1. (GAMA FILHO RJ/1995) O fortalecimento internacional do Estado Nacional na Inglaterra remonta ao século XVII, período no qual lançou-se à conquista de um império colonial. Nessa conjuntura, os Atos de Navegação (1651), decretados por Oliver Cromwel assumiram uma Grande importância. esses Atos relacionam-se à:
a) quebra da hegemonia dos transportes marítimos exercida pela Holanda.
b) derrota da “invencível armada” espanhola em sua tentativa de conquista da Inglaterra.
c) aliança naval entre França e Inglaterra para o controle das rotas comerciais orientais.
d) dominação inglesa do comércio de especiarias realizado na China.
e) demarcação dos territórios africanos sujeitos à colonização e administração inglesas.


2. (PUC SP/2002) O "Ato de Navegação", de 1651, estabelecia que mercadorias compradas da Inglaterra ou vendidas a ela só poderiam ser transportadas em navios ingleses.
Essa medida pode ser considerada:
a) a cristalização da hegemonia inglesa sobre o Mediterrâneo e sobre os mares europeus, que só cessou com a descoberta de novos caminhos para o Oriente pelos navegadores ibéricos.
b) a imposição, a países como França e Holanda, da hegemonia mercantil inglesa, impedindo-os de manterem relação de monopólio com suas possessões coloniais nas Américas e na África.
c) a vitória da burguesia liberal inglesa sobre a aristocracia, que preferia incentivar o comércio interno a investir no comércio externo e no aparato militar-naval.
d) a consolidação do domínio inglês sobre os mares, que deu a Inglaterra, por vários séculos, claro predomínio naval e mercantil, especialmente no Oceano Atlântico.
e) a superação definitiva do feudalismo e o reinicio de atividades comerciais, articulando a ilha em que está localizada a Inglaterra e a parte continental da Europa.


3. (UFF RJ/1996) "República? Monarquia? Eu não conheço senão a Questão-social". A afirmação de Robespierre, dirigente máximo do processo revolucionário francês na fase da Convenção, iluminada a face popular da Revolução Francesa, especialmente o combate aos privilégios do Rei e da aristocracia.
Assinale a opção que melhor caracteriza, historicamente a investida revolucionária contra os privilégios do Antigo regime, deflagrada na França entre fins do século XVIII e inícios do XIX:
a) Adotada pela Assembleia Constituinte francesa em agosto de 1789, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão proclamou a igualdade de todos os franceses perante a lei, abolindo-se as distinções de nascimento, os privilégios aristocráticos e as desigualdades de fortuna.
b) Refletindo na América Hispânica, o ideal francês de igualdade social resultou na independência dos países latino-americanos e na imediata abolição dos regimes de trabalho servis até então vigentes.
c) Na América Portuguesa, a influência da Revolução Francesa se fez notar logo em 1789, com a Inconfidência Mineira, conjuração que aspirava fundar uma República nos moldes da Convenção francesa, cortando-se os laços com a metrópole e abolindo a escravidão.
d) A possessão francesa de Saint-Domingue, atual Haiti, foi cenário do radicalismo extremo a que chegou à onda revolucionária, não obstante a manutenção constitucional da escravidão e a instalação de um regime monárquico inspirado nos quilombos.
e) A fase mais radical do processo revolucionário francês deu-se na Convenção, entre 1793 e 1794, fase em que o Comitê de Salvação Pública ancorando na agitação dos sans-cullotes, ordenou a execução de vários membros da antiga nobreza e do próprio rei, Luís XVI.


4. (UFOP MG/1994) Relaciona-se á crise do Antigo Sistema Colonial, exceto:
a) o movimento da Conjuração Mineira.
b) a conjuntura revolucionária na Europa.
c) a influência das ideias iluministas no território colonial.
d) o movimento de independência das Treze Colônias.
e) a guerra dos Farrapos no Rio Grande do Sul.


5. (UFOP MG/1995) Com relação ao processo de formação dos Estados na Europa entre os séculos XV e XVIII, assinale a alternativa correta.
a) O Estado espanhol se constituiu após um intenso processo de lutas pela sua autonomia contra o domínio português ocorrido entre 1580 e 1640 (Guerra da Restauração).
b) Após a Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453) a Inglaterra finalmente conquistou a integridade de seu território, anteriormente ocupado, parcialmente por nobres franceses.
c) A instituição do Estado holandês, na época chamado Províncias do Norte reunidas, se deu através de uma luta contra o domínio espanhol.
d) Durante o reinado de Luís XIV, a França recuperou as dimensões territoriais na época do reinado de Carlos Magno.
e) O processo a unificação do Estado alemão se encerrou após a Guerra dos Trinta Anos (1618–1648), conflito que envolveu a maioria dos Estados europeus.


6. (Mackenzie SP/2001) Durante a Guerra Civil Inglesa, 1642 - 1649, puritanos, favoráveis a um regime republicano, e presbiterianos, partidários de uma monarquia controlada pelo parlamento, romperam sua aliança.
Assinale a alternativa que apresenta as principais medidas implementadas pelos partidários de Oliver Cromwell.
a) Revolução Gloriosa, invasão da Irlanda e o restabelecimento da monarquia.
b) Execução do rei, expulsão dos presbiterianos do Parlamento e edição dos Atos de Navegação.
c) Criação da Lei dos Cercamentos, restabelecimento do catolicismo como religião oficial e a criação da Petição dos Direitos, também chamada de Segunda Carta Magna Inglesa.
d) Dissolução do Parlamento, Proclamação da Commonwealth e a prisão dos principais líderes puritanos.
e) Proclamação da República, criação da Lei dos Cercamentos e a decretação da Paz com a Escócia.


