1. (ESPM/2014) A primeira providência a tomar é impedir que o metal precioso saia do país. Para isso se toma toda uma série de medidas intervencionistas nos mais diversos domínios indiretamente para evitar as importações, e diretamente para evitar a evasão do metal.
Desde o fim do século XV já Fernando e Isabel proíbem a saída dos metais: ouro e prata em barra, ouro e prata amoedados, baixelas de ouro e prata e uma infinidade de objetos de luxo que podem ser feitos desses metais. A inobservância dessas interdições é punida com penas severas, até mesmo com a pena de morte.
(Paul Hugon. História das Doutrinas Econômicas)
O texto deve ser relacionado com o:
a) Fisiocratismo;
b) Liberalismo;
c) Neoliberalismo;
d) Socialismo;
e) Mercantilismo.
2. (GAMA FILHO RJ/1995) A colonização portuguesa na América foi orientada pelos princípios da política mercantilista como pode ser observado no (a):
a) caráter exportador da produção colonial.
b) equilíbrio e livre-cambismo das relações entre metrópole e colônia.
c) autossuficiência da economia colonial.
d) abertura da colônia ao comércio internacional, visando a garantir a “balança de comércio favorável”.
e) transferência maciça de reinóis para trabalhar na colônia.
3. (GAMA FILHO RJ/1995) O Mercantilismo caracterizou-se como a política econômica do Estado Nacional Absoluto. Dentre suas práticas, NÃO identificamos a(o):
a) busca de metais preciosos.
b) defesa da produção nacional.
c) protecionismo alfandegário.
d) incentivo ao comércio.
e) liberalismo econômico.
4. (PUCCamp SP/1994) "... A agricultura comercial é a solução. Produzem-se gêneros tropicais de acordo com as necessidades do mercado externo: o que determina o empreendimento produtivo é a circulação, o comércio..."
a) Fornecedora de gêneros de primeira necessidade.
b) Produtora de artigos manufaturados de luxo.
c) Vinculada à demanda de bens de capital.
d) Complementar da economia metropolitana.
e) Sem importância para a economia europeia.
5. (PUC RJ/1994) A transição da sociedade feudal para a capitalista situa-se em um período histórico dotado de características próprias, identificado como "era pré-capitalista".
Na economia, esse período caracterizou-se por:
a) Declínio da produção manufatureira.
b) Aplicação de progressos técnicos na produção.
c) Escassez de mão-de-obra.
d) Surgimento das corporações de ofícios.
e) Depreciação das práticas comerciais.
6. (PUC/Beteim MG/2002) O mercantilismo, como um conjunto de ideias e práticas econômicas próprias do período da transição do feudalismo ao capitalismo, pode ser caracterizado:
a) pelo reconhecimento da agricultura como única atividade efetivamente produtiva.
b) pela redução da participação do Estado nas diferentes esferas da vida econômica.
c) pela acumulação de riquezas, notadamente sob a forma de metais preciosos.
d) pela valorização da livre iniciativa e do livre jogo das forças do mercado.
7. (PUC RS/2000) Sobre a prática econômica mercantilista, relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita.
1. França
2. Espanha
3. Inglaterra
4. Províncias Unidas
5. Alemanha
(__) Metalismo - A metrópole buscava conquistar colônias fornecedoras de metais, visto que, para os metalistas, a riqueza nacional era indicada pelo nível de reservas de metal acumulado.
(__) Mercantilismo Industrial - Desenvolveu manufaturas de luxo, para atender ao sofisticado mercado da Espanha, e expandiu suas companhias de comércio e a construção naval.
(__) Mercantilismo Comercial - Tinha como prática comprar barato e vender caro, ganhar no frete, estimular a construção naval e formar companhias de comércio.
(__) Mercantilismo Cameralista - Na falta de um Estado para conduzir a política econômica, as Ligas das cidades mercantis se organizaram para proteger seu comércio marítimo, agindo como intermediárias sobretudo no comércio de cereais da Europa Oriental para o Ocidente.
(__) Mercantilismo Comercial e Industrial - O país ampliou sua indústria naval e assumiu quase todo o tráfico marítimo internacional no século XVI, formando poderosas companhias de comércio e erguendo um centro financeiro.
Associando-se corretamente cada país da coluna da esquerda com a modalidade mercantilista por ele praticada, obtém-se, de cima para baixo, a sequência
a) 2 - 3 - 4 - 5 - 1
b) 1 - 4 - 2 - 3 - 5
c) 2 - 1 - 3 - 5 - 4
d) 2 - 5 - 4 - 3 - 1
e) 2 - 1 - 5 - 3 - 4
8. (PUC RS/2001) Entre as variadas práticas mercantilistas, destaca-se a busca de uma balança comercial favorável, promovendo-se a riqueza nacional principalmente pelo volume de transações comerciais lucrativas. Essa perspectiva econômica, praticada pela ________, diferenciava-se da ideia bulionista, centrada na retenção de metais preciosos no território nacional, a qual constituía a base do mercantilismo ________.
a) Holanda inglês
b) França italiano
c) Inglaterra espanhol
d) Alemanha português
e) Áustria russo
9. (UERJ/1994) A espada e a cruz marchavam juntas na conquista e na espoliação colonial. Para arrancar a prata da América encontravam-se em Potosi os capitães e ascetas, toureiros e apóstolos, soldados e frades. Convertidas em bolas e lingotes, as vísceras da rica montanha alimentaram substancialmente o desenvolvimento da Europa.
(E. GALEANO: As velas Abertas da América Latina. Rio de Janeiro. Paz e Terra. 1991)
O texto acima retrata a relação que se estabeleceu entre a Europa e a América no alvorecer do século XVI. Essa relação é denominada:
a) pacto colonial
b) livre cambismo
c) livre concorrência
d) capitalismo liberal
e) imperialismo monopolista.
10. (UFES/1997) O período histórico designado como Transição do Feudalismo para o Capitalismo caracterizou-se por:
a) Mão-de-obra escrava, grandes extensões de terras dedicadas à monocultura e produção estabelecida pela demanda do mercado interno.
b) Escravismo antigo, terra de propriedade estatal com usufruto da elite agrária e comércio externo determinado pelo Estado.
c) Proletariado urbano, concretização dos "trustes" e produção industrial estabelecida por uma demanda artificial.
d) Acumulação primitiva do capital, liberação da mão-de-obra do campo para a cidade e crescente progresso da técnica aplicada à produção.
e) Produção de subsistência, propriedade comunal dos campos e comércio estabelecido por rotas domésticas.
11. (UFF RJ/1993) No século XVI, ocorreu uma alta de preços de grandes proporções, na Europa.
Isto se deveu sobretudo:
a) ao desequilíbrio financeiro dos Estados monárquicos europeus, que conduziu a frequentes desvalorizações das moedas.
b) à ação de especuladores, que retinham grandes estoques de mercadorias para provocar um aumento artificial dos preços.
c) à imperfeição dos métodos de contabilidade mercantil naquela época, o que encareceu os custos das empresas comerciais e, por conseguinte provocava inflação.
d) ao descompasso entre uma população europeia em expansão e uma produção agrícola e artesanal que não acompanhava, devido ao seu atraso técnico, aquele aumento demográfico.
e) ao afluxo de grande quantidade de metais preciosos ao continente europeu, devido ao saque dos tesouros dos impérios indígenas da América, quando da conquista espanhola e, mais tarde, pela exploração das minas de prata do norte do México e de Potosi.
12. (UFF RJ/1996) "As colônias diferem das províncias da França tanto quanto o meio difere da finalidade." (Frase de Choiseul, ministro das colônias da França, 1765.)
Tome como ponto de partida a relação entre colônias e metrópole suposta na frase citada. Assinale a opção que exemplifica uma das consequências de tal relação para as ideias mercantilistas acerca das colônias:
a) O comércio colonial, por imposição de uma economia interna complementar à da metrópole e do monopólio metropolitano sobre suas importações, devia garantir o aumento da produção, navegação e riqueza em geral na metrópole.
b) Os colonos deviam sua permanência nas colônias como algo passageiro e aspirar a instalar-se na metrópole logo que lhes fosse possível: tal devia ser sua finalidade principal.
c) As colônias diferiam profundamente das metrópoles devido à raça e aos costumes dos respectivos habitantes: os coloniais eram considerados inferiores e, portanto, desprezados pelos europeus.
d) As colônias forneciam à metrópole o meio de pôr em prática finalidades valorizadas na época, como a conservação de índios e negros à fé cristã, mesmo se na prática isso nem sempre fosse feito nos moldes recomendados pela Igreja.
e) Se os fins justificam os meios, o fato de ter colônias, por sua vez, ao provocar a emulação e mesmo disputas armadas entre as potências europeias, criava-lhes novas finalidades de ação.
13. (UFF RJ/1998) “A única maneira de fazer com que muito ouro seja trazido de outros reinos para o tesouro real é conseguir que grande quantidade de nossos produtos seja levada anualmente além dos mares, e menor quantidade de seus produtos seja para cá transportada”.
(O trecho acima encontra-se no documento: Política para tornar o Reino da Inglaterra rico, próspero e poderoso, 1549 - citado em FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de História. Lisboa, Plátano Editorial, s/d, p.234).
Uma das principais características do mercantilismo que este trecho expressa é:
a) o princípio do laissez-faire.
b) o exclusivo colonial.
c) a teoria dos choques adversos.
d) a política de banda cambial.
e) o princípio da balança comercial favorável.
14. (UFJF MG/1999) Entre os séculos XVI e XVIII ocorreu um lento processo de gênese do Capitalismo na Europa. Podemos denominar esta fase de "acumulação primitiva de capitais".
Com relação a este processo, leia as afirmativas abaixo e, em seguida, marque a alternativa CORRETA.
I) a exploração colonial, estimulando o comércio, o tráfico atlântico de escravos e o contrabando, favoreceu o acúmulo de riquezas nas mãos da burguesia europeia.
II) os enclousures, ou cercamentos dos campos, propiciaram a formação de um amplo mercado de trabalho para as nascentes indústrias inglesas.
III) a corrida neocolonialista dos países europeus, nos continentes asiático e africano, e o imperialismo
norte-americano, na América Latina, estão nas origens do sistema capitalista.
IV) a primazia da Inglaterra na Revolução Industrial pode ser explicada pela presença de forte nobreza feudal, associada a um Estado Absolutista centralizador, que soube captar recursos para o desenvolvimento de indústrias de base.
a) apenas as alternativas I e II estão corretas;
b) apenas as alternativas I, II e III estão corretas;
c) apenas as alternativas II e IV estão corretas;
d) apenas as alternativas I, III e IV estão corretas.
15. (UFJF MG/2001) Acerca do Mercantilismo, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Promovia a transferência de rendas dos setores mais produtivos para os setores menos dinâmicos, taxando pesadamente os primeiros em benefício dos segundos.
b) Baseava-se na intervenção econômica e política do Estado, na esfera dos negócios e da produção, favorecendo a acumulação de capitais.
c) Atuava como um importante componente do Antigo Regime europeu, ao articular o Estado Absolutista à exploração colonial.
d) Enfraquecia o pacto colonial ao defender o livre comércio, o fim das tarifas protecionistas e maiores incentivos às importações das Metrópoles.
16. (UFMA/1999)
Preencha os parênteses que se seguem de acordo com o número correspondente.
(1) Expansionismo ultramarino.
(2) Mercantilismo.
(3) Monopólio comercial.
(4) Pacto colonial.
(5) Protecionismo estatal.
(__) Determinação de que as colônias comercializassem apenas com suas metrópoles.
(__) Política de proteção aos produtos nacionais, mediante a cobrança de altas taxas alfandegárias sobre os produtos importados.
(__) Processo de descoberta e conquista de novas áreas, realizado pelos europeus, entre os séculos XV e XVII, visando à ampliação do comércio.
(__) Conjunto de ideias e práticas econômicas que valorizavam a expansão comercial, a busca de riqueza e a descoberta de novas terras.
(__) Conjunto de medidas que regulamentavam as relações entre a metrópole e sua colônia.
A ordem correta é a seguinte:
a) 4 3 2 5 1.
b) 5 2 1 3 4.
c) 2 3 4 1 5.
d) 3 5 1 2 4
e) 3 4 1 2 5
17. (UFMA/2000) Marque a alternativa INCORRETA sobre a doutrina econômica denominada Mercantilismo:
a) Política econômica, onde ocupava papel estratégico a obtenção de colônias úteis como mercados consumidores e fontes de matérias-primas para as economias metropolitanas.
b) Conjunto de princípios e medidas que, apesar de não possuir fórmula única, destacava ações que buscassem saldos favoráveis na balança comercial.
c) Definia como princípio geral que a riqueza das nações media-se pela produtividade do trabalho, típica de cada economia nacional, como pregava Adam Smith.
d) Definia como objetivo geral que a riqueza das nações media-se pela quantidade de ouro e prata que possuíssem.
e) Política econômica adotada pelos estados absolutistas modernos, como forma de regular as práticas de obtenção de riquezas e proteger a economia nacional.
18. (UFMA/2001) A exploração colonial nos séculos XV e XVI teve como consequência econômica:
a) a utilização do tráfico negreiro em função da apatia e preguiça do ameríndio.
b) o afluxo de metias preciosos para as metrópoles, garantindo a acumulação de saldos positivos.
c) a montagem de um modelo caracterizado pela não intervenção do Estado absoluto na vida das colônias.
d) o desenvolvimento industrial local nas colônias, cujos produtos pudessem garantir seu desenvolvimento autônomo.
e) a consolidação da liberdade comercial entre as colônias ultramarinas.
19. (UFMA/2001) Seja o texto:
“A escravização dos índios e o uso de sua mão-de-obra no plantio e beneficiamento da cana revelaram-se etapa transitória no desenvolvimento da indústria açucareira, durante a qual se empregou uma força de trabalho relativamente barata e prontamente acessível até que a atividade se encontrasse totalmente capitalizada. Outros trabalhadores viriam substituí-los nas lides de engenho em fins do século XVI e princípios do XVII — os escravos africanos, mercadoria de um rentável ramo do comércio atlântico.”
(SCWARTZ, Stuart B. Segredos Internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835.
São Paulo: Companhia das Letras, 1988).
Tendo em vista o Antigo Sistema Colonial e, de acordo com o texto acima, pode-se afirmar que:
a) assistiu-se ao ressurgimento do escravismo nas áreas coloniais, para garantir os elevados lucros metropolitanos.
b) a utilização de escravos africanos foi um importante elemento para o desenvolvimento da agricultura de subsistência.
c) o tráfico negreiro para o Brasil-Colônia ocorreu como forma de incentivo à produção de manufaturas para o mercado interno.
d) a utilização da mão-de-obra africana justifica-se por ser a raça que melhor suporta o trabalho físico pesado.
e) o interesse no escravo africano residia na possibilidade da rápida miscigenação e povoamento da colônia.
