol atrapalhava o processo de conscientização política dos trabalhadores, enquanto que, para os comunistas, a organização dos trabalhadores podia utilizar-se dessa mesma prática esportiva.


11. (UEG GO/2011) O comunismo rondava a Europa. Em meados do século XIX, o Manifesto Comunista é publicado. As lutas entre as forças conservadoras da nobreza e do clero contra a burguesia se acirram. Aumenta também a tensão entre liberais e socialistas. É neste contexto que Karl Marx ganha força com seu
a) espiritualismo histórico dialético.
b) materialismo histórico dialético.
c) positivismo histórico dialético.
d) criticismo histórico dialético.


12. (UEPB/2011) Mesmo não se podendo decretar a extinção do marxismo e do socialismo, podemos analisá-los pelo prisma da história e pelo papel que desempenharam nos séculos XIX e XX. Assinale a única alternativa INCORRETA.
a) O marxismo e o socialismo surgem quando o desenvolvimento industrial permitia uma acumulação de capitais jamais vista pela humanidade. Os efeitos colaterais disso se viam na pobreza, nas péssimas condições de trabalho, em jornadas intermináveis e nos míseros salários da classe operária.
b) O socialismo de tipo chinês e soviético, do século XX, possui um Estado forte, centralizador, baseado na ditadura do proletariado. Já a fórmula gestada por Marx e Engels - testada nos movimentos de trabalhadores europeus - defendia a autogestão da produção numa perspectiva anarquista e democrática.
c) O socialismo científico é fruto da análise que Marx e Engels fizeram de correntes do pensamento (da economia política, do socialismo utópico e da dialética). Para eles, a exploração do trabalhador só acabaria com a estatização, e posterior coletivização, dos bens e meios de produção.
d) O socialismo e o marxismo contribuíram nas lutas por direitos e melhores condições de vida. O sufrágio universal e a participação política da mulher faziam parte do rol de reivindicações de partidos, sindicatos e movimentos socialistas da Europa no século XIX.
e) Marx e Engels acreditavam que tudo que existe tende a acabar por conta de suas contradições. Eles propugnaram, no Manifesto Comunista (1848), que o capitalismo ruiria pelo seu próprio veneno e que os trabalhadores subiriam ao poder para instaurar a propriedade coletiva dos meios de produção.


13. (UESPI/2011) O capitalismo ganhou espaços no mercado europeu com a industrialização de várias regiões. Mesmo com a divulgação das suas conquistas, recebia críticas de muitos teóricos. Por exemplo, os marxistas:
a) acusavam o capitalismo de explorar os trabalhadores e provocar desigualdades sociais.
b) defendiam o fim imediato das relações capitalistas, com a implantação de um governo anarquista.
c) queriam o fim das monarquias constitucionais para que o capitalismo se humanizasse.
d) propunham a supremacia dos ideais iluministas e das ideias da filosofia idealista de Hegel.
e) criticavam os governos democráticos e liberais, sem pensar em fundar partidos políticos.


14. (UFRN/2011) As ideias de diversas correntes marxistas deram as bases teóricas das grandes revoluções políticas no século XX: a Revolução Russa de 1917, a Revolução Chinesa de 1949 e a Revolução Cubana de 1959.
Nos três exemplos citados, a inspiração marxista pode ser identificada
a) no Anarquismo, que propunha a destruição da propriedade privada e a abolição das hierarquias dentro do Estado, e que serviu de base norteadora para essas revoluções.
b) no combate ao Capitalismo, visando à formação de um mundo novo, que aboliria a desigualdade social e integraria o proletariado no cenário da política.
c) na forte vinculação existente entre as propostas dos revolucionários e aquelas defendidas pelo Liberalismo, sobretudo a defesa dos interesses dos trabalhadores.
d) na condução do processo revolucionário por um conjunto de partidos políticos defensores do Socialismo, sob lideranças camponesas, mas com frágil repercussão no proletariado.


15. (UNICAMP SP/2011) A história de todas as sociedades tem sido a história das lutas de classe. Classe oprimida pelo despotismo feudal, a burguesia conquistou a soberania política no Estado moderno, no qual uma exploração aberta e direta substituiu a exploração velada por ilusões religiosas.
A estrutura econômica da sociedade condiciona as suas formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, ao contrário, são as relações de produção que ele contrai que determinam a sua consciência.
(Adaptado de K. Marx e F. Engels, Obras escolhidas. São Paulo: Alfa-Ômega, s./d., vol 1, p. 21-23, 301-302.0)
As proposições dos enunciados acima podem ser associadas ao pensamento conhecido como
a) materialismo histórico, que compreende as sociedades humanas a partir de ideias universais independentes da realidade histórica e social.
b) materialismo histórico, que concebe a história a partir da luta de classes e da determinação das formas ideológicas pelas relações de produção.
c) socialismo utópico, que propõe a destruição do capitalismo por meio de uma revolução e a implantação de uma ditadura do proletariado.
d) socialismo utópico, que defende a reforma do capitalismo, com o fim da exploração econômica e a abolição do Estado por meio da ação direta.


16. (ACAFE SC/2011) Karl Marx, mediante análise dos mecanismos econômicos e sociais do capitalismo, criou uma série de conceitos econômicos, políticos e sociais que foram a base da ideologia socialista.
Acerca do Marxismo, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
a) O Marxismo defende que os meios de produção sejam controlados pela iniciativa privada, deixando ao Estado a administração das empresas públicas.
b) Para Marx, a exploração do operariado ficava evidente no conceito de mais-valia.
c) O Socialismo Científico de Marx defendia uma proposta revolucionária para o proletariado.
d) Para a Revolução Socialista, o comunismo representaria o fim das desigualdades econômicas e sociais.