7. (FUVEST SP/1991) Qual das opções abaixo ordena corretamente a sequência cronológica do processo histórico:
a) Crise do sistema feudal – Liberalismo Burguês – Revolução Francesa – Formação dos Estados Absolutos.
b) Iluminismo – absolutismo monárquico – capitalismo industrial – descoberta da América.
c) Renascimento – capitalismo monopolista – expansão islâmica – mercantilismo.
d) Feudalismo – expansão ultramarina – reforma – despotismo esclarecido.
e) Capitalismo comercial – Revolução Industrial – colonialismo português – as Cruzadas.


8. (UNIFOR CE/1999) A respeito da sociedade do Antigo Regime é correto afirmar que:
a) a etiqueta pode ser inserida numa estratégia política de dominação, no momento de constituição das Cortes, as quais se ligam à formação do Estado Moderno, num longo processo de concentração de poder e de um ritual de adoração ao rei ou príncipe.
b) após a Revolução Francesa a etiqueta tornou-se mais rígida, regulando a mobilidade social e
marcando os comportamentos da burguesia, que deveria treinar cada um de seus gestos para dar a impressão de uma sociedade estável.
c) a condição para ser cavaleiro, doutor ou sacerdote era a de nascimento ou herança porque cada condição dependia do fato de se pertencer a uma ordem. A ordem por excelência era a dos sacerdotes, da qual derivavam as demais ordens.
d) as casas ganharam uma nova espacialização interna, com funções determinadas para cada aposento como: dormir, comer, receber visitas. Tais hábitos foram logo copiados pela nascente burguesia mercantil, ávida em copiar os costumes da nobreza.
e) a etiqueta foi um importante instrumento de ascensão social para a nascente burguesia, uma vez que suas regras possibilitavam aos homens expressarem seus costumes de modo a obter prestígio.


9. (UNIFOR CE/2001) "... de qualquer modo, o simples crescimento já complica o esquema; a ampliação das tarefas administrativas vai promovendo o aparecimento de novas camadas sociais, dando lugar aos núcleos urbanos etc. Assim, pouco a pouco vão se revelando oposições de interesse entre colônia e metrópole, e quanto mais o sistema funciona, mais o fosso se aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial, quanto mais opera, mais estimula a economia central, que é o seu centro dinâmico. A industrialização é a espinha dorsal desse desenvolvimento, e quando atinge o nível de mecanização da indústria (...), todo o conjunto começa a se comprometer porque o capitalismo não se acomoda (...) com as barreiras do regime..."
(Fernando Novais. As Dimensões da Independência. In: Guilherme Mota. 1822. Dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972. v. 67)
O texto descreve um fenômeno que identifica, no Brasil, fatores responsáveis:
a) pela implantação do monopólio comercial.
b) pelo êxito da política econômica do mercantilismo.
c) pela criação do governo geral e crise das câmaras municipais.
d) pela crise do sistema colonial e pelos movimentos nativistas.
e) pelo fracasso das capitanias hereditárias e pela ocupação litorânea.


10. (UFU MG/2014) Entre os anos de 1789 e 1801, as autoridades de Lisboa viram-se diante de problemas sem precedentes. De várias regiões da sua colônia americana chegavam notícias de desafeição ao Trono, o que era sobremaneira grave. A preocupante novidade residia no fato de que os objetos das manifestações de desagrado, frequentes desde os primeiros séculos da colonização, deslocava-se, nitidamente, de aspectos particulares de ações do governo para o plano mais geral da organização do Estado. O que se percebe, agora, nos transbordamentos da fronteira da legalidade estrita, é que a própria forma de organização do poder se torna o alvo das críticas, e a sua substituição por outra afirma-se como o objetivo que move os homens.
JANCSO, Istvan. “A sedução da liberdade: cotidiano e contestação política no final do século XVIII” In: SOUZA, Laura de Mello e. História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p.388-389, (adaptado)
Ao analisar os eventos ocorridos na América portuguesa no final do século XVIII, os historiadores buscam integrá-los ao quadro geral de transformações pelas quais passava o Império luso. Assim as “desafeições ao Trono”
a) representavam a luta dos nacionais pela criação de um estado independente, da mesma maneira que havia ocorrido com os países hispânicos no começo do século XVIII.
b) apresentavam-se como um combate pela transformação social da colônia, via abolição da escravidão e privilégios de nascimentos, manifestada na Inconfidência Mineira (1789).
c) voltavam-se contra as reformas pombalinas que visaram modernizar a colônia, por meio da expulsão dos jesuítas e separação entre a Igreja e o Estado brasileiro.
d) simbolizavam a crise do Antigo Regime na periferia do sistema atlântico, decorrente do amadurecimento do capitalismo internacional e do advento das ideias iluministas.


11. (Mackenzie SP/2005) Pelo Tratado de Methuen, assinado em 1703, Portugal se comprometeu a comprar tecidos produzidos pelos ingleses; em troca, a Inglaterra daria preferência à importação do vinho produzido em Portugal
Entre as consequências desse acordo econômico, podemos assinalar:
a) a interrupção do afluxo de grandes volumes de ouro e pedras preciosas extraídos do Brasil para Inglaterra, serviriam para alimentar o processo de industrialização inglês.
b) o estímulo ao desenvolvimento da produção no nordeste do Brasil, incentivando a exportação de melaço de cana para substituir o mel natural na fabricação do tradicional vinho português.
c) o desestímulo e a posterior ruína dos grupos manufatureiros portugueses, que passaram a sofrer a concorrência direta dos artigos provenientes da Inglaterra.
d) o desenvolvimento de manufaturas na colônia, com a fundação de diversas Companhias Gerais de Comércio, como a do Estado do Grão-Pará e Maranhão e a de Pernambuco e Paraíba.
e) o equilíbrio da balança comercial portuguesa, que diminuiu a exploração colonial a que estava submetido o Brasil, pois o valor das importações da metrópole passou a ser inferior ao das suas exportações.


