1. (PUC RJ/1994) "Movimento intelectual portador de uma visão unitária do mundo e do homem, o Iluminismo, apesar das diversidades de leituras que lhe são contemporâneas, conservou uma grande certeza quanto à racionalidade do mundo e do homem."
(Francisco Falcon - Iluminismo)
O movimento Iluminista, no século XVIII, representou a:
a) Crítica ao mecanismo, fundamentada nos dogmas do pensamento religioso católico.
b) Justificativa da dominação do homem pelo homem, representada nas práticas escravistas.
c) Defesa da teocracia pontifícia, frente aos abusos cometidos pela monarquia absoluta.
d) Afirmação das ideias do progresso e natureza, o que permitiu o avanço do conhecimento racional.
e) Subordinação ideológica do poder político civil às práticas e doutrinas da Igreja contra-reformista.
2. (UECE/2000) Analise o seguinte comentário acerca da sociedade europeia, no século XVIII:
“Os filósofos se erigiram como preceptores do gênero humano. Liberdade de pensar, eis seu brado, e este brado se propagou de uma extremidade a outra do mundo.”
Fonte: Denúncia do Advogado Séquier, em 1770, in DUPÂQUIER, J. e LACHIEUR, M. Les Temps Modernes. Paris: Bardas, 1970, p. 221.
De acordo com o seu conteúdo, é correto afirmar que:
a) os filósofos franceses apoiaram o absolutismo, a fim de garantir a difusão do saber
b) a ideologia dos pensadores iluministas direcionava-se contra o absolutismo monárquico
c) a implantação da República Francesa, na 1.ª metade do século XVIII, resultou da aliança da burguesia com o clero
d) a teoria do Direito Divino, fruto do iluminismo, consistia numa crítica à nobreza e aos desmandos da Igreja
3. (ETAPA SP/2006) O espírito das leis e O contrato social associam-se respectivamente a:
a) Locke e Hume.
b) Smith e Hobbes.
c) Cícero e Aristóteles.
d) Voltaire e Diderot.
e) Montesquieu e Rousseau.
4. (PUC MG/2002) Em finais do século XVII, na Europa, surgiu um movimento intelectual conhecido como Iluminismo, sobre o qual é correto afirmar que, EXCETO:
a) defendia a intervenção do Estado na economia.
b) criticava os privilégios de classe e da Igreja.
c) defendia um sistema constitucional.
d) criticava os princípios do Direito Divino dos Reis.
5. (UFF RJ/1993) O texto abaixo proclama, ao mesmo tempo, a igualdade entre os homens e a preservação do direito de propriedade, cuja distribuição entre os homens é habitualmente muito desigual.
“1 - Os homens nascem e permanecem livres e iguais quanto aos direitos. As distinções sociais só podem ser baseadas na utilidade comum.
2 - A finalidade de toda associação política é a preservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Tais direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.”
(Declaração dos direitos do homem e do cidadão - 26 de agosto de 1789)
No contexto das ideias liberais da época em que o documento foi redigido, é correto o seguinte comentário:
a) O caráter contraditório do documento se deve a que a Assembleia Nacional Constituinte quis contentar a todas as facções.
b) Não é contraditório que o texto proclame, ao mesmo tempo, a igualdade e o direito de propriedade, já que se pretendia estender o acesso à propriedade a todos os franceses.
c) É contraditória, no texto, a proclamação simultânea da igualdade e do direito de propriedade, já que, se a distribuição da propriedade for desigual, torna-se impossível a igualdade.
d) É contraditória, no texto, a proclamação simultânea, da igualdade e do direito de propriedade, já que o voto censitário fazia com que só os ricos influíssem politicamente.
e) Não é contraditório que o texto proclame, ao mesmo tempo, a igualdade e o direito de propriedade, já que a liberdade a que se refere é exclusivamente civil, legal e institucional.
6. (UFF RJ/1996) O chamado despotismo esclarecido, nome pelo qual ficaram conhecidas algumas monarquias absolutistas do século XVIII, apresentou-se particularmente expressivo na península ibérica, tanto em Portugal, como na Espanha. Nos dois países, com efeito, as monarquias empreenderam reformas capazes de renovar as economias dos respectivos reinos, sem prejuízo do que era essencial ao Antigo Regime.
Assinale a opção que indica o carácter ilustrado das reformas adotadas em Portugal e na Espanha setecentistas:
a) No caso espanhol as reformas bourbônicas foram mais radicais, pois estabeleceram o livre-comércio com a abolição do regime de porto único, em 1717, ao passo que, em Portugal, o processo foi mais lento, mantendo-se o privilégio exclusivo de Lisboa para o comércio com o Brasil.
b) Nos dois casos a monarquia combateu e finalmente expulsou os jesuítas de seus domínios ultramarinos, ao que si seguiu a abolição dos tribunais da inquisição, a começar, no caso hispânico, pelo Santo Ofício de Cartagena de Índias.
c) Nos dois casos houve incentivos à formação de companhias de comércio visual incrementar os vínculos mercantis com as respectivas colônias americanas, o que não implicou qualquer eliminação do monopólio, nem afrouxamento da máquina fiscal metropolitana.
d) No caso espanhol as reformas procuraram preservar os privilégios da nobreza tradicional, apesar da extinção das alcabalas, ao passo que a admiração pombalina em Portugal chegou a condenar nobres à morte sob o pretexto de que tramavam o assassinato do rei D. José I.
e) Nos dois casos a ofensiva contra os privilégios da nobreza e clero foi notável: expulsão dos jesuítas, extinção do Santo Ofício, expropriação dos bens do clero, abolição dos morgadios ou Mayorazgos e combate implacável aos usos e costumes aristocráticos, com a proibição do porte de espadas e do uso de perucas à moda francesa.
7. (UFF RJ/2001) Dentre os temas desenvolvidos pela cultura renascentista há um que se mantém presente até hoje – a utopia – despertando atenção, principalmente, em finais de século.
Assinale a opção que se refere à ideia de utopia defendida no século XVI.
a) A ideia de utopia como tema central dos manuais de escolástica que se transformou no valor político mais importante da Igreja romana.
b) A ideia de utopia expressa por São Francisco de Assis, nas suas lições sobre a natureza dos homens e dos animais.
c) A ideia de utopia que revelava o caráter de oposição da Igreja ao novo tempo mundano e secular da renascença.
d) A ideia de utopia apresentada por Maquiavel em sua obra, O Príncipe, na qual defendeu o republicanismo.
e) A ideia de utopia exposta por Thomas Morus, na qual criticava os humanistas que reivindicavam a autoridade soberana do Príncipe.
8. (UFF RJ/2001) O iluminismo do século XVIII foi responsável por novas ideias e possibilidades de leitura do mundo e da sociedade.
Considere desdobramentos da afirmativa acima e numere a coluna a seguir:
(__) O Contrato Social de J. J. Rousseau
(__) A Enciclopédia orientada por Diderot e D`Alembert
(__) Progresso
(__) Liberdade, Igualdade e Fraternidade
(1) Obra de relevante importância dentre as produzidas pelos filósofos das luzes.
(2) Empreendimento literário-científico que pretendeu sistematizar todo o conhecimento da época.
(3) Lema central das ideias de oposição ao Antigo Regime, presente na propaganda da Revolução Francesa.
(4) Principal ideia das teorias iluministas acerca do desenvolvimento da história humana.
(5) Síntese do pensamento jacobino na etapa final da Revolução Francesa.
Assinale a opção que apresenta a sequência correta da numeração.
a) 1,2,4,3
b) 2,1,3,4
c) 2,3,4,5
d) 4,3,2,5
e) 5,2,1,3
9. (UFJF MG/1998) Sobre a política reformista empreendida por alguns soberanos europeus no século XVIII, que ficou conhecida como "Despotismo Esclarecido", marque a alternativa ERRADA:
a) foi uma política reformista visando à modernização dos Estados por seus respectivos soberanos, com um discurso semelhante ao dos filósofos iluministas;
b) sua justificação ideológica pode ser encontrada no iluminista Voltaire, que defendia a necessidade de uma monarquia centralizada, na qual o governante seria assessorado pelos filósofos;
c) um exemplo de utilização de princípios do "Despotismo Esclarecido" pode ser encontrado na política do Marquês de Pombal em relação aos jesuítas, no Império Português;
d) os "déspotas esclarecidos" serviram-se de algumas ideias iluministas para reafirmar o caráter absoluto de seu poder;
e) diante da oposição da nobreza e do clero, os "déspotas esclarecidos" recorriam frequentemente ao apoio das classes populares.
10. (UFF RJ/2004) O Iluminismo do século XVIII abrigava, dentre seus valores, o racionalismo. Tal perspectiva confrontava-se com as visões religiosas do século anterior. Esse confronto anunciava que o homem das luzes encarava de frente o mundo e tudo nele contido: o Homem e a Natureza. O iluminismo era claro, com relação ao homem: um indivíduo capaz de realizar intervenções e mudanças na natureza para que essa lhe proporcionasse conforto e prazer.
Seguindo esse raciocínio, pode-se dizer que, para o Homem das Luzes, a Natureza era:
a) misteriosa e incalculável, sendo a base da religiosidade do período, o lugar onde os homens reconheciam a presença física de Deus e sua obra de criação;
b) infinita e inesgotável, constituindo-se um campo privilegiado da ação do homem, dando em troca condição de sobrevivência, principalmente no que se refere ao seu sustento econômico;
c) apenas reflexo do desenvolvimento da capacidade artística do homem, pois ajudava-o a criar a ideia de um progresso ilimitado relacionado à indústria;
d) um laboratório para os experimentos humanos, pois era reconhecida pelo homem como a base do progresso e entendimento do mundo; daí a fisiocracia ser a principal representante da industrialização iluminista;
e) a base do progresso material e técnico, fundamento das fábricas, sem a qual as indústrias não teriam condições de desenvolver a ideia de mercado.
11. (UFMG/1995) Leia o texto
“Se existem ateus, a quem devemos culpar senão os tiranos mercenários das almas que, provocando em nós a nossa revolta, contra as suas velhacarias e hipocrisias, levam alguns espíritos fracos a negarem o Deus que esses monstros desonram? Quantas e quantas vezes essas sanguessugas do povo não levaram os cidadãos oprimidos a revoltarem-se contra o seu próprio rei?”
Esse texto é de autoria de:
a) Descartes, no Discurso do Método, em que apontava a fé como um empecilho ao conhecimento.
b) Erasmo de Roterdã que, em O Elogio da Loucura, condena a leviandade com que o clero conduz os assuntos sagrados.
c) John Locke, em O Segundo Tratado sobre o Governo Civil, em que defendeu o direito à rebelião contra um governo tirânico.
d) Spinoza que, em sua obra Tractus Theologico-Pollticus, investe contra a intolerância religiosa e apregoa o livre pensamento.
e) Voltaire, que faz do seu Dicionário Filosófico um libelo anticlerical com fortes críticas à conduta dos sacerdotes.
12. (UFMG/1996) Leia o texto.
“São verdades incontestáveis para nós: que todos os homens nascem iguais; que lhes conferiu o Criador certos direitos inalienáveis, entre os quais o de vida, o de liberdade e o de buscar a felicidade; que para assegurar estes direitos se constituíram entre os homens governos cujos poderes justos emanam do consentimento dos governados.”
(Trecho da Declaração de Independência das Treze Colônias)
A partir desse texto, pode-se afirmar que os ideais que levaram à independência americana tiveram inspiração.
a) na teoria de Estado de Jean Bodin.
b) na utopia igualitária de Thomas Mórus.
c) nas obras de John Locke e dos iluministas.
d) no pensamento de Santo Agostinho e Campanella.
13. (PUC PR/2000) O Iluminismo foi uma filosofia nascida na Inglaterra e atingiu seu maior esplendor na França, no século XVIII, tendo por representantes Voltaire, Montesquieu, Rousseau, etc.
Uma das suas características foi a seguinte:
a) Defender os ensinamentos das Igrejas Católica e Protestante.
b) Ensinar que o homem não é livre, mas marcado pelo determinismo geográfico.
c) Combater o absolutismo real e pregar o liberalismo político.
d) Pregar a censura para os espetáculos de circo e de teatro.
e) Recomendar a pena de morte como maneira de coibir a criminalidade.
14. (PUC PR/2001) A Filosofia Iluminista possibilitou, no século XVIII, o surgimento do Despotismo Esclarecido, praticado por monarcas e príncipes, destacando-se Frederico II e José II, respectivamente na Prússia e Áustria.
Assinale a alternativa correta:
a) Fiéis aos seus mestres iluministas, os citados monarcas dividiram o poder com parlamentos democraticamente eleitos.
b) Representantes dos nobres, os monarcas que aplicaram o Despotismo Esclarecido nada fizeram pela instrução pública, pois pensavam que a instrução popular poderia levar às revoluções contestadoras da monarquia.
c) Os Déspotas Esclarecidos renunciaram à guerra como fórmula política, sendo o exemplo dado inicialmente por Frederico II.
d) A exemplo do rei José II, de Portugal, e do seu ministro Marquês de Pombal, todos os Déspotas Esclarecidos perseguiram os jesuítas ou inacianos.
e) No plano econômico, os Déspotas Esclarecidos aplicaram a Fisiocracia, incentivaram a agricultura e intervieram, regulamentando, a economia.
15. (PUC PR/2002) Em fins do século XVII, teve início na Inglaterra um movimento intelectual que ficou conhecido como Iluminismo. Teve sua maior expressão no século XVIII, na França, tendo como um dos seus pontos básicos a crença de que:
a) o racionalismo é incompatível com a natureza espiritual do homem.
b) o absolutismo representa o sistema mais evoluído de governo.
c) o mercantilismo é a chave do sucesso das nações.
d) o conhecimento só é obtido por meio da observação e da experimentação.
e) o governante tem o direito de impor sua crença religiosa a seus governados.
16. (UEPB/1999) No final do século XVII, na Inglaterra, teve início um movimento intelectual conhecido como Iluminismo. Entretanto, este movimento alcançou seu apogeu na França no século XVIII. Dentre os principais pontos defendidos pelos iluministas, podemos destacar:
a) Oposição ao Estado absolutista, propondo a superação do direito divino dos Reis.
b) Crítica à postura da Igreja, símbolo das classes reacionárias.
c) Defesa da não intervenção do Estado na Economia.
d) Apologia ao materialismo mecanicista, significativa referência para o pensamento tecno-filosófico do período.
e) Todas as alternativas estão corretas.
17. (UEPB/2000) Movimento intelectual que alcançou maior expressão na França do século XVIII e que caracterizou-se pela defesa das liberdades democráticas, servindo de referência teórica para as revoluções que determinaram a superação do Estado Absoluto:
a) “Renascimento” Cultural
b) Iluminismo
c) Reforma Protestante
d) Escolástica
e) Helenismo
18. (UEPB/2001) Aponte a alternativa Incorreta no que se refere ao Movimento Iluminista.
a) Ideologia voltada para a defesa da liberdade, do progresso e do humanismo.
b) Exacerbação do espírito crítico, notadamente diante da alienação promovida pela igreja.
c) Surgimento de propostas econômicas novas, instrumentalizando o capitalismo em ascensão.
d) Lançamento de teses que justificavam o direito divino dos reis governarem.
e) Publicação das Enciclopédias destinadas a fornecer aos leitores um resumo do conhecimento produzido pelo homem até então.
19. (UFPB/2000) Na Europa, o Iluminismo foi a corrente de pensamento mais inovadora do século XVIII, tendo grande importância também nos períodos históricos posteriores.
A partir dessa afirmação, é correto dizer que o Iluminismo:
a) Cultuava o irracionalismo, o poder místico e a cabala, tendo por principais expoentes, Nicolau de Cuss, Rousseau e Nostradamus.
b) Defendeu, com base na Razão, a organização social baseada na cidadania e na civilização, lutando contra o Absolutismo e os monopólios coloniais.
c) Defendeu a ideia da natureza divina do poder dos reis e ajudou a legitimar o despotismo das monarquias europeias.
d) Fundamentou as forças contrarias à Revolução Francesa, defendendo os monopólios coloniais como política econômica.
e) Defendeu a ligação entre Fé e Razão, cultuando assim, um misticismo, oriundo da Antiguidade, como caminho para a liberdade.
20. (UNIRIO RJ/1994) Os "déspotas esclarecidos" procuravam modificar os métodos e objetivos de ação do Estado. Em geral, apresentavam-se, apenas como "os primeiros servidores do próprio Estado".
Entre as manifestações de "despotismo esclarecido", pode-se incluir:
a) Adoção de uma fraseologia dos filósofos do iluminismo para a modernização de seus respectivos Estados.
b) Seu sucesso em países onde a burguesia era muito forte e atuante.
c) Durabilidade e coerência de suas reformas implantadas nos países da Europa ocidental.
d) Adaptação de princípios novos a Estados de condições socioeconômicas e políticas bastante avançadas.
e) Destruição da religião revelada e da autoridade da Igreja, através de precoces idéias do materialismo histórico.
21. (UNIMONTES MG/2008) A experiência mostra que todo homem que tem poder é tentado a abusar dele. Para que não se possa abusar do poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder faça parar o poder.
(MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Brasília: Unb, 1995, p. 117-119. Citado por FIGUEIRA, Divalte Garcia. História. Novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2002, p. 205)
Conforme o pensador francês,
a) era necessário restringir o poder dos governantes civis, fazendo-o coexistir com o poder militar.
b) o poder deveria ser dividido em distintas esferas, objetivando a manutenção da liberdade dos cidadãos.
c) a participação popular e o poder que ela significa podem conter o poder dos governos e inibir abusos.
d) a concentração de poder é uma consequência inevitável na organização dos Estados Modernos.