20. (UEPB/1999) O mercantilismo foi uma política econômica que possibilitou a chamada acumulação primitiva de capitais. Assinale a alternativa que aborda as principais características do mercantilismo.
a) Metalismo, Balança Comercial Favorável e Protecionismo Alfandegário.
b) Metalismo, Livre Comércio e Balança Comercial Deficitária.
c) Balança Comercial Deficitária, Protecionismo Alfandegário e Metalismo
d) Livre Comércio, Balança Comercial Favorável e Metalismo
e) Balança Comercial Favorável, Proteção Alfandegária e Livre Comércio.
21. (UEPB/2000) Sobre o Mercantilismo, política econômica do Estado Nacional, é INCORRETO afirmar:
a) Caracterizou-se por uma política alfandegária baseada no protecionismo.
b) Concentração de metais objetivando a formação de lastros nos cofres públicos.
c) Utilização de um sistema colonial montado com a intenção de complementar a economia metropolitana.
d) Foi identificado como uma modalidade econômica marcada pela ausência do Estado na economia.
e) Permitiu à burguesia mercantil europeia o acúmulo de capitais.
22. (UEPB/2001) Aumentar as exportações e diminuir as importações; promover o acúmulo de metais preciosos e a comercialização de manufaturas; colocar em prática uma intervenção do Estado na economia, utilizando como substrato uma violenta exploração colonial.
Essas são estratégias de um modelo econômico conhecido como:
a) Liberalismo Econômico
b) Neoliberalismo
c) Mercantilismo
d) Fisiocratismo
e) Corporativismo
23. (UFPB/1999) Os Estados Modernos tiveram, na sua formação, a constante presença das monarquias absolutistas, quando se verificou(aram) a(o)
a) Criação e o aparelhamento de exércitos poderosos, face ao quadro de competição internacional acirrada.
b) Aliança entre o rei e a nobreza, garantindo os direitos de cidadania para as massas populares.
c) Mudança do pensamento religioso, dado ao avanço dos reformistas, com consequente estagnação da burguesia.
d) Aliança permanente entre a nobreza feudal e a burguesia emergente, com o apoio da Igreja e do rei.
e) Inviabilidade do desenvolvimento comercial, face ao aumento dos impostos náuticos, decretados pelos monarcas.
24. (UFRN/1997) O poder centralizado na monarquia absolutista e a exploração colonial-mercantilista promoveram a acumulação de capital pela burguesia europeia.
Identifique os meios dessa acumulação de capital por essa classe social:
1) Política econômica de livre mercado competitivo dirigido por “mão invisível”, com aplicação do capital nas atividades mais lucrativas, sem intervenção do Estado na economia.
2) Administração a partir da metrópole, rigoroso fisco, protecionismo alfandegário, monopólio comercial e pacto colonial com intervenção estatal no sistema econômico.
3) Compra exclusiva pelos mercadores metropolitanos dos produtos coloniais por baixos preços e venda dos produtos metropolitanos por altos preços.
4) Circulação (transporte, comércio), abastecimento e financiamento feitos por mercadores das metrópoles europeias, as quais controlovam o sistema colonial.
Assinale a alternativa que corresponde às frases corretas:
a) 1, 2 e 3
b) 1, 3 e 4
c) 3 e 4
d) 2 e 4
e) 2, 3 e 4
25. (UFRN/1998) Identifique, nas opções abaixo, os princípios comuns que orientaram o Mercantilismo:
a) Incentivo à construção naval, livre cambismo, racionalismo, colonialismo
b) Livre cambismo, incentivo à produção manufatureira, individualismo, metalismo
c) Combate à legislação protecionista, laissez-faire, racionalismo, individualismo
d) Metalismo, balança de comércio favorável, protecionismo alfandegário, colonialismo
GABARITO
1. (UFMG/2000) Leia o texto.
E aproximava-se o tempo da chegada das notícias de Portugal sobre a vinda das suas caravelas, e esperava-se essa notícia com muito medo e apreensão; e por causa disso não havia transações, nem de um ducado [...] Na feira alemã de Veneza não há muitos negócios. E isto porque os Alemães não querem comprar pelos altos preços correntes, e os mercadores venezianos não querem baixar os preços[...] E na verdade são as trocas tão poucas como se não poderia prever.
Diário dum mercador veneziano, 1508.
O quadro descrito nesse texto pode ser relacionado à
a) Comercialização das drogas do sertão e produtos tropicais da colônia do Brasil.
b) Distribuição, na Europa, da produção açucareira do Nordeste brasileiro.
c) Importação pelos portugueses das especiarias das Índias Orientais.
d) Participação dos portugueses no tráfico de escravos da Guiné e de Moçambique.
2. (UFOP MG/1995) Com relação ao mercantilismo, assinale a alternativa correta.
a) O mercantilismo praticado pela Espanha se caracterizou pelo estímulo dado às colônias para desenvolverem um mercado aberto com o restante dos Estados europeus.
b) O mercantilismo inglês se consolidou quando através de uma medida conhecida como Ato de Navegação, o monarca Carlos I proibiu que navios holandeses transportassem mercadorias para a Inglaterra.
c) Com a sua independência, alcançada n início do século XVII contra a Espanha, a Holanda iniciou um intenso e até então inexistente comércio internacional, principalmente na rota do mar Báltico (noroeste da Europa).
d) O Ministro Colbert foi o principal formulador da política mercantilista francesa, na secunda metade do século XVII, marcada pelo protecionismo e pelo estímulo à produção manufatureira.
e) O mercantilismo pode ser entendido como um conjunto de medidas típicas da época do liberalismo econômico europeu marcado pelo estímulo á importação e a livre circulação de mercadorias entre os países praticantes do comércio.
3. (UFOP MG/1997) O mercantilismo representou a expansão global do comércio, a partir do século XVI. Assinale a alternativa incorreta a respeito desse processo:
a) Processo de expansão da economia europeia liderado inicialmente pelos Estados ibéricos (Portugal e Espanha).
b) Com o estabelecimento de novas rotas marítimas para as chamas Índias Orientais e Ocidentais, o Oceano Atlântico superou o Mar Mediterrâneo como eixo econômico da Europa.
c) A exploração econômica, em nível global, de novos produtos incorporados no comércio mundial possibilitou a acumulação de capitais pelas potências europeias, propiciando a revolução industrial.
d) No processo de expansão da economia mundial, regiões até então de baixa vida cultural, como o Sudeste Asiático e as Américas, passaram a consumir os produtos feitos na Europa.
e) A expansão econômica mundial foi estimulando a exploração em larga escala de produtos, como açúcar de cana e o algodão, estimulando assim a utilização de mão-de-obra numerosa, geralmente escrava.
4. (UFOP MG/1998) A política mercantilista objetivava:
a) o enriquecimento da nobreza.
b) a difusão das técnicas de navegação.
c) a introdução de novas técnicas agrícolas.
d) a abolição dos monopólios comerciais.
e) o fortalecimento do Estado Nacional.
5. (UFOP MG/1998) A constituição dos Estados na Europa Ocidental, nos séculos XV a XVIII, apresentou certas características. Com relação a essas características, assinale a opção correta:
a) No período assinalado, desenvolveu-se o mercantilismo, cujas políticas foram consideravelmente forjadas pelos Estados europeus, notadamente Espanha, Portugal, França e Inglaterra.
b) Politicamente, predominou a forma republicana na organização dos Estados, em especial na França e na Espanha (século XVI e XVII).
c) No século XVIII, as monarquias portuguesa e espanhola se unificaram, constituindo-se em um único reino.
d) Os camponeses, junto com a burguesia, representavam o estado mais privilegiado da sociedade europeia, sendo grande a sua influência no Parlamento.
e) Através da frota conhecida como “A Invencível Armada”, Portugal procurou consolidar o seu poderio no comércio internacional, enfrentando sua principal rival, a Inglaterra.
6. (UNIFICADO RJ/1994) A política mercantilista assumiu diversas modalidades, variando nos países europeus do século XV ao XVIII.
Sobre as práticas mercantilistas podemos afirmar que:
a) em geral, o mercantilismo fundamentava-se no intervencionismo estatal e o equilíbrio da balança comercial.
b) o modelo português caracterizava-se pelo metalismo e por uma política econômica liberal exercida pela Coroa.
c) na Espanha, o dirigismo estatal desenvolveu as atividades industriais e agrícolas, permitindo sua autossuficiência comercial.
d) na França, a concessão de monopólios estatais e o incentivo das manufaturas aceleraram o desenvolvimento comercial e industrial.
e) na Inglaterra, o comercialismo desprezou as atividades manufatureiras, o que enfraqueceu a participação inglesa no transporte naval internacional.
7. (UNIFICADO RJ/1995) Sobre as concepções e práticas mercantilistas, adotadas pelas nações europeias entre os séculos XVI e XVIII, é correto afirmar que:
a) buscavam alcançar uma balança comercial favorável através do liberalismo alfandegário.
b) baseavam-se em rigorosas proibições das práticas protecionistas e monopolistas comerciais.
c) condenavam o dirigismo econômico e a regulamentação da produção exercidos pelos monarcas absolutos.
d) fundamentavam-se na expansão do poderio naval como forma de sustentar o comércio externo.
e) negavam a importância dos investimentos em atividades manufatureiras, privilegiando apenas as agrícolas.
8. (UNIPAR PR/2002) A prática mercantilista que vigorou no processo de colonização do Brasil procurou garantir:
a) a supremacia dos interesses coloniais em detrimento da metrópole, criando estruturas econômicas autônomas.
b) a liberdade comercial da colônia que promoveu um considerável desenvolvimento econômico nas novas terras.
c) um intercâmbio em condições de igualdade entre a metrópole e a colônia promovendo a acumulação de capital nas regiões colonizadas.
d) a maximização dos ganhos da metrópole em detrimento da colônia que servia como um complemento das necessidades de Portugal.
e) a estabilidade econômica através da distribuição igualitária dos lucros, evitando, assim, movimentos de contestação.
9. (UNIRIO RJ/1994) Na época de transição feudalismo/capitalismo, o capital mercantil vinculava-se a uma nova estrutura do estado, ora beneficiado pelas práticas mercantilistas, ora pela montagem do antigo sistema colonial. Pode-se identificar como uma característica do pacto Colonial:
a) A compra de produtos coloniais por preços elevados e a venda de produtos manufaturados metropolitanos por preços irrisórios.
b) O estímulo à produção agrícola das colônias objetivando sua própria subsistência.
c) O consumo dos manufaturados metropolitanos pelas colônias e a exportação de bens lucrativos para a metrópole.
d) O predomínio de investimento em atividades coloniais e não em atividades agrícolas.
e) O livre comércio colonial com as metrópoles europeias e com a Ásia, principalmente.
10. (UNIRIO RJ/1994) Com o descobrimento das minas de ouro, em fins do século XVII, e com a subsequente exploração do diamante, houve o aumento do numerário. essa situação determinou a(o):
a) Assinatura do Tratado de Lisboa, em 1703, entre Portugal e Inglaterra, concedendo privilégios mútuos ao vinho português na Inglaterra e aos tecidos ingleses em Portugal.
b) Abandono da política econômica de orientação colbertista de retenção de capitais.
c) Sustentação das exportações dos produtos ingleses, garantindo uma substancial acumulação primitiva de capitais, através do ouro e do diamante brasileiros.
d) Liberdade alfandegária estimulada pelo Marquês de Pombal ao criar no Brasil manufaturas e companhias de comércio.
e) Assinatura do Tratado de Methuen legalizando a saída constante de capitais da Inglaterra para Portugal.
11. (Fac. Cultura Inglesa SP/2014) O Mercantilismo não era um sistema em nosso sentido da palavra, mas antes um número de teorias econômicas aplicadas num esforço para conseguir riqueza e poder.
(Leo Huberman. História da riqueza do homem, 1983. Adaptado.)
Na prática econômica conhecida como Mercantilismo, a atuação do Estado
a) é inexistente, uma vez que essa prática econômica é baseada na não intervenção do governo na economia.
b) é relativa, pois somente as colônias do continente americano são responsabilidade direta do Estado nessa prática.
c) é baseada na regulamentação dos preços dos produtos nacionais, porém sem agir sobre a política alfandegária.
d) é efetiva, uma vez que essa prática é baseada no controle direto do governo sobre a economia.
e) é atuante no sentido de garantir meios e estrutura para sua prática, mas sem participar diretamente do processo.
12. (UNESP SP/1996) “Com plena segurança achamos que a liberdade de comércio, sem que seja necessária nenhuma atenção especial por parte do Governo, sempre nos garantirá o vinho de que temos necessidade; com a mesma segurança podemos estar certos de que o livre comércio sempre nos assegurará o ouro e prata que tivemos condições de comprar ou empregar, seja para fazer circular as nossas mercadorias, seja para outras finalidades”.
(Adam Smith – A riqueza das nações)
No texto, os argumentos a favor da liberdade de comércio são, também, de críticas ao:
a) Laissez-faire
b) Socialismo
c) Colonialismo
d) Corporativismo
e) Mercantilismo
13. (ACAFE SC/2002) O Estado Moderno, de maneira geral, adotou a política econômica chamada Mercantilismo. As práticas mercantilistas estabeleceram-se na Europa do séc. XV até metade do séc. XVIII. Sobre o Mercantilismo, assinale a alternativa incorreta.
a) Era contrário à intervenção estatal na economia, incentivando o liberalismo e as leis de mercado.
b) Tinha como objetivo uma balança comercial favorável, ou seja, exportações maiores que importações.
c) Devido à grande quantidade de ouro e de prata, vinda das colônias da América, o Mercantilismo espanhol tinha, no metalismo, a principal característica.
d) Ter colônias para o fornecimento de matérias-primas e para a criação de mercados consumidores, era uma característica do Mercantilismo.
e) Preocupando-se primeiro com o comércio e estabelecendo uma poderosa marinha mercante, os ingleses acumularam capital que foi utilizado no processo de industrialização.
14. (UNESP SP/2002) Adam Smith, autor de A Riqueza das Nações (1776), referindo-se à produção e à aquisição de riquezas, observou: "Não é com o ouro ou a prata, mas com o trabalho que toda a riqueza do mundo foi provida na origem, e seu valor, para aqueles que a possuem e desejam trocá-la por novos produtos, é precisamente igual à quantidade de trabalho que permite alguém adquirir ou dominar."
Os pontos de vista de Adam Smith opõem-se às concepções
a) Mercantilistas, que foram aplicadas pelos diversos estados absolutistas europeus.
b) Monetaristas, que acompanharam historicamente as economias globalizadas.
c) Socialistas, que criticaram a submissão dos trabalhadores aos donos do capital.
d) Industrialistas, que consideraram as máquinas o fator de criação de riquezas.
e) Liberais, que minimizaram a importância da mão-de-obra na produção de bens.