12. (Mackenzie SP/2005) A Revolução Americana repercutiu intensamente em outros Estados nacionais e colônias. No Brasil, Tiradentes andava com uma constituição norte-americana na mão, procurando colaboradores para traduzi-la do inglês; em 1817, na insurreição que ocorreu em Pernambuco – chamada Revolução Pernambucana – houve quem se apelidasse de Washington, em homenagem ao primeiro presidente dos Estados Unidos.
Carlos Guilherme Mota
Assinale a alternativa que relaciona, corretamente, a Independência dos Estados Unidos com a Inconfidência Mineira e com a Revolução Pernambucana.
a) A Independência dos EUA foi responsável pelo desencadeamento de um processo revolucionário em todas as Américas. No Brasil, a liderança do movimento coube exclusivamente aos setores marginalizados da sociedade.
b) Inspirados nos ideais abolicionistas de Washington, implementados nas Colônias Inglesas da América, Tiradentes e Frei Caneca deram início à luta pelo fim do trabalho escravo no Brasil.
c) Os três movimentos foram manifestações nativistas fracassadas, que se sublevaram contra suas respectivas metrópoles em oposição as restrições à livre circulação de idéias nas colônias.
d) A Revolução Americana, a Inconfidência Mineira e a Revolução Pernambucana sofreram influência dos postulados liberais ingleses e do iluminismo francês, que condenavam o absolutismo e desmascaravam a opressão da estrutura colonial.
e) A independência dos EUA, a Inconfidência Mineira e a Revolução Pernambucana de 1817 têm em comum a presença, em suas lideranças, apenas de membros das elites coloniais que combateram as ideias absolutistas e o pacto colonial.


13. (UFTM MG/2006) As Revoluções Inglesas do século XVII e a Revolução Francesa (1789) apresentam, em comum:
a) a vitória da burguesia, que impôs sistemas políticos baseados na soberania popular e na república parlamentarista.
b) a consolidação das estruturas do Antigo Regime, que triunfaram sobre os princípios da Ilustração.
c) a implantação de uma república, sob inspiração dos ideais iluministas, que perdura até a atualidade.
d) a influência do liberalismo, que defendia formas representativas de governo e o direito à propriedade.
e) a liderança das camadas populares, que concretizaram sua aspiração por igualdade econômica.


14. (FUVEST SP/2003) Da independência dos Estados Unidos (1776), da Revolução Francesa (1789) e do processo de independência da América Ibérica (1808-1824), pode-se dizer que todos esses movimentos:
a) decidiram implementar a abolição do trabalho escravo e da propriedade privada.
b) tiveram início devido à pressão popular radical e terminaram sob o peso de execuções em massa.
c) conseguiram, com o apoio da burguesia ilustrada, viabilizar a revolução industrial.
d) adotaram ideias democráticas e defenderam a superioridade do homem comum.
e) sofreram influência das ideias ilustradas, mas variaram no encaminhamento das soluções políticas.


15. (FUVEST SP/2005) Qual das afirmações seguintes, sobre o regime republicano de governo, é verdadeira?
a) Na Europa, por volta de 1900, era o regime político da maioria dos países.
b) O Brasil adotou esse regime político por intervenção direta dos demais países da América espanhola.
c) Os Estados Unidos e o Canadá adotaram simultaneamente o regime referido.
d) Como regime político, apareceu no mundo ocidental, pela primeira vez, no século XVIII.
e) As ex-colônias espanholas da América adotaram tal regime político antes de sua ex-metrópole.


16. (UNIRIO RJ/2005) A crise do antigo regime se manifestou de forma variada nas estruturas da Europa Moderna, ao longo do século XVIII. Determinou mudanças em diversos aspectos da ordem monárquica e absolutista conforme se manifestou nos Estados europeus.
A crise do antigo regime se caracterizou por um conjunto de mudanças, dentre as quais, podemos citar:
a) no âmbito cultural, o abandono da felicidade individual na terra em prol da busca coletiva do paraíso, conforme expresso no Barroco.
b) no plano político, a transformação moderada das monarquias absolutas em monarquias constitucionais e parlamentares, baseadas na divisão de poderes do Estado em executivo, legislativo e judiciário.
c) no contexto econômico, o comprometimento das monarquias absolutas com as práticas econômicas liberais demandadas pela burguesia, tais como o liberalismo alfandegário e o metalismo.
d) nas ideias científicas, a difusão da doutrina mecanicista que interpretava o universo como uma máquina, cujo conhecimento seria possível através das leis divinas.
e) no aspecto social, o declínio da sociedade estamental baseada nos privilégios de ordem da nobreza e do clero, tornando o súdito um cidadão no processo das revoluções burguesas.


17. (UFSCAR SP/2006)  (...) os deputados do povo não são, nem podem ser, seus representantes; não passam de seus comissários, nada podendo concluir definitivamente. É nula toda lei que o povo diretamente não ratificar e, em absoluto, não é lei. O povo inglês pensa ser livre e muito se engana, pois o é somente durante a eleição dos membros do parlamento; logo que estes são eleitos, ele é escravo, não é nada. Durante os breves momentos de sua liberdade, o uso que dela faz mostra que bem merece perdê-la.
Sobre as ideias e o autor do texto, é correto afirmar que são
a) discussões filosóficas renascentistas de Bodin, em defesa do absolutismo monárquico e contra a representatividade do povo no parlamento.
b) reflexões sobre a legitimidade de representação do povo inglês no parlamento, feitas por Locke, durante a fase mais radical da Revolução Francesa.
c) análise do poder, feita por Maquiavel, defendendo a constituição de um Estado forte, fundado na relação de representação direta do povo diante do poder do príncipe.
d) críticas filosóficas iluministas feitas por Rousseau ao sistema político de representação, com a defesa da participação direta do povo nas decisões do Estado.
e) estudo crítico socialista de Marx sobre a importância da participação direta do proletariado na organização do sistema político de representação parlamentar inglês.