22. (UESPI/2009) Rousseau construiu uma obra que se apresentou significativa para a afirmação do mundo moderno. Historicamente, contribui para refletir sobre a educação quando escreveu a obra Emílio.
No seu livro, Rousseau propõe:
a) a manutenção das tradições cristãs, enfatizando a disciplina religiosa.
b) o fim de muitos preconceitos, ressaltando a bondade humana.
c) a prevalência do mando dos homens, pela sua capacidade de disciplinar.
d) o cuidado com a ética, pois os humanos são egoístas e vaidosos.
e) a ruptura com todas as religiões, cheias de superstições e preconceitos.
23. (UFPR/2009) Sobre o processo de formação dos estados-nação na Europa e o papel atribuído à escola nesse processo, considere as afirmativas abaixo:
1. O processo de estatização da escola desenvolveu-se de forma consensual entre os estados e as doutrinas religiosas que ofertavam instrução escolar.
2. O grupo dos fisiocratas, que defendia o liberalismo econômico, foi contrário ao processo de estatização da escola.
3. A instrução pública proposta visava principalmente a um processo de construção do sentimento de identidade nacional.
4. A necessidade de um sistema de ensino estatal devia-se, em parte, a efeitos da Revolução Industrial sobre os estados-nação.
5. Há um razoável consenso entre filósofos como Voltaire, Diderot, Condorcet e Rousseau de que cabe ao estado a função de formar cidadãos.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 3, 4 e 5 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 5 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5 são verdadeiras.
24. (UEG GO/2009) Um dos aspectos mais importantes da filosofia política de John Locke é sua defesa do direito à propriedade, que ele considerava ser algo inerente à natureza humana, uma vez que o corpo é nossa primeira propriedade. De acordo com esta perspectiva, o Estado deve
a) permitir aos seus cidadãos ter propriedade ou propriedades.
b) garantir que todos os seus cidadãos, sem exceção, tenham alguma propriedade.
c) garantir aos cidadãos a posse vitalícia de bens.
d) fazer com que a propriedade seja comum a todos os cidadãos.
25. (UEG GO/2009) Entendia o filósofo Jean-Jacques Rousseau que a sociedade civil é resultado das transformações que a espécie humana sofreu ao longo de sua história, sobretudo da condição de selvagem para a condição de homem civilizado.
O que permitiu essa transformação, segundo este filósofo, é a perfectibilidade. Selecione, nos itens a seguir, aquele que expressa o sentido de perfectibilidade em Rousseau, ou seja, a capacidade que o homem tem de
a) aperfeiçoar-se.
b) encontrar soluções para seus problemas.
c) enfrentar seus medos.
d) escapar dos perigos.
GABARITO
1. (Univ. Potiguar RN/1999) São dados dois textos:
1º texto: O movimento Iluminista, no século XVIII, foi importante como base ideológica para movimentos emancipacionistas liberais, como a independência dos EUA e o processo de emancipação política das colônias da América Latina.
2º texto: As Conjurações Mineira e Baiana, no Brasil, século XVIII, objetivaram a emancipação política, tiveram ideias republicanas e se contextualizaram numa época de mudanças não só a nível do Brasil, mas do Mundo.
Sobre os textos se pode afirmar:
a) Não há relação entre eles.
b) O 1º texto é uma consequência do 2º texto.
c) O 2º texto encontra respaldo no 1º texto.
d) Falta coerência em ambos os textos.
2. (Mackenzie SP/2005) O Iluminismo, ideologia difundida principalmente no final do século XVIII, para combater o Antigo Regime, baseava-se em alguns princípios.
Entre eles, podemos assinalar, corretamente, que:
a) ao criticar o Antigo Regime, os iluministas argumentavam que o Estado só é poderoso se for realmente rico; portanto, caberia ao rei controlar, de forma mais eficiente, os mecanismos que regem a economia.
b) os Iluministas acreditavam que, para o Estado crescer na área econômica, deveria expandir as atividades capitalistas. Isso significava instituir a economia de mercado, com o livre jogo da oferta e procura.
c) os Iluministas defendiam a propriedade privada, que é a característica básica de uma sociedade capitalista. Era direito do proprietário dispor de seus bens conforme seus interesses, porém, somente após a aprovação real.
d) na atividade comercial, deveria existir a igualdade jurídica tanto do comprador quanto do vendedor; ou seja, os iluministas defendiam a igualdade de todos perante a lei, com exceção dos dignitários da Igreja.
e) tal ideologia propunha o fim da intolerância religiosa e filosófica e o direito, de cada indivíduo, à manifestação de suas convicções políticas, desde que fosse respeitada a figura real.
3. (ACAFE SC/2001) No século XVlll, vários pensadores europeus promoveram uma revolução intelectual na história do pensamento moderno, conhecida por Iluminismo.
A alternativa que não corresponde a este contexto é:
a) A inspiração da filosofia iluminista assentava-se nos valores fundamentais da Igreja Católica.
b) Os iluministas afirmavam que os homens eram iguais perante a natureza e as desigualdades eram fruto da sociedade.
c) A total liberdade da vida econômica dos países, opondo-se a qualquer regulamentação, era defendida por alguns pensadores da época.
d) Muitos monarcas aceitavam as ideias iluministas, mas não abandonaram o absolutismo, sendo conhecidos como déspotas esclarecidos.
e) Rousseau, em sua obra “O contrato social”, defendia uma nova forma de relacionamento social.
4. (UNIFOR CE/2001) Em O espírito das leis afirma-se: "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder".
Essa afirmação reflete:
a) o espírito clássico renascentista.
b) a filosofia política do Cardeal Richelieu.
c) os princípios da teoria do Direito Divino.
d) o pensamento político de Luís XIV.
e) o liberalismo político iluminista.
5. (UNIFOR CE/2002) "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder".
(Charles de Secondat, Barão de Montesquieu. O Espírito das Leis)
A afirmação reflete:
a) o pensamento de Luís XIV, da dinastia Bourbon.
b) a filosofia política do Cardeal Richelieu.
c) o espírito clássico renascentista.
d) o liberalismo político iluminista.
e) os princípios da teoria do direito divino.
6. (Mackenzie SP/2005) Além do descontentamento com as medidas adotadas pela Inglaterra, a elite intelectual norte-americana e muitos colonos eram influenciados pelos ideais iluministas. Essas pessoas sonhavam com a formação de um novo país, independente e livre.
José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti.
Na independência das Treze Colônias da América, o pensamento iluminista serviu como suporte ideológico para a ruptura entre metrópole e colônia. Sobre o assunto, é correto afirmar que:
a) Todos os pensadores iluministas acreditavam que a sociedade havia sido precedida de um “estado de natureza”, onde o indivíduo já nascia com seu potencial e isso acarretava diferenças sociais.
b) Os iluministas eram inimigos da intolerância, valorizavam a razão e a liberdade do ser humano, cabendo, ao governo, não exercer a opressão e garantir os direitos naturais de cada cidadão.
c) Apesar de defenderem a igualdade social e buscarem corrigir as desigualdades sociais, os iluministas defendiam a permanência da escravidão, já que o escravo era uma propriedade que deveria ser protegida.
d) Na área econômica, o iluminista Adam Smith pregava a liberdade de comércio e acreditava que a verdadeira riqueza de uma nação proviesse da atividade agrícola, conforme o que havia sido elaborado em A riqueza das nações.
e) Os iluministas prezavam a razão como instrumento indispensável para o estudo da natureza e da sociedade e nisto eram auxiliados pela Igreja católica, que pregava que Deus estava presente em todos os seres vivos.
7. (UEPB/2003) Dentre as alternativas abaixo relacionadas, assinale a que NÃO se relaciona com o Iluminismo.
a) Movimento de renovação intelectual e filosófica que atingiu seu melhor momento na França do século XVIII.
b) Teve como fundamento o racionalismo e a ideia de que o progresso é possível, na medida em que o homem se desfaz do obscurantismo e das superstições.
c) Seus pressupostos entraram em contradição com o aparato tecnológico necessário para a implementação da revolução na indústria.
d) No plano filosófico contribuiu para o debate em torno do material mecanicista e no combate à concepção teológica do Universo.
e) Suas propostas políticas serviram de referência teórica para a Revolução Francesa e os movimentos de libertação na América.
8. (Mackenzie SP/2006) John Locke (1632-1704) é um dos fundadores do empirismo. Atualmente, é pouco lido. Muito ganharíamos, entretanto, se nos ocupássemos novamente dos tratados sobre o governo civil, com a carta sobre a tolerância e, particularmente, com o ensaio sobre o entendimento humano.
Assinale a alternativa que apresenta um fragmento do seu pensamento.
a) O direito de propriedade é a base da liberdade humana porque todo homem tem uma propriedade que é sua própria pessoa. O governo existe para proteger esse direito.
b) Há uma busca de equilíbrio entre a autoridade do poder e a liberdade do cidadão. Para que ninguém possa abusar da autoridade, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder detenha o poder. Daí a separação entre poderes legislativo, executivo e judiciário.
c) A organização do mundo e sua finalidade interna só se explicam pela existência de um Criador inteligente: Este mundo me espanta e não posso imaginar / Que este relógio exista e não tenha relojoeiro.
d) Deve haver exaltação da razão e da dúvida: Existe, porém, uma coisa de que não posso duvidar, mesmo que o demônio queira sempre me enganar. Mesmo que tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável.
e) O regime democrático deve ser aquele que tem a aptidão de manter vigentes os termos do pacto social, bem como os dispositivos garantidores da liberdade político-contratual. O povo inglês pensa ser livre, mas engana-se grandemente; só o é durante a eleição dos membros do parlamento: assim que estes são eleitos, é escravo; nada é.
9. (UFPA/2005) "Liberdade de pensamento é a vida da alma." ( do Ensaio de poesia épica , em 1727)
Para os historiadores filósofos do século XVIII, tal como Voltaire, a insatisfação com os cânones da Igreja e do absolutismo monárquico provocaram a denúncia do obscurantismo como se observa na afirmação do(a)
a) reconhecimento da igreja institucional.
b) valorização da liturgia em latim.
c) postura mística da Igreja, que sustentava o dogma da trindade.
d) convivência enclausurada nos mosteiros e abadias.
e) exercício da razão na experiência religiosa.
10. (UCS RS/2006) A Europa e a América do século XVIII foram muito influenciadas pelas ideias dos pensadores iluministas.
Analise, quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F), as afirmativas abaixo sobre os iluministas.
(__) Influenciaram movimentos como a Independência dos Estados Unidos, a Inconfidência Mineira e a Revolução Francesa.
(__) Defendiam o liberalismo, os privilégios da nobreza e o mercantilismo.
(__) Acreditavam que a principal força transformadora era a razão, ou seja, a capacidade humana de raciocinar. A luz da razão deveria triunfar sobre as trevas da ignorância, do fanatismo religioso, das superstições.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) VFV
b) VVV
c) FVF
d) FFV
e) FFF
11. (UNIMONTES MG/2004) “Na verdade, Bento XIV, o cardeal Lambertini (1740-58), apareceu como uma ilha de sereno liberalismo na tradição da Igreja, tanto que manteve cordiais relações com Voltaire, embora lhe condenasse a obra (...). O papa Pio VI, o Braschi (1775-99), usa uma linguagem violentíssima contra os iluministas: ‘mestres sumamente mentirosos’, ‘filósofos malvados’, ‘lobos rapaces’ que ‘vão gritando e imprecando até a náusea que o homem nasce livre e não é sujeito a ninguém’.”
(INSCRUTABILI divinae, de 1775, p. 124, 125, 176. In: MANACORDA, M.A. História da Educação. São Paulo: Cortez, 1989, p. 253)
Segundo o texto, pode-se afirmar que
a) o pensamento eclesiástico apoiou as novas filosofias liberais e humanistas, desde que estas se sujeitassem à autoridade clerical.
b) o pensamento iluminista, para segmentos da Igreja, foi considerado pernicioso e deletério à ordem social.
c) somente o clero regular poderia oferecer uma educação satisfatória às crianças e aos jovens, sendo os iluministas perigosos inimigos da ordem.
d) o pensamento racionalista se opunha à doutrina cristã e deveria ser abandonado em nome da salvação eterna de cada cristão.
12. (FGV/2003) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...) A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda- se, portanto, em convenções.”
J.J. Rousseau, Do Contrato Social, in Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1978, p. 22
A respeito da citação de Rousseau, é correto afirmar:
a) Aproxima-se do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a ordem social.
b) Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de submissão semelhante à escravatura.
c) Filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão praticada na América, ao longo do século XIX.
d) Aproxima-se do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve ser abolido e a sociedade, governada por autogestão.
e) Aproxima-se do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito sagrado que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.
13. (UNIMONTES MG/2005) Artigo 6º. A lei é a expressão da vontade geral (...) “Todos os cidadãos, sendo iguais perante ela, são igualmente admissíveis a todas as dignidades, capacidade e sem outra distinção que a de suas virtudes e a de seu talento”.
Artigo 10º. Sendo a propriedade um direito inviolável e sagrado, dele ninguém pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública o exigir, mediante justa e prévia indenização.
Esses artigos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborados durante a Revolução Francesa, fundamentam-se, respectivamente, nas ideias de
a) Hegel e Marx.
b) Rousseau e Engels.
c) Rousseau e Locke.
d) Hobbes e Locke.
14. (FUVEST SP/2004) “A autoridade do príncipe é limitada pelas leis da natureza e do Estado... O príncipe não pode, portanto, dispor de seu poder e de seus súditos sem o consentimento da nação e independentemente da escolha estabelecida no contrato de submissão…”
Diderot, artigo “Autoridade política”, Enciclopédia, 1751
Tendo por base esse texto da Enciclopédia, é correto afirmar que o autor:
a) Pressupunha, como os demais iluministas, que os direitos de cidadania política eram iguais para todos os grupos sociais e étnicos.
b) Propunha o princípio político que estabelecia leis para legitimar o poder republicano e democrático.
c) Apoiava uma política para o Estado, submetida aos princípios da escolha dos dirigentes da nação, por meio do voto universal.
d) Acreditava, como os demais filósofos do Iluminismo, na revolução armada como único meio para a deposição de monarcas absolutistas.
e) Defendia, como a maioria dos filósofos iluministas, os princípios do liberalismo político que se contrapunham aos regimes absolutistas.
15. (PUC PR/2006) “Todavia, o recurso ao STF é um procedimento legítimo que não vem a interferir, mas a reforçar o equilíbrio entre os poderes. Ao contrário do que afirmam os deputados, independência não é sinônimo de autonomia plena, mas de inter-relação e controle mútuo.”
(Folha de S. Paulo, Editorial, 02. Nov.2005)
O texto nos lembra, mais especificamente:
a) Diderot.
b) Voltaire.
c) Montesquieu.
d) Hobbes.
e) Rousseau.
16. (UFC CE/2005) A propósito do século XVIII na França, François Lebrun escreve: “Se as principais obras dos grandes filósofos são escritas antes da metade do século, é sobretudo depois de 1750 que se acelera a difusão das suas ideias. Essa difusão se choca, sobretudo na França, com a oposição das autoridades civis e religiosas. (...) Voltaire, Diderot, Rousseau conhecem a prisão ou são obrigados ao exílio (...). O livro permanece, com efeito, o meio privilegiado de difusão das ideias novas: obras de um Montesquieu ou de um Rousseau; múltiplas brochuras, libelos ou memórias sobre assuntos de atualidade dos quais Voltaire faz uma especialidade; por fim, a grande obra coletiva que constitui a Enciclopédia”.
(LEBRUN, François. L´Europe et le monde. XVI.º, XII.º, XVIII.º siècle. Paris, Armand Collin, 1999, p. 230)
Com base neste trecho e nos seus conhecimentos, assinale a afirmação correta acerca do principal objetivo da publicação da Enciclopédia.
a) Divulgar os argumentos que demonstravam a superioridade do pensamento naturalista.
b) Convencer a população da necessidade de realizar a revolução do povo e de abolir a propriedade privada.
c) Atender a uma encomenda pública, visando produzir um material capaz de estender a instrução ao povo.
d) Fazer uma síntese, às vezes ousada, do conhecimento da época nas áreas das ciências, das artes e dos ofícios.
e) Difundir as ideias econômicas dos fisiocratas como Diderot, Voltaire e Turgot, que se opunham aos iluministas.
17. (PUC RJ/2006) Em 1784, Kant assim caracterizou o Iluminismo:
A saída do homem de sua minoridade, do qual é ele próprio o responsável. Minoridade, isto é, incapacidade de se servir do seu entendimento sem a direção de outrem (...) Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento. Eis aí a divisa do Iluminismo.
Tendo como referência o texto acima, é correto afirmar que:
I. para os iluministas, o entendimento humano era viabilizado pela razão e pelo saber científico.
II. a “divisa do Iluminismo” representou, entre outros aspectos, a extinção dos regimes monárquicos, no mundo europeu da época.
III. a “coragem de se servir de seu próprio entendimento” foi associada à concepção da liberdade como um direito universal do homem.
IV. a “saída do homem de sua minoridade” correspondeu, na prática, à defesa do ideal de uma civilização livre de quaisquer práticas religiosas.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas a afirmativa IV está correta.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
18. (PUCCamp SP/2004)
As ordens já são mandadas,
já se apressam os meirinhos.
Entram por salas e alcovas,
relatam roupas e livros:
(...)