15. (UNIFOR CE/1998) "(...) não era um sistema em nosso sentido da palavra, mas antes um número de teorias econômicas aplicadas pelo Estado num momento ou outro, num esforço para conseguir riqueza e poder. (...) A maioria dos autores da época se apega à ideia de que 'um país rico, tal como um homem rico, deve ser um país com muito dinheiro; e juntar ouro e prata num país deve ser a mais rápida forma de enriquecê-lo'..."
O texto descreve um fenômeno que identifica o
a) Iluminismo.
b) Liberalismo.
c) Feudalismo.
d) Mercantilismo.
e) Socialismo.
16. (UNIFOR CE/1998) Considere os textos abaixo.
I) "No século XVI, a exploração das colônias da América foi orientada por uma política que se traduzia na exploração intensa dos recursos naturais – especialmente no caso da Espanha, cujas colônias eram riquíssimas em metais preciosos..."
II) "Na França, destacadamente no século XVII, o governo procurou limitar as importações e, ao mesmo tempo, aumentar o valor das exportações, estimulando as manufaturas, especialmente aquelas voltadas para a produção de artigos de luxo..."
III) "Na Inglaterra, o governo favoreceu o desenvolvimento da frota naval e da marinha mercante, essenciais para a expansão do comércio, incentivou a produção manufatureira, protegendo-a da concorrência estrangeira por meio de uma rígida política alfandegária..."
Eles identificam fenômenos relacionados:
a) ao iluminismo.
b) ao liberalismo.
c) ao mercantilismo.
d) à revolução socialista.
e) à crise do antigo regime.
17. (UNIFOR CE/2000) O "exclusivo" comercial pretendido pela Espanha no século XVI foi o mais austero entre todos os que surgiram no período mercantilista.
À Casa de Contratación, sediada em Sevilha, cabia:
a) Fundar cidades e construir fortaleza na colônia e representar o domínio espanhol na América com prerrogativas jurídicas e militares.
b) Promover a cristianização dos índios e entregar ao Estado metropolitano um quinto da produção das terras exploradas.
c) Controlar a administração das minas e supervisionar a ação dos jesuítas na colônia e a evangelização dos nativos.
d) Referendar as decisões do Conselho das Índias na colônia, ocupado pelos espanhóis nascidos na América.
e) Controlar todo o comércio, regulamentar a administração colonial, nomear os funcionários e funcionar como Supremo Tribunal de Justiça.
18. (UNIFOR CE/2001) Política econômica dos Estados Modernos em sua fase de transição para o capitalismo, o mercantilismo foi:
a) um "sistema" político que defendia os princípios da especialização natural da produção como forma de integração do Estado na economia mundial.
b) uma teoria econômica alicerçada num conjunto de leis naturais que governava a economia e determinava as atividades produtivas do Estado.
c) um modelo econômico nacionalista dos reis absolutistas para desenvolver a exportação de matérias-primas.
d) um "sistema" de intervenção governamental para promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado.
e) uma forma de controle governamental sobre o processo produtivo para estimular e desenvolver a importação de produtos manufaturados.
19. (UNIFOR CE/2002) Como parte integrante da política mercantilista, os princípios orientadores do Antigo Sistema Colonial, cuja expressão é o chamado Pacto Colonial, preconizavam:
a) o consumo das manufaturas metropolitanas pelas colônias e a exportação dos produtos lucrativos para a metrópole.
b) a venda de produtos manufaturados metropolitanos por baixos preços e a compra de produtos coloniais por preços elevados.
c) o predomínio de investimentos nas manufaturas coloniais e atividades artesanais relegando a um segundo plano a agricultura.
d) a liberdade para o comércio colonial em suas relações com as metrópoles europeias e com a África.
e) o incentivo à produção agrícola das colônias visando à respectiva subsistência, bem como o desenvolvimento da ourivesaria.
20. (EFEI SP/2005) “O conceito de escravidão pode ser assim definido: dado fundamental do sistema escravista, a dessocialização, processo em que o indivíduo é capturado e apartado de sua comunidade nativa, se completa com a despersonalização, na qual o cativo é convertido em mercadoria na sequência da reificação, da coisificação, levada a efeito na sociedade escravista.”
(ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes. São Paulo: Companhia das Letras, 2000)
Para entender a diferença entre os “negros da terra” (índios) e os negros da África, é preciso entender que a escravidão do índio diferia da escravidão do africano porque:
a) o índio não era dessocializado, pois permanecia em “seu” território, próximo de sua comunidade nativa e, embora se tentasse sua despersonalização, sua coisificação, ele conseguia identificar-se e manter sua personalidade, negando-se a fazer trabalhos aos quais não estava acostumado.
b) o africano era levado para outro continente, mas junto levava seus deuses e cultos e conseguia não se despersonalizar como o índio que se transformava em mercadoria.
c) tanto índios como africanos, de maneiras diversas, conseguiam burlar o sistema escravista por meio de suas relações sociais com os senhores.
d) os “negros da terra” eram incapazes de se localizar quando levados pelos comerciantes para outras localidades, enquanto os negros da África possuíam conhecimentos que lhes permitiam orientar-se em qualquer território.
21. (UNIFOR CE/2005) Considere o texto.
A produção colonial orienta-se necessariamente para aqueles produtos que possam preencher a função do sistema de colonização no contexto do capitalismo mercantil: mercadorias comercializáveis na economia central, com procura manifesta ou latente na sociedade europeia.
(Fernando A Novais. Estrutura e dinâmica do Antigo Sistema Colonial. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 70)
A análise do autor reitera a concepção de que a colonização portuguesa na América
a) baseou-se na exploração de produtos tropicais e de metais nobres, principalmente em função dos interesses da burguesia europeia comercial e da metrópole.
b) estruturou-se com base no princípio da exportação do excedente de produção, visto que a colônia tinha de manter autonomia em relação à metrópole.
c) organizou-se desde o início em função da produção de algodão, haja vista a necessidade do desenvolvimento da produção industrial na metrópole.
d) delineou-se com base na política liberal, razão pelo qual o Brasil, apesar de pertencer a Portugal, comercializou de fato com holandeses, franceses e espanhóis.
e) reorganizou-se nos moldes das relações de suserania e vassalagem existentes em Portugal na Baixa Idade Média, durante o período feudal.
22. (FGV/2006) Nos anos 1526-50, antes do deslanche do tráfico para o Brasil, saía da Guiné-Bissau e da Senegâmbia uma média de mil cativos por ano. Cifra representando 49% dos indivíduos deportados do Continente Negro. Da África Central vinham outros 34%, enquanto 13% eram provenientes do golfo da Guiné. Versos célebres de Garcia de Rezende retratam o lucro e os fluxos do trato de africanos para Sevilha, Lisboa, Setúbal, Cabo Verde, Madeira, Canárias, São Tomé. E para o Caribe.
(Luiz Felipe de Alencastro, O Trato dos Viventes)
O impacto do processo descrito nas sociedades africanas foi a:
a) introdução de práticas econômicas fundamentadas no liberalismo, desorganizando as antigas sociedades de auxílio mútuo.
b) implantação da escravidão como modo de produção dominante, determinando a extinção da servidão anteriormente existente.
c) implantação de redes internas de tráfico, com envolvimento de sociedades locais, que passam a ter nesse negócio uma fonte fundamental de recursos.
d) introdução da escravidão nas sociedades africanas, que até então desconheciam qualquer forma de exploração do trabalho.
e) dissolução do tradicional caráter igualitário predominante nas sociedades africanas, sendo substituído por regimes rigidamente hierarquizados.
23. (FUVEST SP/2006) De uma publicação francesa, em 1787: “Quais são as fontes da força econômica da Inglaterra? – o comércio marítimo e a agricultura; a agricultura, sobretudo, é lá mais conhecida do que em qualquer outra parte, e, geralmente, praticada segundo princípios diferentes”.
Podemos deduzir que os “princípios diferentes” aos quais a frase se refere são os do:
a) feudalismo.
b) capitalismo.
c) mercantilismo.
d) cooperativismo.
e) escravismo.
24. (FGV/2001) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre mercantilismo, e assinale a alternativa correta.
I) São características essenciais do mercantilismo: o monopólio, o protecionismo e a balança comercial favorável.
II) O objetivo fundamental do mercantilismo, como política de acumulação de capitais, é a livre concorrência sem a intervenção do Estado-nação.
III) As medidas da política econômica mercantilista foram idênticas em todos os países da Europa durante os séculos XVI, XVII e XVIII.
IV) O Pacto Colonial está no contexto das práticas mercantilistas.
V) O insucesso da política mercantilista expressa-se pela permanência da política bullionista por três séculos.
a) apenas I e III estão corretas;
b) apenas II e IV estão corretas;
c) apenas II e V estão corretas;
d) apenas III e V estão corretas;
e) apenas I e IV estão corretas.
25. (UEPB/2003) O modelo econômico dos Estados Nacionais, conhecidos genericamente por Mercantilismo, corresponde ao estágio inicial do Capitalismo.
Assinale a alternativa que é compatível com a referida etapa:
a) Nesta fase, o maior volume de capitais investido por países como Portugal está voltado para a produção de artefatos industriais.
b) Em um momento de crescimento das atividades comerciais, o desmonte de barreiras alfandegárias é prática comum entre os países europeus.
c) A intervenção do estado na economia objetiva garantir o acúmulo de capitais, através da exploração colonial viabilizando por consequência, a obtenção de resultados favoráveis na balança de comércio.
d) A opção pelo modelo econômico mercantilista descartou a utilização de escravos como capital móvel, centrando as atenções exclusivamente na utilização dos cativos na produção agrícola.
e) A instalação de monarquias fortes e centralizadoras não foi condição indispensável para a implementação de medidas econômicas que permitiram a acumulação de capitais por parte dos setores burgueses na Europa.
GABARITO
1. (Mackenzie SP/2006) Assinale a alternativa que contenha preceitos do mercantilismo, conjunto de ideias e práticas econômicas dominante na Europa dos séculos XIV a XVIII.
a) Intervencionismo e livre-cambismo.
b) Liberalismo econômico e metalismo.
c) Livre concorrência e monopólio agrário-exportador.
d) Lei da oferta e da procura e monetarismo.
e) Balança comercial favorável e protecionismo comercial.
2. (UFPE/2003) O mercantilismo foi um conjunto de ideias e de práticas econômicas dominantes na Europa, entre os séculos XIV e XVIII, que variou de Estado para Estado.
Sobre o mercantilismo, assinale a alternativa correta.
a) Foi uma forma de exploração da natureza, empregada aos recursos minerais, vegetais, animais e humanos que obedecia a interesses imediatistas, sem preocupação com o futuro.
b) A Holanda praticava um tipo de mercantilismo conhecido como metalista e industrial que veio a desenvolver em parceria com a Espanha no século XVIII.
c) Portugal desenvolveu apenas o mercantilismo de plantarem, baseado na produção tropical destinada ao mercado internacional.
d) As refinarias de açúcar de Sevilha substituíram as refinarias de Portugal, na fase do desenvolvimento do mercantilismo industrial de Castela.
e) Companhias de comércio foram instaladas por todos os Estados mercantilistas europeus, para reforçar a política comercial ou o colbertismo (referência a Colbert, ministro francês, que defendia o comércio de produtos baratos vendidos mais caros nos mercados coloniais).
3. (UCS RS/2006) Analise, quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F), as afirmativas abaixo referentes ao papel das colônias na política mercantilista.
(__) Todos os produtos que chegavam às colônias ou delas saíam tinham de passar pela metrópole, concretizando sua sujeição absoluta ao Estado explorador, característica do pacto colonial.
(__) Na maioria das vezes, as colônias eram fornecedoras de produtos manufaturados, pois possuíam abundante matéria-prima e mão-de-obra barata, o que tornava suas mercadorias bem aceitas no mercado mundial.
(__) No final do século XV, e especialmente no século XVI, os países ibéricos (Portugal e Espanha) foram os primeiros a se beneficiar com as riquezas das terras descobertas.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) VFV
b) VVV
c) VVF
d) FFV
e) FFF
4. (UNESP SP/2005) Dia-a-dia os traficantes estão raptando nosso povo – crianças deste país, filhos de nobres e vassalos, até mesmo pessoas de nossa própria família. (...) Essa forma de corrupção e vício está tão difundida que nossa terra acha-se completamente despovoada. (...) Neste nosso reino, só precisamos de padres e professores, nada de mercadorias, a menos que sejam vinho e farinha para a Missa. (...) É nosso desejo que este reino não seja um lugar de tráfico ou transporte de escravos.
(Carta de Affonso I, Manikongo [governante do reino do Kongo, 1526] ao rei de Portugal, em Adam
Hochschild, O fantasma do rei Leopoldo.)
As esperanças do Manikongo foram frustradas, pois a presença portuguesa na África, no século XVI, estava subordinada aos princípios:
a) liberais.
b) imperialistas.
c) mercantilistas.
d) socialistas.
e) fisiocratas.
5. (UNIFOR CE/2003) De modo geral, entende-se por mercantilismo “o conjunto das teorias e práticas de intervenção econômica que se desenvolveram na Europa moderna desde a metade do século XV.”
(Pierre Deyon. O mercantilismo. Trad. São Paulo: Perspectiva, 1973. p. 11-2)
Dentre as teorias e práticas mencionadas acima, pode-se relacionar a criação e manutenção do Antigo Sistema Colonial. A respeito deste Sistema, é correto afirmar que:
a) a autonomia legislativa das colônias facilitava as relações diplomáticas com as metrópoles.
b) o pacto colonial favorecia o domínio político e econômico da metrópole sobre a colônia.
c) a matéria-prima extraída das colônias abastecia as metrópoles e as inúmeras manufaturas coloniais.
d) a exploração dos recursos naturais das colônias era exclusiva dos europeus que nelas habitassem.
e) a produção colonial insuficiente para abastecer as manufaturas obrigou as metrópoles a instituírem o livro comércio.
6. (FUVEST SP/2003) Ao longo do século 17, vegetais americanos como a batata-doce, o milho, a mandioca, o ananás e o caju penetraram no continente africano.
Isso deve ser entendido como:
a) parte do aumento do tráfico negreiro, que estreitou as relações entre a América Portuguesa e a África e fez do sistema sul-atlântico o mais importante do Império Português.
b) indício do alinhamento crescente de Portugal com a Inglaterra, que pressupunha a consolidação da penetração comercial no interior da África.
c) fruto de uma política sistemática de Portugal no sentido de anular a influência asiática e consolidar a americana no interior de seu império.
d) imposição da diplomacia adotada pela dinastia dos Braganças, que desejava ampliar a influência portuguesa no interior da África, região controlada por comerciantes espanhóis.
e) alternativa encontrada pelo comércio português, já que os franceses controlavam as antigas possessões portuguesas no Oriente e no estuário do Prata.