18. (UFAL/2006) A crise era geral e punha em xeque tanto o sistema mercantilista de colonização como o absolutismo da metrópole.
(Fernando A Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1981 p. 159)
No contexto dos Tempos Modernos, o autor faz referência à crise que teve como causas
I. a ascensão dos governos despóticos na Europa.
II. a difusão das ideias anarquistas pelos continentes.
III. o desenvolvimento do processo de industrialização.
IV. a propagação dos ideais dos pensadores iluministas.
São corretas SOMENTE
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.


19. (UNIFAP AP/2006) A crise do sistema feudal comporta os primeiros ensaios da modernidade. O período de construção dessa modernidade foi acompanhado e influenciado por mudanças políticas e culturais decisivas para o aparecimento do Mundo Moderno. Faz parte do contexto que possibilitou o surgimento dos primeiros momentos da Idade Moderna
a) a Revolução Industrial e as profundas mudanças sociais por ela desencadeadas.
b) o Renascimento – movimento que criticava o absolutismo, o mercantilismo e os privilégios da nobreza e do clero, através da renovação da arte e da cultura europeia.
c) o Iluminismo que assegurou a formação das Monarquias Nacionais, através da justificativa do poder absoluto do Príncipe presente nas obras de pensadores como Voltaire, Montesquieu e Rousseau.
d) a Reforma Protestante, movimento que determinou a ruptura da unidade da Igreja Católica e deu origem ao protestantismo.
e) a Revolução Francesa, movimento que expressou os ideais de liberdade e cidadania, e que fez o mundo ingressar em uma era inteiramente nova.


20. (FURG RS/2007) Analise as proposições abaixo, sobre o chamado Antigo Regime, ocorrido na França durante a Modernidade.
I. os burgueses, principalmente a alta burguesia, auxiliaram aos monarcas na luta contra a nobreza, através de impostos e financiamento, pois pretendiam retirar desta última os monopólios econômicos que detinha.
II. os Estados Nacionais foram importantes na coordenação da Expansão Marítima e na conquista de colônias, pois com isso conseguiriam o enriquecimento burguês nacional e seu próprio fortalecimento.
III. visando a justificar a centralização e a concentração de poderes nas mãos do rei, juristas e legistas apoiaram-se no Direito Romano, na religião e mesmo na praticidade política do Estado Moderno.
Estão corretas as afirmativas:
a) todas.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) nenhuma.


GABARITO

1. (UEG GO/2007) O longo movimento que vai do Renascimento ao Iluminismo caracteriza-se pela consolidação da Modernidade, expressa em mudanças significativas nas formas de ver e ordenar a vida social, econômica e política no universo europeu. Com base no exposto, julgue a validade das proposições que se seguem.
I. O Absolutismo europeu pode ser caracterizado a partir de dois casos clássicos: o inglês, que ilustra a possibilidade de convivência entre os nobres e a burguesia, e o francês, que evidencia uma crescente dicotomia entre a nobreza e o terceiro estado.
II. Os contatos sistemáticos do europeu com os nativos do Novo Mundo influenciaram a concepção, amplamente aceita, de que a Europa representava a civilização e a América e a África, o espaço da barbárie e selvageria.
III. A acumulação primitiva de capital decorrente do mercantilismo praticado na exploração das treze colônias do Norte possibilitou a ascensão da Inglaterra à condição de potência europeia em princípios do século XVII.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Apenas as proposições I e II são verdadeiras.
b) Apenas as proposições II e III são verdadeiras.
c) Apenas as proposições I e III são verdadeiras.
d) Todas as proposições são verdadeiras.


2. (UECE/2008) Sobre as Revoluções Burguesas, são feitas as seguintes afirmações:
I. Consolidam o liberalismo e marcam mudanças nas estruturas econômicas, políticas e sociais de suas respectivas sociedades.
II. Têm como base a defesa do Antigo Regime e iniciam a transição do feudalismo para o capitalismo.
III. Seus exemplos mais expressivos são: Revolução Inglesa (1644), Revolução Americana (1776) e Revolução Francesa (1789).
Assinale o correto.
a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações I e III são falsas.
c) Apenas as afirmações II e III são falsas.
d) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.


3. (UEMG/2008) Leia, a seguir, o trecho de uma crítica de Jean Jacques Rousseau, contrapondo-se à concepção de estado de natureza, na perspectiva de Thomas Hobbes:
“Sobretudo, não vamos concluir, como Hobbes, que o homem, por não ter nenhuma ideia de bondade, seja naturalmente mau (...). Refletindo sobre os princípios que estabelece, esse autor deveria dizer que o estado de natureza sendo aquele em que o cuidado de preservação é o menos prejudicial à de outrem, consequentemente era o mais favorável à paz e o mais conveniente ao gênero humano.”
Fonte: ROUSSEAU, J.J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Coleção Os Clássicos da Política. Editora UNB. São Paulo: Ática, 1989> p. 73.
Comparando as Revoluções Inglesas do século XVII e a Revolução Francesa, no século XVIII, indique a alternativa que apresenta a explicação CORRETA para as diferentes percepções sobre as respectivas revoluções.
a) Os conflitos desenvolvidos na Inglaterra foram desencadeados por forças populares desesperadas
e famintas, que formaram exércitos organizados no interior, enquanto que a questão, na França, se
consolidou por um conflito entre grupos da nobreza.
b) Na Inglaterra, os movimentos puritanos defenderam uma restauração da paz e do estado de ordem, baseados no resgate religioso e moral do país, enquanto na França, o estado de natureza foi desencadeado a partir dos abusos cometidos pelos vícios da sociedade de corte.
c) A expansão das propriedades de terra concentradas na nobreza inglesa permitiu que grupos de
operários se concentrassem nas periferias, proporcionando conflitos urbanos sangrentos, enquanto, na França, o campesinato desenvolveu táticas de guerrilha aguardando as tropas do rei, oriundas de Paris.
d) O Estado, na Inglaterra, garantiu a ordem através do Parlamento, que se associou ao rei, dando ao
país um estado civil constituído, enquanto que, na França, o rei cooptou a nobreza de espada, oferecendo-lhe terras que pertenciam ao campesinato.