17. (PUCCamp SP/2011) No campo das principais doutrinas filosóficas do tempo, nem o positivismo nem o evolucionismo atraíram Machado de Assis. Pelo contrário, a concepção progressiva e progressista da história da humanidade, partilhada pelos discípulos de Comte e de Spencer, parecia-lhe um contrassenso digno de irrisão.
Com raríssimas exceções, não há imagem de futuro nem pensamentos esperançosos na chamada segunda fase da narrativa machadiana. Os personagens e os narradores em primeira pessoa fazem o percurso do presente para o passado, voltando desenganados pelos reinos da memória. Brás Cubas, Bento-Casmurro e o Conselheiro Aires que o digam.
(Alfredo Bosi. Ideologia e contra ideologia. S. Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 414)
A teoria do evolucionismo, uma das bases do pensamento de Charles Darwin, teve significativa influência das ideias de Thomas Malthus, economista britânico que, no início do século XIX,
a) salientou a desproporção entre o crescimento demográfico e a disponibilidade de recursos, sugerindo que desastres como a fome, a epidemia e a guerra eram benéficas no sentido de serem um controle para o crescimento populacional.
b) inspirou a ideologia nazifascista, propondo que o extermínio de certas minorias populacionais cientificamente consideradas raças inferiores, era uma estratégia legítima de controle das massas e garantia da evolução da Humanidade.
c) sustentou, com suas teses, ser desnecessária a ocupação e colonização da África para o avanço da civilização ocidental, uma vez que as guerras intertribais, a desnutrição e a propagação de pandemias acabariam por dizimar naturalmente os povos considerados “primitivos”.
d) cunhou a noção de progressão geométrica nas Ciências Humanas, demonstrando ser esse o ritmo das transformações históricas e do desenvolvimento tecnológico, diferentemente das catástrofes naturais e sociais, que aconteciam em progressão aritmética.
e) refletiu sobre os fatores que causavam a diminuição das populações nos países recém-industrializados, constatando que a insalubridade nas fábricas, as aglomerações no meio urbano e a mortalidade causada pelo trabalho extenuante tendiam a aumentar progressivamente, exigindo intervenção do Estado.


18. (ESCS DF/2012) No decorrer do século XIX, em meio às crises políticas e revoluções, os trabalhadores conquistaram o seguinte direito político:
a) avanço progressivo dos regimes baseados no sufrágio universal;
b) direito do cidadão comum à posse de escravos;
c) extinção dos regimes republicanos;
d) avanço dos regimes baseados na união entre Igreja Católica e o Estado;
e) consolidação das monarquias absolutistas.


19. (FATEC SP/2012) Em 1848, dois jovens revolucionários alemães escreveram:
“Assim, o desenvolvimento da grande indústria mina sob os pés da burguesia as bases sobre as quais ela estabeleceu o seu sistema de produção e de apropriação. A burguesia produz, antes de mais nada, os seus próprios coveiros. A sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis.”
(Cf. K. Marx-F. Engels. Obras Escolhidas em três tomos. Lisboa-Moscovo: Edições “Avante!”/Edições Progresso, 1982.)
Esse texto expressa princípios da ideologia
a) fascista.
b) capitalista.
c) comunista.
d) iluminista.
e) darwinista.


20. (UEG GO/2012) Uma pesquisa publicada em março de 2011 informa que o sentimento religioso está diminuindo nos países ricos e que, em algumas décadas, o ateísmo pode se tornar majoritário nessas regiões. Independentemente de concordar ou não com as conclusões da pesquisa, filosoficamente, tal perspectiva pode ser relacionada a
a) Descartes e sua noção de que Deus existe na medida em que existe a ideia de Deus e ela está no homem, mas não veio do homem.
b) Marx, que definiu a religião como o “ópio do povo”, considerando que as condições materiais interferem nas crenças.
c) Sartre e a noção existencialista de que todo homem é livre e deve se responsabilizar por essa liberdade.
d) Spinoza e sua perspectiva de um deus panteísta, um deus que seria as próprias leis da natureza.


21. (UFPR/2012) Considerando os conhecimentos sobre os movimentos de esquerda política na Europa ao longo do século XIX, é correto afirmar:
a) A esquerda foi importante para a implantação definitiva do comunismo na França, por meio da Comuna de Paris, trazendo os sovietes para homens e mulheres, além de condições igualitárias de acesso ao trabalho e à educação. Mas a sua atuação não foi favorável à democracia, pois, após a I Internacional Comunista, a esquerda desvirtuou-se e passou a favorecer governos aristocráticos.
b) A esquerda abrangeu um amplo espectro de ideais, partidos, sindicatos e organizações (jacobinismo, socialismos utópico e científico, anarquismo, partidos e sindicatos de massa). De forma geral, ela exerceu uma pressão fundamental para a instituição de direitos democráticos em muitos países da Europa ocidental ao final do século XIX, tais como legislação trabalhista e sufrágio universal masculino, que foram incorporados por Estados aristocráticos e burgueses temerosos pelo “medo vermelho” (comunista/socialista).
c) Os movimentos de esquerda fizeram uma grande pressão para que governos monárquicos adotassem constituições, mas os socialistas utópicos recusavam-se a participar de qualquer forma de governo burguesa. Isso frustrou o projeto de uma revolução internacionalista, articulada pela I e II Internacional Comunista.
d) Os movimentos de esquerda foram um dos fatores decisivos no encerramento do Império alemão, instituindo o regime socialista na Alemanha no início do século XX, por meio da organização dos anarquistas. As forças de esquerda naquele país desejavam se articular com as revoluções socialistas em curso no restante da Europa.
e) A esquerda dividiu-se em muitas vertentes entre o final do século XIX e início do século XX, o que permitiu que somente os anarco-socialistas se tornassem uma força política crucial no cenário europeu, em especial na Itália e na Espanha. Até então, as forças de esquerda foram irrelevantes naquele continente, ficando à margem da política de massas.