Compêndios e dicionários,
e tratados eruditos
sobre povos, sobre reinos,
sobre invenções e Concílios...
E as sugestões perigosas
da França e Estados Unidos,
Mably, Voltaire e outros tantos,
que são todos libertinos...
(Cecília Meireles, Romance XLVII ou Dos sequestros. "Romanceiro da Inconfidência")
A referência compêndios, dicionários e tratados eruditos no século XVIII nos sugere uma clara valorização do conhecimento científico, postura que também se verifica no período conhecido como Renascimento. Contribuíram para eclosão deste amplo movimento cultural na Europa,
a) a unificação da Itália e o enfraquecimento da Igreja católica.
b) as descobertas científicas e a revolução industrial na Inglaterra.
c) o fortalecimento das burguesias e o desenvolvimento dos centros urbanos.
d) a Contrarreforma e a fragmentação do poder político dos soberanos.
e) a expansão marítima e a hegemonia árabe na península ibérica.
19. (PUCCamp SP/2004) "Sob os preceitos do Iluminismo (...) a Academia Francesa de Ciências assumiu a incumbência de criar medições padronizadas. (...) A Academia convencionou que a unidade-padrão de comprimento seria a décima milionésima parte da distância entre o Pólo Norte e o Equador. (...) Os padrões de massa e de volume foram calculados a partir do metro, seguindo o mesmo princípio. O grama foi definido como a massa de 1 decímetro cúbico de água pura a 4 °C, temperatura em que atinge a maior densidade. O litro passou a equivaler ao volume de um cubo com 10 centímetros de lado (ou seja, 1 centímetro cúbico). Foi uma mudança e tanto. (...) Apesar da revolução no pensamento e na concepção de mundo, um fator não mudou: as medidas continuaram a ser usadas como instrumento de poder. (...) Na época, dois impérios rivalizavam em equilíbrio de poder: o francês, sob o comando de Napoleão Bonaparte, e o inglês. Por isso, a França e todos sob sua influência direta ou indireta adotaram o sistema métrico decimal, como o Brasil, que, em 1862, por decreto de dom Pedro II, abandonou as medidas de varas, braças, léguas e quintais para aderir ao metro."
(Revista "Superinteressante", n. 186, São Paulo: Abril, 2003. p. 45-6)
O iluminismo inspira o movimento revolucionário francês no final do século XVIII. No tocante a esse movimento, pode-se afirmar que
a) a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder estava relacionada à garantia de consolidar o poder político da alta burguesia contra ameaças da esquerda e de forças externas contrárias à difusão dos ideais da Revolução Francesa.
b) o governo de Napoleão Bonaparte tornou-se conhecido pela intensa repressão política, sendo inclusive o responsável direto pela ordem de execução de Luis XV e de sua família, durante a segunda fase da Revolução Francesa.
c) a Comuna de Paris, sob o comando de Robespierre, Marat e Danton, desencadeou a luta política que provocou a deposição do Império Napoleônico, iniciado com a Revolução Francesa.
d) a queda de Napoleão Bonaparte, no início da Revolução Francesa, teve grande repercussão na Assembleia Constituinte, já que os senhores feudais perderam a hegemonia sobre o poder legislativo.
e) os jacobinos, que tiveram uma participação ativa na Revolução Francesa, aliaram-se à Napoleão Bonaparte buscando garantir, no seu governo, garantias sociais para os camponeses e para os operários de Paris.
20. (PUC PR/2004) Dentre as características do Iluminismo, filosofia que alcançou sua máxima consagração na França do século XVIII, NÃO está presente:
a) O combate ao absolutismo real, não necessariamente à monarquia.
b) A defesa do liberalismo no plano econômico, ou seja, combatia o intervencionismo estatal na economia.
c) A defesa da pena de morte como forma de controle da criminalidade.
d) O ensino de que o homem deve governar-se observando a tradição, a religião e a fé.
e) A crença num Deus que pode ser alcançado pela razão, numa espécie de religião natural, dispensando dogmas e sacerdócio: o Deísmo.
21. (UNIFEI SP/2008) “A Europa está afastando-se do poder, ou, em outras palavras, está caminhando para além do poder, rumo a um mundo isolado, repleto de leis, normas, negociações e cooperações internacionais. Está entrando num paraíso pós-histórico de paz e relativa prosperidade, a concretização da “paz perpétua” de Immanuel Kant. Os Estados Unidos, entretanto, continuam (...) exercendo o poder num mundo hobbesiano anárquico, onde as leis e as diretrizes internacionais não são dignas de confiança, a verdadeira segurança, a defesa e a promoção da ordem liberal ainda dependem da posse e do uso do poderio militar. É por isso que, nas principais questões estratégicas e internacionais da atualidade, os norte-americanos são de Marte e os europeus são de Vênus”.
(KAGAN, Robert. Do paraíso e do poder – os Estados Unidos e a Europa na nova ordem mundial. Rio de Janeiro: Rocco, 2003.)
A partir da leitura desse trecho, assinale a alternativa errada:
a) A Europa caminha para além do poder porque a tomada de decisões políticas e econômicas da União Europeia depende da Comissão das Comunidades Europeias, que elabora propostas e executa as ações, do Parlamento Europeu, que se pronuncia sobre essas propostas, e do Conselho de Ministros, que adota a decisão final. O Tribunal de Justiça e o Tribunal de Primeira Instância garantem o respeito ao direito comunitário.
b) A analogia entre a atual ação norte-americana e o mundo hobbesiano deve-se ao fato de que Thomas Hobbes caracteriza o homem, no estado natural, como egoísta, egocêntrico e inseguro, em que prevalecem os instintos e ignora-se o conceito de justiça.
c) A analogia com a ideia da “paz perpétua” de Immanuel Kant, deve-se ao fato de que, na concepção do filósofo, no estado natural, existiriam pouquíssimas possibilidades de conflitos entre os homens, uma vez que todos seriam iguais entre si e exerceriam a verdadeira democracia.
d) A defesa da ordem liberal por parte do governo norte-americano apoia-se no seu poderio militar e não no consenso da maioria, como ficou evidente com o bombardeio ao Iraque em 2003.
22. (UESPI/2008) As mudanças trazidas pelo Iluminismo foram a base de muitas concepções políticas e sociais da modernidade. Na filosofia, novas formas de pensar desafiaram conceitos tradicionais. Foi muito importante para o pensamento ocidental moderno a obra do alemão Kant, intitulada:
a) O Discurso do Método.
b) A Crítica da Razão Pura.
c) O Dicionário Filosófico.
d) O Contrato Social.
e) O Vermelho e o Negro.
23. (UFOP MG/2008) A respeito da sociedade do Antigo Regime na Europa, nos séculos XVII e XVIII, assinale a afirmativa incorreta:
a) O Iluminismo foi um dos principais movimentos intelectuais do período, em razão das investigações feitas acerca da política, da economia e dos costumes.
b) A França passou, nesse período, por um evento político e social, a Revolução de 1789, que questionou os fundamentos da ordem social tradicional francesa.
c) A Inglaterra teve, no século XVII, um violento processo político que culminou com o fortalecimento do Parlamento diante da autoridade real.
d) O pensamento liberal se fortaleceu no período, em decorrência do seu apoio aos fundamentos da sociedade do Antigo Regime.
24. (FEI SP/2008) Leia o texto abaixo:
“A passagem do estado de natureza para o estado civil determina no homem uma mudança muito notável, substituindo na sua conduta o instinto pela justiça e dando às suas ações a moralidade que antes lhe faltava. É só então que, tomando a voz do dever o lugar do impulso físico, e o direito o lugar do apetite, o homem, até aí levando em consideração apenas a sua pessoa, vê-se forçado a agir baseando-se em outros princípios e a consultar a razão antes de ouvir suas inclinações. Embora nesse estado se prive de muitas vantagens que frui da natureza, ganha outras de igual monta: suas faculdades se exercem e se desenvolvem, suas idéias se alargam, seus sentimentos se enobrecem, toda a sua alma se eleva a tal ponto, que, se os abusos dessa nova condição não o degradassem frequentemente a uma condição inferior àquela donde saiu, deveria sem cessar bendizer o instante feliz que dela o arrancou para sempre e fez, de um animal estúpido e limitado, um ser inteligente e um homem.”
(Rousseau, J.J. Do Contrato Social, São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 36)
Segundo Rousseau,
a) a sociedade é responsável pela decadência humana, daí a necessidade de voltarmos ao Estado de Natureza.
b) apenas a organização política é capaz de imprimir moralidade às ações humanas.
c) o homem no Estado Civil é um animal estúpido e limitado e, ao abandoná-lo e “voltar” ao Estado de Natureza, recupera seu caráter humano.
d) no Estado Civil os sentimentos humanos se enobrecem, daí a necessidade de se abolir o Estado para que o homem possa se realizar numa sociedade sem Estado.
e) a justiça e a moral são elementos nascidos no Estado de Natureza.
25. (UNIFOR CE/2008) Analise o texto.
Que contraste. Que brusca passagem. A hierarquia, a disciplina, a ordem que a autoridade se encarrega de garantir, os dogmas que regulam firmemente a vida, eis o que amam os homens do século XVII. As opressões da autoridade, os dogmas, eis o que detestam os homens do século XVIII, seus sucessores imediatos. (...) Os primeiros crêem no Direito Divino, e os outros no Direito Natural; os primeiros vivem à vontade numa sociedade que se divide em classes diferentes, os segundos só sonham com a igualdade. É certo que os filhos combatem os pais, convencidos de que vão refazer um mundo que só esperava por eles para se tornar melhor; mas a agitação que move as gerações sucessivas não basta para explicar uma mudança tão rápida e tão decisiva. A maioria dos franceses pensava como Bossuet; de repente, os franceses pensam como Voltaire: é uma revolução.
(Paul Hazard. A crise da consciência europeia. In: Adhemar Marques. Pelos caminhos da História. Curitiba: Positivo, 2005. p. 11)
A partir do texto e do conhecimento histórico, pode-se afirmar que
a) os pensadores liberais justificavam o poder do Estado com os princípios do Direito Divino.
b) Voltaire foi grande defensor das teorias que submetiam o povo aos dogmas da Igreja católica.
c) Bossuet defendeu princípios revolucionários baseados no ideal de igualdade, liberdade e fraternidade.
d) o Direito Natural serviu como base para a construção dos ideais dos pensadores iluministas.
e) os revolucionários franceses do século XVIII pregavam os fundamentos do despotismo esclarecido.
GABARITO
1. (Mackenzie SP/2004) Pela promessa de livrar a humanidade das trevas e trazê-la às luzes por meio do conhecimento, esses filósofos foram chamados iluministas, a sua maneira de pensar foi chamada de Iluminismo, e o movimento, em seu conjunto, foi chamado de Ilustração.
José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti - Toda a História
Assinale a alternativa em que todos os autores citados relacionam-se com as ideias apresentadas no fragmento de texto acima.
a) André Versálio, Robert Owen e Josquin des Pres.
b) Voltaire, Johann Kepler e André Versálio.
c) Josquin des Prés, Jean d’Alembert e Saint-Simon.
d) Robert Owen, Jean-Jaques Rousseau e Barão de Montesquieu.
e) Jean d'Alembert, Denis Diderot e John Locke.
2. (UEPB/2006) A Idade Moderna foi profundamente marcada pelo racionalismo cartesiano e pelo empirismo inglês, que, associados a processos históricos iniciados nos séculos XV e XVI, proporcionaram intensas transformações na vida dos Europeus. Os reflexos disso podem ser sentidos em muitos campos, como a cultura, a religião, a política e a própria economia.
Diante disso aponte a(s) sentença(s) correta(s).
I. Uma das matrizes ideológicas, da qual decorre a modernidade na Europa, é a que diz que só através da razão e da observação acurada dos fenômenos naturais é que o homem se desenvolve e a materialização disso pode ser percebida nas Revoluções Burguesas.
II. A expansão comercial do século XIV, que permitiu que o comércio tivesse relevância na vida econômica das sociedades, foi a arma que a burguesia europeia precisava para promover importantes mudanças nas formas de produção e circulação de mercadorias. Foi esse processo que forjou a sua própria identidade como classe social.
III. Outro desdobramento trazido pela modernidade na Europa foi a crescente preocupação com o aprimoramento dos processos produtivos, uma vez que, quanto mais eficientes mais mercados gerariam, a um preço menor, consumindo menos tempo e, eventualmente, menos matéria-prima.
Marque a alternativa correta:
a) Apenas as sentenças I e III estão corretas.
b) Todas as sentenças estão corretas.
c) Apenas as sentenças I e II estão corretas.
d) Apenas as sentenças II e III estão corretas
e) Todas as sentenças estão incorretas.
3. (UEPB/2006) O Iluminismo foi um movimento de ideias que teve origem no século XVII e se desenvolveu especialmente no século XVIII. Sua denominação está ligada ao fato de seus impulsionadores verem a si mesmos como militantes da luta da razão moderna contra a tradição cultural e institucional medieval.
Assinale V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.
(__) Mesmo não se podendo atribuir às ideias iluministas um caráter revolucionário, sendo preferível chamá-las de reformadoras, pode-se perceber nitidamente uma influência dos iluministas no bojo do projeto revolucionário que levou a burguesia ao poder central na França, em 1789.
(__) As revoluções inglesas do século XVII, mesmo tendo a participação da nascente burguesia, não podem ser consideradas como influenciadas pelo Iluminismo, já que tiveram a participação da pequena nobreza e não deram a hegemonia política ao parlamento inglês.
(__) Os pensadores do século XVIII pregavam o fim da intervenção do Estado na vida particular dos indivíduos e na vida pública. Com isso, promoveram a crítica ao mercantilismo, propondo o fim da interferência estatal na economia.
(__) Alguns iluministas, mesmo condenando o absolutismo dos monarcas ingleses, consideravam que o Executivo deveria ter um papel preponderante sobre o legislativo e não aceitavam que este tivesse o poder supremo. Eles rejeitavam a possibilidade de um poder que fosse organizado para representar o povo, já que ele deveria existir para proteger a propriedade privada e as liberdades individuais.
Marque a alternativa correta:
a) V F V F
b) F V F V
c) V F F V
d) V V F F
e) F V F F
4. (UFMG/2006) Com base em conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que o pensamento iluminista:
a) levou seus principais ideólogos a tomar parte ativa nos acontecimentos da Revolução Inglesa e a se constituírem na principal liderança desse evento.
b) considerava a desigualdade um fenômeno natural e positivo, além de um importante elemento para garantia da estabilidade social e da paz.
c) favoreceu o envolvimento de todos os seus mentores em campanhas anticlericais, em que manifestavam um ateísmo militante e radical.
d) deu origem a projetos distintos, mas que tinham em comum reformas baseadas no princípio da tolerância e na busca da felicidade.
5. (UNAERP SP/2006) O movimento iluminista teve início na Inglaterra, no século XVII, através de John Locke, mas os inspiradores básicos do movimento foram:
a) Santo Agostinho e São Tomás.
b) Spinosa e São Paulo.
c) Jean-Jacques Rousseau e Montesquieu.
d) Isaac Newton e René Descartes.
e) São Tomás e São Paulo.
6. (UNIMONTES MG/2006) “Mas por mais compacta que seja uma época, abrigam-se, no seu interior, as forças que a contestam. Eis porque vemos no século XVII surgir o racionalismo em oposição ao barroco. A clareza cartesiana que arma o homem para ver limpamente o mundo é um ato de contestação à opressão do Estado.”
Folheto da Peça Tartufo, O Pecado de Moliére. In: VICENTINO, Cláudio. História Geral. São Paulo:
Scipione. 1997, p. 210/211 (adapt.)
Do ponto de vista político, a contestação aludida no texto é feita ao/à:
a) Estado Teocêntrico
b) Regime Absolutista
c) Sociedade de Castas
d) Economia Capitalista
7. (FMJ SP/2007) Um dos mais importantes teóricos da revolução burguesa ocorrida na Inglaterra durante o século XVII, o filósofo John Locke, defendeu ideias que serviram de base ao pensamento iluminista e influenciaram movimentos contra o Antigo Regime na Europa. Na visão do autor, a função básica do Estado deveria ser
a) controlar as ações dos homens, punindo todos aqueles que agissem contrariamente às leis.
b) regulamentar as relações humanas, eliminando os conflitos causados por interesses divergentes.
c) dirigir os seres humanos em suas escolhas, evitando disputas por questões sociais ou econômicas.
d) manter a estabilidade da organização social, definindo as obrigações e privilégios de cada camada.
e) proteger os direitos naturais do indivíduo, garantindo o respeito a eles por toda a sociedade.
8. (UFPR/2005) “Nossas esperanças sobre os destinos futuros da espécie humana podem se reduzir a estas três questões: a destruição da desigualdade entre as nações; os progressos da igualdade em um mesmo povo; enfim, o aperfeiçoamento real do homem.”
(CONDORCET. Esboço de um quadro histórico dos progressos do espírito humano. Trad. de Carlos A. R. de Moura. Campinas: Ed. da UNICAMP, 1993. p. 177.)