4. (UFGD MS/2008) O chamado Antigo Regime, que existiu em muitos países europeus ao longo da Idade Moderna, compreende um conjunto de características econômicas, sociais, políticas e culturais. Dentre essas características, é CORRETO incluir
a) na economia, o predomínio de relações capitalistas; e, na política, a hegemonia das ideias liberais.
b) na sociedade, uma hierarquia determinada não pelo nascimento, mas pelas riquezas que o indivíduo
conseguisse acumular; e, na economia, as práticas monopolistas.
c) na política, o predomínio de monarquias absolutistas; e, na economia, o intervencionismo estatal (mercantilismo).
d) na economia, a generalização do princípio do laissez-faire; e, na sociedade, uma hierarquia constituída segundo critérios de estamentos e ordens.
e) na cultura, o predomínio do pensamento racional e científico; e na religião o enfraquecimento da influência das igrejas protestantes.


5. (UNIMONTES MG/2008) Em relação à economia portuguesa, nos séculos XVII e XVIII, pode-se afirmar que
a) se subordinou à economia inglesa, notadamente a partir do Tratado de Methuem, assinado em 1703.
b) expandiu suas áreas de interesse, tornando-se a principal potência capitalista no período.
c) se consolidou como líder da navegação internacional e das práticas econômico-financeiras.
d) se voltou para a economia de subsistência, devido à grave crise social e econômica que a nação
vivenciava.


6. (UFAC/2009) Sobre o Estado no Antigo Regime, na Idade Moderna, é correto afirmar que:
a) O rei assume o processo da Revolução Francesa;
b) O Estado é dominado por ideias iluministas, com ascensão social dos servos;
c) O Estado dá à Igreja Católica o poder para assumir toda a produção fabril da Europa ocidental;
d) O Estado assume uma postura democrática e descentralizadora;
e) O Estado Moderno retratou a transição do feudalismo para o capitalismo, abrindo espaço ao novo grupo burguês mercantil ascendente e a instalação de monarquias nacionais, consolidando-se a concepção de um Estado interventor;


7. (UFPA/2009) Na sociedade francesa do Antigo Regime, um banqueiro milionário fazia parte do terceiro Estado tanto quanto um modesto camponês. Contudo, mesmo em condições sociais e econômicas diferentes, os membros dessa ordem tinham em comum o (a)
a) reconhecimento da burguesia como a principal classe da sociedade francesa, considerando que esta era a mais numerosa e a mais homogênea das três ordens.
b) abolição dos direitos feudais e o desaparecimento da cobrança do imposto da Corveia e a ampliação da cobrança do dízimo à nobreza de espada.
c) desejo de abolição dos privilégios do clero e da nobreza, ou seja, o fim dos direitos feudais e a instalação de uma verdadeira igualdade de direitos civis.
d) vontade de abolir a divisão entre burgueses e camponeses, visto que todos eram os maiores produtores da França e contribuíam igualmente com os impostos nacionais.
e) desejo de uma Constituição que reconhecesse os membros do terceiro Estado como os verdadeiros representantes da Comuna de Paris.


8. (UCS RS/2009) Nas sociedades do Antigo Regime, os grupos sociais estavam divididos em três estamentos: clero, nobreza e servos. Associe os três estamentos, listados na Coluna A, às características que os identificam, elencadas na Coluna B.
COLUNA A
Clero
Nobreza
Servos
COLUNA B
(__) Eram os portadores da tradição cristã e deviam zelar pela manutenção de seus princípios no seio da comunidade.
(__) Formavam a maioria da população e eram encarregados dos trabalhos necessários à subsistência da sociedade.
(__) Possuíam a direção militar da sociedade, empunhando suas armas contra os inimigos da fé cristã e os agressores externos.
(__) Por pertencerem ao único grupo social que tinha acesso ao estudo, seus membros exerciam forte controle na sociedade e parte deles ocupava cargos administrativos importantes nos reinos medievais.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) 2, 1, 2, 3
b) 2, 2, 1, 3
c) 1, 3, 2, 1
d) 1, 2, 3, 2
e) 3, 3, 2, 1


9. (UFPA/2009) Entre os séculos XVII e XIX, o cenário europeu foi abalado pela chamada “Era das Revoluções”, com movimentos como o ocorrido na França em 1789, que instalou uma nova ordem burguesa. Contudo, a fase pré-revolucionária da França, conhecida como “Antigo Regime”, apresentava uma série de características, antigas e modernas, entre as quais se destaca:
a) a inovadora magistratura, que passou a deter o exclusivo poder de julgar os delitos de todas as classes, inclusive os do Rei, que era reconhecido pelos seus súditos como um representante divino, com poderes sobrenaturais.
b) o reconhecimento da nobreza como uma das classes sociais mais privilegiadas da França, sendo também a mais rica e mais culta, tanto que dela faziam parte os profissionais liberais e os ricos mercadores, que instituíram o Iluminismo francês.
c) a existência de uma sociedade homogênea, sem classes e dirigida por um Rei assessorado por homens ilustres como Voltaire, Rousseau e Diderot, que abominavam a intolerância religiosa e a existência da escravidão: era o despotismo esclarecido.
d) a existência de uma aristocracia, que era muito rica em terras e rendas e que tinha o privilégio de ensinar os jovens que se dedicavam à arte da cavalaria, especialmente aqueles que pertenciam à nobreza togada, que se tornaria a base da nova burguesia.
e) o fato de a burguesia, embora economicamente poderosa, fazer parte do Terceiro Estado, o que a deixava sem privilégios e direitos, equiparando-a, nesse sentido, aos camponeses, que, na maioria, deviam obrigação aos senhores, o que lembrava a servidão feudal.