7. (UECE/2005) NÃO constitui uma característica da Idade Moderna:
a) o destaque do papel exercido pela burguesia na sociedade da época.
b) a organização das Companhias de Comércio, que contavam com o controle estatal e o capital privado.
c) o fortalecimento da realeza e o declínio da descentralização administrativa.
d) a consolidação das corporações que estimulavam a livre concorrência.
8. (PUC PR/2006) Em 1703, estipulou a compra de vinho português pela Inglaterra em troca da importação de tecidos ingleses por Portugal.
O texto se refere ao Tratado de:
a) Fontainebleau.
b) Madri.
c) Methuen.
d) Utrecht.
e) Londres.
9. (UESPI/2004) A economia mercantilista dava suporte ao absolutismo político. Para seu funcionamento, era decisivo o controle do Estado. Podemos afirmar que o mercantilismo e o absolutismo se completavam. Nesse contexto:
a) a agricultura era considerada a atividade mais importante, recebendo, por isso, ajuda do Estado.
b) houve mudanças de práticas econômicas, contrariando o justo preço defendido pela Igreja.
c) era proibido o monopólio de preços, prevalecendo o livre mercado e a concorrência.
d) não havia preocupação com o equilíbrio da balança comercial por parte do Estado.
e) a burguesia não conseguiu espaços para seus negócios, sendo perseguida pelos reis.
10. (UNIFESP SP/2005) Nos reinados de Henrique VIII e de Elisabeth I, ao longo do século XVI, o Parlamento inglês “aprovava ‘pilhas de estatutos’, que controlavam muitos aspectos da vida econômica, da defesa nacional, níveis estáveis de salários e preços, padrões de qualidade dos produtos industriais, apoio aos indigentes e punição aos preguiçosos, e outros desejáveis objetivos sociais”.
(Lawrence Stone, 1972.)
Essas “pilhas de estatutos”, ou leis, revelam a:
a) inferioridade da monarquia inglesa sobre as europeias no que diz respeito à intervenção do Estado na economia.
b) continuidade existente entre as concepções medievais e as modernas com relação às políticas sociais.
c) prova de que o Parlamento inglês, já nessa época, havia conquistado sua condição de um poder independente.
d) especificidade da monarquia inglesa, a única a se preocupar com o bem-estar e o aumento da população.
e) característica comum às monarquias absolutistas e à qual os historiadores deram o nome de mercantilismo.
11. (FGV/2005) “Guerreado por Madri e pela Holanda, posto em quarentena pela Santa Sé, Portugal busca o apoio de Londres, preferindo a aliança com os distantes hereges associação com os vizinhos católicos. Dando seguimento vários tratados bilaterais, os portugueses facilitam o acesso dos mercadores e das mercadorias inglesas às zonas sob seu controle na Ásia, África e América.”
ALENCASTRO, L.F. de “A economia política dos descobrimentos”, NOVAES, A. (org.), A descoberta do homem e do mundo, São Paulo, Cia das Letras, 1998, p. 193.
O trecho do texto de Alencastro refere-se:
a) Ao período inicial da expansão marítima portuguesa, no qual as rivalidades com a Espanha em torno da partilha da América levaram a uma aproximação diplomática entre Portugal e Inglaterra.
b) À época da Restauração, que se seguiu à união dinástica entre as monarquias ibéricas e que obrigou a Coroa portuguesa a enfrentar tropas espanholas na Europa holandesas na África e na América.
c) À época napoleônica, que acabou por definir o início da aproximação diplomática de Portugal com a Inglaterra, em virtude da articulação franco-espanhola que ameaçava as colônias portuguesas na América.
d) Ao período de Guerras de Religião, durante o qual monarquia portuguesa, por aproximar-se dos calvinistas ingleses, passou a ser encarada com suspeitas pelo poder pontifício.
e) À época das primeiras viagens portuguesas às Índias, quando muitas expedições foram organizadas em conjunto por Inglaterra e Portugal, o que alijou holandeses e espanhóis das atividades mercantis realizadas na Ásia.
12. (FURG RS/2005) O mercantilismo, política econômica praticada pelos monarcas europeus, na Idade Moderna teve como característica a (o)
a) liberdade do comércio intercolonial, visando ao desenvolvimento das colônias.
b) estímulo às importações de manufaturados pelas metrópoles, para facilitar a industrialização e diversificação colonial.
c) manutenção da balança comercial favorável às metrópoles.
d) estímulo à agricultura metropolitana, para fornecer gêneros alimentícios às colônias de povoamento.
e) combate à escravidão, diante do desenvolvimento do humanismo no Renascimento Cultural.
13. (PAES MG/2004) Observe os termos do Tratado de Methuem, assinado por Portugal e Inglaterra, em 1703.
Artigo 1º - Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete, tanto em seu próprio Nome, como no de seus Sucessores, admitir para sempre, de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lanifício de Inglaterra, como era costume até o tempo em que foram proibidos pelas leis, não obstante qualquer condição em contrário.
Artigo 2º - É estipulado que Sua Sagrada e Real Majestade Britânica, em seu Próprio Nome, e no de seus Sucessores, será obrigada para sempre, de aqui em diante, a admitir na Grã-Bretanha os vinhos do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os Reinos de Inglaterra e de França) não se poderá exigir direito de alfândega nestes vinhos (...)
(Apud MENDES JR.; Antônio, RONCARI, Luiz; MARANHÃO, Ricardo. Brasil: texto e consulta – colônia. 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 1977, p. 224.)
Em relação a esse acordo e ao contexto no qual foi assinado, assinale C (CORRETO) ou I (INCORRETO) para cada uma das afirmativas abaixo.
(__) A indústria manufatureira lusa era relativamente frágil e o Tratado consolidou a dependência portuguesa em relação à Inglaterra, uma vez que o país ficava obrigado a adquirir os produtos têxteis ingleses.
(__) O Brasil, como colônia portuguesa, tanto quanto o reino luso obtiveram inúmeras vantagens decorrentes do Tratado, uma vez que a economia destes era prioritariamente agrícola e toda a sua produção era importada pela Inglaterra.
(__) A Inglaterra passava por uma fase de expansionismo em sua produção têxtil lanífera, sendo o Tratado o elemento fundamental de sustentação da prosperidade britânica, para o seu incremento técnico e para a revolução industrial.
(__) O comércio português obteve um alto nível de lucratividade com o Tratado de Methuem, uma vez que a Inglaterra dependia dos navios lusos para o transporte de mercadorias, situação que se inverteria no século XIX.
Você obteve
a) C, C, I e I.
b) C, I, I e I.
c) I, I, I e C.
d) I, C, I e C.
14. (PUC RS/2005) INSTRUÇÃO: Responda à questão sobre a sociedade brasileira no período colonial, com base nas afirmativas abaixo.
I. A oposição senhor-escravo é uma das formas de explicar a ordenação social no período colonial, embora tenha existido o trabalho livre (assalariado ou não) mesmo nas grandes propriedades açucareiras e fazendas de gado.
II. Os escravos trazidos da África pelos traficantes pertenciam a diferentes etnias e foram transformados em trabalhadores cativos empregados tanto nas atividades econômicas mais rentáveis (cana-de-açúcar e mineração) quanto nas atividades domésticas e urbanas.
III. Os primeiros escravos foram os Tupis e os Guaranis do litoral, porém, à medida que se desenvolveu a colonização e se criaram missões jesuíticas, no final do século XVI, a escravização indígena extinguiu-se.
IV. Os homens livres pobres (lavradores, vaqueiros, pequenos comerciantes, artesãos) podiam concorrer às Câmaras Municipais, pois não havia no Brasil critérios de nobreza ou de propriedade como os que vigoravam na metrópole portuguesa.
Estão corretas as afirmativas
a) I e II
b) I, II e IV
c) I e IV
d) II e III
e) III e IV
15. (UEM PR/2006) Entende-se por Mercantilismo o conjunto de leis e de práticas administrativas adotadas por vários Estados europeus entre os séculos XVI e XVIII, que regulamentavam as atividades econômicas. A respeito do Mercantilismo, assinale o que for incorreto:
a) O mercantilismo assumiu formas diferentes nos diversos países europeus.
b) As leis mercantilistas eram inspiradas pela doutrina do liberalismo econômico, de Adam Smith, e visavam intensificar as exportações e as importações.
c) Os teóricos do Mercantilismo acreditavam que, mais do que o comércio interno, era o comércio externo com outras nações que trazia lucros e riquezas.
d) Os países mercantilistas adotavam medidas severas para evitar a saída de ouro e de prata de seu território.
e) Obter uma balança comercial favorável era uma preocupação constante dos Estados mercantilistas.
16. (UFMG/2006) Considerando-se o papel e a importância do Mercantilismo, é INCORRETO afirmar que:
a) essa doutrina tinha como fundamento básico a convicção de que o Estado deveria interferir nos processos econômicos.
b) as políticas fundamentadas nessa doutrina abarcavam as relações entre os países da Europa Ocidental e, também, os laços entre estes e suas colônias.
c) o principal aspecto dessa doutrina era a adoção de ações planejadas para fomentar a industrialização da economia.
d) essa doutrina consistia num conjunto de pressupostos e crenças econômicas vigentes no período de formação e apogeu dos Estados modernos.
17. (UNAERP SP/2006) O sistema colonial teve como elemento fundamental o regime de comercio instaurado entre metrópole e colônia. Esse sistema se baseava:
a) na livre concorrência.
b) na produção realizada por pequenos proprietários autônomos.
c) no trabalho não compulsório.
d) na policultura.
e) no monopólio colonial.
18. (UFPEL RS/2006) “A causa principal, quase única, da alta dos preços (que ninguém até agora mencionou) é a abundância do ouro e da prata existente hoje em dia neste reino, em escala bem maior do que há quatrocentos anos. Mas, diria alguém, de onde pode ter vindo, desde então, assim tanto ouro e tanta prata? [...] Os castelhanos, submetendo ao seu poder as novas terras ricas em ouro e prata, abarrotaram a Espanha. Ora, a Espanha que só vive graças à França, vendo-se inevitavelmente forçada a vir buscar aqui cereais, linhos, tecidos, papel, corantes, livros, artefatos de madeira e todos os tipos de manufaturas, vai procurar para nós, nos confins do mundo, o ouro e a prata.”
BODIN, Jean. Da República. As afirmações de Bodin apontam para
a) uma crítica ao Mercantilismo metalista (Bulionismo) e seus malefícios sobre as manufaturas, assim como sobre o valor monetário, no início da Idade Moderna.
b) uma explicação da valorização monetária, com o afluxo de metais preciosos para a Europa, e da autonomia econômica ibérica, durante a Revolução Comercial.
c) a importância do ouro e da prata no crescimento das manufaturas espanholas, com consequente prejuízo para a agricultura.
d) a eficiência maior do protecionismo francês, em relação ao ibérico, devido à precedência dos gauleses no colonialismo moderno.
e) o início da Revolução Industrial de 1760, na França, provocada pela exploração e comercialização de metais preciosos pelos ibéricos, na América.
19. (UNIMONTES MG/2006) “...honestos cultivadores são expulsos de suas casas, uns pela fraude, outros pela violência, os mais felizes por uma série de vexações e de questiúnculas que os forçam a vender suas propriedades. E estas famílias mais numerosas do que ricas (...) emigram campos afora
(...) E, aliás, como empregar esses homens? Eles só sabem trabalhar a terra; não há então nada a fazer com eles, onde não há mais semeaduras nem colheitas.
(MORUS, Thomas. A utopia. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, s/d, p. 4445, citado por MARQUES, Adhemar; BEIRUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História: os caminhos do homem, Belo Horizonte: Lê, 1993, p. 90)
O texto refere-se à/ao
I. desorganização do mercado de trabalho urbano e ao consequente desemprego, fenômenos que desencadeariam a primeira grande recessão no sistema capitalista, ainda no século XVII
II. processo de concentração fundiária que, simultânea e progressivamente, desorganizava o modo de vida camponês e liberava mão-de-obra para as atividades capitalistas urbanas em formação
III. ação de homens comprometidos com as demandas camponesas, que cuidaram para que as expectativas da massa popular fossem atendidas pelos cercamentos
Está(ao) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s)
a) I e III, apenas
b) II, apenas
c) I, apenas
d) II e III, apenas
20. (UNIMONTES MG/2006) Um dos pontos comuns aos processos de colonização das nações portuguesa, espanhola e inglesa, no continente americano, entre os séculos XVI e XVIII, foi
a) a ausência de processos de caldeamento étnico
b) a atividade de catequese católica indígena, empreendida pelos jesuítas
c) a adoção de sistemas de monopólios comerciais
d) a larga utilização de mão-de-obra compulsória europeia
21. (UFPI/2006) Entre os séculos XV e XVIII, vigorou na Europa uma série de doutrinas e práticas econômicas que se tornaram conhecidas como “Mercantilismo”. Sobre essa doutrina, podemos afirmar:
I. Que tinha como objetivo fortalecer o estado e a burguesia, numa fase de transição do feudalismo ao capitalismo.
II. Que tinha no intervencionismo estatal uma estratégia chave para promover a acumulação primitiva de capital nos Estados Modernos.
III. Que tinha no metalismo, na balança comercial favorável, no protecionismo e no intervencionismo estatal os seus princípios basilares.
IV. O mercantilismo teve características específicas em diferentes países europeus.
a) Todas as afirmações anteriores são verdadeiras
b) Apenas a afirmativa IV é correta.
c) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
e) Todas as afirmações anteriores são falsas.
22. (FMJ SP/2007) O sistema colonial estabelecido pelos países europeus no século XVI, baseado na política econômica mercantilista, tinha como um de seus objetivos fundamentais
a) gerar riquezas para as metrópoles.
b) produzir matéria-prima para as indústrias.
c) acomodar o excedente populacional das metrópoles.
d) absorver a produção industrial europeia.
e) fornecer mão-de-obra para a metrópole.
23. (UFMS/2006) Metalismo ou Bulionismo, Comercialismo, Colbertismo e Companhias Comerciais Privilegiadas são termos que se referem a práticas econômicas do
a) capitalismo industrial.
b) capitalismo monopolista.
c) liberalismo econômico.
d) mercantilismo.
e) neoliberalismo.
24. (UFU MG/2006) Com o objetivo de aumentar o poder do Estado diante dos outros Estados, [o Mercantilismo] encorajava a exportação de mercadorias, ao mesmo tempo em que proibia exportações de ouro e prata e de moeda, na crença de que existia uma quantidade fixa de comércio e riqueza no Mundo.