As esperanças de Condorcet foram compartilhadas pelos filósofos iluministas, representantes de um movimento cultural e intelectual que teve na França um dos centros mais importantes e atuantes no século XVIII. Sobre o iluminismo, assinale a alternativa correta.
a) Os iluministas acreditavam na capacidade humana de superar a miséria e a ignorância pelo uso da razão, condição fundamental para o exercício da liberdade e a conquista da felicidade; a história, nesse sentido, é entendida por eles como um movimento linear cuja finalidade é o progresso humano.
b) Condorcet e os filósofos iluministas defendiam a revolução política com o objetivo de extinguir as classes sociais.
c) No seu combate à Igreja Católica, os iluministas defenderam o confisco dos bens eclesiásticos, com o intuito de distribuí-los entre os pobres.
d) Rousseau, Voltaire, Diderot e D’Alembert foram duramente perseguidos por forças de repressão da monarquia francesa por defenderem um regime republicano e instigarem, com suas idéias, os camponeses à rebelião; em meados do século XVIII, estabeleceram formas de ação política retomadas mais tarde pelos jacobinos.
e) Os iluministas eram adeptos de um modelo econômico baseado na propriedade coletiva dos meios de produção
9. (UFPR/2006) “A justiça sem a força é impotente; a força sem a justiça é tirânica. A justiça sem a força será contestada, porque há sempre maus; a força sem a justiça será acusada. É preciso reunir a justiça e a força; e dessa forma, fazer com que o justo seja forte, e o que é forte seja justo.”
(Pascal. Pensamentos V, 298. Apud. BARROS, Alberto Ribeiro de. A teoria da soberania de Jean Bodin. São Paulo: UNIMARCO, 2001.)
Essa passagem dos Pensamentos do filósofo e matemático Blaise Pascal (1623–1662) remete à relação de equilíbrio que deve existir entre o poder político e a justiça. A respeito dessa questão central para a filosofia e a ciência política desde o século XVII, assinale a alternativa correta.
a) John Locke (1632–1704) defendia que ninguém podia isentar-se das leis que regem a sociedade civil, criticando enfaticamente as teorias absolutistas, que consideravam uma prerrogativa do poder monárquico não se submeter às leis que regulavam a vida dos súditos.
b) Nos séculos XVII e XVIII, as monarquias absolutistas foram controladas pelos parlamentos em toda a Europa, prevalecendo as teorias políticas constitucionais sobre a teoria do direito divino dos reis.
c) Ao escrever sobre as formas de governo, Montesquieu (1689–1755) aproximou-se do pensamento político de John Locke, tornando-se um opositor da monarquia e defensor do regime republicano democrático.
d) Os pensadores políticos dos séculos XVI e XVII que defenderam a causa política da monarquia eram seguidores dos princípios políticos pragmáticos enunciados por Maquiavel no começo do século XVI, mesmo que para tanto tivessem que renunciar à moral e à religião.
e) Thomas Hobbes (1588–1679) foi um defensor do equilíbrio entre executivo e legislativo, pregando a necessidade de um parlamento forte que moderasse a monarquia.
10. (UFU MG/2006) O fim maior e principal para os homens unirem-se em sociedades políticas e submeterem-se a um governo é a conservação de suas propriedades, ou seja, de suas vidas, liberdades e bens.
Adaptado de LOCKE, John. Dois Tratados sobre o Governo. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p.495.
A autoproteção constitui a única finalidade pela qual se garante à humanidade, individual ou coletivamente, interferir na liberdade de ação de qualquer um. O único propósito de se exercer legitimamente o poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, é evitar danos aos demais.
Adaptado de MILL, J.Stuart. A Liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p.17.
Os trechos acima referem-se aos fundamentos do pensamento liberal. Sobre esse tema, assinale a alternativa que apresenta a explicação INCORRETA.
a) Em defesa da razão e da liberdade, vários pensadores europeus inspiraram uma série de transformações sociais, econômicas e políticas, principalmente a partir do século XVIII, cujas consequências estão presentes até hoje na sociedade contemporânea.
b) As bases filosóficas e políticas da sociedade civil e do Estado liberal moderno formaram-se, primeiramente, na Inglaterra no século XVII, tendo como um de seus principais idealizadores John Locke.
c) A defesa da liberdade e da propriedade como direitos legítimos do indivíduo foi importante na formação do ideário liberal, comum a dois importantes movimentos político-sociais europeus nos séculos XVII e XVIII: a Revolução Gloriosa na Inglaterra e a Revolução Francesa.
d) Os princípios do liberalismo, defendidos por Locke e Stuart Mill, excluem os direitos do indivíduo na sociedade ao justificarem a adoção de punições em função de ameaças à liberdade e à propriedade.
11. (Mackenzie SP/2007) Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi um dos grandes expoentes do movimento de ideias que se forjaram ao longo do século XVIII. Embora recusado por grande parte dos membros da alta burguesia, seu pensamento acabou por influenciar tanto os revolucionários franceses de 1789 quanto os pensadores clássicos do liberalismo econômico.
Considere os trechos abaixo:
I. Afirmo, pois, que a soberania, não sendo senão o exercício da vontade geral, jamais pode alienar-se, e que o soberano, que nada é senão um ser coletivo, só pode ser representado por si mesmo. O poder pode transmitir-se; não, porém, a vontade. (Do contrato social)
II. O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-
se de dizer: Isto é meu!, e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos, e que a terra não pertence a ninguém! (Discurso sobre a desigualdade entre os homens)
III. Nasce daí esta questão debatida: se será melhor ser amado que temido ou vice-versa. Responder-se-á que se desejaria ser uma e outra coisa; mas como é difícil reunir ao mesmo tempo as qualidades que dão aqueles resultados, é muito mais seguro ser temido que amado, quando se tenha que falhar numa das duas. (O príncipe)
IV. Por outro lado, os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros (e sim, pelo contrário, um enorme desprazer), quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito. Porque cada um pretende que seu companheiro lhe atribua o mesmo valor que ele se atribui a si próprio e, na presença de todos os sinais de desprezo ou de subestimação, naturalmente se esforça, na medida em que a tal se atreva (o que, entre os que não têm um poder comum capaz de os submeter a todos, vai suficientemente longe para leva-los a destruir-se uns aos outros), por arrancar de seus contendores a atribuição de maior valor, causando-lhes dano, e dos outros também, através do exemplo. (Leviatã)
Pertencem a obras desse filósofo:
a) apenas I e II.
b) apenas II e III.
c) apenas I e IV.
d) apenas I, II e IV.
e) I, II, III e IV.
12. (UEPB/2007) O fortalecimento burguês e a formulação de críticas ao Antigo Regime permitiu o desequilíbrio das forças sociais do Estado e propiciou o surgimento do movimento cultural denominado Iluminismo.
São valores defendidos pelo Iluminismo:
a) Nacionalismo e absolutismo monárquico.
b) Conquista de propriedades materiais e fortalecimento dos princípios religiosos.
c) Tolerância religiosa e filosófica, igualdade e liberdade jurídicas.
d) Igualdade jurídica dos contratantes e a autoridade eclesiástica.
e) Propriedade de bens e capitais e escravidão humana.
13. (UFRN/2007) Nos séculos XV e XVI, com as chamadas Grandes Navegações, os europeus chegaram às Américas, onde iniciaram um processo de conquista e colonização.
Esses empreendimentos aceleraram a acumulação do capital e garantiram o desenvolvimento do capitalismo europeu, pois a burguesia mercantil europeia
a) utilizou a mão-de-obra assalariada colonial para baratear os custos dos produtos manufaturados na metrópole.
b) quebrou o protecionismo econômico metropolitano, abrindo o mercado nacional e favorecendo a eclosão da Revolução Industrial.
c) apropriou-se dos lucros advindos tanto do monopólio comercial que as metrópoles mantinham com as colônias quanto do tráfico de escravos.
d) apossou-se da maior parcela dos lucros do comércio colonial, de modo a substituir, na metrópole, a mão-de-obra escrava pela mão-de-obra servil.
14. (UNIPAR PR/2007) No século 18 despontou na Europa o movimento denominado Iluminismo e que tinha entre os seus principais nomes a figura de Montesquieu. Um dos elementos principais do pensamento desse filósofo defende que:
a) o Estado deve ser a personificação da vontade geral do povo que deve ser estimulado a participar da vida política da nação.
b) a divisão do poder em legislativo, executivo e judiciário serve como uma barreira aos abusos que os governantes podem cometer quando não encontram limites a sua autoridade.
c) o governo ideal deve promover o bem comum e ser exercido de forma absoluta pelos homens mais esclarecidos.
d) a razão do governo é promover a igualdade social por meio da redistribuição da riqueza e cobrança de impostos sobre os mais ricos.
e) o Estado não deve intervir na liberdade econômica dos indivíduos, pois a busca da riqueza deve ser a essência da vida das pessoas.
15. (PUC RS/2007) Considere as afirmativas sobre o Iluminismo, uma revolução intelectual que se efetivou na Europa, no século XVIII.
I. As ideias iluministas surgiram como resposta a problemas concretos enfrentados pela burguesia, como, por exemplo, a intervenção do Estado na economia, que impunha limites à expansão dos negócios empreendidos por essa camada social.
II. As bases do pensamento iluminista – o racionalismo, o liberalismo e o desenvolvimento do pensamento científico – foram estabelecidas a partir das ideias de pensadores do século XVII, como René Descartes, John Locke e Isaac Newton.
III. Os iluministas, em suas obras, criticavam os resquícios feudais, como a servidão, assim como o regime absolutista e o mercantilismo, que limitavam o direito à propriedade.
IV. A filosofia iluminista incentivava a influência da Igreja Católica sobre a sociedade, principalmente no âmbito da educação e da cultura, o que resultou no aumento do poder político da Igreja, pela emergência da teoria do direito divino.
Estão corretas apenas
a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
16. (UNIFOR CE/2007) Reflita sobre os textos.
Nenhum homem recebeu da natureza o direito de comandar os outros. (...) Toda autoridade (que não a paterna) vem (...) da força e da violência ou do consentimento daqueles que lhe são submetidos. (...) O poder adquirido pela violência é uma usurpação (...).
(Denis Diderot)
É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas liberdade política não consiste nisso. (...) A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
(Charles Montesquieu)
(In: Myriam Becho Mota e Patricia Ramos Braick. História. São Paulo: Moderna, 2002 p. 250-1)
Os textos expressam ideias que foram amplamente discutidas no contexto da chamada História Moderna. A partir da análise dos textos, é possível depreender que esses autores faziam parte de uma corrente de pensamento que
a) atacava os princípios do Estado democrático porque este limitava a liberdade da sociedade civil.
b) criticava os amplos poderes que a burguesia adquiriu após a derrubada do sistema monárquico.
c) defendia a implantação de um Estado Constitucional na qual a autoridade tivesse poderes bem definidos e limitados.
d) aceitava incondicionalmente o projeto revolucionário da nobreza contra as liberdades individuais.
e) denunciava os teóricos socialistas porque estes desejavam uma sociedade baseada na propriedade privada.
17. (UNESP SP/2007) Sendo os homens, conforme (...) dissemos, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder de outrem sem dar consentimento.
(John Locke, Segundo tratado sobre o governo.)
O patrimônio do pobre reside na força e destreza de suas mãos, sendo que impedi-lo de utilizar essa força e essa destreza da maneira que ele considerar adequada, desde que não lese o próximo, constitui uma violação pura e simples dessa propriedade sagrada.
(Adam Smith, A riqueza das nações.)
A partir da leitura dos textos, é correto afirmar que
a) John Locke defende a democracia, isto é, a igualdade política entre os homens, ao passo que Adam Smith privilegia o trabalho, portanto a desigualdade.
b) John Locke funda sua teoria política liberal na defesa da propriedade privada, em sintonia com a defesa da livre iniciativa proposta por Adam Smith.
c) o consentimento para evitar o poder centralizado do rei, em John Locke, choca-se com a necessidade de intervenção econômica, segundo Adam Smith.
d) a monarquia absolutista é a base da teoria política de John Locke, enquanto o Estado não intervencionista é o suporte da teoria econômica de Adam Smith.
e) para John Locke, o consentimento é garantido pela divisão dos poderes harmonizando-se com a defesa da propriedade coletiva de Adam Smith.
18. (UEL PR/2008) Para Locke, o estado de natureza é um estado de liberdade e de igualdade.
(LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Tradução de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 83.)
Com base nos conhecimentos sobre a filosofia política de Locke, assinale a alternativa correta.
a) No estado de natureza, a liberdade dos homens consiste num poder de tudo dispor a partir da força e da argúcia.
b) Os homens são iguais, pois todos têm o mesmo medo de morte violenta em mãos alheias.
c) A liberdade dos homens determina que o estado de natureza é um estado de guerra de todos contra todos.
d) A liberdade no estado de natureza não consiste em permissividade, pois ela é limitada pelo direito natural.
e) Nunca houve na história um estado de natureza, sendo este apenas uma hipótese lógica.
19. (UEL PR/2008) [...] Diderot aprendera que não bastava o conhecimento da ciência para mudar o mundo, mas que era necessário aprofundar o estudo da sociedade e, principalmente, da história. Tinha consciência, por outro lado, que estava trabalhando para o futuro e que as idéias que lançava acabariam frutificando.
(FONTANA, J. Introdução ao estudo da História Geral. Bauru, SP: EDUSC, 2000. p. 331.)
Com base no texto, é correto afirmar:
a) As contribuições das ciências naturais são suficientes para melhorar o convívio humano e social.
b) Idéias não passam de projetos que, enquanto não são concretizadas, em nada contribuem para o progresso humano.
c) Diderot considerava importante o conhecimento das ciências humanas para o aprimoramento da sociedade.
d) Para o autor, os historiadores recorrem ao passado, enquanto os filósofos questionam a própria existência da sociedade.
e) A ciência e o progresso material são suficientes para conduzir à felicidade humana.
20. (UEL PR/2008) Aliás, o governo, embora seja hereditário numa família, e colocado nas mãos de um só, não é um bem particular, mas um bem público que, consequentemente, nunca pode ser tirado das mãos do povo, a quem pertence exclusiva e essencialmente e como plena propriedade. [...] Não é o Estado que pertence ao Príncipe, é o Príncipe que pertence ao Estado. Mas governar o Estado, porque foi escolhido para isto, e se comprometeu com os povos a administrar os seus negócios, e estes por seu lado, comprometeram-se a obedecê-lo de acordo com as leis.
(DIDEROT, D. (1717-1784). Verbetes políticos da Enciclopédia. São Paulo: Discurso, 2006.)
Com base no texto, é correto afirmar:
a) Mesmo em monarquias absolutas, o soberano é responsável pelos seus súditos.
b) Ao Príncipe são concedidos todos os poderes, inclusive contra o povo de seu reino.
c) O governante é ungido pelo povo, podendo agir como bem lhe convier.
d) O povo governa mediante representante eleito por sufrágio universal.
e) Príncipes, junto com o povo, administram em prol do bem comum.
21. (UEM PR/2008) O século XVIII europeu foi conhecido como “O século das luzes” em razão de um grande movimento intelectual que, embora tenha suas origens na Inglaterra do século XVII, teve como epicentro a França e se disseminou por várias regiões do mundo ocidental. Sobre o Iluminismo, assinale a alternativa correta.
a) Os pensadores iluministas afirmavam que o poder político é uma criação divina, derivando daí sua crença de que a democracia é um regime político racional e perfeito, porque a escolha dos eleitores é guiada pelo Espírito Santo.
b) As concepções dos iluministas eram extremamente coesas; sendo assim, não havia divergências entre as posições de distintos ilustrados.
c) Embora amplamente disseminada pela Europa, a filosofia iluminista não exerceu influência em Portugal e Espanha, governados, respectivamente, pelo Marques de Pombal e pelo Marques de Aranda, ministro do Rei Carlos III.
d) Entre os principais pensadores iluministas, destacam-se Frederico II, Rei da Prússia; Catarina II, Czarina da Rússia e José II, Imperador da Áustria.
e) O Iluminismo atacava a intolerância religiosa e os privilégios jurídicos do clero e da nobreza. As posições dos iluministas legitimaram os ideais da Revolução Francesa e a luta pelo fim do Antigo Regime.
22. (UFF RJ/2008) O fracasso estrondoso de “O Contrato Social”, o livro menos popular de Rousseau antes da Revolução, levanta um problema para os estudiosos que investigam o espírito radical na década de 1780: se o maior tratado político da época não conseguiu despertar interesse entre muitos franceses cultos, qual foi a forma das ideias radicais que efetivamente se adaptou aos seus gostos?
(Darnton, Robert. O Lado Oculto da Revolução. São Paulo, Companhia das Letras, 1988, p.130)
Assinale a resposta que está mais de acordo com as colocações do autor.
a) A literatura clandestina que circulava na França no século XVIII foi um empreendimento econômico e uma força ideológica que legitimou o poder de Luis XV e o Antigo Regime.
b) Ao contrário da afirmativa acima, O Contrato Social de Rousseau foi um best seller da época, pois traduzia os anseios e expectativas da nobreza francesa em crise.
c) A progressiva separação entre ciência e teologia no século XVIII não liberou a ciência da ficção. Neste sentido, a ideia mística sobre a natureza e seu poder transformador traduzia-se numa visão radical que alimentou o espírito revolucionário dos franceses às vésperas da revolução.
d) As ideias radicais que alimentaram o espírito revolucionário dos franceses não eram tributárias da literatura da época, pois a população francesa era majoritariamente analfabeta.
e) A Revolução Francesa representou o fim dos privilégios da nobreza e a consagração dos interesses burgueses. Neste sentido, a literatura da época expressou tão somente a tensão entre a nobreza e a burguesia.
23. (UNIMONTES MG/2008) Pela Constituição de 1787, os Estados Unidos consolidaram a sua independência adotando um governo constitucional e representativo, republicano e presidencialista.