10. (UFU MG/2009) “O pensamento e o gosto mudam segundo os tempos: não se expresse de forma conservadora e mantenha seu gosto atualizado. O gosto da multidão é decisivo em quase tudo. (...) O sábio deve adaptar-se de corpo e alma ao momento presente, ainda que o passado lhe pareça melhor.”
GRACIÁN, Baltasar. A arte da prudência [1647]: aforismos selecionados. Rio de Janeiro: Sextante, 2006. p. 50
Considerando o trecho citado e o contexto cultural do Antigo Regime europeu no século XVII, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
a) A cultura cortesã no Antigo Regime europeu foi caracterizada pelo seu apego aos modelos da Antiguidade Clássica, mantendo-se, portanto, alheia às questões políticas, sociais e religiosas de seu tempo.
b) A consciência de que o presente e os costumes usuais devem pautar os hábitos e o gosto dos homens de corte é um traço característico da modernidade e de suas manifestações artísticas nos séculos XVII e XVIII.
c) No plano artístico, a cultura europeia do século XVII caracterizou-se pelo chamado estilo “Barroco”: forma de expressão artística voltada, na época, para a elite letrada, sem apelo estético para as massas populares.
d) O desapego dos “homens de corte” ao passado é traço de sua falta de “consciência histórica” e do obscurantismo cultivado pela Igreja da Contrarreforma, que não admitia referências pagãs na arte e na literatura.


11. (UNIMONTES MG/2009) (...) o período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um tipo de Estado e a introdução de uma nova estrutura política dentro da qual o capitalismo podia desenvolver-se livremente.
(FLORENZANO, Modesto. As revoluções burguesas. Coleção Tudo e História. São Paulo: Brasiliense. 1981, p. 69)
A destruição referida pelo autor relaciona-se com
a) o controle dos reis sobre a Igreja, afastando a concorrência papal.
b) o fim do absolutismo real.
c) o desenvolvimento da indústria, graças aos cercamentos.
d) a transformação da Inglaterra na maior potência naval europeia.


12. (UNIMONTES MG/2009) A revolução inglesa tornou possível, pela primeira vez, à sociedade e, dentro dela, particularmente aos homens de propriedade, a conquista e o gozo da liberdade civil e política. A garantia desta liberdade (concebida como natural), destes direitos civis e políticos, era agora assegurada pelos próprios indivíduos (transformados em cidadãos) e não mais por uma autoridade monárquica de origem divina ou humana. (...) com a revolução francesa, foi dado um passo à frente: à ideia (liberal) de igualdade civil e política, acrescentava-se a de igualdade (ou justiça) social.
(FLORENZANO, Modesto. As revoluções burguesas. São Paulo: Brasiliense, 1981, p. 116-117)
Com base no texto e em seus conhecimentos, marque V (verdadeiro) ou F (falso) a respeito das revoluções francesa e inglesa.
(__) Tanto a revolução francesa como a inglesa mantiveram os entraves que impediam o desenvolvimento da ordem capitalista.
(__) O processo revolucionário inglês estimulou ideias de liberdade política e civil, formuladas sobretudo por John Locke.
(__) As duas revoluções mantiveram intactas as figuras do rei e excluíram a participação popular como princípio legal.
(__) Os Levellers (niveladores) e os Diggers (Escavadores) constituíram os grupos radicais da revolução inglesa, enquanto os sans cullotes eram a base dos jacobinos da revolução francesa.
Você obteve:
a) F, F, F e V.
b) V, F, V e F.
c) F, V, F e V.
d) V, V, V e F.


13. (UEL PR/2010) Sobre a sociedade europeia da Era Moderna é correto afirmar:
a) O fluxo de ouro e prata das Américas, na Europa dos séculos XVI e XVII, acabou por produzir um
desequilíbrio monetário que beneficiou as economias dos países ibéricos e prejudicou, com alta inflação, as economias da Inglaterra, França e Holanda.
b) Com a Contrarreforma, a Igreja Católica absorveu as críticas dos reformadores protestantes, promoveu uma rigorosa transformação interna e ofereceu acordo para a pacificação entre as várias correntes do cristianismo.
c) A introdução de exércitos regulares, a criação de burocracias permanentes e de sistemas tributários nacionais, a codificação do direito e a organização regulamentada de mercados nacionais unificados constituem a base da centralização efetuada pelas monarquias absolutas.
d) No período conhecido como Renascimento Cultural e Científico houve um esforço generalizado por
recuperar a cultura medieval, que até então estava sufocada pela hegemonia da cultura da Antiguidade greco-romana.
e) A expansão do capitalismo na Europa Moderna produziu o Antigo Regime, caracterizado por grande mobilidade social entre as ordens sociais da Aristocracia, Burguesia e Proletariado.


14. (UFMG/2010) Considerando-se as características do Antigo Regime, é INCORRETO afirmar que
a) a economia foi fortemente marcada pela atividade comercial, regida por concepções e práticas denominadas Mercantilismo.
b) a expansão comercial associada à expansão marítima provocou forte migração e consequente despovoamento das cidades europeias.
c) a organização política predominante era fundamentada no Absolutismo monárquico e se legitimou pela teoria do Direito Divino dos Reis.
d) o processo de ocupação e colonização de territórios além-mar ajudou a expandir a cultura e os valores da Europa.