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista, São Paulo Brasiliense, 1998. p. 35.
O trecho acima refere-se aos princípios básicos da doutrina mercantilista, que caracteriza a política econômica dos Estados modernos dos séculos XVI, XVII e XVIII.
Com base nessa doutrina, marque a alternativa correta.
a) A doutrina mercantilista pregava que o Estado deveria se concentrar no fortalecimento das atividades produtivas manufatureiras, não se envolvendo em guerras e em disputas territoriais contra outros Estados.
b) Uma das características do mercantilismo é a competição entre os Estados por mercados consumidores, cada qual visando fortalecer as atividades de seus comerciantes, aumentando, consequentemente, a arrecadação de impostos.
c) Os teóricos do mercantilismo acreditavam na possibilidade de conquistar mercados por meio da livre concorrência, de modo que era essencial desenvolver produtos competitivos, tanto no que diz respeito ao preço como em relação à qualidade.
d) A conquista de áreas coloniais na América é a base de qualquer política mercantilista. Tanto que o ouro e a prata, de lá provenientes, possibilitaram ao Estado espanhol figurar como o mais poderoso da Europa, após a Guerra dos Trinta Anos.
25. (FGV/2007) Assinale o item incorreto quanto à identificação das ideias e práticas mercantilistas adotadas por governos europeus, entre os séculos XVI e XVIII.
a) o metalismo
b) a defesa do princípio da balança comercial estável
c) a valorização da conquista de áreas coloniais
d) a condenação da usura
e) o estímulo à produção manufatureira
GABARITO
1. (UFMG/2007) “O objetivo das colônias é o de fazer o comércio em melhores condições [para as metrópoles] do que quando é praticado com os povos vizinhos, com os quais todas as vantagens são recíprocas. Estabeleceu-se que apenas a metrópole poderia negociar na colônia; e isso com grande razão, porque a finalidade do estabelecimento foi a constituição do comércio, e não a fundação de uma cidade ou de um novo império ...”
MONTESQUIEU. Do espírito das leis (1748). São Paulo: Martin Claret, 2004. p. 387. Considerando-se as informações desse trecho, é INCORRETO afirmar que as colônias europeias, na Época Moderna,
a) deveriam levar ao estabelecimento e ao incremento do comércio, regulando-se em função dos interesses recíprocos entre as colônias.
b) deveriam oferecer às metrópoles melhores condições de comércio que as verificadas entre os países europeus e seus vizinhos.
c) estariam sujeitas ao exclusivo comercial das metrópoles, cujos negócios essas colônias deveriam incrementar.
d) foram estabelecidas com finalidades comerciais, pois, inicialmente, não era objetivo das metrópoles
fundar um novo império.
2. (UNIFESP SP/2007) ... todos os gêneros produzidos junto ao mar podiam conduzir-se para a Europa facilmente e os do sertão, pelo contrário, nunca chegariam a portos onde os embarcassem, ou, se chegassem, seria com despesas tais que aos lavradores não faria conta largá-los pelo preço por que se vendessem os da Marinha. Estes foram os motivos de antepor a povoação da costa à do sertão.
(Frei Gaspar da Madre de Deus, em 1797.) O texto mostra
a) o desconhecimento dos colonos das desvantagens de se ocupar o interior.
b) o caráter litorâneo da colonização portuguesa da América.
c) o que àquela altura ainda poucos sabiam sobre as desvantagens do sertão.
d) o contraste entre o povoamento do nordeste e o do sudeste.
e) o estranhamento do autor sobre o que se passava na região das Minas.
3. (UFAC/2007) Sabe-se que a política econômica do Estado Moderno Absolutista foi o Mercantilismo. Pode-se caracterizar a política mercantilista como sendo:
a) Um conjunto de práticas comerciais e financeiras vinculado ao sistema de pensamento e intervenção contra os interesses feudais e favor da burguesia emergente.
b) A principal característica da política mercantilista do Estado Moderno foi a de não se intrometer na
economia do país, deixando que a mesma funcionasse a partir das regras do mercado.
c) A política mercantilista não tinha como preocupação fundamental um Estado forte que acumulasse muitos metais preciosos.
d) A política mercantilista tinha por objetivo não criar barreiras alfandegárias, favorecendo a importação de produtos estrangeiros.
e) A política mercantilista caracterizou-se pelo intervencionismo do Estado, planejando a economia, adotando uma balança comercial favorável. A regra era: protecionismo, intervencionismo e exclusivismo.
4. (UFAM/2007) O Mercantilismo tem sido tradicionalmente descrito como um conjunto de ideias e práticas econômicas que visavam alcançar o desenvolvimento das nações. É estranho ao Mercantilismo:
a) O metalismo
b) O protecionismo estatal
c) O livre comércio
d) O entesouramento
e) A obtenção de uma balança comercial favorável
5. (UFOP MG/2007) A respeito do processo de constituição da burguesia na Europa Ocidental, do século XI ao XVIII, assinale a alternativa incorreta:
a) O comércio praticado entre os povos da Europa e da Ásia foi um dos principais elementos que favoreceram o desenvolvimento da burguesia na sociedade europeia.
b) O domínio português no comércio do Mediterrâneo, do século XI ao XV, foi decisivo para que Portugal dominasse as rotas de navegação no oceano Atlântico.
c) A Liga Hanseática foi um importante eixo comercial implantado no norte da Europa e reuniu muitas cidades da região da Alemanha.
d) Uma das atividades comerciais mais importantes da época era o comércio das especiarias, que ligava a Europa a regiões distantes, como o oriente médio.
6. (UFOP MG/2007) A política colonial reformista dos Bourbons, iniciada em meados do século XVIII, tinha como objetivos a modernização econômica da Espanha e o reforço dos vínculos monopolistas com a colônia americana. Sobre esse período, podemos dizer que:
I. As reformas bourbônicas acirraram os atritos entre os crioulos e os peninsulares, reforçando o americanismo.
II. O reformismo favoreceu o processo de centralização administrativa, com a extinção de unidades administrativas e vice-reinados.
III. Foram criadas companhias de comércio para o monopólio de produtos coloniais e foi suprimido o sistema de porto único.
IV. Os circuitos intercoloniais muito utilizados entre os séculos XVII e XVIII passaram ao controle exclusivo da metrópole.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, IV.
b) II, III, IV.
c) I, II, III.
d) I, III, IV.
7. (Mackenzie SP/2007) Fundamental para a estruturação do sistema colonial português na Idade Moderna, o chamado “exclusivo colonial” visava, sobretudo a
a) estimular nas colônias uma política de industrialização que permitisse à Metrópole concorrer com suas rivais industrializadas.
b) reservar a grupos ou a companhias privilegiadas – ou mesmo ao Estado – o comércio externo das colônias, tanto o de importação quanto o de exportação.
c) restringir a tarefa de doutrinação dos indígenas americanos exclusivamente aos membros da Companhia de Jesus, assegurando, dessa forma, o poder real entre os povos nativos.
d) impedir, nas colônias, o acesso de fidalgos mazombos a cargos administrativos importantes, reservados a fidalgos reinóis.
e) orientar a produção agrícola conforme as exigências da população colonial, evitando por esse meio crises de abastecimento de alimentos nos centros urbanos.
8. (UECE/2007) “Caio Prado Jr. procurou mostrar que a estrutura colonial (latifúndio, monocultura, escravismo) surgiu por causa dos interesses da Metrópole em ter uma área que produzia artigos tropicais que seriam exportados para o mercado europeu. Pesquisas mais recentes afirmam que não se pode exagerar a importância da plantation e do mercado externo na estrutura da produção colonial”.
Fonte: FRAGOSO, João e FLORENTINO, Manolo. O Arcaísmo como Projeto. Rio de Janeiro: Diadorim, 1993, pp. 15-31.
Com base no fragmento acima, considere as seguintes afirmativas:
I. Os grandes traficantes de escravos, que viviam no Brasil, estavam entre os mais ricos da Colônia e também compravam terras.
II. O retorno líquido de uma plantation era geralmente inferior ao lucro obtido com o tráfico de africanos.
III. O projeto colonizador não visava lucros, mas criar um sistema hierárquico de poder e de acumulação de terras.
Marque o correto:
a) Somente I e III são verdadeiras.
b) Somente II e III são falsas.
c) Somente I e II são verdadeiras.
d) I, II e III são verdadeiras.
9. (UNIFICADO RJ/2007) “(...) longe de ser apenas uma palavra, o mercantilismo tampouco se confunde com um sistema ou doutrina ou algo parecido, identificando, sim, aquelas ideias e práticas econômicas que, durante três séculos, estiveram sempre ligadas ao processo de transição do feudalismo ao capitalismo.”
FALCON, Francisco. Mercantilismo e Transição. Col.Tudo é História. SP: Brasiliense, p. 19.
Sobre as ideias e práticas do mercantilismo, pode-se afirmar que:
I. a riqueza proveniente da lavoura foi fundamental para a ampliação de uma sociedade composta de trabalhadores urbanos e para a formação do mercado consumidor;
II. sendo o entesouramento sua finalidade maior, os Estados absolutistas da Europa reproduziram as mesmas práticas e medidas mercantilistas;
III. as práticas de intervenção econômica que caracterizaram o mercantilismo favoreceram a montagem do antigo sistema colonial e garantiram a acumulação de capital.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
10. (USS RJ/2007) “Ordena-se, pela autoridade do Parlamento, que ninguém leve ou faça levar para fora deste Reino ou Gales ou qualquer parte do mesmo, qualquer forma de dinheiro da moeda deste Reino ou de dinheiro e moeda de outros Reinos, terras ou senhorias nem bandejas, vasilhas, barras ou joias de ouro, guarnecidas ou não, ou de prata, sem licença do Rei.”
in HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 21 ed, RJ: Guanabara, 1986. p. 120.
Este documento, de origem inglesa, estabelecia medidas características da política econômica conhecida como:
a) liberalismo, segundo a qual deveriam ser submetidas ao Parlamento todas as decisões de teor econômico.
b) capitalismo, cujo objetivo era a organização do Estado através da autonomia política das unidades regionais.
c) mercantilismo, segundo a qual a quantidade de ouro e prata era determinante da riqueza do Estado.
d) socialismo, que pregava a organização de uma sociedade mais justa e igualitária.
e) fisiocracia, cujo objetivo era valorizar o Estado Nacional, diminuindo as relações comerciais com outras nações.
11. (URCA CE/2007) Considere os princípios relacionados abaixo e assinale os que se incluem na doutrina econômica do mercantilismo, predominante na Europa dos séculos XVI e XVII.
a) O metalismo, que admitia estar a prosperidade de um país condicionada à acumulação de metais preciosos.
b) A não intervenção do Estado na economia, com o controle de todas as atividades de produção e comércio nas mãos da aristocracia feudal.
c) O liberalismo econômico, atribuindo à burguesia produtora plena autonomia na competição econômica.
d) A teoria de balança desfavorável no comércio com outros Estados e colônias.
e) A formação de princípios de planejamento quinquenal para o desenvolvimento da economia, sendo que todos os setores políticos e sociais deveriam estar imbuídos dessa meta.
12. (UFAM/2008) As diferenças de interesses e de modelos de exploração colonial postos em prática pelas nações europeias no início da Época Moderna resultaram na formação de estruturas socioeconômicas diferenciadas na América, embora semelhanças possam ter ocorrido, como no caso de:
a) Vice-Reino do Peru e Amazônia Portuguesa, onde as populações indígenas foram exploradas num regime de servidão conhecido como “mita”.
b) Cuba, Brasil e Novo México, onde se desenvolveu a monocultura da cana de açúcar.
c) Haiti, Vice-Reino da Nova Espanha e Norte dos Estados Unidos, cujas economias basearam-se na adoção da pequena propriedade camponesa.
d) Cuba, Nordeste do Brasil e Sul dos Estados Unidos, onde vigorou a plantation escravista.
e) Novo México, Nova Granada e Península do Labrador, onde a exploração das haciendas visava abastecer o mercado europeu com produtos agrícolas.
13. (UFGD MS/2008) Nas épocas Moderna e Contemporânea, o tráfico internacional de escravos sempre contou, na África, com uma oferta abundante de homens e mulheres jovens. A esse respeito, é CORRETO afirmar o seguinte:
a) No continente africano, a escravidão e o tráfico de escravos tiveram início somente após a chegada dos europeus, àquele continente nos séculos XV e XVI.
b) Embora o tráfico internacional de escravos africanos fosse controlado por portugueses e brasileiros, as tarefas de apresamento e condução dos cativos aos portos exportadores eram monopolizadas pelos traficantes ingleses e holandeses, em associação com os estados africanos da costa do Mediterrâneo.
c) Embora a escravidão já fosse praticada na África antes da chegada dos europeus, as crescentes necessidades de escravos, por parte do mercado internacional, produziram grandes alterações nas sociedades africanas, com repercussões sobre as modalidades tradicionalmente assumidas pela escravidão nessas sociedades.
d) A captura de escravos no interior da África, bem como sua condução aos portos exportadores, eram atividades realizadas por traficantes europeus e americanos, sem a participação dos africanos.
e) Nas sociedades africanas, antes da chegada dos europeus, a escravidão tinha um caráter exclusivamente doméstico, e esse caráter não foi alterado em função da crescente demanda por mão-de-obra escrava na América.
14. (UNIFEI SP/2008) Sobre o quadro político e econômico da Europa entre os séculos XVI e XVIII, é correto afirmar:
a) Em termos históricos, o Estado Absolutista correspondeu à manutenção do poder político da burguesia.
b) Os empreendimentos econômicos foram realizados, em grande parte, por Companhias de Comércio organizadas quase sempre pelo Estado e com sua participação financeira em muitas delas.
c) Os burgueses conseguiram manter as autonomias municipais na luta contra o centralismo político do príncipe.
d) Esse período corresponde ao surgimento do capitalismo industrial.
15. (UFTM MG/2008) O Mercantilismo, conjunto de princípios e práticas econômicas de Estados europeus na Época Moderna, pode ser caracterizado
a) pelo controle estatal da economia e pela ideia de que a terra e a agricultura são fonte de riqueza do país.
b) pela extinção dos monopólios e pela balança comercial favorável com o estímulo às exportações.
c) pelo intervencionismo estatal e pela ideia de que a riqueza do país dependia da acumulação de ouro e prata.
d) pelo estímulo às atividades manufatureiras e marítimas e pela liberdade de comércio e produção.
e) pela adoção do protecionismo alfandegário e pela defesa da divisão do trabalho como meio de riqueza do país.
16. (UNESP SP/2008) O Mercantilismo é entendido como um conjunto de práticas, adotadas pelo Estado absolutista na época moderna, com o objetivo de obter e preservar riqueza. A concepção predominante parte da premissa de que a riqueza da nação é determinada pela quantidade de ouro e prata que ela possui.