A Constituição dos Estados Unidos foi inspirada nas
a) ideias de Jacques Bossuet e nos princípios iluministas de Rousseau.
b) ideias de Adam Smith e Maquiavel.
c) ideias de Hobbes e nos princípios de Babeuf.
d) ideias de Locke e nos princípios iluministas de Montesquieu.
24. (UNIMONTES MG/2008)
“Só de Deus recebemos a nossa coroa, e o direito de fazer leis pertence-nos sem partilha nem dependência.”
(Luís XV, em dezembro de 1770)
“Cada século tem o espírito próprio que o caracteriza; o espírito do nosso parece ser o da liberdade.”
(Diderot, em abril de 1771)
(DOMINGUES, Joelza Éster; FIUSA, Layla Paranhos Leite. História: o Brasil em foco. São Paulo: FTD, 1996, p. 71)
Com base nas informações acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa CORRETA.
a) As distintas leituras da sociedade que faziam Diderot e Luís XV se explicam pelas suas opções políticas e filosóficas, uma vez que o primeiro era “iluminista” e o segundo “absolutista”.
b) Luís XV, embora fosse francês, recorria a um argumento de tradição inglesa segundo o qual o rei se legitima primeiramente no direito divino e tem a prerrogativa de estabelecer leis para toda a sociedade.
c) O pensamento de Luís XV é convergente com a chamada teoria do direito de primogenitura, formulada por Maquiavel e Hobbes no século XVI e difundida em toda a Europa pelos séculos seguintes.
d) Diderot é considerado um precursor do chamado socialismo utópico porque pensava o século XVIII, quando os regimes autoritários predominavam como o “tempo da liberdade”.
25. (UFMG/2008) Leia este trecho:
“[As] camadas sociais elevadas, que se pretendem úteis às outras, são de fato úteis a si mesmas, à custa das outras [...] Saiba ele [o jovem Emílio] que o homem é naturalmente bom [...], mas veja ele como a sociedade deprava e perverte os homens, descubra no preconceito a fonte de todos os vícios dos homens; seja levado a estimar cada indivíduo, mas despreze a multidão; veja que todos os homens carregam mais ou menos a mesma máscara, mas saiba também que existem rostos mais belos do que a máscara que os cobre.”
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou Da educação. São Paulo: Martins Fontes, 1985. p. 311.
A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que o autor
a) compreende que os preconceitos do homem são inatos e responsáveis pelos infortúnios sociais e pelas máscaras de que este se reveste.
b) considera a sociedade responsável pela corrupção do homem, pois cria uma ordem em que uns vivem às custas dos outros e gera vícios.
c) deseja que seu discípulo seja como os homens do seu tempo e, abraçando as máscaras e os preconceitos, contribua para a coesão da sociedade.
d) faz uma defesa do homem e da sociedade do seu tempo, em que, graças à Revolução Francesa, se promoveu uma igualdade social ímpar.
GABARITO
1. (UEG GO/2009) Leia a citação abaixo:
“(...) Pois segundo essa lei, não poderia haver propriamente promessa alguma, já que seria inútil afirmar a minha vontade quanto às minhas futuras ações, pois as pessoas não acreditariam em meu fingimento, ou, se precipitadamente o fizessem, pagar-me-iam na mesma moeda. Portanto, a minha máxima, uma vez arvorada em lei universal, destruir-se-ia a si mesma necessariamente”.
KANT, Immanuel. Fundamentos da metafísica dos costumes e outros escritos. São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 13.
No texto citado acima o autor se refere
a) à crítica da razão pura.
b) ao conhecimento a posteriori.
c) ao conhecimento a priori.
d) ao imperativo categórico.
2. (UEL PR/2009) Oswald de Andrade, no Manifesto Antropofágico, procurou transformar o “bom selvagem” de Rousseau num aguerrido selvagem devorador, que digere e transforma a cultura europeia do colonizador, tornando-a parte de sua própria cultura.
Considerando a questão do “bom selvagem” no pensamento de Rousseau, é correto afirmar.
a) A idealização do bom selvagem, no estado de natureza, representa a exaltação da animalidade do homem primitivo que, no estado civil, adquire forma agressiva.
b) A felicidade original do bom selvagem se realiza no suor de seu trabalho em sua propriedade, de onde retira o necessário para a sua sobrevivência.
c) O homem, degenerado pela civilização, só poderá recuperar a felicidade que desfrutava no estado de natureza com o retorno à vida isolada no meio das florestas.
d) No estado de natureza, o bom selvagem busca satisfazer sua necessidade inata de reconhecimento de si e de admiração pelo outro.
e) No estado de natureza, o bom selvagem é autossuficiente e vive isolado, sobrevivendo com o que a natureza lhe provê e de acordo com suas necessidades inatas.
3. (UFTM MG/2009) Do século XV ao XVIII verificou-se verdadeira mudança de mentalidade. A mecânica e a técnica, de menosprezadas, passaram a ser supervalorizadas. Não é generalizada essa aceitação, pois os preconceitos têm raízes fundas, dificilmente removíveis. Ainda no século XVIII e mesmo nos seguintes, até o atual [XX], encontra-se certa atitude de suspeita ante o manual ou o mecânico, enquanto se realça o ócio, o lazer, a condição de nobreza, que não trabalha ou só trabalha com a inteligência e exerce o comando. Daí a desconsideração com tarefas como as agrícolas (...) – as artesanais ou manufatureiras, ou mesmo as comerciais. (...) Já havia, porém, forte opinião contrária, valorizadora da mecânica, como se vê em filósofos da categoria de Francis Bacon, Descartes, Pascal, Leibnitz, Locke, Voltaire, Diderot, gênios como Leonardo [da Vinci] (...).
(Francisco Iglesias, A Revolução Industrial)
De acordo com o texto, é correto afirmar que, na Europa Moderna,
a) o destaque dado ao ócio e ao lazer facilitou a afirmação do capitalismo.
b) as atividades manuais e mecânicas eram enaltecidas pela nobreza.
c) a industrialização promoveu uma ampla e generalizada revolução mental.
d) os filósofos iluministas fizeram críticas às inovações tecnológicas.
e) a mudança de mentalidade esteve ligada à valorização da técnica.
4. (UNCISAL AL/2009)
– É difícil libertar os tolos das amarras que eles veneram.
– A leitura engrandece a alma.
– Todo aquele que desconfia, convida os outros a traí-lo.
– O abuso da graça é afetação; o abuso do sublime, absurdo. Toda perfeição é um defeito.
– O valor dos grandes homens mede-se pela importância dos serviços prestados à humanidade.
– A guerra é o maior dos crimes, mas não existe agressor que não disfarce seu crime com pretexto de justiça.
– O meu ofício é dizer o que penso.
– A primeira lei da natureza é a tolerância; já que temos todos uma porção de erros e fraquezas.
– Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.
– O acaso é uma palavra sem sentido. Nada pode existir sem causa.
Frases de Voltaire, pensador iluminista (www.suapesquisa.com/biografias/voltaire.htm)
Os pensadores iluministas tiveram como princípio comum
a) a República como único regime político democrático.
b) a razão como portadora do progresso e da felicidade.
c) os operários sindicalizados como base do poder político.
d) o calvinismo como justificativa de riqueza material.
e) o socialismo como alicerce do exercício da cidadania.
5. (UNIOESTE PR/2009) A Ilustração significou o apogeu do desenvolvimento das ideias iluministas que levou à crítica da estrutura e do funcionamento do Antigo Regime na Europa. Sobre este momento histórico é correto afirmar que
a) na sua obra O contrato social, Rousseau defendeu o sufrágio censitário em detrimento do sufrágio universal, defendido pelos liberais.
b) o Brasil sofreu forte influência dos filósofos da Ilustração europeia, claramente expressa nos ideais defendidos pela Revolta dos Beckman.
c) durante o século XVIII as idéias dos pensadores da Ilustração espalharam-se pela Europa e pelas Américas, sobretudo por meio da maçonaria.
d) a obra que melhor sintetizou o pensamento iluminista foi a Suma Teológica que reuniu os mais importantes conhecimentos filosóficos da época.
e) John Locke, considerado pai do liberalismo político, em sua obra Ensaio sobre o Governo Civil, desenvolveu uma teoria do despotismo baseado na interferência estatal na economia.
6. (FMJ SP/2009) O movimento iluminista, cujas idéias começam a ser difundidas na Europa no século XVII, é baseado nos valores da burguesia. Entre os conceitos que formam a base dessa ideologia, pode-se destacar
a) a aceitação da autoridade divina do rei absolutista como forma de se garantir o respeito aos direitos individuais.
b) a defesa da propriedade privada vista como o resultado da transformação da natureza por meio do trabalho.
c) a crença na necessidade de se controlar a informação e os meios de comunicação para evitar rebeliões populares.
d) a importância dada ao equilíbrio entre a razão e o sentimento como forma de conhecimento do mundo.
e) o repúdio à meritocracia e a valorização da democracia popular, baseada na participação do povo no poder.
7. (PUC RS/2009) Relacione as informações da coluna A com os nomes da coluna B, numerando os parênteses.
Coluna A
1. Economista do séc. XVIII
2. Déspota esclarecido(a)
3. Fisiocrata
Coluna B
(__) Quesnay
(__) Turgot
(__) Adam Smith
(__) Catarina II
A numeração correta dos parênteses, de cima para baixo, é
a) 1 – 2 – 3 – 3
b) 3 – 3 – 1 – 2
c) 2 – 2 – 1 – 3
d) 3 – 2 – 3 – 1
e) 3 – 1 – 2 – 2
8. (UCS RS/2009) No decorrer do século XVIII, difundiu-se na Europa um conjunto de ideias frontalmente opostas ao absolutismo dos reis e ao misticismo religioso: o movimento iluminista.
Analise a veracidade (V) ou falsidade (F) das proposições abaixo, com relação ao Iluminismo.
(__) Os iluministas tinham como objetivo livrar os seres humanos das trevas da ignorância, ao valorizar a razão (racionalismo) e o conhecimento da verdade. Acreditavam que esse era o caminho para a conquista da liberdade e da plena autonomia intelectual.
(__) A publicação que mais simbolizou o Iluminismo foi a Enciclopédia – ou o Dicionário raciocinado das ciências, das artes e dos ofícios, por uma sociedade de homens e letras –, editada na França a partir de 1751.
(__) A Enciclopédia abordava vários assuntos: desde ideias filosóficas até o funcionamento de manufaturas, técnicas de artesanato, ferramentas, etc.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) V – V – V
b) V – F – F
c) V – V – F
d) F – F – V
e) F – V – V
9. (UFRR/2009) No século XVIII, surgiu um conjunto de idéias que questionava a ordem estabelecida em vários aspectos, tais como: econômico, político e social. Os pensadores e intelectuais caracterizados como Iluministas, atacavam as injustiças, a intolerância religiosa e os privilégios da nobreza, bem como o poder absoluto dos reis. Sobre o Iluminismo é INCORRETO afirmar que:
a) Destacava que os homens são iguais perante a natureza e que as desigualdades eram criadas pela sociedade.
b) Considerava a razão como a fonte de toda sabedoria e que o racionalismo deveria estar presente em todas as ações humanas.
c) Defendia o liberalismo econômico, ou seja, se opunha ao Mercantilismo e a toda forma de monopólio.
d) Pregava a igualdade dos homens perante a lei e a liberdade de idéias, de opiniões e de expressão.
e) Defendia a Igreja Católica, pois acreditava na necessidade de haver também uma explicação espiritualista do mundo e da realidade.
10. (UFU MG/2009) “[...] O racionalismo intelectual consciente dos séculos XVII e XVIII, que costuma ser designado com uma palavra imprecisa como “Iluminismo”, não deve ser entendido, de modo algum, somente no contexto da racionalidade burguesa e capitalista, já que existem fortes vínculos entre ele e a racionalidade de corte.”
ELIAS, Norbert. A sociedade de corte: investigação sobre a sociologia da realeza e da aristocracia de corte. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2001. p. 128.
Considerando o contexto intelectual dos séculos XVII e XVIII na Europa, analise o trecho acima e marque a alternativa correta.
a) O trecho reforça a tese de que as Revoluções Científicas do século XVII e o Iluminismo são expressões culturais típicas do mundo burguês, portanto, em nada familiar à sociedade do Antigo Regime.
b) O trecho afirma que não há qualquer vínculo entre Iluminismo e racionalidade burguesa e capitalista, sendo, antes, expressão de uma racionalidade aristocrática de corte.
c) O trecho sugere que a sociedade de corte, vigente na Europa antes da consolidação da hegemonia burguesa, não era irracional, mas possuía sua própria racionalidade, em nada estranha à filosofia e às ciências da época.
d) No trecho, o termo “Iluminismo” é considerado vago, pois só poderia ser empregado para designar correntes intelectuais depois da Revolução Francesa e não durante a vigência da sociedade de corte.
11. (UNCISAL AL/2008) As ideias iluministas e as guerras napoleônicas
a) permitiram que o operariado chegasse ao poder, ainda que temporariamente, garantindo-lhes direitos sociais.
b) repercutiram na América, contribuindo para os movimentos de independência das colônias latino-americanas.
c) favoreceram a afirmação dos interesses da nobreza e do clero sobre o conjunto da sociedade.
d) consolidaram o capitalismo, ao implantar novas técnicas de produção, a produção fabril e o trabalho assalariado.
e) espalharam pela Europa as estruturas do Antigo Regime, como o mercantilismo e os privilégios sociais.
12. (UFMT/2008) O Iluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem... Tenha a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do Iluminismo.
Tendo em vista as palavras de Kant, pode-se definir o Iluminismo como um movimento
a) político que lutou pela implantação da democracia liberal na América do século XVIII.
b) artístico que valorizou a racionalidade do espaço pictórico por meio do ponto de fuga.
c) literário que buscou reencontrar as raízes nacionais dos estados europeus no século XIX nas lendas e mitos medievais.
d) filosófico que privilegiou a razão como forma de compreensão da realidade e de emancipação do homem.
e) religioso que destacou o uso do êxtase místico como forma de conhecer a Deus.
13. (UEG GO/2009) Quando o rei deposto Luís XVI, estava na prisão e se deparou com a obra de dois filósofos iluministas, exclamou: “Esses dois destruíram a França!”. Considerando a influência das idéias filosóficas iluministas na eclosão da Revolução Francesa, o Rei Luís XVI estaria referindo-se a:
a) Montesquieu e Hobbes
b) Voltaire e Rousseau
c) Maquiavel e Locke
d) Bossuet e Diderot
14. (UEPB/2009) Relacione os pensadores, comprometidos com idéias racionalistas entre os séculos XVII e XVIII, da coluna da esquerda com suas máximas presentes na coluna da direita.
(1) René Descartes
(2) John Locke
(3) Voltaire
(4) Denis Diderot
(5) Immanuel Kant
(__) “Todas as ideias derivam da sensação ou reflexão”
(__) “Posso não concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizer”
(__) “Nossa época é a da crítica, a que tudo deve se submeter”
(__) “Penso, logo existo”
(__) “Cada século tem um espírito que o caracteriza: o espírito do nosso parece ser o da liberdade”
Assinale a alternativa correta:
a) 4, 2, 3, 5, 1
b) 2, 3, 5, 1, 4
c) 3, 1, 5, 4, 2
d) 5, 3, 4, 2, 1
e) 1, 4, 3, 5, 2
15. (UNIMONTES MG/2009) Leia as afirmativas abaixo acerca do chamado Iluminismo.
I - Para os iluministas, o conhecimento era fruto da observação e da experiência, e a dúvida metódica levava à verdade.
II - No âmbito da política, todos os iluministas propunham a reforma agrária e a tomada do poder pelos setores populares.
III - A propagação da ideia do direito divino dos reis foi feita, no Brasil, pelos pensadores iluministas católicos.
IV - Segundo os iluministas que organizaram a Enciclopédia, esta era uma crítica à ordem política e religiosa de cunho feudal.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s)
a) I e IV, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, apenas.
d) II e IV, apenas.
16. (UEG GO/2010) Durante o período moderno surgiram diversas concepções sobre o conhecimento, as formas e as categorias da faculdade cognitiva. Dentre essas concepções, aquela que se caracterizava por fazer uma distinção entre aparência e realidade e que serviu de base ao movimento político do Iluminismo foi
a) o materialismo de Marx.
b) o empirismo de Hume.
c) a dialética de Hegel.
d) o criticismo de Kant.
17. (UEL PR/2010) Leia o texto a seguir:
Ao empreender a análise da estrutura e dos limites do conhecimento, Kant tomou a física e a mecânica celeste elaboradas por Newton como sendo a própria ciência. Entretanto, era preciso salvá-la do ceticismo de Hume quanto à impossibilidade de fundamentar as inferências indutivas e de alcançar um conhecimento necessário da natureza.
Com base no pensamento de David Hume acerca do entendimento humano, é correto afirmar:
a) Dentre os objetos da razão humana, as relações de ideias se originam das impressões associadas aos conceitos inatos dos quais obtém-se dedutivamente o entendimento dos fatos.
b) As conclusões acerca dos fatos obtidas pelo sujeito do conhecimento realizam-se sem auxílio da experiência, recorrendo apenas aos raciocínios abstratos a priori.
c) O postulado que afirma a inexistência de conhecimento para além daquele que possa vir a resultar do hábito funda-se na ideia metafísica de relação causal como conexão necessária entre os fatos.
d) O sujeito do conhecimento opera associações de suas percepções, sensações e impressões semelhantes ou sucessivas recebidas pelos órgãos dos sentidos e retidas na memória.
e) Pelo raciocínio o sujeito é induzido a inferir as relações de causa e efeito entre percepções e impressões acerca da regularidade de fenômenos semelhantes que se repetem na sucessão do tempo.