15. (UNIMONTES MG/2010) As Frondas, fenômenos da França do século XVII, eram
a) um conjunto de ações políticas da burguesia contra a nobreza e o Estado absoluto, materializando-se numa espécie de ensaio da Revolução Francesa de 1789.
b) revoltas dos católicos contra os protestantes, o que resultou em grande emigração dos últimos para
países com maior tolerância religiosa como a Holanda e a Inglaterra.
c) movimentos de oposição, entre outros fatores, aos altos impostos estabelecidos pela Monarquia, representando, em certa medida, uma ameaça ao regime absolutista.
d) mobilizações camponesas de inspiração milenarista-messiânica que colocavam em xeque o poder real e questionavam os dogmas católicos então prevalecentes.


16. (UNIOESTE PR/2010) Sobre o chamado “período moderno” assinale a alternativa INCORRETA.
a) Voltaire, Montesquieu e Jean-Jacques Rousseau são homens que escreveram e viveram na época
moderna.
b) A monarquia foi a forma de governo absolutamente predominante na Europa até a entrada do século
XX.
c) Nesse período aconteceu o que chamamos de Renascimento, que se inicia na Itália com o desenvolvimento do comércio.
d) A Reforma surgiu como uma ação da Igreja Católica como resposta frente aos questionamentos religiosos do período.
e) Calvinismo, Anglicanismo e Contrarreforma foram movimentos que se deram na época moderna.


17. (ESPM/2011) Leia os textos e responda:
Do lado do rei estavam os católicos da Inglaterra e da Irlanda, os anglicanos do norte e do oeste e os lordes, alta nobreza possuidora da terra feudal. Militarmente, as tropas reais eram constituídas pelos cavaleiros. Pelo Parlamento lutavam os puritanos, pequenos proprietários rurais e comerciantes, e os artesãos das cidades; Londres apoiava o Parlamento e lhe fornecia muitos recursos. Os componentes do exército do Parlamento eram chamados de Cabeças Redondas.
(Christopher Hill. O Eleito de Deus)
Entre 1648-1652, a França viveu lutas. Para reprimir a rebelião burguesa que tendia a se alastrar de Paris para outras cidades, Mazarino contou com a ajuda de elementos da nobreza, como o príncipe de Condé. Na repressão aos revoltosos, Condé adquiriu poderes e passou a rivalizar com a autoridade de Mazarino. Quando o cardeal tentou reagir, destituindo Condé do comando do exército, desencadeou-se a rebelião da nobreza contra o poder central.
(Raymundo de Campos. História Geral)
Os textos apresentados devem ser relacionados respectivamente com:
a) Revolução Gloriosa – Revolução Francesa;
b) Revolução Puritana – As Guerras da Fronda;
c) Revolução Puritana – Revolução Francesa;
d) Rebelião de Wat Tyler – As Guerras da Fronda;
e) Revolução Gloriosa – Jacquerries.


18. (UFG GO/2011) Leia os trechos de manuais de etiqueta a seguir.
Assoar o nariz no chapéu ou na roupa é grosseiro, e fazê-lo com o braço ou cotovelo é coisa de mercador. [...] O correto é limpar as narinas com um lenço e fazer isto enquanto se vira, se pessoas mais respeitáveis estiverem presentes.
Da civilidade em crianças, de Erasmo de Rotterdam, 1530.
O indivíduo não deve, como os rústicos que não frequentaram a corte ou viveram entre pessoas refinadas e respeitáveis, aliviar-se, sem vergonha ou reserva, na frente de senhoras ou diante das portas ou janelas de câmaras da corte ou de outros aposentos.
Regulamento da Corte de Wernigerode, 1570.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. [Adaptado]
Durante a Idade Moderna, as sociedades absolutistas foram marcadas pela instauração de modelos de conduta. A análise dos trechos dos manuais evidencia que os códigos de etiqueta inseriam-se na sociedade do Antigo Regime como uma
a) ferramenta de instrução que visava à inserção de camponeses e mercadores nos padrões de civilidade.
b) forma de doutrinação que associava o comportamento dos cortesãos aos valores religiosos vigentes.
c) normatização das emoções que estabelecia novos preceitos para os sentimentos de nojo e pudor.
d) estratégia de homogeneização que reduzia as distinções sociais ao instituir padrões de comportamento.
e) prática de legitimação que promovia a tolerância a diferentes hábitos como fundamento civilizatório.


19. (UFT TO/2012) [...] no início do século XVI a Coroa parecia proteger a burguesia, isso era feito para conseguir reforço contra as casas feudais ainda existentes, o que explica o acordo inicial entre a Coroa e o Parlamento – que representava principalmente os comerciantes e grandes proprietários de terra. Havia ainda os inimigos externos, principalmente a Espanha. Pouco a pouco, contudo, todos eles foram sendo exterminados – interna e externamente – e a lua-de-mel entre a monarquia e o Parlamento, que sob os Tudor raramente se reunia, aprovando sempre a política real, chegou ao fim. Os interesses opostos das duas partes vieram à tona e, quando teve início o reinado da dinastia Stuart, Jaime I (1603-1625) e Carlos I (1625-1649) tiveram de enfrentar a forte oposição do Parlamento.
MICELI, Paulo. As revoluções burguesas. São Paulo: Atual, 1987, p. 25 e 26.
A oposição descrita no texto, que culminou na Revolução Puritana (1642-1651), decorreu da
insatisfação do Parlamento quanto às seguintes medidas adotadas pela monarquia:
a) Imposição do monopólio sobre a indústria de tecidos, imposição do anglicanismo aos escoceses, arrecadação de impostos nas cidades litorâneas, invasão do Parlamento por Carlos I e prisão de líderes oposicionistas.
b) Expropriação maciça dos camponeses, a aceleração da arrecadação imperialista diante da nascente produção industrial e o partidarismo de Carlos II ao catolicismo.
c) Aumento das despesas do Estado monárquico para suprir os gastos oriundos da guerra de independência dos Estados Unidos e a “subvenção territorial”, igualando os impostos de proprietários, nobres e camponeses.
d) Nomeação, por Jaime I, de um Conselho de Estado que deveria ser responsável por ações governamentais e responder pela Câmara dos Lordes.
e) Estabelecimento de acordos entre a monarquia e grupos religiosos compostos pelos radicais presbiterianos e pelos moderados puritanos (levellers e diggers).