(www.historianet.com.br. Acessado em 03.03.2008.)
Na busca de tais objetivos, os estados europeus, na época moderna,
a) adotaram políticas intervencionistas, regulando o funcionamento da economia, como o protecionismo.
b) suprimiram por completo a propriedade privada da terra, submetendo-a ao interesse maior da nação.
c) ampliaram a liberdade de ação dos agentes econômicos, vistos como responsáveis pela prosperidade nacional.
d) determinaram o fim da livre iniciativa, monopolizando as atividades econômicas rurais e urbanas.
e) buscaram a formação de uniões alfandegárias que levassem a prosperidade aos países envolvidos.
17. (UPE/2008) O Mercantilismo serviu de base para a exploração econômica das colônias e a expansão da dominação europeia. O Mercantilismo defendia a
a) livre exportação de produtos, evitando taxações.
b) mesma lógica econômica do feudalismo francês.
c) exploração agrícola, apenas, nas colônias da América.
d) prevalência das exportações sobre as importações.
e) existência de uma ágil descentralização econômica.
18. (CEFET PR/2008) “Inserido na lógica das ideias econômicas do Mercantilismo, era um sistema pelo qual os países europeus que possuíam colônias americanas mantinham o monopólio legal da importação das matérias-primas mais lucrativas dessas possessões, bem como a exportação de bens de consumo para tais colônias. Os colonos deveriam fazer comércio apenas com seus colonizadores.
Era uma garantia de que poderiam estabelecer os preços mais vantajosos. Os europeus vendiam caro e compravam barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. A regra básica da colônia era produzir só o que a nação colonizadora não tinha condições de fazer.”
O trecho do texto acima se refere a um importante mecanismo econômico da Idade Moderna, que também ficou conhecido(a) como:
a) Exclusivo Metropolitano.
b) Capitania Hereditária.
c) Feudalismo Cartorial.
d) Vassalagem Colonial.
e) Aforamento de Ultramar.
19. (ESPM/2008) Durante o governo de Luís XIV a economia e as finanças estavam a cargo do ministro Colbert. Sua política econômica tornou-se conhecida por Colbertismo.
A alternativa correta quanto ao Colbertismo é:
a) Constituiu um tipo de mercantilismo focado no metalismo e dependente do fluxo de metais preciosos que fluíam da América para a França.
b) Constituiu um tipo de mercantilismo totalmente comercial e que proibiu a instalação de manufaturas na França.
c) Constituiu um mercantilismo conhecido como industrialismo e incentivou a instalação de manufaturas reais para incentivar as exportações e obter uma balança comercial favorável.
d) Constituiu um mercantilismo fisiocrata que pregava a livre circulação de mercadorias.
e) Foi um tipo de mercantilismo misto, onde a indústria da pesca e as refinarias de açúcar garantiam as exportações.
20. (UFV MG/2008) NÃO corresponde a uma característica da política econômica mercantilista adotada pelas monarquias europeias durante a chamada Época Moderna:
a) balança comercial positiva.
b) protecionismo.
c) livre-cambismo.
d) metalismo.
21. (UNIMONTES MG/2008) Acerca da política econômica praticada pela Espanha e Portugal, durante os séculos XVI e XVII, leia as afirmativas abaixo.
I. Não se configurou como uma forma madura de acumulação capitalista, pois, entre outras coisas, estimulou a circulação de mercadorias em vez da produção.
II. Transformou a economia ibérica em alvo de constantes crises, devido, entre outras coisas, à instabilidade dos mercados consumidores e aos altos custos das atividades colonizadoras.
III. Faltavam investimentos em técnicas de produção de alimentos capazes de proteger a Península Ibérica contra a inflação decorrente da entrada de metais preciosos na Europa.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s)
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II e III.
22. (FUVEST SP/2009) “Da armada dependem as colônias, das colônias depende o comércio, do comércio, a capacidade de um Estado manter exércitos numerosos, aumentar a sua população e tornar possíveis as mais gloriosas e úteis empresas.”
Essa afirmação do duque de Choiseul (1719-1785) expressa bem a natureza e o caráter do
a) liberalismo.
b) feudalismo.
c) mercantilismo.
d) escravismo.
e) corporativismo.
23. (UNINOVE SP/2009) Analise as notícias.
Em 13 de dezembro de 1596, o Rei da Espanha ordenou severamente que nenhum ouro ou prata seja exportado do reino com objetivos de comércio.
Em 29 de janeiro de 1600, um alto funcionário papal mandou avaliar novamente todas as moedas de prata, locais e estrangeiras, decretando que no futuro ninguém poderá levar para fora daqui mais de cinco coroas.
(Notícias enviadas aos banqueiros Fuggers por seus agentes. In: Agnaldo Kupper e Paulo A. Chenso.
História Crítica do Brasil. Adaptado)
Considerando o contexto histórico em que as notícias se inserem, as medidas dos mandatários apoiavam-se em um dos objetivos fundamentais do mercantilismo:
a) o entesouramento de moedas, derivado da tese de que a riqueza de um Estado era mensurada pela quantidade de metais preciosos que ele possuía dentro de suas fronteiras.
b) a balança comercial favorável, derivada da tese de que o Estado deveria incentivar as exportações e importações de metais preciosos para promover o enriquecimento do país.
c) o colbertismo, que consistia no desenvolvimento da indústria manufatureira por meio da utilização de matérias-primas e da exploração de metais preciosos nos domínios coloniais.
d) o protecionismo, derivado da ideia de que o Estado deveria incentivar a produção de artigos que pudessem concorrer vantajosamente no exterior e dificultar as importações.
e) o intervencionismo estatal, que consistia no controle do Estado sobre preços e quantidade de mercadorias produzidas pelas empresas manufatureiras para o comércio externo.
24. (UFPEL RS/2009) “O Tratado de Methuen
Artigo 1º - Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete, tanto em seu próprio nome como no dos Seus Sucessores, admitir para sempre de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de lã e mais fábricas de lanifícios da Inglaterra, como era costume até o tempo em que foram proibidos pelas leis, não obstante qualquer condição em contrário.
Artigo 2º - É estipulado que Sua Sagrada e Real Majestade Britânica, em seu próprio nome, e no de Seus Sucessores, será obrigada para sempre, de aqui em diante, de admitir na Grã-Bretanha os vinhos de produto de Portugal, de sorte que em tempo algum “haja paz ou guerra entre os Reinos da Inglaterra e da França” não se poderá exigir direitos de Alfândega nestes vinhos, ou de baixo de qualquer outro título direta ou indiretamente, ou sejam, transportados para Inglaterra em pipas, tonéis ou qualquer vasilha que seja, mais que o que se costuma pedir para igual quantidade ou medida de
vinho de França, diminuindo ou abatendo uma terça parte do direito de costume [...].
17 de dezembro de 1703”.
Esse tratado promoveu
a) a industrialização portuguesa, a ampliação do tráfico de escravos e o início do ciclo do açúcar.
b) a Revolução Comercial, a expansão do comércio marítimo português e a formação da Companhia das Índias Ocidentais.
c) o Mercantilismo Ibérico, o Colonialismo e o desenvolvimento da indústria têxtil lusitana.
d) o superávit econômico de Portugal nas suas relações com a Inglaterra, devido à exportação do café brasileiro, no século XVIII.
e) a acumulação de capitais na Inglaterra com o ouro brasileiro, favorecendo a Revolução Industrial.
25. (UNCISAL AL/2009) No Brasil colonial dos séculos XVI-XVII, a estrutura econômica apoiava-se no(a)
a) extrativismo, trabalho livre e pequenas propriedades.
b) monocultura açucareira, escravidão e latifúndio.
c) cafeicultura, trabalho imigrante e latifúndio.
d) mineração, escravidão e médias propriedades.
e) pecuária, trabalho livre e grandes propriedades.
GABARITO
1. (UFOP MG/2010) O continente americano foi incorporado ao domínio comercial europeu mediante um processo de colonização efetuado por Espanha e Portugal, principalmente. Com relação a esse processo ocorrido no continente americano, é CORRETO afirmar:
a) A partir do século XVI, a organização da vida coletiva na América espanhola passou a ser orientada pelos interesses das populações nativas.
b) Os sistemas de trabalho instituídos determinaram o uso de mão-de-obra africana nos principais centros mineradores, como os do México e do Peru.
c) A conquista da América foi um processo que fez parte da ampla conjuntura expansionista europeia nos séculos XV e XVI.
d) A colonização espanhola teve um caráter laico, não se submetendo aos interesses da Igreja Católica.
2. (UFU MG/2010) Há uma interpretação consolidada na historiografia brasileira acerca do processo de colonização, que atribui o atraso brasileiro ao fato de este país ter sido uma “colônia de exploração”, em comparação aos Estados Unidos da América, que teriam sido uma “colônia de povoamento”. Mary Anne Junqueira afirma, sobre a caracterização do Brasil como “colônia de exploração”, que este conceito se encontra “incorporado/introjetado pelas sociedades que passaram pelos processos de domínio e ainda têm na Europa ou nos Estados Unidos a sua referência do que é ser moderno”
ABREU, M. et al. Cultura política e leituras do passado: historiografia e ensino de história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. p. 183.
A partir da perspectiva do texto acima, é correto afirmar que:
a) Devido ao fato de terem sido colonizados por anglo-saxões e não terem utilizado a mão-de-obra escrava, os Estados Unidos obtiveram em seu processo histórico de colonização um resultado melhor que o Brasil.
b) Devido ao fato de ter sido o último país do mundo a abolir a escravidão, o Brasil não conseguiu se desenvolver do mesmo modo que os Estados Unidos, que aboliram a escravidão anteriormente.
c) A Europa e os Estados Unidos exploraram e continuam a explorar economicamente o Brasil e, por isso, torna-se difícil sair da condição de país subdesenvolvido.
d) A divisão entre “colônia de exploração” e “colônia de povoamento” reforça a aceitação do atraso econômico brasileiro em relação aos Estados Unidos e restringe sua explicação ao período colonial.
3. (UEG GO/2011)
“Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
O mar é das gaivotas
Que nele sabem voar
O mar é das gaivotas
E de quem sabe navegar
Brigam Espanha e Holanda
Pelos direitos do mar
Brigam Espanha e Holanda
Porque não sabem que o mar
É de quem o sabe amar”
DINIZ, Leila. Leila Diniz. São Paulo: Editora Brasiliense,1983.
A final da Copa do Mundo de 2010 reproduziu de modo simbólico um conflito que tem origens históricas: a disputa entre Espanha e Holanda pela hegemonia do comércio marítimo mundial no século XVII. Um evento diretamente relacionado a essa disputa pelo domínio marítimo foi
a) a criação da Companhia das Índias Ocidentais, pela Holanda, com o objetivo de explorar as colônias e possessões espanholas.
b) a Guerra dos Trinta Anos, motivada pelos interesses ingleses e holandeses em estabelecer colônias no continente africano.
c) a tomada do Cabo da Boa Esperança em 1650 pelas tropas portuguesas, que criam na região a Cidade do Cabo.
d) a Guerra dos Emboabas, motivada pelo controle do comércio escravista nas regiões mineradoras brasileiras.
4. (UFAL/2011) No século XVI, o Mercantilismo, como doutrina econômica de sustentação das políticas absolutistas das nações europeias, estabelecia:
a) a restrição das exportações para evitar o depauperamento dos cofres nacionais.
b) o livre comércio internacional entre as nações coloniais, o que caracterizava o escambo.
c) que a riqueza de uma nação era avaliada pela quantidade de metal nobre que acumulasse.
d) a internacionalização das tarifas alfandegárias para facilitar o intercâmbio entre as nações ricas.
e) o retorno às atividades agrícolas como forma de garantir uma balança comercial favorável.
5. (UCS RS/2011) Sobre a colonização do Brasil por Portugal, é correto afirmar que
a) mesmo tendo a Metrópole se afastado dos princípios econômicos do sistema colonial, os seus objetivos foram plenamente alcançados.
b) a montagem da empresa colonial obedecia aos princípios do mercantilismo e, nesse sentido, Lisboa preocupou-se em incentivar, na Colônia, as atividades complementares à economia metropolitana.
c) apesar de o Brasil ser uma colônia de exploração, os princípios mercantilistas não foram aplicados aqui com rigor, o que possibilitou o desenvolvimento de atividades que visavam ao crescimento da Colônia.
d) apesar de a colonização atender aos princípios mercantilistas, estes, em grande parte, não foram respeitados, uma vez que a economia colonial se voltou mais para o comércio interno.
e) a metrópole se interessava pelo desenvolvimento econômico da Colônia e, por isso, preocupava-se em incentivar toda a atividade que explorasse os recursos que viessem a beneficiar a terra.
6. (UECE/2011) Pode-se afirmar que o descaso inicial português com as terras brasileiras deveu-se ao fato de não terem sido encontrados rapidamente os metais preciosos. No entanto, o estado português possuía outras limitações que dificultavam a ocupação das terras. Dentre elas destacam-se as seguintes, EXCETO.
a) Os lucros auferidos com a rota das Índias, ou seja, o comércio das especiarias no oriente.
b) Uma população numerosa, jovem e ativa constituía o império português, inclusive com uma população masculina superior à feminina.
c) Faltava a Portugal recursos monetários e humanos para um empreendimento tão grande como colonizar o Brasil.
d) A ausência de uma mercadoria que sustentasse e justificasse a presença lusitana efetiva no Brasil.
7. (FATEC SP/2012) O Mercantilismo pode ser definido como um conjunto de práticas e doutrinas econômicas adotadas pelo Estado absolutista, na Idade Moderna, com o objetivo de obter e acumular riqueza. Partindo do princípio de que a riqueza de uma nação era determinada pela quantidade de metais preciosos mantidos dentro de seu território, os estados absolutos desse período
a) proibiam as atividades manufatureiras e desviavam os capitais assim liberados para o desenvolvimento de frotas comerciais.
b) criavam cooperativas multinacionais para dividir os custos de empreendimentos, como a colonização de áreas periféricas.
c) eliminavam a livre iniciativa, submetendo as atividades econômicas rurais e urbanas ao monopólio estatal.
d) estabeleciam a lei da oferta e da procura para garantir a livre concorrência e eliminar os entraves ao desenvolvimento comercial.
e) utilizavam políticas intervencionistas para regular o funcionamento da economia e obter uma balança comercial favorável.
8. (ESPCEX/2011) Durante o mercantilismo, todos os produtos que chegavam à colônia ou saíam dela tinham que passar pela metrópole, caracterizando assim
a) o pacto colonial.
b) os Atos de Navegação.
c) a corveia.
d) o liberalismo econômico.
e) a balança comercial favorável.