18. (UFPR/2010) A respeito do iluminismo, movimento filosófico que se difundiu pela Europa ao longo do século XVIII, considere as seguintes afirmativas:
1. Muitos filósofos franceses, entre eles Montesquieu, Voltaire e Diderot, foram leitores, admiradores e divulgadores da filosofia política produzida pelos ingleses, como John Locke com sua crítica ao absolutismo.
2. Quanto à organização do Estado, os filósofos iluministas não eram contra a monarquia, mas contra as ideias de que o poder monárquico fora constituído pelo direito divino e de que ele não poderia ser submetido a nenhum freio.
3. A descoberta da perspectiva e a valorização de temas religiosos marcaram as expressões artísticas durante o iluminismo.
4. Em Portugal, o pensamento iluminista recebeu grande impulso das descobertas marítimas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
19. (UFV MG/2010) Leia o texto abaixo:
As nossas esperanças quanto à condição humana podem reduzir-se a estes três pontos importantes: a destruição da desigualdade entre as nações; os progressos da igualdade num mesmo povo; e, finalmente, o aperfeiçoamento real do homem. Irão todas as nações aproximar-se um dia do estado de civilização a que chegaram os povos mais esclarecidos [...] tal como os franceses e os anglo-americanos? Irá desaparecer [...] a distância que separa estes povos [...] da barbárie das tribos africanas, da ignorância dos selvagens? [...] Respondendo a estas três perguntas encontraremos [...] os motivos mais fortes para acreditar que a natureza não pôs nenhum limite às nossas esperanças.
(CONDORCERT. Esboço para um quadro histórico do progresso do espírito humano. In: GARDINER, P. Teorias da história. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1995, p. 69-70.)
Com base no texto de Condorcet (1743-1794), um escritor do Século das Luzes, é CORRETO afirmar que os iluministas:
a) acreditavam que todas as nações desfrutavam do mesmo nível de desenvolvimento intelectual e tecnológico.
b) defenderam o ideal de liberdade e de igualdade entre os homens, assim como acreditavam que todas as nações se encontravam no mesmo nível de civilização.
c) consideravam que a condição humana era marcada pela decadência moral, que impedia o progresso.
d) acreditavam na ideia de progresso e foram otimistas quanto à superação dos desafios intelectuais e tecnológicos impostos à humanidade.
20. (ESPM/2010) Algumas vezes gêneros artísticos como peças de teatro, pinturas e estudos históricos serviam de veículos para mensagens políticas. As Bodas de Fígaro, por exemplo, do dramaturgo francês Pierre-Augustin Beaumarchais (1732-1799), estreou em 1784, depois de dificuldades com os censores, que suspeitavam que a peça fosse uma sátira ao regime. Os sentimentos políticos de Beaumarchais foram suavizados no libreto italiano da ópera de Mozart (1786), mas algo da mensagem original permaneceu.
Acima de tudo a famosa enciclopédia, publicada entre 1751 e 1765, foi importante veículo para a política. Originalmente planejada como tradução em quatro volumes da cyclopaedia inglesa de Chamber, ela transformou-se em um trabalho independente, com 35 volumes. A publicação da enciclopédia foi um evento crucial na história da comunicação.
(Asa Briggs e Peter Burke. Uma História Social da Mídia: de Gutemberg à Internet)
A partir da leitura do texto assinale a alternativa que traga corretamente qual era o regime político criticado pela enciclopédia, além de acrescentar uma recomendação dos enciclopedistas:
a) Liberalismo – manutenção dos privilégios do clero e da nobreza;
b) Absolutismo – governar é atender a certo número de direitos naturais do homem: liberdade, tolerância, igualdade perante a lei;
c) Marxismo – liberdade de pensamento e fé inabalável no progresso da sociedade;
d) Monarquia Parlamentarista – centralização de poderes pelo rei e crença no poder real de inspiração divina;
e) Despotismo Esclarecido – defesa do racionalismo, do deísmo e da existência de um Estado forte, baseado em um contrato, irrescindível, celebrado com os súditos.
21. (UEG GO/2010) Hegel, prosseguindo na árdua tarefa de unificar o dualismo de Kant, substituiu o eu de Fichte e o absoluto de Schelling por outra entidade: a ideia. A ideia, para Hegel, deve ser submetida necessariamente a um processo de evolução dialética, regido pela marcha triádica da
a) experiência, juízo e raciocínio.
b) realidade, crítica e conclusão.
c) matéria, forma e reflexão.
d) tese, antítese e síntese.
22. (UNIFOR CE/2010) Apesar de Rousseau trazer à tona a democracia direta ateniense, ele próprio convenceu-se da impossibilidade de tal modelo, em face das grandes extensões territoriais dos Estados, das grandes concentrações populacionais, (devemos levar em conta que as metrópoles estavam em pleno crescimento na época de Rousseau), da complexidade da sociedade, e da falta de consenso social cultural.
Disponível em: http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas Acesso em: 13/05/2010. (com adaptações)
Segundo a hipótese levantada, é correto afirmar que Rousseau
a) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal burguesa, que em suas ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
b) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia social da burguesia, que em suas ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias comunistas.
c) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia censitária burguesa, que em suas ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias liberais.
d) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal moderna, que em suas ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
e) trouxe polêmicas que conflitavam com a recente democracia liberal representativa, que em suas ideias, sustentou novas discussões para as futuras teorias socialistas.
23. (UPE/2011) O Iluminismo foi um movimento intelectual, portador de uma visão unitária do mundo e do homem, apesar da diversidade de leituras que lhe são contemporâneas, conservou uma grande certeza quanto à racionalidade do mundo e do homem, a qual seria imanente em sua essência.
FALCON, F. J. C. Iluminismo, São Paulo: Ática, 1986. Adaptado.
Suas principais linhas de força foram:
a) o pensamento crítico, o primado da razão, a antropologia e a pedagogia.
b) a ideia de progresso, a antropologia, a manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
c) o direito coletivo, o direito à propriedade, o primado da razão, a ideia de progresso.
d) o sentimento humanitário, a futilidade da guerra, a manutenção das tradições e a explicação racional para tudo.
e) a ideia de socialismo, o pensamento crítico, o antropocentrismo e o naturalismo.
24. (PUC RS/2011) Considere o texto abaixo, do filósofo John Locke (1623- 1704), extraído da obra Sobre o Governo Civil.
“Se o homem em estado de natureza está tão livre quanto se disse, se é senhor absoluto de sua pessoa e bens (...), sem estar sujeito a quem quer que seja, por que abandonará sua liberdade? Por que (...) se sujeitará ao domínio e controle de algum outro poder? Ao que é evidente responder que, embora em estado de natureza tenha esse direito, o seu gozo é muito incerto (...), a fruição da propriedade que tem nesse estado é muito arriscada e muito insegura; e não é sem razão que procura e está disposto a formar com outros uma sociedade (...) para a preservação mútua de suas vidas, liberdades e bens, a que chamo pelo nome geral de – propriedade”.
Apud FENTON, Edwin. 32 problemas na história universal. São Paulo: Edart, 1974, p. 90-1.
Considerado um dos fundadores do pensamento liberal, Locke, no texto, examina os motivos que levam os indivíduos a saírem do “estado de natureza”, fundando a chamada “sociedade política” (o Estado).
O conceito de propriedade está no centro desses motivos, sendo esta considerada como
a) uma concessão parcial da sociedade política aos indivíduos.
b) uma prerrogativa que nasce com o estabelecimento da sociedade política.
c) o fundamento moral para o exercício do poder absoluto do Estado.
d) o fruto material da exploração do homem pelo homem.
e) um direito natural a ser protegido pela sociedade política.
25. (ESPM/2011) Estabeleça a relação correta:
I. Em seu pensamento está presente o dualismo maniqueísta da cidade celestial que, corporificada pela Igreja, se ocupará dos interesses espirituais e reinará sobre seus inimigos, e da cidade civil identificada com o estado temporal que se encarregará das coisas materiais.
II. Seu principal objetivo era demonstrar, por um raciocínio lógico formal, a autenticidade dos dogmas cristãos. A filosofia está a serviço da teologia para colocar um fundamento filosófico sob todo o edifício da fé.
III. Um homem de Estado não pode dar-se ao luxo de ter dilemas com sua própria consciência, sua ação tem em vista o Estado, e o bem-estar e a estabilidade do Estado constituem o bem com que este político deve se preocupar.
IV. Verifica a temeridade da não existência do Estado diante da natural propensão do homem a buscar o proveito próprio. Nesta situação, ninguém tem segurança de sua vida ou de seus bens. Funda num pacto social a rejeição a este estado natural e mostra como o homem, pela razão, constitui um soberano para sua defesa e segurança.
V. O poder em uma sociedade legítima deve expressar a vontade geral ou o interesse coletivo. O soberano é a vontade geral, a vontade coletiva, e a participação de todos e de cada um é pressuposto de sua própria existência.
A. Santo Tomás de Aquino
B. Santo Agostinho
C. Thomas Hobbes
D. Maquiavel
E. Rousseau
a) I – A; II – B; III – C; IV – D; V – E.
b) I – B; II – A; III – D; IV – C; V – E.
c) I – E; II – D; III – C; IV – B; V – A.
d) I – B; II – C; III – A; IV – E; V – D.
e) I – C; II – E; III – D; IV – B; V – A.
GABARITO
1. (Mackenzie SP/2011) “O fim último, causa final de desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com a vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária [...] das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis da natureza [...]”.
“Portanto todo homem, pelo ato de [concordar] [...] com outros em formar um corpo político debaixo de um governo, se obriga para com cada um dos membros dessa sociedade a se submeter à determinação da maioria, e a ser governado por ela”.
Pela análise dos excertos, conclui-se que
a) o primeiro se refere às ideias anarquistas, uma vez que rejeita toda e qualquer prática de governo constituído pela burguesia, concebendo-o, como justo, se levar em conta os anseios e as reivindicações trabalhistas do conjunto da sociedade.
b) o segundo refere-se às ideias liberais, uma vez que concebe o governo como um corpo autônomo e dotado de amplos poderes, capaz de suprimir as liberdades individuais em nome da vontade do governante (único capaz de salvaguardar os interesses da sociedade).
c) ambos partem de pressupostos para conceber ideias sobre o governo: o primeiro, absolutista, o entende como um corpo punitivo e autoritário; o segundo, iluminista, o concebe como um corpo formado a partir das decisões e das vontades da maioria.
d) ambos negam práticas coercitivas de poder, uma vez que, iluministas, entendem o governo como uma entidade formada pelas decisões da maioria, sendo suas leis e práticas elaboradas com o intuito de se evitarem conflitos pelo poder entre seus membros.
e) o primeiro, absolutista, entende, por governo, um conjunto de regras e práticas elaboradas pela sociedade; o segundo, iluminista, concebe o governo como órgão fiscalizador, punitivo e autoritário, criado para se evitarem conflitos que levem os homens ao estágio anterior à sociedade.
2. (UEG GO/2011) No século XIX, influenciados pelo Romantismo, muitos intelectuais brasileiros idealizaram a cultura indígena, considerando-a como autêntica representante do nacionalismo brasileiro. Em termos filosóficos, essa valorização do indígena foi influenciada pelo pensamento do filósofo
a) Thomas Hobbes, autor da frase “o homem é o lobo do homem”, que valorizava o comportamento típico de tribos selvagens.
b) Santo Agostinho, que, por meio do “livre arbítrio”, acreditava que as sociedades selvagens eram capazes de alcançar a graça divina.
c) Montesquieu, que se inspirou na organização social dos indígenas para elaborar a famosa teoria dos “três poderes”.
d) Jacques Rousseau, que elaborou a teoria do “bom selvagem”, defendendo a pureza das sociedades primitivas.
3. (PUC RS/2011) Ao longo dos séculos XVII e XVIII, vários autores, tais como Locke, Montesquieu e Rousseau, produziram obras clássicas, nas quais refletiam sobre os processos de transformação sociopolítica de seu tempo.
Para tais autores, as sociedades humanas eram essencialmente compostas por _________; o poder soberano do Estado originava-se de um ato ________; e o exercício da violência como meio de resistir à opressão oficial ilegítima constituía um _________.
a) indivíduos religioso pecado
b) estamentos contratual direito
c) indivíduos contratual direito
d) estamentos contratual pecado
e) indivíduos religioso direito
4. (UFG GO/2011) Leia os trechos do conto popular apresentado a seguir.
Então, o lobo chegou primeiro à casa. [...] vestiu a roupa da avó e deitou na cama à espera da menina. [...]
O lobo disse:
- Tire a roupa e deite-se na cama comigo.
A menina perguntou:
- Onde ponho o meu avental?
O lobo respondeu:
- Jogue no fogo. Você não vai mais precisar dele.
Para cada peça de roupa – corpete, saia, anágua e meias
– a menina fazia a mesma pergunta. E, a cada vez, o lobo respondia:
- Jogue no fogo. Você não vai precisar mais dela. […]
- Ah, vovó! Que dentes grandes você tem!
- É para comer melhor você, querida.
E ele a devorou.
DARNTON, Robert. O grande massacre de gatos e outros episódios da história cultural francesa. Rio de Janeiro: Graal, 1986. p. 22.
Esses trechos integram uma versão do conto popular “Chapeuzinho Vermelho”. Com pequenas alterações, assim os camponeses narravam o final desse conto na França no século XVIII. Distinto da versão que se conhece, ele expressa o universo simbólico camponês na medida em que
a) o erotismo implícito na narrativa manifesta que a infância era ignorada como uma fase distinta da vida.
b) a referência constante à comida remonta a um universo de abundância entre os camponeses.
c) a ausência da “moral da história” expõe uma sociedade marcada pela descrença religiosa.
d) as ações violentas descritas constroem uma imagem negativa da floresta em oposição à da aldeia.
e) as trajetórias das personagens aludem à dissolução dos laços familiares no mundo rural.
5. (UFPA/2011) O texto abaixo recupera uma obra iluminista dirigida por Denis Diderot e Jean Le Rond d’ Alembert em 1772 na França intitulada de Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. No texto afirma-se que:
na Enciclopédia não havia área do engenho humano que não tivesse sido coberta. Ali se observava a confiança de que os homens eram, ou poderiam ser em breve, senhores de seu próprio destino, que poderiam moldar o mundo e a sociedade de acordo com as suas conveniências e vantagens. Era o poder da razão. Por isso mesmo a Enciclopédia não foi universalmente aceita. Poderes absolutistas civis e religiosos foram seus combatentes.
(DENT, N. J. H.. Dicionário de Rousseau. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p. 125. Texto adaptado).
A Enciclopédia proposta por homens iluministas como Diderot e D’Alembert foi criticada no contexto francês do final do século XVIII, porque nesse momento o absolutismo e razão significavam
a) modos de viver compatíveis, nos quais as novas e modernas ideias iluministas eram absorvidas pelo reis absolutistas, que percebiam nelas as vantagens de se moldar o mundo à sua forma e maneira, tal qual Diderot em sua Enciclopédia, o que possibilitou o advento da monarquia constitucional.
b) maneiras de fazer política muito diversas. Para os racionalistas, a política absolutista deveria ser reestruturada ou revolucionada, pois os novos saberes deveriam vir das experiências e das novas ciências e não de Deus e seus emissários.
c) formas incompatíveis de fazer política, pois o povo francês era governado por um velho monarca autoritário que se mantinha no poder devido à ignorância do povo. Já livros como a Enciclopédia seriam a base da nova sociedade revolucionária e anarquista proposta por Diderot.
d) formas de governo inconciliáveis, pois o absolutismo era autoritário e ultrapassado. Já os enciclopedistas, como Diderot e D’ Alembert, desejavam a derrubada do Rei pelos revolucionários comunistas, formadores de idéias socialistas vinculadas ao marxismo contemporâneo.
e) maneiras de governar muito distintas, pois os enciclopedistas eram homens de letras, que iniciavam carreira política nas fileiras dos liberais exaltados, e o monarca absolutista era do partido conservador francês.
6. (UFTM MG/2011) Leia os dois excertos.
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar- lhe a segurança e a felicidade.
(Declaração de Independência dos EUA, www.direitoshumanos.usp.br. Adaptado.)
A Assembleia Nacional reconhece e declara, em presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os direitos seguintes do homem e do cidadão:
I. Os homens nascem e permanecem livres e iguais perante a lei; as distinções sociais não podem ser fundadas senão sobre a utilidade comum.
II. A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
III. O princípio fundamental de toda autonomia reside, essencialmente, na nação; nenhuma corporação, nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente.
(Declaração dos direitos do homem e do cidadão, aprovada em 26 de agosto de 1789, pela Assembleia Constituinte francesa, www.direitoshumanos.usp.br. Adaptado.)
A partir dos excertos, é correto concluir que
a) ambos reconhecem um conjunto de direitos comuns a todos os seres humanos e fazem referência à participação dos cidadãos na vida política.
b) os trechos se contradizem, uma vez que apresentam concepções diferentes em relação à forma de governo e aos direitos dos cidadãos.
c) os ideais apresentados nos trechos não chegaram aos séculos XX e XXI, dominados por valores nacionalistas, que não se pautam pela noção de igualdade de direitos.
d) o direito à rebelião popular não é reconhecido, uma vez que a obediência aos poderes instituídos é um dever inalienável dos cidadãos.
e) as ideias defendidas pelos norte-americanos propõem uma democracia mais ampla que a francesa, ainda marcada pelo absolutismo.