22. (UEMA/2012) O Positivismo, corrente cientifica que influenciou demasiadamente os estudos historiográficos no Brasil ao longo do século XX, tinha como premissa o estabelecimento da verdade sobre o passado, a partir da investigação das fontes históricas. Sobre essa corrente, considere as afirmações a seguir.
I. A bandeira brasileira traz ao centro a inscrição: “ordem e progresso”, em referência a uma das concepções basilares dessa corrente, que considera a evolução de uma sociedade dependente, primeiro, do seu ordenamento sem o qual não há evolução.
II. Essa corrente, enquanto concepção metodológica de pesquisa histórica, apropriou-se dos princípios da Escola Romântica alemã, notadamente das ideias de Humboldt e Leopold Von Ranke. Portanto, entre o Historicismo e o Positivismo não há diferenças conceituais.
III. A ideia de que o historiador não poderia analisar criticamente a história, apenas descrever os fatos tais e quais se passaram, resultou na exaltação de personagens “ilustres”, “datas” e “lugares”, já que esses explicavam a história por si própria.
IV. Na divisão das ciências, a história ocupava o lugar mais importante, pois era o carro-chefe na compreensão das relações sociais e o historiador era o cientista que se encarregaria de aplicar a física social, ou seja, conduzir a sociedade.
V. Se a nação brasileira aplicasse integralmente os princípios positivistas, rapidamente se
transformaria numa nação rica e evoluída, pois aliaria o cientificismo dessa corrente com as ideias românticas de Ranke, como a valorização da cultura e dos sentimentos dos povos.
Estão corretas apenas as afirmações
a) II, IV e V.
b) I, II e III.
c) II e IV.
d) I e III.
e) IV e V.


23. (Fac. de Ciências da Saúde de Barretos SP/2013) A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes.
Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor e servo, mestre de corporação e oficial, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.
(Karl Marx e Friedrich Engels. Manifesto do Partido Comunista. www.histedbr.fae.unicamp.br. Adaptado.)
As ideias expostas no fragmento do Manifesto, de 1848, dizem respeito
a) ao movimento anarco-sindicalista, cujos líderes pregavam a transformação da sociedade por meio da ação direta dos trabalhadores organizados em sindicatos.
b) aos princípios da burguesia revolucionária que, em sua ação de derrubada do Antigo Regime, salientou a luta de classes para atrair as massas urbanas e campesinas.
c) ao movimento conhecido como socialismo utópico, cujos defensores acreditavam na transformação da sociedade de forma pacífica e por iniciativa da classe burguesa.
d) ao socialismo científico, que acreditava na existência de contradições internas em todos os sistemas de produção desenvolvidos historicamente pela humanidade.
e) às teorias anarquistas, que rejeitavam qualquer autoridade, com base na crença em uma sociedade fundada na gestão comunitária e cooperativa de seus membros.


24. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2013) O pensamento liberal volta-se contra as interferências da legislação e das práticas exclusivistas que restringem a operação benéfica da lei natural na esfera das relações econômicas.
(Winston Fritsch. In: SMITH, Adam. A Riqueza das nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983. v. 1. p. XVIII. Os economistas. Adaptado)
Os princípios que caracterizam o conjunto de práticas econômicas ao qual se opõe o pensamento liberal são:
a) os atos de navegação, o pacto colonial, a redução da margem de lucro e a ausência de legislação econômica.
b) a redução dos impostos, o incentivo às navegações, o exclusivo metropolitano e o monopólio comercial.
c) o metalismo, a balança comercial favorável, o protecionismo, o incentivo às manufaturas e o colonialismo.
d) o desenvolvimentismo, o livre comércio, a privatização, o controle cambial e o superávit primário.
e) o endividamento externo, a flutuação cambial, a taxa de juros variável, a ausência de barreiras alfandegárias e a redução da carga tributária.


25. (Fac. Santa Marcelina SP/2013) [...] O modo de produção não se restringe apenas ao âmbito econômico, mas estende-se a toda relação social estabelecida a partir da vinculação da pessoa ao trabalho. Uma característica básica desse modo de produção é que nele os homens encarregados de despender os esforços físicos, não são os mesmos que têm a propriedade das ferramentas e das matérias-primas (posteriormente também das máquinas), denominados “meios de produção”. Esta separação proporciona outro aspecto essencial do capitalismo, que é a transformação da “força de trabalho” em uma mercadoria, que, portanto pode ser levada ao mercado e trocada livremente (basta lembrar que no modo de produção escravista o objeto da troca é o escravo inteiro, e não só a sua força, enquanto que no feudalismo praticamente não havia trocas econômicas).
(http://lupiglauco.vilabol.uol.com.br/capitalismo.htm)
A posição contida no texto está apoiada na interpretação do funcionamento da economia e da sociedade capitalista conhecida como
a) positivismo.
b) socialdemocracia.
c) liberalismo.
d) marxismo. 
e) anarquismo.