9. (UFGD MS/2012) Assinale a alternativa correta acerca das relações entre nativos e europeus no que diz respeito à exploração do Novo Mundo:
a) A consolidação de novas relações de dominação não se deu por meio do aproveitamento de formas de trabalho compulsórios já existentes no Novo Mundo.
b) Portugueses e espanhóis construíram acerca da América visões que destacavam a fertilidade e riqueza da terra e a inocência dos povos nativos.
c) Conflitos e epidemias ocorreram. No entanto, não explicam a redução demográfica das populações indígenas.
d) A catequização das populações indígenas, baseada na ideia da tolerância religiosa, facilitou a solidificação dos valores europeus, o que explica o caráter benigno dessa exploração.
e) A construção de acordos bélicos entre nativos e europeus, possibilitados pelas rivalidades internas, contribuiu para a conquista do Novo Mundo, excetuando-se o Brasil, onde não existiam rivalidades entre populações indígenas.
10. (UNIFICADO RJ/2012) O mercantilismo não é uma política econômica que vise ao bem-estar social, como se diria hoje; visa ao desenvolvimento nacional como um todo. Toda forma de estímulo é legitimada. A intervenção do Estado deve criar todas as condições de lucratividade para as empresas poderem exportar excedentes ao máximo.
NOVAIS, F. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1979. p. 61.
Com base no texto, um dos princípios fundamentais do mercantilismo é a
a) contenção do estoque de metais preciosos
b) implementação de um “Estado mínimo”
c) limitação das indústrias manufatureiras
d) restrição à prática protecionista comercial
e) manutenção da balança comercial favorável
11. (Fameca SP/2012) Leia o texto.
Várias razões levaram os portugueses, no início do século XV, a lançarem-se aos mares e à conquista de novas terras. Uma das mais importantes foi o interesse em participar ativamente do comércio com a África e a Ásia, onde existiam produtos muito valorizados na Europa. Portugal desejava alcançar os principais centros produtores africanos e asiáticos, tornando-se de preferência o distribuidor exclusivo desses produtos na Europa. Da África chegavam até os europeus principalmente ouro, pimenta, marfim e escravos, comprados dos muçulmanos pelos venezianos e genoveses, no norte do continente africano, e daí distribuídos para a Europa. Da Ásia, passando por um número imenso de intermediários e de rotas, chegavam até a península Itálica metais preciosos, sedas, tecidos finos, artesanato de luxo e porcelanas, que eram revendidos no restante da Europa.
(Janaína Amado e Luiz Carlos Figueiredo, A formação do império português)
A partir do texto, é correto afirmar que
a) a política colonial, fundamentada nos princípios fisiocratas, fomentou a fragmentação dos Estados Nacionais colonialistas.
b) a política colonial, derivada da prática mercantilista, organizava-se por meio do monopólio do comércio entre a metrópole e a sua colônia.
c) os portugueses e os italianos, no século XV, aliaram-se na exploração de espaços coloniais na África e na Ásia.
d) a política colonial impossibilitou a execução do exclusivo metropolitano, que foi aplicado apenas a partir do século XVIII.
e) o mercantilismo foi decisivo para a união entre Portugal e a Itália e, em consequência, para o fortalecimento de seus colonialismos.
12. (UECE/2013) A política colonizadora seguida por Portugal, Espanha, Países Baixos, França e Inglaterra contribuiu com a transição para a forma moderna de Estado. Essas potências utilizaram um esquema amplo de política econômica, teorizada e coordenada pela ação estatal, dando origem ao antigo sistema colonial. Essa política econômica foi denominada de
a) política colonialista.
b) política mercantilista.
c) política do estado moderno.
d) política pré-capitalista.
13. (UFAL/2013) Sobre mercantilismo e processo de colonização do Brasil, leia os fragmentos abaixo.
Fragmento 1
“O monopólio do comércio das colônias pela metrópole define o sistema colonial porque é através dele que as colônias preenchem a sua função histórica, isto é, respondem aos estímulos que lhes deram origem, que formam a sua razão de ser, enfim, que lhes dão sentido. [...] o sistema colonial promovia, ao mesmo tempo acumulação de capitais, por parte dos grupos empresariais, e expansão dos mercados consumidores dos produtos manufaturados. [...] É nesse contexto que se torna possível compreender o modo como se organizaram nas colônias as atividades produtivas [...].”
(NOVAIS, Fernando A. O Brasil nos quadros do antigo sistema colonial)
Fragmento 2
“[...] a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais completa que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes [...].”
(PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo)
Analisando os fragmentos acima, é correto afirmar:
a) Segundo os fragmentos, a colonização do Brasil foi organizada a partir da exploração de recursos naturais, monopólio sobre o comércio e a produção colonial, e sistema de acumulação de riqueza voltado para os interesses de grupos empresariais da metrópole. Podemos considerá-las características do mercantilismo e sistema colonial praticados no Brasil entre os séculos XVI e XVIII.
b) Nos fragmentos apresentados no enunciado da questão, Caio Prado Jr. e Fernando Novais possuem ideias divergentes. Para Fernando Novais, o sentido da colonização do Brasil reside na liberdade de diferentes nações em acumular riquezas a partir do comércio de manufaturas praticado autonomamente no Brasil. Para Caio Prado Jr., a riqueza era resultado apenas da exploração de recursos naturais sem associação de uma vasta empresa comercial.
c) O monopólio comercial da colônia pela metrópole não pode ser considerado uma das características da prática do mercantilismo, pois limitaria a expansão do mercado.
d) A exploração dos recursos naturais se limitaram apenas ao pau-brasil e minerais preciosos como o ouro, ambos encontrados na natureza. A cana-de-açúcar, o algodão e o tabaco não devem ser considerados produtos oriundos da exploração dos recursos naturais, pois são produções artificiais resultantes da intervenção humana e trabalho escravo.
e) O comércio europeu e os interesses metropolitanos não foram preponderantes para definir o sentido e a forma de produção e exploração colonial no Brasil. As colônias, a exemplo do Brasil e dos E.U.A., por possuírem plena autonomia econômica em relação às metrópoles europeias, formaram Impérios Coloniais com suas próprias metrópoles, como Salvador que foi a sede do Governo Geral no Brasil.
14. (UEFS BA/2013) [...] o Estado absolutista precisava dispor de um grande volume de recursos financeiros necessários à manutenção de um exército permanente e de uma marinha poderosa, ao pagamento dos funcionários reais e à manutenção do aparelho administrativo e ainda ao custeio dos gastos suntuosos da corte e das despesas das guerras no exterior. (MELLO; COSTA, 1993, p. 63).
A conquista dos objetivos descritos no texto levou o Estado absolutista a adotar como prática econômica o Mercantilismo, que, na versão espanhola, denominava-se
a) Protecionismo Alfandegário, baseado no controle dos impostos de exportação e no seu papel na reserva do mercado para os produtos nacionais.
b) Intervencionismo Estatal, sobre a produção de mercadorias e a proteção do mercado nacional contra a concorrência externa.
c) Metalismo, fundamentado na crença de que a riqueza do país dependeria de sua capacidade de acumular metais preciosos em seu território.
d) Revolução Comercial, que alterou as rotas tradicionais que ligavam o comércio europeu ao Extremo Oriente, pelo caminho do Atlântico Norte.
e) Balança Comercial Favorável, que garantia a distribuição equitativa das riquezas nacionais entre a área metropolitana e as áreas coloniais.
15. (Unicastelo/2014) A colonização da América foi uma extensão da expansão marítima e comercial europeia. Houve uma associação do capital privado com os Estados Nacionais Modernos, com o objetivo de tornar os diversos empreendimentos rentáveis, tudo em meio a uma dura competição entre as potências colonialistas pela busca de poder e de hegemonia.
(Renato Mocellin e Rosiane de Camargo. História em debate, 2010.)
Esse excerto ajuda a compreender
a) a relação entre os Estados absolutistas e o sistema mercantilista de colonização da América, no qual o monopólio de comércio favorecia a acumulação de capitais nas metrópoles.
b) a implantação do sistema de porto único e exclusivo metropolitano na América colonial, em decorrência dos princípios liberais defendidos pelas elites nobres e burguesas da Europa.
c) os efeitos nocivos da colonização para as populações nativas da América, escravizadas e transferidas para áreas de produção na Europa, como símbolo de hegemonia do cristianismo.
d) os vínculos econômicos entre o Estado Moderno e a burguesia industrial, responsáveis pelo acirramento das rivalidades políticas e territoriais entre as potências imperialistas europeias.
e) o objetivo primordial das navegações, a expansão do livre comércio, que contribuiu para fortalecer as monarquias europeias e estabelecer feitorias na África e América colonial.
16. (UERN/2014) Analise os textos a seguir.
“É necessário aumentar o dinheiro do comércio público, atraindo-o junto dos países donde vem, conservando-o no interior do reino, impedindo-o de sair e dando aos homens meios para dele retirarem lucros. [...] Só o comércio e tudo o que dele depende é capaz de produzir grande efeito.”
(Colbert, Ministro de Luis XIV, da França. 1661-1683 – Joelza Esther Rodrigues, 2009.)
“O recurso comum, portanto, para aumentar nossa riqueza e tesouro é pelo comércio externo, no qual devemos observar essa regra: vender mais aos estrangeiros, anualmente, do que consumimos seus artigos.”
(Mun Thomas. A riqueza da Inglaterra pelo comércio externo. 1664. in: Joelza Esther Rodrigues, 2009.)
“A única maneira de fazer com que muito ouro seja trazido de outros reinos para o tesouro real é conseguir que grande quantidade de nossos produtos seja levada anualmente além dos mares, e menor quantidade de seus produtos seja prá cá transportada [...]”
(Autor anônimo, Política para tornar o reino da Inglaterra próspero, rico e poderoso. in: Joelza Esther Rodrigues, 2009.)
Os três textos referem-se a princípios econômicos que caracterizam (ou caracterizaram) o
a) liberalismo.
b) bulionismo.
c) colbertismo.
d) mercantilismo.
17. (UFAL/2014) O Mercantilismo é a prática econômica típica da Idade Moderna e é marcado, sobretudo, pela intervenção do Estado na economia. Durante aproximadamente três séculos foi a prática econômica principal adotada pelos países europeus, o que só seria quebrado com o questionamento sobre a interferência do Estado na economia e o consequente advento das ideias liberais.
Disponível em: http://www.infoescola.com/. Acesso em: 9 dez. 2013.
A primeira característica do mercantilismo era o metalismo, ou seja, a concepção de que a prosperidade de cada país
a) seria determinada pelo volume da sua produção interna.
b) dependeria do tamanho do território principal somado a área de suas colônias.
c) estaria ligada a uma balança comercial favorável, geradora de grande superávit.
d) estaria na razão direta da quantidade de metais preciosos que possuísse.
e) dependeria da liberdade com que o comércio se expande sem a interferência do governo.
18. (UESPI/2014) Durante o século XVI, a Europa conheceu um processo inflacionário profundamente perturbador – conhecido como "revolução dos preços"-, que provocou uma acentuada transferência de renda entre os grupos sociais e, até mesmo, entre países. Esse processo foi causado:
a) pela consolidação dos Estados Absolutistas que mantinham Cortes e gastos extraordinários.
b) pelas guerras de religião que obrigaram os Estados a constituir exércitos poderosos e caros.
c) pela abertura das rotas de comércio marítimo com a Ásia, inundando a Europa com especiarias e produtos de todo tipo.
d) pela chegada, em grande quantidade, de prata e ouro da América espanhola.
e) pelas guerras entre as monarquias mais poderosas para conquistar a Itália e para manter a hegemonia na Europa.
19. (UFT TO/2014) “O Mercantilismo resulta numa exaltação do espírito de empresa e trabalho criador. Realiza assim, em relação aos ideais pregados pela cultura medieval, uma
verdadeira subversão das hierarquias e dos valores. É levado a lutar contra os preconceitos nobiliários, a ociosidade, o gosto da função pública, mantido pela venalidade e hereditariedade dos ofícios”.
FONTE: DEYON, Pierre. O Mercantilismo. SP: Perspectiva, 1992, p. 54.
O Mercantilismo tinha como princípio básico:
a) o desenvolvimento do exército para resguardar o Estado.
b) o estímulo ao consumo de bens e produtos importados.
c) o princípio de autonomia entre a metrópole e a colônia.
d) o aumento das taxas sobre produtos de exportação.
e) o enriquecimento e fortalecimento do Estado.
20. (Famerp SP/2015) Entre as principais características do mercantilismo, podemos citar
a) o esforço de manter a balança comercial favorável, a crítica ao colonialismo e a defesa do livre comércio.
b) a defesa do livre comércio, o metalismo e o protecionismo.
c) o metalismo, o protecionismo e o esforço de manter a balança comercial favorável.
d) a crítica ao colonialismo, a defesa do livre comércio e o metalismo.
e) o protecionismo, o esforço de manter a balança comercial favorável e a crítica ao colonialismo.
21. (UFPEL RS/2014) O Antigo Sistema Colonial Moderno estava assentado no _____________ que fazia da colônia um mercado ___________ para a _____________. A ___________ e a expansão dos mercados tornaram o Sistema Colonial inoperante. As contradições econômicas ganhavam expressão teórica na crítica ao _______________ feita em nome de princípios ___________.
A alternativa que completa corretamente as lacunas do texto acima é
a) livre-cambismo, exclusivo, burguesia metropolitana, Revolução Industrial, Absolutismo, democráticos.
b) livre-cambismo, aberto, burguesia, Revolução Comercial, mercantilismo, absolutistas.
c) monopólio comercial, exclusivo, burguesia mercantil colonial, Revolução Industrial, absolutismo, liberais.
d) monopólio comercial, exclusivo, burguesia metropolitana, Revolução Comercial, absolutismo, mercantis.
e) monopólio comercial, exclusivo, burguesia metropolitana, Revolução Industrial, mercantilismo, liberais.
22. (UFPR/2015) Leia o texto abaixo sobre práticas protecionistas recentes:
“(...) Tanto o Brasil quanto os EUA adotaram medidas protecionistas nos últimos cinco anos. As duas principais razões foram a crise econômica internacional e a concorrência da China. Do lado americano, o principal instrumento foi a concessão de subsídios. Já o Brasil fez uso de tarifas de importação, defesa comercial e requisitos de conteúdo local.”
BONOMO, Diego. Protecionismo brasileiro e americano. Folha de S. Paulo, 10 de outubro de 2012, p. 3.