7. (UFV MG/2011) No decorrer do século XIX, as transformações propiciadas pela expansão do capitalismo industrial fortaleceram entre a burguesia a ideia de que a humanidade tendia a um constante progresso. Com relação à cultura burguesa e à ideia de progresso, assinale a afirmativa INCORRETA:
a) Os burgueses acreditavam que o progresso beneficiaria o conjunto da população europeia.
b) O liberalismo foi utilizado pela burguesia europeia na luta contra a aristocracia e seu modo de vida.
c) O individualismo, o empreendedorismo e o apego à modernização eram valores difundidos pela burguesia.
d) Os conceitos liberais não foram absorvidos pelos burgueses, pois não correspondiam a sua visão de mundo.
8. (UEG GO/2012) David Hume nasceu na cidade de Edimburgo, em pleno Século das Luzes, denominação pela qual ficou conhecido o século XVIII. Para investigar a origem das ideias e como elas se formam, Hume parte, como a maioria dos filósofos empiristas, do cotidiano das pessoas. Do ponto de vista de um empirista,
a) não existem ideias inatas.
b) não existem ideias abstratas.
c) não existem ideias a posteriori.
d) não existem ideias formadas pela experiência.
9. (IFGO/2012) Leia com atenção o texto a seguir:
“O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se a ferros. O que se crer senhor dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...). A ordem social é um direito sagrado que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se, portanto, em convenções.”
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1978. p. 22.
Com base no texto de Rousseau, marque a alternativa correta.
a) Há na afirmação de Rousseau uma forte crítica à justificativa do poder do rei absolutista, próprios da antiguidade clássica greco-romana.
b) A afirmativa de Rousseau aproxima-se ao pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a ordem social.
c) A afirmativa de Rousseau filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de livre-arbítrio e superação da escravatura colonial.
d) A afirmativa de Rousseau é própria do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.
e) A afirmação de Rousseau filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão praticada na América ao longo do século XIX.
10. (IFSP/2013) Em 1776, Adam Smith lançou o livro A Riqueza das Nações, que apresenta as bases da economia clássica. Segundo o autor, o crescimento econômico de uma nação depende
a) da quantidade de ouro e prata que cada nação tem entesourados.
b) do dirigismo econômico feito pelo Estado, pois apenas ao rei cabe conduzir sua nação.
c) da natureza, pois terras áridas e clima desfavorável não trarão boas colheitas.
d) da produtividade do trabalho, em função de seu grau de especialização.
e) do comércio altamente desenvolvido através das companhias de comércio e dos monopólios.
11. (UFG GO/2013) A segunda lei de Newton, divulgada em 1687, é conhecida como a equação fundamental da dinâmica e sintetiza os fundamentos da mecânica clássica. Nela estão contidas as ideias que influenciaram a modernidade europeia. De acordo com essa lei,
a) a aceleração é uma constante universal, tal como demonstrado pelos avanços científicos necessários à Revolução Industrial.
b) a massa pode ser considerada permanente, tal como anunciado pela concepção do Iluminismo sobre os regimes absolutistas.
c) a resultante das forças é uma constante, tal como explicado pelos estudos renascentistas sobre a função da musculatura humana.
d) o movimento acelerado de um corpo uniformiza as percepções sobre o tempo, tal como exposto pela visão apocalíptica da Contrarreforma.
e) as forças podem atuar sobre os corpos, tal como indicado pelo princípio liberal que trata da atuação do mercado na economia.
12. (UFPR/2013) Considere o excerto abaixo, escrito pelo filósofo John Locke em 1689:
Ninguém pode impor-se a si mesmo ou aos outros, quer como obediente súdito de seu príncipe, quer como sincero venerador de Deus: considero isso necessário sobretudo para distinguir entre as funções do governo civil e da religião, e para demarcar as verdadeiras fronteiras entre a Igreja e a comunidade. Se isso não for feito, não se pode pôr um fim às controvérsias entre os que realmente têm, ou pretendem ter, um profundo interesse pela salvação das almas, de um lado, e, de outro, pela segurança da comunidade.
(LOCKE, John. Carta acerca da tolerância. São Paulo: Abril Cultural, 1973, col. Os Pensadores, vol. XVIII, p. 11.)
Sobre a relação desse pensamento de Locke com o contexto político e religioso da Europa do século XVII, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F):
(__) John Locke defende a separação entre poder político e poder espiritual como base para o estabelecimento de novas comunidades religiosas na Europa ocidental, em referência às novas ações da Inquisição nos reinos católicos.
(__) John Locke defende a tolerância religiosa e a separação entre a religião e o poder político civil como bases para a convivência pacífica entre os povos de religiões diferentes, em referência às guerras entre católicos e protestantes nos reinos europeus.
(__) John Locke defende a separação entre Igreja e Estado no contexto das perseguições empreendidas pelos puritanos na Inglaterra, após saírem vitoriosos da Revolução Gloriosa.
(__) John Locke defende a tolerância religiosa como condição primordial para a convivência entre diferentes religiões que nasciam na Europa no século XVII e que eram perseguidas pela Igreja Católica, como o espiritismo kardecista.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) F – F – V – F.
b) F – V – F – F.
c) V – F – F – F.
d) F – F – F – V.
e) V – F – F – V.
13. (UNICAMP SP/2013) O estudo da Ilustração nunca mais foi o mesmo após o holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. A crença ingênua no poder regenerador da razão inviabilizou-se. Estilhaçou-se a cômoda certeza de que as Luzes foram a filosofia da burguesia triunfante, e dos quatro pontos da Europa surgiram evidências acerca da amplitude e variação do fenômeno, que não caberia mais considerar nem apenas burguês, nem eminentemente francês, nem restrito ao século XVIII.
A partir do texto, é correto afirmar que:
a) A experiência do holocausto, no século XX, pode ser interpretada como a negação do projeto das Luzes, porque rejeita a eficácia do poder do Estado.
b) A compreensão das Luzes não se prende à explicação do triunfo da burguesia, exigindo um estudo mais amplo sobre seus impactos na Europa.
c) O projeto das Luzes difundia o ideário do progresso e, contraditoriamente, ensejava o conhecimento científico.
d) O ideário das Luzes ajuda a compreender as revoluções liberais dos séculos XVIII e XIX, que defendiam a intolerância religiosa.
14. (UPE/2013) O pensamento de Jean-Jacques Rousseau, fruto do Iluminismo do século XVIII, serve de base, até hoje, para a estrutura política de vários países democráticos ocidentais.
Sobre essa realidade, assinale a alternativa CORRETA.
a) No pensamento de Rousseau, gesta-se a teoria do Estado Contratualista.
b) Os atuais regimes socialistas do ocidente condenam a propriedade privada com base nos textos de Rousseau.
c) A teoria da tripartição do poder é herança do pensamento de Rousseau.
d) A teoria contratualista foi desenvolvida por Rousseau na obra Origem da desigualdade social entre os homens.
e) Na obra Do contrato social, Rousseau defende a propriedade privada.
15. (UPE/2013) Qual das alternativas a seguir apresenta apenas características associadas ao Liberalismo?
a) Monarquia parlamentarista, mínima participação do estado na economia, propriedade privada e metalismo.
b) O processo de cercamentos, tolerância religiosa, direito divino, crescimento urbano.
c) Sistema de livre concorrência, monarquia parlamentarista, divisão entre os poderes, sufrágio universal.
d) Livre comércio, o processo de cercamentos, a monarquia parlamentarista e o trabalho servil.
e) Propriedade privada, livre comércio, igualdade perante a lei e mínima participação do estado na economia.
16. (UNESP SP/2012) Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece, contudo, a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes. Esse, o problema fundamental cuja solução o contrato social oferece. [...] Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo.
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1983.)
O texto apresenta características
a) iluministas e defende a liberdade e a igualdade social plenas entre todos os membros de uma sociedade.
b) socialistas e propõe a prevalência dos interesses coletivos sobre os interesses individuais.
c) iluministas e defende a liberdade individual e a necessidade de uma convenção entre os membros de uma sociedade.
d) socialistas e propõe a criação de mecanismos de união e defesa de todos os trabalhadores.
e) iluministas e defende o estabelecimento de um poder rigidamente concentrado nas mãos do Estado.
17. (FMJ SP/2012) Para eles, o século XVIII era o ápice da maturidade intelectual e racional do homem. (...) Tal pensamento, em sua crítica ao Absolutismo, à Igreja Católica e à estrutura do Antigo Regime como um todo, encaixava-se nas aspirações e desilusões da burguesia em ascensão na Europa (...). Essa classe social inspirou-se nesse movimento para construir a retórica e as bandeiras de suas revoltas naquele momento.
(Kalina Vanderlei Silva, Dicionário de conceitos históricos. SP: Contexto, 2005. P. 210-211. Adaptado)
O movimento a que se refere o texto é denominado
a) Humanismo.
b) Renascimento.
c) Iluminismo.
d) Positivismo.
e) Anarquismo.
18. (UDESC SC/2012) Sobre o Iluminismo, é correto afirmar.
a) O movimento iluminista foi inicialmente produzido nas áreas rurais.
b) Foi o movimento responsável pela eclosão da Revolução Industrial na Europa.
c) O Iluminismo foi, entre outras ideias, uma resposta aos problemas enfrentados pela burguesia, a exemplo da excessiva intervenção do Estado na Economia.
d) As ideias iluministas se restringiram à situação francesa da época.
e) Liberdade, Igualdade e Fraternidade foram ideais plenamente alcançados pelo povo francês e referendados por Napoleão.
19. (UEFS BA/2013) “É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder”.
(MONTESQUIEU. In: AQUINO et al. 1993, p. 122).
MONTESQUIEU. In: AQUINO, R. et al. História das sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais. 28. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993.
A afirmativa do filósofo Montesquieu, a respeito da ação e da contenção do poder, originou
a) a proposta para a condenação à morte, pela vontade popular, de todo o chefe de poder que se torne absoluto.
b) o movimento renascentista, responsável pela ideia de que “os fins justificam os meios”.
c) as ideias anarco-sindicalistas, defensoras da intervenção militarista no Estado e da completa ausência de leis.
d) a teoria da divisão da soberania em três poderes independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
e) o movimento operário, no Brasil Império, destinado a conter o poder da monarquia absolutista que governava o país.
20. (Unicastelo/2013) No final do século XVIII e início do XIX, um conjunto de transformações históricas, algumas revolucionárias, ocorreu tanto na Europa quanto na América. Apesar de particularidades regionais das mudanças, esse processo foi denominado, por alguns historiadores, “revoluções atlânticas”. Entre elas, havia, de fato, um elo essencial, a sua relação estreita com
a) a corrida armamentista.
b) as guerras de religião.
c) a filosofia iluminista.
d) a disputa de mercados pelas metrópoles.
e) as agitações operárias.
21. (UNCISAL AL/2015) “Sempre considerei as ações dos homens como as melhores intérpretes dos seus pensamentos.”
John Locke
A frase de John Locke nos remete ao Iluminismo e seus objetivos nos diversos âmbitos que formam a vida em sociedade. Sobre ideário iluminista, é correto afirmar que
a) seu caráter popular afastou os intelectuais e aproximou a pequena burguesia da nobreza togada.
b) o intelectualismo se tornou um obstáculo à expansão do iluminismo, fato que minimizou sua influência nas revoluções burguesas.
c) Adam Smith dissocia a liberdade econômica da liberdade política, fazendo prevalecer esta última em detrimento da primeira.
d) a razão apresenta um poder emancipador capaz de tirar o homem da menoridade e libertá-lo da opressão política e dos resquícios das trevas medievais.
e) o projeto iluminista não se opunha totalmente ao mercantilismo nem ao absolutismo já que preserva em grande parte as instituições do Antigo Regime.
22. (Fac. Cultura Inglesa SP/2015) O homem “esclarecido” é aquele que, ao superar a passividade da razão, sai de uma “menoridade” intelectual pela qual é o único responsável “por preguiça e frouxidão” e que não é senão “incapacidade de se servir de sua inteligência sem ser dirigido por outrem”.
(Louis Guillermit. “Emanuel Kant e a Filosofia Crítica”. In: François Châtelet (org.) A filosofia e a história, vol. 5, 1974.)
O argumento kantiano deve ser entendido no interior dos princípios da filosofia
a) escolástica medieval.
b) existencialista cristã.
c) racionalista cartesiana.
d) positivista cientificista.
e) iluminista da época moderna.
GABARITO
1. (UEFS BA/2013) O conceito de “Ilustração” ou Iluminismo, elaborado na Europa Ocidental, no século XVIII, diz respeito
a) à atribuição do poder da razão de promover a iluminação das mentes, na luta contra o obscurantismo responsável pelas trevas da ignorância, preconceito e dogmatismo.
b) ao grande progresso industrial que, partindo da França e da Itália, se espalhava por toda a Europa, promovendo o bem-estar das populações.
c) às grandes obras públicas realizadas no leste europeu pelos reis absolutistas, que buscavam aplicar as ideias dos filósofos franceses aos seus governos.
d) ao uso de tecnologias modernas, reservadas à produção agrícola dos países europeus, cujas economias ainda se orientavam pelos padrões medievais.
e) às mudanças políticas que flexibilizaram as relações entre metrópoles europeias e suas áreas coloniais no Novo Mundo.
2. (FPS PE/2014) O Iluminismo construiu propostas que modificaram as sociabilidades da época e abriu espaço para mudanças econômicas. Um dos seus pensadores mais importantes, Locke, defendia:
a) a afirmação de um governo democrático com liberdade e igualdade na sociedade europeia.
b) a manutenção do sistema mercantilista, mas com o fim do escravismo e da colonização.
c) a existência de restrições ao poder absoluto que reinava na Europa da época.
d) a mudança no sistema feudal com a extinção total dos privilégios da monarquia e da nobreza.
e) a ascensão da burguesia com o fim da monarquia constitucional e do escravismo colonial.
3. (FATEC SP/2014) A partir do final do século XIX, com o início da industrialização e da urbanização no estado de São Paulo, começaram a surgir organizações de operários e jornais sindicais. Em um deles, chamado A Voz do Povo, encontramos a seguinte mensagem, publicada no ano de 1890: Acreditamos que todos sabem que é do interesse comum haver na Constituinte opiniões de todas as classes, de modo que a lei seja uma verdadeira emanação do povo, e não de algumas classes privilegiadas, como foram todas as leis do Império.
(www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/novosrumos/article/viewFile/2073/1705 Acesso em: 30.08.2013)
Analisando o conteúdo do texto, encontramos influência das ideias
a) anarquistas, pois se defende a eliminação do Estado civil organizado.
b) socialistas, pois se defende a tomada do poder pela revolução operária.
c) imperialistas, pois se defende a legislação tal qual era organizada no Império.
d) mercantilistas, pois se defende a diminuição das funções do Estado pela lei do mercado.
e) iluministas, pois se defende a soberania popular por meio da representação na Constituinte.
4. (FMJ SP/2014) É necessário termos presente não só o progresso técnico como também o clima geral da economia, no qual surgem os primeiros sinais da ”revolução industrial”: longo período de expansão que tem o seu início cerca de 1730, primeiro no domínio agrícola (progresso econômico e acréscimo da produção que permitem alimentar uma população mais numerosa), conjuntura favorável ao lucro e as atividades manufatureiras, crescimento das cidades e dos portos, poderio dos armadores e dos negociantes, dos quais Voltaire faz o panegírico nas suas Cartas Inglesas: “O comércio, que enriqueceu os cidadãos na Inglaterra, contribuiu para os tornar livres, e essa liberdade deu por sua vez maior expansão ao comércio; daí se formou o poderio do Estado.”
(Jean Touchard (org.). História das ideias políticas, 1970. Adaptado.)
No contexto apresentado, Voltaire
a) sustenta a necessidade fundamental de a sociedade organizar- se de forma estamental.
b) argumenta que a excessiva liberdade econômica pode gerar nas nações tirania política.
c) denuncia a insustentabilidade das práticas econômicas essenciais sem a tutela estatal.
d) entende o desenvolvimento do comércio como causa e consequência da liberdade dos cidadãos.
e) apoia as monarquias absolutistas europeias fundadas no direito divino dos reis.
5. (IFGO/2014) É possível estabelecer relações entre os seguintes movimentos da história: Revolução Francesa; Independência dos Estados Unidos da América; Iluminismo. Tais movimentos, de alguma forma, expressaram a crise do Antigo Regime. Nos casos do movimento Iluminista e da Revolução Francesa, é possível identificar questionamentos dos revolucionários quanto ao excesso de autoridade do clero e da nobreza sobre os demais setores da sociedade. Além disso, a França passava por um período de crise econômica, decorrente da sua participação na guerra da independência norte-americana e dos elevados custos financeiros da corte do rei absolutista Luís XVI.
Em 1791, os revolucionários franceses promulgaram uma nova Constituição, a partir dos princípios preconizados por Montesquieu.
Assinale a alternativa que contenha um fundamento do novo regime estabelecido com a nova Constituição francesa e que se faz presente na realidade política brasileira atual.
a) a subordinação do Judiciário ao Legislativo.
b) o fortalecimento da monarquia absolutista.
c) a divisão do poder político em executivo, legislativo e judiciário.
d) a supremacia do Judiciário sobre os outros poderes políticos.
e) o estabelecimento da soberania popular, sob quaisquer circunstâncias políticas.