GABARITO


1. (Fameca SP/2013) Leia os documentos.
Texto 1
O príncipe, como príncipe, não é visto como um homem específico, mas como personagem pública. Todo o Estado encontra-se nele e a vontade de todo o povo está contida na sua. Tal como em Deus está reunida toda a perfeição e toda a virtude, assim também todo o poder dos indivíduos está reunido na pessoa do rei. Que grandeza, um único homem conter tanta coisa!
Texto 2
Há, em cada Estado, três espécies de poderes [...]. Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as decisões públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos.
(Apud Armelle Enders, Marieta Ferreira e Renato Franco. História em curso: da Antiguidade à globalização, 2008.)
Analisando-se os textos, é correto afirmar que
a) ambos justificam a monarquia absoluta, mas o primeiro usa a teoria do direito divino e o segundo, o racionalismo.
b) ambos fornecem a justificativa ideológica dos Estados absolutistas, baseada no binômio religião-política.
c) o primeiro fundamenta a origem divina do poder real, enquanto o segundo defende a divisão do poder.
d) o primeiro repudia o absolutismo monárquico, enquanto o segundo apresenta argumentos para defendê-lo.
e) ambos negam a ideia de concentração dos poderes em apenas um indivíduo, típica do Iluminismo.


2. (Fameca SP/2013) As teorias evolucionistas de Darwin repercutiram em todas as áreas de conhecimento. Em sociologia, criou-se o darwinismo social, que inspirou inúmeros pensadores a analisar as sociedades segundo o modelo da evolução das espécies. Por esse pensamento, as sociedades foram classificadas como mais ou menos evoluídas. [...].
O século XIX foi o momento das transformações tecnológicas mais revolucionárias do mundo ocidental, mesmo que muitos inventos ou descobertas só tenham sido aplicados plenamente no século XX. [...].
O século XIX trouxe o sucesso da ciência, dos experimentos, das invenções, dos mecanismos revolucionários – tudo isso somado à vontade de ganhar dinheiro.
(Ronaldo Vainfas et al. História, 2010.)
Esse contexto mencionado pelos autores está relacionado
a) ao neocolonialismo e aos avanços da industrialização.
b) à descolonização afro-asiática e ao neoliberalismo.
c) ao imperialismo e ao apogeu do monopólio mercantilista.
d) à corrida imperialista e ao auge do capitalismo mercantil.
e) à expansão marítimo-comercial e ao mercantilismo.


3. (IFGO/2012) Em conjunto com as grandes transformações econômicas, políticas e sociais do final do século XVIII e início do XIX, surgiram várias teorias e doutrinas que buscavam justificar, regular ou reformar a ordem capitalista burguesa. Uma dessas teorias foi a de Thomas Malthus (1766-1834). Em 1798, em sua obra Ensaio sobre a População, ele defendia uma série de teorias afirmando a importância do controle da natalidade, em que o bem-estar populacional estaria intimamente relacionado com o controle do crescimento demográfico do planeta. Malthus defendia que o crescimento desordenado acarretaria na falta de recursos alimentícios para a população, gerando, como consequência, a fome.
Tomando como base o que foi dito no texto acima, marque a alternativa correta.
a) Segundo Malthus, as mudanças climáticas é a causa maior da fome no mundo, pois períodos de estiagem e chuvas intensas provocam o desabastecimento de alimentos no mundo.
b) A teoria de Malthus, embora tenha sido feita no final do século XVIII e início do XIX, ainda é muito atual, pois ele previu que o desenvolvimento tecnológico, que temos na atualidade, poderia, se a sociedade desejasse, evitar a miséria e a fome no mundo.
c) Malthus foi um grande filósofo do século XVIII e início do XIX. Ele inspirou muitos pensadores iluministas que lutavam pela igualdade social e pelo fim da fome no mundo.
d) Para Malthus, a pobreza e o sofrimento eram inerentes à sociedade humana e, as guerras e as epidemias ajudariam no equilíbrio entre produção e população. Além disso, era preciso conter os nascimentos, limitar a assistência aos pobres, o que desestimularia o aumento da população.
e) Historicamente, as teorias de Malthus são frutos do contexto da Peste Negra na Europa, pois foi nesta época que grandes períodos de desabastecimento de alimentos provocaram muita fome e mataram milhares de pessoas.


4. (IFSP/2013) Por volta dos séculos XV e XVI, os artesãos tinham grande interesse pelo seu trabalho específico e pela habilidade de realizá-lo. Assim, por exemplo, vidreiros, especialistas na difícil arte de fazer garrafas, copos e contas de vidro se realizavam, chegando até a revelar certo senso artístico. Dessa maneira, cada artesão se integrava totalmente em seu trabalho, interessando-se por ele.
(MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec. 1986. p. 81. Adaptado)
Passados alguns séculos, a Revolução Industrial do século XIX trouxe aos trabalhadores
a) a mesma satisfação que os artesãos dos séculos XV e XVI tinham em seu trabalho.
b) uma maior satisfação, pois, com a produção industrial, o fruto de seu trabalho era de melhor qualidade.
c) uma satisfação todo dia, pois, no século XIX, a jornada de trabalho era de apenas 6 horas diárias e sobrava muito tempo para o lazer.
d) uma satisfação a todo mês, quando ele recebia seu salário e, ao final de um ano, quando ele podia ter férias.
e) nenhuma satisfação, pois o operário não via o produto final de seu trabalho.


