1. (FCC) O objeto próprio dessa virtude é atribuir a cada um o seu, conforme a fórmula tradicional já mencionada por Platão e que será retomada por toda a literatura clássica: que se efetue uma partilha adequada, em que cada um não recebe nem mais nem menos do que a boa medida exige. Aristóteles encontra, portanto, uma explicação de sua teoria geral da virtude como busca do meio-termo: mas, aqui, o meio-termo está nas próprias coisas, que são atribuídas a cada um em quantidades nem grandes nem pequenas demais, mas média entre esses dois excessos [...]. O objetivo é obter ou preservar uma certa harmonia social; procurar conseguir o que Aristóteles chama uma igualdade. (Adaptado de: VILLEY, Michel. A formação do pensamento jurídico Moderno. São Paulo: Martins Fontes, 2009, p. 41 e 42)

O texto acima caracteriza o que se entende corretamente por

A) justiça distributiva, que nos tempos atuais e por uma ótica dogmática pode ser realizada por meio do Direito Público, quando este busca efetivar a justa distribuição dos bens.
B) justiça pautada na reciprocidade, em que o dinheiro opera uma equivalência entre produtos e serviços.
C) justiça corretiva, expressa modernamente e por uma ótica dogmática no direito privado.
D) direito privado (direito de família, contratos de compra e venda etc.), que expressa uma justa distribuição entre os cidadãos da cidade.
E) justiça comutativa, que se dá a partir do princípio de igualdade simples ou aritmética.


2. (VUNESP) Concepções filosóficas sobre a natureza humana divergiram muito entre filósofos da era moderna. Para Thomas Hobbes, o ser humano é naturalmente egoísta, preocupando-se apenas consigo mesmo. Para Jean Jacques Rousseau, por outro lado, o ser humano é naturalmente bom. Considerando estas duas perspectivas diversas, assinale a alternativa correta.

A) Para Hobbes, a organização do Estado permite ao ser humano permanecer egoísta.
B) Segundo Rousseau, a natureza humana precisa ser domesticada pela sociedade.
C) As teses sobre a natureza humana de Hobbes e Rousseau acabam coincidindo.
D) Na perspectiva de Rousseau, a vida em sociedade corrompe a natureza humana.
E) Hobbes defende uma perspectiva otimista sobre a verdadeira natureza humana.
 

3. (FCC) Sobre a política NÃO corresponde ao pensamento de Aristóteles:

A) O homem é um animal político por natureza porque é da natureza humana buscar a vida em comunidade.
B) A família e a aldeia (famílias e clãs) são as duas formas comunitárias existentes, cronologicamente anterior à comunidade política.
C) Cada forma política tem uma causa própria para sua corrupção, exceto a democracia porque possui o controle dos cidadãos.
D) A comunidade política é o fim a que tendem a comunidade familiar e a comunidade de aldeia.
E) O Estado ideal é um regime misto que combina o que há de melhor na aristocracia e na república.
 

4. (UECE) Segundo a obra A Política de Aristóteles, a democracia pode ser definida como

A) o governo da maioria com vistas ao bem comum.
B) o governo de todos com vista ao bem comum.
C) o governo exercido no interesse dos pobres.
D) o governo exercido pelos melhores homens.
 

5. (UECE) Na obra Justiça Como Equidade. Uma reformulação, John Rawls concebe que os princípios de justiça devem ser concebidos a partir de um acordo equitativo na posição original. Em seu entendimento, esse acordo tem que ser visto como

A) hipotético e ahistórico.
B) categórico e ahistórico.
C) hipotético e histórico.
D) categórico e histórico.


GABARITO
1:A - 2:D - 3:C - 4:C - 5:A


1. (UECE) Acerca da filosofia política de Hobbes, assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

(__) A condição em que todos os homens naturalmente se encontram é para Hobbes a da guerra de todos contra todos.
(__) Justiça e injustiça não são mais do que convenções estabelecidas pelos homens.
(__) A política tem fundamento natural, logo, deriva dos ditames da natureza.
(__) A terceira lei da natureza prescreve que os homens busquem a paz.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

A) V, V, F, F.
B) F, V, F, V.
C) V, F, V, V.
D) F, F, V, V.
 

2. (UECE) Na obra Justiça Como Equidade. Uma reformulação John Rawls concebe uma teoria da justiça como equidade, que se trata de uma

A) concepção política de justiça.
B) doutrina moral abrangente acerca da justiça.
C) concepção moral de justiça.
D) filosofia moral aplicada à justiça.
 

3. (UECE) Acerca da relação entre filosofia, ética e felicidade na obra A Política, de Aristóteles, considere as seguintes afirmações:

I. A felicidade de cada um deve ser proporcional às suas qualidades morais.
II. Os homens adquirem e preservam as qualidades morais graças aos bens exteriores.
III. A vida melhor é uma vida conforme as qualidades morais e com meios suficientes para a prática de ações moralmente boas
IV. Os prazeres do corpo devem se sobrepor aos bens da alma.

Está correto o que se afirma em

A) I e III apenas.
B) II, III e IV apenas.
C) I, II e IV apenas.
D) I, II, III e IV.
 

4. (FUMARC) Leia o texto a seguir: “Porque enquanto cada homem detiver seu direito de fazer tudo quanto queira, todos os homens se encontrarão numa condição de guerra.” (HOBBES, T. Leviatã. SP: Nova Cultural, 2004. p. 114. Adaptado)

O pensador inglês Thomas Hobbes acredita que, para evitar a guerra, os homens devem se associar e determinar a autoridade de um poder central (o Estado), capaz de assegurar a paz entre seus membros. Essa autoridade precisa
A) construir um ambiente de diálogo.
B) garantir os desejos individuais.
C) instituir o estado de natureza.
D) limitar as liberdades individuais.
E) respeitar as decisões comuns.
 

5. (FUMARC) Leia o texto a seguir:

“Muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca se viram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre o como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar; e um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruíne entre tantos que são maus” (MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 69. Adaptado).

O trecho acima se refere ao esforço de Maquiavel em conceber a política como autônoma em relação à ética. Ele consegue isso distinguindo entre

A) a monarquia, com a política astuciosa dos príncipes, e a república, com os valores éticos da democracia.
B) a preservação de si mesmo com seus valores cristãos e a falsa profissão de bondade real.
C) a virtú, força viril dos políticos guerreiros, e a fortuna, a benção divina sobre o governante.
D) o como se vive, a política como verdade efetiva, e o como se deveria viver, as utopias éticas.
E) os homens maus, a política como maquiavelismo, e os homens bons, as virtudes cristãs.



GABARITO
1:A - 2:A - 3:A - 4:D -5:D