6. (Fac. Cultura Inglesa SP/2014) O grande objetivo da entrada do homem em sociedade consiste na fruição da propriedade em paz e em segurança e, sendo o grande instrumento e meio disto as leis estabelecidas nessa sociedade, a primeira lei positiva e fundamental de todas as comunidades consiste em estabelecer o poder legislativo. Esse poder legislativo não é somente o poder supremo da comunidade, mas é sagrado e inalterável nas mãos em que a comunidade uma vez o colocou; nem pode qualquer édito, de quem quer que seja, ter a força e a obrigação da lei se não tiver sanção do legislativo escolhido e nomeado pelo público; porque, sem isto, a lei não teria o consentimento da sociedade sobre a qual ninguém tem o poder de fazer leis senão por seu próprio consentimento e pela autoridade dela recebida.
(John Locke. Segundo tratado sobre o governo, 1963. Adaptado.)
O filósofo inglês John Locke publicou o Segundo tratado sobre o governo em 1690. Um dos argumentos do livro, resumido no excerto transcrito, foi essencial para que transformações políticas ocorressem na Europa e na América, porque
a) denunciou a exploração econômica dos trabalhadores industriais.
b) sustentou que a propriedade particular das terras provocava lutas sociais.
c) demonstrou que a democracia seria possível apenas em pequenos grupos sociais.
d) elaborou, por oposição aos Estados absolutistas, a teoria do governo representativo.
e) considerou a paz social, garantida pelo rei, como a condição da felicidade humana.
7. (UEA AM/2013) A saída do homem da sua minoridade, da qual é ele próprio o responsável. Minoridade, isto é, incapacidade de se servir do seu entendimento sem a direção de outrem.
(Immanuel Kant. O que é o Iluminismo? Apud Roland Desné, O Iluminismo, 1974.)
O texto de Kant resume o argumento central do Iluminismo, que teve consequências históricas profundas
a) na política, com o combate ao absolutismo, e na cultura, com a crítica aos dogmas religiosos.
b) no surgimento da estética barroca, com a expansão das atividades econômicas em escala mundial.
c) na sociedade, com a abolição das desigualdades sociais, e na ética, com a noção de desespero humano.
d) no aparecimento da filosofia, com a desmoralização das verdades reveladas pelos sistemas religiosos.
e) na ideologia, com a oposição à liberdade individual, e na política, com o apoio aos movimentos republicanos.
8. (PUC RJ/2014) Os parágrafos que se seguem foram extraídos do documento “Declaração de Independência dos Estados Unidos”, assinado pela unanimidade dos representantes políticos das Treze Colônias, no Segundo Congresso Continental no ano de 1776.
“Quando no decurso da História do Homem se torna necessário um povo quebrar os elos políticos que o ligavam a outro e assumir, de entre os poderes terrenos, um estatuto de diferenciação e igualdade ao qual as Leis da Natureza e do Deus da Natureza lhe conferem o direito, o respeito que é devido perante as opiniões da Humanidade exige que esse povo declare as razões que o impelem à separação. (...)
(...) o Povo tem direito a (...) instituir um novo governo, assentando os seus fundamentos nesses princípios e organizando os seus poderes do modo que lhe pareça mais adequado à promoção de sua Segurança (...).”
Fonte: http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados
Assinale a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao conjunto de ideias e ideais relacionados à época histórica tratada pelo documento.
a) O liberalismo enquanto doutrina defendia a menor intervenção possível do Estado na condução política da sociedade.
b) O racionalismo científico renascentista atribuía ao homem o poder de conhecimento e intervenção tanto na natureza como na condução política das sociedades.
c) O nacionalismo partia do pressuposto de que a lealdade do indivíduo ao Estado-nação deveria estar acima dos interesses pessoais ou dos interesses de determinados grupos.
d) O Iluminismo defendia, de modo geral, a ideia de que o Estado deveria assegurar ao Homem o direito de expressar sua consciência de forma autônoma, bem como os direitos inalienáveis à vida e à busca da felicidade.
e) As doutrinas sociais emergentes do contexto da sociedade industrial pregavam a ampliação da participação política à classe operária, além de melhores condições de vida para a mesma.
9. (PUC RJ/2014) No século XVIII, os soberanos absolutistas Frederico II, da Prússia, José II, da Áustria, Catarina, da Rússia, José I, de Portugal, e Carlos III, da Espanha, promoveram em seus países, relativamente atrasados no cenário europeu, políticas administrativas baseadas em princípios
a) liberais.
b) tomistas.
c) iluministas.
d) corporativistas.
e) contra-reformistas.
10. (UEFS BA/2014)
Homens, o tempo é chegado para a vossa ressurreição; sim para ressuscitares do abismo da escravidão para levantares a sagrada Bandeira da Liberdade.
A liberdade consiste no estado feliz, no estado livre do abatimento: a liberdade é a doçura da vida, o descanso do homem com igual paralelo de uns para outros, finalmente a liberdade é o repouso e bem aventurança do mundo.
MATTOSO, K. M. de Q. Presença francesa no movimento democrático baiano de 1798. Salvador: Itapuã, 1969.
O texto reúne dois trechos dos chamados “boletins sediciosos” da Conjuração Baiana de 1798, também conhecida como Revolução dos Alfaiates ou Revolta dos Búzios. O elo comum que o aproxima de dois outros textos igualmente importantes da mesma época — a Declaração dos Direitos do Homem na França e a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América do Norte —, diz respeito
a) à derrubada do monopólio comercial e à abertura dos portos.
b) ao estabelecimento de eleições livres e diretas para a escolha dos governantes.
c) à necessidade de acabar com a escravidão, libertando todos os cativos.
d) à escolha da república como a forma de governo mais apropriada à garantia da liberdade.
e) ao direito de todos à liberdade e à igualdade perante a lei.
11. (ENEM/2012) É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).
A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito
a) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.
b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.
c) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis.
d) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências.
e) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais.
12. (ENEM/2013) Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.
MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo Abril Cultural, 1979 (adaptado).
A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja
a) exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.
b) consagração do poder político pela autoridade religiosa.
c) concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.
d) estabelecimento de limites aos atores públicos e às instituições do governo.
e) reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.
13. (Fac. Direito de Sorocaba SP/2015) Consideramos as seguintes verdades evidentes por si mesmas, a saber, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, entre os quais figuram a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para assegurar esses direitos, entre os homens se instituem governos, que derivam seus justos poderes do consentimento dos governados.
(Declaração da Independência, apud Harold C. Syrett, Documentos Históricos dos Estados Unidos)
Esse documento revela a influência das ideias
a) de Thomas Hobbes, por justificar o governo como necessário para a ordem na natureza.
b) liberais, por colocar a liberdade acima dos interesses políticos e da verdade científica.
c) de John Locke, por defender o contrato social entre governantes e governados.
d) iluministas, por destacar a importância de Deus na organização política de um povo.
e) de Rousseau, por apoiar a soberania popular, a igualdade e o sufrágio universal.
14. (IFGO/2015) (...) na última parte do século XVIII, (...) o evidente sucesso internacional do poderio capitalista britânico levou a maioria destes monarcas (ou melhor, seus conselheiros) a tentar programas de modernização intelectual, administrativa, social e econômica. Naquela época, os príncipes adotavam o slogan do "iluminismo" do mesmo modo como os governos de nosso tempo, por razões análogas, adotam slogans de "planejamento".
HOBSBAWM, E. “A Era das Revoluções”, Paz e Terra, 10ª ed., 1997.
A história das ideias e dos movimentos intelectuais tem grande importância para compreendermos transformações e características fundamentais da nossa sociedade. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
a) O poderio britânico, no século XVIII, se deve à conquista de colônias no espaço afro-asiático.
b) O fato histórico descrito no texto ficou conhecido como “despotismo esclarecido”.
c) No século XVIII, a Revolução Industrial organizou um cenário econômico homogêneo na Europa e, em contrapartida, reforçou o atraso das nações do continente americano.
d) A modernização político-econômica, no século XVIII, se deve ao surgimento dos chamados regimes absolutistas.
e) O iluminismo procurou conciliar a influência cultural da Igreja com a racionalização das instituições políticas.
15. (PUC GO/2015) Hermano não falava nunca de sua casa. Alegava não compreender muito bem porque o homem devia ter um lar. O homem, diziam-lhe sempre, era o ser livre. Nem Deus o quis privar da liberdade. E Deus era o mandachuva do mundo. E seu criador. Um dia, entediado, ele começou a brincar com barro, na sua olaria. Nos quintais do céu, Jeová havia mandado construir uma, para fabricar telhas e com elas consertar goteiras no purgatório. Brincando, suas mãos infinitamente idosas fizeram uma travessura digna de boa surra. Criaram o Homem! Um boneco de barro, metido a muita cousa. Mas Jeová se arrependeu da brincadeira. Vendo o que faria o boneco, saído de si em momento de tédio, atirou-o num monte enorme de barro. E lá o deixou. Livre.
Deus não fez como seu Manoel açougueiro que criou a Regina e o Chiquinho – um casal de bonecos pretos – e nunca mais os largou.
Hermano achava que o tal homem seria verdadeiramente livre se não tivesse todos os dias que ir a casa para almoçar. Para tomar banho. Para dormir. E mexer numa tulha cheia de problemas mesquinhos. Falta de feijão; educação, futuro, contas do padeiro, baratas e trabalho. Dogmas, normas, inibições. Para ele, o homem não era livre. Livre, sim, era o burro. Um burro come onde encontra capim. Não tem que voltar, tarde da noite, para uma cama no quarto de uma casa, numa rua de cidade. Quanta limitação! Qual, o homem não era livre. [...]
(LEÃO, Ursulino. Maya. 2. ed. Goiânia: Kelps, 1975, p. 13. Adaptado.)
O texto afirma que o homem deve ser livre. No século XVIII, na Europa, a liberdade do homem passou a ser evocada por filósofos e educadores para que se alcançasse o progresso intelectual, social e moral. Nesse empreendimento, o problema educativo foi posto cada vez mais no centro da vida social. Sobre essa temática, analise os itens a seguir quanto à sua correção:
I. A educação deveria ter a função de assegurar aos grupos sociais a formação dos cidadãos para a produtividade, libertando-os de preconceitos, tradições acríticas e crenças irracionais.
II. A educação promoveria o fortalecimento do sentimento religioso, pois a religião seria um mediador entre a sociedade e o poder, evitando assim os conflitos sociais, a desordem e a amoralidade dos princípios.
III. A educação seria emancipadora, porque o homem autônomo reivindicaria para si próprio o papel de guia de sua formação.
De acordo com os itens analisados, marque a alternativa que contém apenas proposições corretas:
a) I, II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
16. (UNIOESTE PR/2013) Sobre o Movimento Iluminista, analise as seguintes afirmações:
I. O Iluminismo foi a corrente de pensamento dominante na Europa, principalmente na França, Inglaterra e Alemanha, no período entre as últimas décadas do século XVII e final do século XVIII.
II. Alicerçado na filosofa e na ciência, herança do Renascimento e tendo como base social as classes burguesas, os iluministas criticavam as instituições e princípios do regime feudal, do absolutismo e da intolerância religiosa.
III. Fez a defesa da teocracia católica, frente aos abusos cometidos pela monarquia absoluta e negou as ideias de progresso e de natureza.
IV. Criticou a independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e fez a defesa do pensamento absolutista, justificando o poder dos reis pelo direito divino.
V. Defendeu o desenvolvimento do mercantilismo e do metalismo como políticas econômicas a serem adotadas pelas Monarquias Constitucionais.
Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
a) As alternativas IV e I estão corretas.
b) As alternativas III e V estão corretas.
c) As alternativas III e IV estão corretas.
d) As afirmativas II e V estão corretas.
e) As afirmativas I e II estão corretas.
17. (UNIOESTE PR/2013) A concepção de uma sociedade contratual surgiu no século XVIII, nas palavras de Rousseau:
“O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.
Com base no texto acima, é INCORRETO afirmar que
a) para manter a ordem, os homens criaram o Estado mediante um contrato. Esse contrato tem por finalidade passar ao Estado todos os seus direitos naturais.
b) o homem é naturalmente bom, sendo a sociabilização a culpada pela sua “degeneração”. Isso está relacionado ao surgimento da propriedade privada.
c) o estado civil, diferente do estado natural, faz com que os homens antes de consultar seus desejos consultem sua razão, o objetivo final sempre é a justiça que torne os homens iguais e dê retorno a eles de suas liberdades cedidas.
d) o povo é o verdadeiro fundamento da sociedade, e deve ficar sobre um território que tenha o suficiente para sua sobrevivência, sendo desnecessários grandes impérios, uma vez que quanto mais se estende o laço social, mais este é fragilizado.
e) a origem da desigualdade entre os homens, segundo Rousseau, está na criação do Estado, pois ele institui o contrato social e estabelece a propriedade privada.
18. (UNICAMP SP/2015) A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.
(John Locke, Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.)
O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte,
a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência.
b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos.
c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas.
d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.
19. (UNICAMP SP/2015) A igualdade, a universalidade e o caráter natural dos direitos humanos ganharam uma expressão política direta pela primeira vez na Declaração da Independência americana de 1776 e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Embora se referisse aos “antigos direitos e liberdades” estabelecidos pela lei inglesa e derivados da história inglesa, a Bill of Rights inglesa de 1689 não declarava a igualdade, a universalidade ou o caráter natural dos direitos. Os direitos são humanos não apenas por se oporem a direitos divinos ou de animais, mas por serem os direitos de humanos em relação uns aos outros.
(Adaptado de Lynn Hunt, A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 19.)
Assinale a alternativa correta.
a) A prática jurídica da igualdade foi expressa na Declaração de Independência dos EUA e assegurada nos países independentes do continente americano após 1776.
b) A lei inglesa, ao referir-se aos antigos direitos, preservava a hierarquia, os privilégios exclusivos da nobreza sobre a propriedade e os castigos corporais como procedimento jurídico.
c) No contexto da Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão significou o fim do Antigo Regime, ainda que tenham sido mantidos os direitos tradicionais da nobreza.
d) Os direitos do homem, por serem direitos dos humanos em relação uns aos outros, significam que não pode haver privilégios, nem direitos divinos, mas devem prevalecer os princípios da igualdade e universalidade dos direitos entre os humanos.
20. (UFAM/2015) “A partir da segunda metade do século XVIII, enquanto alguns países da Europa Ocidental assistiam à vitória das forças ligadas ao capitalismo, em outros países empreendeu-se uma política reformista visando à modernização dos Estados pelos respectivos soberanos. A essa política, que variou segundo as circunstâncias próprias a cada país, denominamos de despotismo esclarecido ou reformismo ilustrado. Geralmente os ‘monarcas esclarecidos’ adotavam a fraseologia dos filósofos do Iluminismo para empreender a modernização de seus Estados; tratava-se de adaptar alguns princípios novos a Estados de condições socioeconômicas e políticas atrasadas.”
AQUINO, R. História das Sociedades. Das Sociedades Modernas às Sociedades Atuais. RJ: Novo Milênio, 2010.
O apogeu do despotismo esclarecido na Prússia foi atingido no governo de Frederico II, o Grande. Influenciado principalmente pelo ideário de Voltaire, ele acreditava que o rei era o coração, a alma e o cérebro do Estado. Para o monarca, o objetivo de governo era o bem comum, a preocupação com os interesses, felicidade e bem-estar do povo. Ao assumir o poder, Frederico II adotou uma série de medidas, como:
a) Confisco dos bens e as propriedades da Igreja, distribuindo essas terras aos nobres.
b) Elevação do imposto de captação, sobretaxando os camponeses prussianos, o que aumentou as receitas do Estado.
c) Abolição das torturas aos presos políticos, concedendo aos prussianos plena liberdade de expressão.
d) Manutenção do regime de servidão e aumento dos direitos dos proprietários sobre os servos da terra.
e) Criação de um Tribunal de Justiça para julgar delitos da nobreza e promulgação de uma Constituição baseada em princípios democráticos.
21. (PUCCamp SP/2004) Dividimos a história em eras, com começo e fim bem definidos, e mesmo que a ordem seja imposta depois dos fatos - a gente vive para a frente mas compreende para trás, ninguém na época disse "Oba, começou a Renascença!" - é bom acreditar que os fatos têm coerência, e sentido, e lições. Mas podemos apreender a lição errada.
(Luiz Fernando Veríssimo. "Banquete com os deuses")
Contextualizando historicamente o movimento da Renascença a que o texto se refere, é correto afirmar que o Renascimento
a) Destacou-se por introduzir a observação da natureza e a experimentação como métodos básicos do conhecimento científico e na reconstrução das teorias aristotélicas modernas.
b) Caracterizou-se por conciliar, no século XVI, os princípios liberais e as necessidades emergentes da população mediante a análise dos mecanismos sociais do capitalismo.
c) Foi um importante elo no processo de libertação da razão, que culminou, no século XVIII, na filosofia iluminista e na constituição da moderna sociedade burguesa e capitalista.
d) Foi responsável pelo surgimento de ideias que colocavam o conhecimento racional no ápice e pela constituição de uma linha bem nítida entre a razão e a fé, no século XVII.
e) Teve um importante papel na defesa de uma nova religiosidade entre os homens que, somada à racionalidade, poderia resultar num mundo progressista e mais justo.
22. (UNIFOR CE/2001) Em O espírito das leis afirma-se: "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder".
Essa afirmação reflete:
a) o espírito clássico renascentista.
b) a filosofia política do Cardeal Richelieu.
c) os princípios da teoria do Direito Divino.
d) o pensamento político de Luís XIV.
e) o liberalismo político iluminista.
GABARITO

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