5. (IFSP/2013) Em 1843, a revista inglesa The Artisan publicou um artigo sobre as condições sanitárias dos operários nas cidades.
O artigo nos revela que as ruas eram tão estreitas que qualquer um podia saltá-las e entrar na casa da frente pela janela; os prédios eram muito altos e estreitos de modo que a luz mal penetrava no pátio ou ruazinha que os separava; não havia esgotos ou banheiros públicos ou mesmo sanitários nas casas: imundícies e excrementos de pelo menos 50 000 pessoas corriam nas valetas, trazendo um mau cheiro insuportável, que não só feria o olfato, mas representava um grande perigo à saúde das pessoas. As casas dessa gente pobre que ali morava pareciam ser sempre muito sujas. A maior parte delas se compunha de um único cômodo, com pouquíssima ventilação, com janelas quebradas ou mal colocadas, por onde entrava um cortante vento no inverno. Não raras vezes, um monte de palha servia de cama para a família toda: ali se amontoavam numa confusão revoltante, homens, mulheres, velhos e crianças. A água só existia nas bombas públicas e era muito difícil transportá-la, o que logicamente, favorecia tamanha imundície.
ENGELS, Friederich. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Global. p.47. Adaptado)
Na Inglaterra do século XIX, a vida miserável levada pelos operários se devia
a) à resistência desses trabalhadores aos ensinamentos dos patrões: para se ter saúde, a primeira condição é ter higiene.
b) à Revolução Gloriosa que, ao implantar o regime parlamentarista, deixou de lado as preocupações com a sociedade, pois isso não interessava economicamente aos lordes e aos burgueses.
c) à diminuição de empregos pelo fechamento das indústrias e à extinção dos programas habitacionais feitos pelo governo.
d) à crise econômica existente na Inglaterra, vítima de seguidas secas e excessivos gastos com a Coroa e com a nobreza britânicas.
e) aos baixíssimos salários que eram pagos, o que lhes impossibilitava viver de modo mais saudável e mais confortável.


6. (UCS RS/2013) O anarquismo é uma doutrina política que, a partir da segunda metade do século XIX, teve presença marcante no movimento operário internacional.
Sobre os pensadores anarquistas, é correto afirmar que
a) acreditavam ser possível reformar o capitalismo por meio da ação do Estado ou da associação dos trabalhadores em cooperativas autogeridas, onde não existiria um poder centralizado, nem leis e polícia.
b) propunham a criação de uma sociedade ideal, por meio da extinção da propriedade privada dos meios de produção e da implantação do comunismo.
c) defendiam que só havia uma forma de extinguir a sociedade capitalista: abolir de um só golpe o Estado burguês e a propriedade privada, instaurando uma sociedade desprovida de qualquer tipo de poder e constituída por pequenas comunidades autônomas.
d) argumentavam que só a luta político-eleitoral e parlamentar das classes trabalhadoras poderia conduzir a uma reforma da sociedade capitalista e à instauração do socialismo, para, posteriormente, chegar ao comunismo.
e) acreditavam que, antes de a sociedade chegar ao comunismo, deveria passar pela fase de transição, que seria o socialismo. Nele, haveria Estado e, portanto, leis, polícia, prisões; porém não existiria mais a relação patrão e empregado.


7. (UEFS BA/2013) Era a visão vermelha que arrastaria a todos, fatalmente, numa dessas noites sangrentas desse fim de século. Sim, uma noite, o povo em torrentes, desenfreado, correria assim pelos caminhos, gotejando o sangue burguês, exibindo cabeças, semeando o ouro dos cofres arrombados. As mulheres gritariam, os homens abririam suas queixadas de lobos, prontos para morderem. [...] Não sobraria nada, as fortunas e os títulos das situações adquiridas desapareceriam, até o dia em que talvez desabrochasse uma nova sociedade. Sim, eram essas coisas que estavam passando pela estrada, como uma força da natureza, e vinha delas o vento terrível que lhes açoitava os rostos.” (ZOLA. In: BRAICK; MOTA, 2010, p. 216).
ZOLA, E. In: BRAICK, P.; MOTA, M. História das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, v. 2, 2010.
O trecho de uma obra de Émile Zola refere-se à violenta reação das famílias de mineiros franceses contra as péssimas condições de trabalho, na era da Revolução Industrial.
Como reação dos trabalhadores a situações como essas, surgiram as teorias socialistas, que
a) apoiavam o afastamento do Estado da vida econômica, deixando que o mercado se autorregulasse.
b) defendiam o progresso dos mais capazes, em prejuízo daqueles que não apresentavam força individual para progredir.
c) defendiam uma divisão justa da riqueza entre todos, por meio de reformas sociais ou pelo caminho da revolução.
d) recomendavam aos empresários a aplicação de medidas assistencialistas para a melhoria das condições de trabalho.
e) reconheciam que a exploração do operário pela classe empresarial era inevitável, necessitando-se, portanto, de medidas beneficentes para contornar os conflitos.


8. (UEG GO/2013) No processo de constituição social dos valores sociais, geralmente se mesclam concepções filosóficas, políticas e morais. Nesse sentido, o valor social predominante no
a) socialismo científico é a competição solidária.
b) socialismo utópico é o autoritarismo religioso.
c) liberalismo econômico é o individualismo.
d) fascismo é o igualitarismo social.



9. (UEG GO/2013) Em sua 11.ª tese sobre Feuerbach, Karl Marx (1818-1883) afirma que “Os Filósofos até hoje interpretaram o mundo, cabe agora transformá-lo”. Muitos marxistas interpretaram mal a frase de Marx e abandonaram livros, teoria e partiram para a prática, negligenciando o significado da noção de práxis em Marx. Nesse sentido, tem-se que
a) a tese marxista estimulava a prática e não a teoria, já que a ideia de práxis privilegia o fazer em detrimento do pensar, o que levaria à condenação da filosofia como teoria pura.
b) a noção de práxis em Marx exige que a filosofia sempre permaneça nos limites do conhecimento teórico, pois a práxis humana deve ser conduzida por peritos técnicos e não por filósofos.
c) a ideia de práxis em Marx foi desvirtuada por aqueles que não perceberam que existe uma ruptura entre teoria e prática, e que o trabalho intelectual deve prevalecer sobre o trabalho manual.
d) a tese marxista criticava a filosofia por não favorecer uma práxis revolucionária na qual toda prática suscita a reflexão, que por sua vez vai incidir sobre a prática reorientando uma ação transformadora.