20. (UFJF MG/2012) Leia, com atenção, o texto abaixo:
O liberalismo transformou a Europa tal qual era em 1815 (...) Talvez somente na Inglaterra, nos Países Baixos e nos países escandinavos o liberalismo transformou pouco a pouco o regime e a sociedade por meio de reformas. Em todos os outros lugares, acossado pela resistência obstinada dos defensores da ordem estabelecida, que recusava qualquer concessão, o liberalismo recorreu ao método revolucionário (...) O espírito do século, o clima, a sensibilidade romântica, o exemplo da Revolução Francesa e a mitologia dela decorrente também orientam para soluções do tipo revolucionário. Esta é uma das consequências do romantismo: a preferência sentimental pela violência; toda uma mitologia da barricada, da insurreição triunfante, do povo em armas impôs as soluções revolucionárias.
REMOND, René. Introdução à história do nosso tempo. São Paulo: Cultrix, 1986. p. 35. v.2: O século XIX – 1815-1914.
Sobre as ondas revolucionárias liberais europeias no século XIX, leia as afirmativas abaixo:
I. As revoluções de 1820 se propagaram, principalmente, pela Europa meridional, influenciando, diretamente, os movimentos de Independência das colônias americanas em relação às metrópoles portuguesa e espanhola.
II. Em reação às medidas centralizadoras e restauradoras da antiga monarquia dos Bourbons, na França, a onda revolucionária de 1830 conduziu à proclamação da república e à adoção do sistema presidencialista.
III. Os movimentos liberais de 1848 foram marcados pela presença dos ideais republicanos e nacionalistas, influenciando, diretamente, o processo de unificação da Itália e da Alemanha.
Agora, marque a alternativa CORRETA.
a) Todas estão corretas.
b) Todas estão incorretas.
c) Apenas a I e a II estão corretas.
d) Apenas a I e a III estão corretas.
e) Apenas a II e a III estão corretas.


21. (UECE/2012) “A grande revolução de 1789-1848 foi o triunfo não da ‘indústria’ como tal, mas da indústria capitalista; não da liberdade e da igualdade em geral, mas da classe média ou da sociedade ‘burguesa liberal’; não da ‘economia moderna’ ou do ‘Estado moderno’, mas das economias e estados em uma determinada região geográfica do mundo (parte da Europa e alguns trechos da América do Norte), cujo centro eram os Estados rivais e vizinhos da Grã-Bretanha e França. A transformação de 1789-1848 é essencialmente o levante gêmeo que se deu naqueles dois países e que dali se propagou por todo o mundo.”
HOBSBAWM, Eric J. A Era das RevoluçõesEuropa 1789-1848. Trad. Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos
Penchel. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1989. p. 17. As revoluções referidas acima por Hobsbawm são:
a) a Revolução Iluminista e a Guerra das Rosas.
b) a Revolução Industrial e a Revolução Inglesa.
c) a Revolução Americana e a Revolução Francesa.
d) a Revolução Francesa e a Revolução Industrial.


22. (IFRS/2014) Leia o trecho a seguir.
Pela primeira vez na história, um rei ungido foi julgado por faltar à palavra dada a seus súditos e decapitado em público, sendo seu cargo abolido. Aboliu-se a Igreja estabelecida, suas propriedades foram confiscadas e se proclamou [...] uma tolerância religiosa bastante ampla.
Stone, Lawrence. La Revolución Inglesa. In: Marques, Adhemar; Berutti, Flávio; Faria, Ricardo. História Contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2008, p. 13.
Os acontecimentos narrados no trecho dizem respeito
a) aos efeitos do movimento revolucionário iniciado na década de 1640, após iniciada a guerra civil que levou à derrota de Carlos I e ao estabelecimento da república sob liderança de Oliver Cromwell.
b) à criação do anglicanismo por Henrique VIII, após este ter rompido com a Igreja Católica e confiscado as propriedades que esta possuía dentro do reino, em virtude do estabelecimento do Ato de Supremacia.
c) à Convenção Nacional, etapa revolucionária mais radical conduzida pelos jacobinos, responsáveis pela execução do rei Luís XVI e pela ampliação dos direitos políticos das classes mais baixas.
d) à Guerra dos Trinta Anos, que culminou com a morte do Sacro Imperador Romano Germânico e que levou ao predomínio do luteranismo em todo o centro da Europa.
e) à sangrenta disputa efetivada pela posse do trono francês, ocorrida entre católicos e huguenotes, culminando com a coroação de Henrique IV, monarca que estabeleceu a liberdade religiosa no país.


23. (UNIFICADO RJ/2014) A crise política do Antigo Regime que antecede a Revolução Francesa foi acompanhada de uma crise econômica. A crise da indústria francesa, devido, em parte, ao tratado firmado com a Inglaterra, em 1786, compõe o conjunto de dificuldades daquele momento. Por esse tratado, os ingleses exportariam tecidos para a França que, por sua vez, exportaria vinhos para a Inglaterra. A crise econômica francesa se agravou ainda mais em função desse tratado porque
a) a interferência das condições climáticas sobre a agricultura na França reduziu a sua competitividade econômica em relação aos agricultores ingleses.
b) a excessiva cobrança de impostos sobre os vinicultores da França provocou uma retração da produção e consequente colapso desse setor.
c) as indústrias francesas sucumbiram à concorrência, em seu mercado interno, da vigorosa indústria têxtil inglesa.
d) o ritmo de produção dos melhores vinhos franceses era inferior à produtividade econômica dos vinicultores ingleses.
e) os ingleses descumpriram os termos do tratado, reexportando os vinhos franceses para vários países da Europa.


GABARITO