10. (UEG GO/2013) A respeito do materialismo histórico de Karl Marx, verifica-se que é uma
a) concepção historicista que compreende que a única ideologia válida é o materialismo originado com o iluminismo e aperfeiçoado por Augusto Comte, sendo a divergência de Marx com esses antecessores apenas política, já que ele propunha uma concepção revolucionária diferentemente deles.
b) concepção que considera que a matéria é a origem do universo e da sociedade, e que ela muda historicamente transformando o homem e a natureza, sendo por isso que Marx intitulou essa concepção com a junção das palavras materialismo e história.
c) teoria da história que analisa o processo real e concreto, enfatizando o modo de produção e reprodução dos bens materiais necessários para a sobrevivência humana e que passa a ser determinada pela luta de classes em determinadas sociedades.
d) concepção da história que defende que o processo histórico é determinado exclusivamente pelos interesses econômicos e materiais, sendo devido a isso que Marx atribuiu o nome “materialismo” à sua concepção em oposição ao “idealismo”, que defende que as pessoas perseguem seus ideais.



11. (UEPA/2012) A primeira metade do século XIX, na Europa, é conhecida como a “Primavera dos Povos” ou, no dizer de Eric Hobsbawm, a “Era das Revoluções”. As manifestações populares, as insurreições e as mudanças da ordem política ocorridas da Espanha à Rússia, da Bélgica à Itália, entre 1820 e 1848, foram alimentadas, em grande parte, pelo descontentamento popular ocasionado pelo desemprego e pela fome. Em termos ideológicos, estas sublevações eram motivadas:
a) pela atuação de grupos conspiradores, organizados na forma de sociedades secretas como a maçonaria e os carbonários, infiltrados nos núcleos organizativos do movimento operário e nos círculos republicanos.
b) pelo crescimento de grupos apoiadores do poder absolutista e defensores da restauração política das dinastias retiradas do poder pelas intervenções napoleônicas, em países europeus, no início do século XIX.
c) pela agitação política jacobina, que alimentou as primeiras organizações operárias na França e na Inglaterra e contribuiu para a estruturação do movimento operário e de suas formas de atuação.
d) pelas ideias socialistas utópicas, defensoras do acirramento da luta de classes e da extinção da propriedade privada, de modo a originar uma sociedade plenamente igualitária e regida pelo consenso proletário.
e) pelo ideário liberal, em torno do qual se aglutinaram grupos republicanos e socialistas, em oposição ao poder absolutista e em favor de uma ordem legal igualitária que deveria reger a sociedade civil.


12. (UFPB/2013) O século XIX foi marcado pela ascensão da burguesia ao poder político na Europa e pelo surgimento de sistemas de pensamento que buscavam a reorganização política da sociedade. Sobre essas ideologias políticas, é correto afirmar:
a) O ludismo era uma forma de luta operária que visava a diminuição do tempo de trabalho, de
forma a que os trabalhadores tivessem mais oportunidades de lazer e de descanso.
b) O liberalismo era uma ideologia que propunha o direito dos trabalhadores a mudar livremente de emprego ou função, o que era combatido pelos proprietários das fábricas.
c) O socialismo utópico defendia que os trabalhadores abandonassem as fábricas e o trabalho industrial, vistos como símbolos de uma nova escravidão, e fundassem comunidades rurais onde todos teriam os mesmos direitos.
d) O comunismo, baseado nas ideias de Karl Marx e Friedrich Engels, lutava para que os trabalhadores se organizassem em partidos revolucionários, que derrubariam a ordem burguesa e estabeleceriam a ditadura do proletariado.
e) O anarquismo acreditava que a burguesia jamais concederia direitos aos trabalhadores e que estes deveriam lutar contra o sistema industrial, através de greves gerais, assassinatos de patrões e destruição de máquinas.


13. (UFPB/2013) O materialismo histórico é uma das teorias utilizadas na interpretação e explicação dos processos históricos.
Sobre a concepção materialista da História, é correto afirmar:
a) Considera que as ideias criam a realidade social e histórica.
b) Acredita que a dinâmica da história é determinada por interesses individuais.
c) Prioriza os conceitos de cultura e ideologia em vez da categoria de trabalho.
d) Entende que os conflitos sociais são acidentais e isolados.
e) Compreende que a realidade econômica é predominante na explicação do processo histórico.


14. (UFPB/2013) O liberalismo e o socialismo são duas importantes correntes do pensamento político desde o século XIX.
Tendo em vista as características desses ideários políticos, é correto afirmar:
a) O liberalismo defendia a presença constante do Estado na vida social e econômica de uma nação.
b) O socialismo defendia os princípios da livre iniciativa e livre concorrência como condição para o progresso social.
c) O liberalismo criticava a intervenção estatal na economia, pois o mercado seria capaz de regular a produção da riqueza.
d) O socialismo acreditava que a economia deveria se voltar para as necessidades do lucro e da competitividade.
e) O liberalismo condicionava o crescimento da riqueza de uma nação à planificação econômica.



15. (UFT TO/2013) Em 1848, foi editada uma obra de Karl Marx e Friedrich Engels em que os autores difundiram as bases políticas e ideológicas da chamada “Luta de Classes.” Trata-se do livro:
a) Manifesto do Partido Comunista, no qual os autores conclamam os trabalhadores a se unirem para derrubar a burguesia e o capitalismo, por meio de uma revolução.
b) A Origem da Família, da Propriedade e do Estado, que definiu o conceito de comunas e soviets.
c) 18 Brumário, obra que retrata o retorno do sistema imperial na França após o Governo do Diretório.
d) Manifesto do Partido Comunista, no qual os autores conclamam os trabalhadores a se unirem para implantar o socialismo na Rússia por meio de uma revolução.
e) A Origem da Família, da Propriedade e do Estado, que definiu o conceito de comunismo.


16. (UNIUBE MG/2013) No século XIX, na Europa, enquanto se intensificava o processo de industrialização, os trabalhadores viam agravar suas precárias condições de vida. Nesse contexto, desenvolveu-se o pensamento socialista no afã de buscar soluções para essa realidade. O pensamento socialista ficou dividido em duas correntes: socialismo utópico e socialismo científico. As ideias comum e divergente entre eles são, respectivamente:
a) a tomada do poder político pelo proletariado; a distribuição das riquezas de acordo com as necessidades dos indivíduos.
b) a base da justiça social está na centralização estatal; a bondade dos homens levará à igualdade social.
c) o reconhecimento da luta de classes como base das desigualdades sociais; o trabalho como mecanismo produtor de riquezas e bem-estar.
d) a transformação social pela revolução; a criação de uma sociedade alternativa de base humanista e cristã.
e) a concepção de uma sociedade mais justa; a ausência de análise da realidade concreta para viabilização das transformações sociais.



17. (FM Petrópolis RJ/2014) [...] o traço mais evidente [dos cem anos entre 1814 e 1914] é a frequência de choques revolucionários. Esse século, por direito, pode ser chamado o século das revoluções [...]. Contudo, todos esses movimentos revolucionários não se reduzem — talvez nenhum se reduza de modo total — a sequelas da Revolução de 1789. À medida que o século se aproxima do fim, outras características se afirmam, passando pouco a pouco à frente da herança da Revolução Francesa.
RÉMOND, René. O século XIX: 1815-1914. São Paulo: Cultrix, 1974. p. 13. Adaptado.
De acordo com o texto, novas caraterísticas da realidade histórica europeia entre 1814 e 1914 resultaram num “novo tipo de revolução”.
Uma ideologia política que inspirou tais movimentos revolucionários e difundiu-se com intensidade inédita nessa nova conjuntura foi o
a) guevarismo
b) dadaísmo
c) getulismo
d) anarquismo
e) absolutismo


18. (IFGO/2014) A produção capitalista não é apenas produção de mercadorias, ela é essencialmente produção de mais valia. Só é produtivo o trabalhador que produz mais valia para o capitalista, servindo assim à auto expansão do capital.
MARX, K. O Capital: crítica da economia política. Livro 1, v. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
Segundo as ideias de Marx, as duas classes fundamentais da moderna sociedade capitalista – a burguesia e o proletariado – se estruturaram ao longo do processo de industrialização ocorrido na Europa ao final do século XVIII e ao início do século XIX. Ao mesmo tempo, esse processo levou à consolidação de duas correntes opostas de pensamento econômico e social e que tem seus reflexos nas sociedades atuais e em suas históricas formas de organização política e econômica.
O texto expressa a existência de oposição entre as seguintes correntes de pensamento econômico e social nos séculos XIX, XX e XXI:
a) Liberalismo e socialismo.
b) Comunismo e socialdemocracia.
c) Fascismo e liberalismo.
d) Keynesianismo e liberalismo.
e) Comunismo e populismo.



19. (Mackenzie SP/2014) A respeito das consequências do processo industrial na Inglaterra, durante os anos 1840, Friedrich Engels escreveu.
Todas as grandes cidades possuem um ou vários “bairros de má reputação” – onde se concentra a classe operária. É certo que é frequente a pobreza morar em vielas escondidas, muito perto dos palácios dos ricos, mas, em geral, designaram-lhe um lugar à parte, onde, ao abrigo dos olhares das classes mais felizes, tem de se safar sozinha, melhor ou pior. Estes “bairros de má reputação” são organizados em toda a Inglaterra mais ou menos da mesma maneira, as piores casas na parte mais feia da cidade (...).
Friedrich Engels. A situação da classe trabalhadora em Inglaterra. Lisboa: Afrontamento, 1975, p.59
Pela análise da citação acima e do contexto histórico da época, assinale a alternativa correta.
a) Em uma perspectiva comparada, o Brasil também vivenciou, à mesma época citada do excerto, um processo industrial significativo, com exploração da mão de obra imigrante na implantação dos setores de infraestrutura. Esse processo ficou conhecido como “desenvolvimentismo”.
b) Apesar dos avanços verificados no processo produtivo, a introdução de máquinas pouco contribuiu para a remodelação do espaço urbano, uma vez que continuaram predominantes as mesmas concepções medievais, com destaque para os “bairros de má reputação”.
c) No início do século XIX, as cidades industriais europeias lembravam os antigos espaços urbanos da época renascentista: remodelados conforme as necessidades da população – elite e populares.
d) A Europa vivenciou, naquele período, o nascimento de ideologias contestatórias do sistema capitalista, destacando-se o Anarquismo defendido por Engels, segundo o qual o melhor caminho para alcançar uma sociedade mais justa seria a social democracia.
e) A consolidação da maquinofatura no processo produtivo provocou uma definitiva separação entre capital e trabalho, gerou amplas camadas marginalizadas do processo de acumulação capitalista e criou concepções burguesas de ocupação dos espaços públicos.


20. (UECE/2014) O século XIX foi marcado pelo surgimento de correntes de pensamento que contestavam o modelo capitalista de produção e propunham novas formas de organizar os meios de produção e a distribuição de bens e riquezas, buscando uma sociedade que se caracterizasse pela igualdade de oportunidades. No que diz respeito a essas correntes, assinale a afirmação verdadeira.
a) O socialismo cristão buscava aplicar os ensinamentos de Cristo sobre amor e respeito ao próximo aos problemas sociais gerados pela industrialização, mas apesar de vários teóricos importantes o defenderem, a Igreja o rejeitou através da Encíclica Rerum Novarum, lançada pelo Papa Leão XIII.
b) No socialismo utópico, a doutrina defendida por Robert Owen e Charles Fourrier, prevaleciam as ideias de transformar a realidade por meio da luta de classes, da superação da mais valia e da revolução socialista.
c) O socialismo científico proposto por Karl Marx e Friedrich Engels, através do manifesto Comunista de 1848, defendia uma interpretação socioeconômica da história dos povos, denominada materialismo histórico.
d) O anarquismo do russo Mikhail Bakunin defendia a formação de cooperativas, mas não negava a importância e a necessidade do Estado para a eliminação das desigualdades.



21. (UNIMONTES MG/2014) Analise as afirmativas a seguir, marcando C para as corretas ou I para as incorretas, em relação ao socialismo utópico.
(__) Os socialistas utópicos formaram o primeiro grupo de teóricos a formular críticas profundas ao progresso industrial e a propor reformas sociais.
(__) Os teóricos do socialismo utópico atacaram a propriedade privada e formularam a teoria da luta de classes como agente transformador da sociedade.
(__) Os socialistas utópicos propunham a criação de uma sociedade sem classes, baseada na doutrina social da Igreja, exposta pela Teologia da Libertação.
(__) Os socialistas utópicos idealizavam propostas baseadas em acordos entre as classes sociais, como mecanismo de construção de um mundo mais justo.
A sequência CORRETA é:
a) I, I, I, I.
b) C, I, I, C.
c) C, C, C, C.
d) I, C, C, I.



22. (UFJF MG) Na Europa do final do século XVIII e início do século XIX, vários pensadores difundiam seus projetos políticos, econômicos e filosóficos com o objetivo de transformar radicalmente a sociedade e a economia capitalista. Influenciados pelas ideias oriundas da Revolução Francesa, pregavam a melhoria da condição de vida dos trabalhadores com base nos preceitos da igualdade e solidariedade. Saint-Simon (1760-1825), Robert Owen (1771-1858) e Charles Furrier (1772-1837) faziam parte de um grupo de pensadores que pretendia transformar a sociedade através da boa vontade e participação de todos. Almejavam a melhoria das condições de vida dos operários explorados pela Revolução Industrial e a igualdade de gênero (entre homens e mulheres). E defendiam a necessidade de desenvolver o cooperativismo entre os trabalhadores.
Tal movimento filosófico e político ficou conhecido como:
a) Comunismo Primitivo.
b) Anarco-Sindicalismo.
c) Socialismo Utópico.
d) Marxismo Leninista.
e) Darwinismo Social.



23. (ENEM/2013) Na produção social que os homens realizam, eles entram em determinadas relações indispensáveis e independentes de sua vontade; tais relações de produção correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade – fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social.
MARX, K. Prefácio a Crítica da economia política. In. MARX, K. ENGELS F. Textos 3. São Paulo. Edições Sociais, 1977 (adaptado).
Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com que
a) o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia.
b) o trabalho se constitua como o fundamento real da produção material.
c) a consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso humano.
d) a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento econômico.
e) a burguesia revolucione o processo social de formação da consciência de classe.



24. (FM Petrópolis RJ/2015) Para alguns teóricos dos estudos demográficos, uma população jovem numerosa, resultante das elevadas taxas de natalidade, verificadas nos países periféricos, necessita de grandes investimentos sociais em educação e saúde. Com isso, diminuem os investimentos em setores produtivos como o agrícola e o industrial, o que impede o desenvolvimento pleno das condições de vida da população em geral. Daí, defenderem-se a necessidade de programas de controle da natalidade e a disseminação da utilização de métodos anticoncepcionais nesses países. Nesse contexto, o planejamento familiar dos segmentos mais pobres da população torna-se imperioso.
Os argumentos apresentados sobre a dinâmica populacional referem-se à teoria
a) marxista
b) reformista
c) malthusiana
d) neomalthusiana
e) da transição demográfica


25. (Famerp SP/2015) A futura organização social deve ser feita somente de baixo para cima, pela livre associação ou federação dos trabalhadores, nas associações primeiramente, depois nas comunas, nas regiões, nas nações e, finalmente, em uma grande federação internacional e universal. É somente então que se realizará a verdadeira e vivificadora ordem da liberdade e da felicidade geral, a qual, longe de renegar, afirma o contrário e concilia os interesses dos indivíduos e da sociedade.
(Mikhail Bakunin. Textos escolhidos, 1980.)
O texto pode ser associado às ideias
a) comunistas, que propõem a ditadura do proletariado como caminho para a construção de uma sociedade justa e igualitária.
b) liberais, que criticam as interferências do Estado na economia e defendem a importância das ações individuais.
c) socialistas, que identificam a união dos trabalhadores como forma possível de confrontar e derrubar o sistema capitalista.
d) fascistas, que insistem na prioridade da vontade coletiva e dos interesses nacionais.
e) anarquistas, que contestam as diversas expressões da autoridade e defendem a supressão dos Estados.


GABARITO