Assinale a alternativa correta que identifica as diferenças de contexto histórico e econômico em que a prática do protecionismo foi adotada no período atual e no período da Idade Moderna europeia (século XV-XVIII).
a) No período moderno, o protecionismo era parte integrante do renascimento comercial, caracterizado por intervencionismo estatal, balança comercial favorável e imperialismo; no período atual, o protecionismo é alvo de contestações em nome da liberdade de mercado, num contexto de capitalismo financeiro neoliberal.
b) No período moderno, o protecionismo era parte integrante do iluminismo, caracterizado por políticas fisiocráticas, subsídios estatais à agricultura e à manufatura, pacto colonial e metalismo; no período atual, o protecionismo é alvo de ações antidumping por parte de países em desenvolvimento, num contexto de capitalismo financeiro globalizado.
c) No período moderno, o protecionismo era parte integrante do mercantilismo, caracterizado por intervencionismo estatal, metalismo, balança comercial favorável e colonialismo; no período atual, o protecionismo é alvo de contestações em nome da liberdade de mercado, num contexto de capitalismo financeiro globalizado.
d) No período moderno, o protecionismo era parte integrante do mercantilismo, caracterizado por imperialismo, padrão-ouro e intervencionismo estatal; no período atual, o protecionismo é alvo de contestações de países desenvolvidos em nome da liberdade de mercado, num contexto de capitalismo financeiro monopolista.
e) No período moderno, o protecionismo era parte integrante do liberalismo, caracterizado por fisiocracia, metalismo, incentivo à maquinofatura e pacto colonial; no período atual, o
protecionismo é alvo de ações antitruste em nome da liberdade de mercado, num contexto de capitalismo financeiro globalizado.
23. (UEPA/2015) A escravização era uma prática conhecida de longa data no continente africano antes da chegada dos comerciantes portugueses, no século XV, ávidos por adquirir ouro e trabalhadores escravos em troca de produtos como armas, tecidos e contas de vidro. No entanto, o comércio de cativos instituído pelos europeus diferia de práticas preexistentes no continente africano. Esta diferença deve ser identificada com a prática da escravidão:
a) interna dos Reinos Africanos, pela qual o contingente de servos do estado se dedicava à produção agrícola.
b) resultante de guerras, que contrapôs os reinos africanos antigos às incursões militares estrangeiras.
c) mercantilista, motivada pelo interesse dos europeus em adquirir escravos e ouro ao longo da costa africana.
d) doméstica, praticada por povos tribais e a de infiéis, promovida quando da expansão muçulmana na África no século VIII a.C.
e) religiosa, promovida pelas autoridades cristãs europeias interessadas em converter os pagãos.
24. (UNIMONTES MG/2015) Em relação ao Mercantilismo (conjunto de ideias e práticas de intervenção do Estado na economia), marque com a letra C (CORRETA) ou com a letra I (INCORRETA) cada uma das afirmativas.
(__) Qualquer política econômica caracterizada pela intervenção estatal deve ser classificada como mercantilismo, independentemente da época de sua efetivação.
(__) Os Estados Nacionais que emergiram na Europa, na Idade Moderna, implementaram práticas mercantilistas para garantirem o fortalecimento de suas economias.
(__) Na época do mercantilismo, a concepção dominante de riqueza era a de que a agricultura constituía a principal fonte da riqueza nacional.
(__) O metalismo e a busca pela balança comercial favorável, além da obsessão por colônias, são características da política mercantilista.
A sequência CORRETA é
a) C, C, I, I.
b) C, I, C, I.
c) I, I, C, C.
d) I, C, I, C.
25. (USP/2015) No século XVII, vários Estados europeus ainda buscavam se expandir territorial e comercialmente e, com isso, constituir novos impérios capazes de competir mundialmente com outros mais antigos. Dentre esses novos impérios, podem-se mencionar, corretamente,
a) o holandês, o inglês e o russo.
b) o português, o espanhol e o sueco.
c) o espanhol, o chinês e o turco.
d) o português, o italiano e o japonês.
e) o mongol, o holandês e o francês.
GABARITO
1. (FMJ SP/2009) A implantação do cultivo de cana-de-açúcar no Brasil, no início do século XVI, foi decidida pela Coroa portuguesa em função do sistema mercantilista e apresentava as seguintes características:
a) estrutura latifundiária, policultura e mão-de-obra escrava.
b) minifúndios, monocultura e produção para exportação.
c) pequena propriedade, policultura e incentivo à manufatura.
d) latifúndio, escravismo e produção voltada à exportação.
e) monocultura, mão-de-obra livre e atendimento ao mercado interno.
2. (PUC RS/2009) O mercantilismo europeu, com suas origens na formação do Estado moderno, fundamenta-se em dois princípios: _________ e _________.
a) colbertismo absolutismo
b) bulionismo intervenção do Estado
c) metalismo industrialismo
d) metalismo balança comercial favorável
e) protecionismo liberdade dos mercados
3. (UCS RS/2009) No período histórico que se estende entre os séculos XVI e XVIII, com o fim do feudalismo e a consolidação dos Estados Nacionais, a doutrina econômica dominante foi o mercantilismo.
Assinale a alternativa que apresenta uma de suas características.
a) Laissez-faire ou liberdade de comércio e de produção: o Estado não deveria intervir nas atividades econômicas ou, no máximo, poderia atuar de forma subsidiária e complementar em setores cuja exploração não fosse lucrativa ou não interessasse aos particulares.
b) Livre-câmbio: pregava a abolição das tarifas alfandegárias protecionistas, defendendo que cada país deveria se especializar na produção daqueles artigos que pudesse produzir em melhores condições que os outros, dando início à divisão internacional do trabalho.
c) Inviolabilidade da propriedade privada: a propriedade privada era um direito natural do ser humano, sagrado e inviolável, e o que fosse herdado ou adquirido conferia ao indivíduo o direito de usá-lo em seu proveito.
d) Liberdade de contrato: o montante do salário e a extensão da jornada de trabalho deveriam ser fixados livremente através de negociação direta entre o empregador e o empregado, sem nenhuma interferência do governo, da legislação ou dos sindicatos.
e) Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais do que importar; dessa forma entrariam mais moedas do que sairiam, deixando o país em boa situação financeira.
4. (UCS RS/2009) Entende-se por Antigo Sistema Colonial um conjunto de medidas que regulamentavam as relações entre metrópole e colônia. Sobre essas medidas é correto afirmar que
a) para aumentar a concorrência, a metrópole incentivava a implantação de colônias de povoamento com base no trabalho livre.
b) a colônia deveria funcionar como uma economia complementar da metrópole, fornecendo, entre outros produtos, matéria-prima.
c) a colônia era incentivada a fornecer gêneros alimentícios também produzidos na metrópole, visando aumentar a produção do reino.
d) a produção da colônia era voltada para o consumo interno, predominando a policultura, o latifúndio e a escravidão.
e) a metrópole só poderia vender sua produção à colônia – a preços reduzidos - e dela importar aquilo que precisasse – com altos valores.
5. (UFAC/2009) O Mercantilismo europeu se deu a partir do século XVI, quando:
a) Aprofundou-se a íntima relação entre Estado Nacional e economia, caracterizando-se por ser uma política de controle e incentivo, buscando o Estado garantir o seu desenvolvimento comercial e financeiro, fortalecendo o próprio poder;
b) Os senhores feudais resolvem comercializar seus produtos junto aos burgos;
c) A Igreja assume o controle das grandes viagens ao Velho Mundo;
d) O Estado Nacional e suas monarquias não interferem nas relações mercantis dos seus burgueses;
e) As monarquias nacionais liberam suas colônias das amarras mercantis;
6. (UNCISAL AL/2008) Analise o texto.
E escravidão foi o regime de trabalho preponderante na colonização do Novo Mundo; o tráfico que a alimentou, um dos setores mais rentáveis do comércio colonial. (...) A colonização do Antigo Regime foi o universo paradisíaco do trabalho não-livre; o eldorado enriquecedor da Europa.
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial)
O texto comprova a ideia de que
a) a exploração do trabalho escravo representou um obstáculo ao desenvolvimento do comércio europeu.
b) os europeus exploravam os assalariados, enquanto os colonos exploravam os escravos na América.
c) o tráfico de escravos tornou-se uma atividade pouco rentável, por isso os escravos foram substituídos por assalariados.
d) a exploração do trabalhador livre proporcionou grande rentabilidade para os colonizadores europeus.
e) os colonizadores europeus beneficiaram-se economicamente da exploração do tráfico e do trabalho escravo.
7. (CEFET PR/2009) Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o século XV e o final do século XVIII. O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com os Estados nacionais. Sobre esse assunto, estabeleça correspondência entre a primeira e a segunda coluna.
1ª coluna
1) Bulionismo
2) Colbertismo
3) Cameralismo
4) Comercial
5) De Plantagem
2ª coluna
(__) Tipo de mercantilismo espanhol, quantificava a riqueza através da quantidade de metais preciosos possuídos.
(__) Tipo de mercantilismo português, baseado na produção tropical exportadora, monocultura, escravista e latifundiária.
(__) Tipo de mercantilismo francês, propunha que o volume de exportações fosse maior que o de importações para que se obtivesse uma balança comercial favorável.
(__) Tipo de mercantilismo inglês, consistia em comprar barato e vender caro, ganhar no frete e estimular a construção naval.
(__) Tipo de mercantilismo germânico, consistia na organização das ligas das cidades com intuito de proteger seu comércio marítimo.
A sequência correta é:
a) 2, 3, 5, 4 e 1.
b) 1, 2, 5, 4 e 3.
c) 1, 5, 2, 4 e 3.
d) 1, 5, 2, 3 e 4.
e) 4, 5, 2, 3 e 1.
8. (ESPM/2009) O Absolutismo e o Mercantilismo constituíam, pois, a dupla face do Antigo Regime. O Mercantilismo, expressão econômica da aliança realeza – burguesia, tinha como objetivo básico:
a) enriquecer a nobreza;
b) promover o enriquecimento do país através da agricultura;
c) fortalecer o Estado absolutista;
d) eliminar a influência do Estado na economia;
e) criar condições de assegurar o livre comércio.
9. (Mackenzie SP/2009) “De todas as colônias inglesas, a melhor é o reino de Portugal”
Dito popular, Portugal - século XVIII, citado por Teixeira, F. M. P., Brasil História e Sociedade
Assinale a alternativa que explica, corretamente, a afirmação acima.
a) As relações econômico-comerciais entre Inglaterra e Portugal estavam baseadas no Pacto Colonial, o que garantia vultosos lucros aos ingleses.
b) A Inglaterra participava dos lucros da mineração brasileira, visto as trocas comerciais favoráveis a ela, estabelecidas com Portugal pelo Tratado de Methuen.
c) O declínio do setor manufatureiro em Portugal, decorrente do Embargo Espanhol, tornou a economia lusa altamente dependente das exportações agrícolas inglesas.
d) A Revolução Industrial inglesa foi possível, graças à importação de matéria-prima barata proveniente de Portugal.
e) Portugal e Inglaterra eram parceiros no comércio com as colônias portuguesas na Ásia, entretanto o transporte era realizado por navios ingleses, o que lhes garantia maior participação nos lucros daí advindos.
10. (UCS RS/2009) A conquista e o povoamento do continente americano pelos europeus, a partir de 1492, instituiu a escravidão, primeiro dos habitantes nativos e, mais tarde, dos africanos. Com relação à escravidão praticada na conquista e povoamento da América, analise a veracidade (V) ou falsidade (F) das proposições.
(__) A colonização espanhola destruiu e desestruturou as comunidades indígenas através da utilização da força, da exploração da mão de obra e do processo de aculturação.
(__) O trabalho escravo de origem africana foi o recurso utilizado em áreas de trabalho, tais como as grandes plantações de cana-de-açúcar, para suprir a carência de mão de obra indígena.
(__) Os espanhóis escravizaram os indígenas de diferentes formas; entre elas podemos citar a mita, nas regiões de mineração, e a encomienda, que exigia o trabalho em troca de assistência material e religiosa.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo.
a) V – F – V
b) V – V – V
c) V – V – F
d) F – V – F
e) F – F – V
11. (UECE/2009) “O Tráfico Negreiro provocou um dos maiores deslocamentos populacionais da História da Humanidade”.
FONTE: FLORENTINO, Manolo. A Diáspora Africana. Revista História Viva. São Paulo: 2009, p. 28-33.
Em relação aos desdobramentos do citado tráfico, são feitas as afirmações I, II e III que se seguem:
I. Segundo a historiografia mais recente, o tráfico teria iniciado de forma mais contundente, no século XV, quando os portugueses abriram caminho para a exploração da costa africana por volta de 1434.
II. Ao longo do século XIX, os navegadores lusitanos avançaram cada vez mais rumo ao continente africano, em busca de metais preciosos.
III. O pioneirismo rendeu aos portugueses um predomínio quase absoluto nos primórdios do tráfico e os lusitanos permaneceram senhores incontestes da Costa Africana, ao longo do século XVI.
Assinale o correto.
a) Todas as afirmações são verdadeiras.
b) Apenas a afirmação I é verdadeira.
c) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
d) Apenas a afirmação III é verdadeira.
12. (UNIFOR CE/2009) Analise o texto.
De fato, gestando-se no processo de expansão mercantil da época dos descobrimentos e articulando-se ao não menos importante processo de formação dos Estados, a faina colonizadora tendeu sempre a ampliar a área de dominação (competição entre os Estados) e a montar uma empresa de exploração predatória, itinerante, compelindo o trabalho para intensificar a acumulação de capital nos centros metropolitanos.
(Fernando A. Novais. Condições da privacidade na colônia. In: História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p. 30)
Pode-se associar corretamente ao texto que:
a) a colonização do Novo Mundo articulou-se de maneira direta aos processos correlatos de formação dos Estados e de expansão do comércio que marcaram a abertura da modernidade europeia.
b) a colonização do tipo plantation, que prevaleceu na América portuguesa, determinou a formação de uma população dispersa, que se deslocava intensamente no território.
c) o trabalho na colônia era executado pelos escravos africanos e ameríndios sob a supervisão de Portugal, que tinha como objetivo fazer a metrópole produzir em grande escala para as colônias.
d) as metrópoles europeias, no processo colonizador, dividiam as áreas de dominação por meio de tratados comerciais que fossem vantajosos para todos os Estados signatários.
e) a colonização moderna foi um fenômeno essencialmente demográfico, portanto, foi impulsionada por pressões demográficas como ocorreu na colonização grega da Antiguidade Clássica.
13. (UNIMONTES MG/2009) Assinale as afirmativas com C (CORRETA) ou I (INCORRETA).
O trabalho indígena foi aos poucos substituído pelo africano, nos tempos coloniais, por causa da/do(s)
(__) altos lucros dos traficantes de escravos africanos.
(__) escassez crescente de indígenas devido às fugas constantes.
(__) interesse de grupos missionários portugueses em catequizar os nativos.
(__) dificuldade indígena em se adaptar ao trabalho sedentário.
Você obteve:
a) C, I, I e C.
b) I, I, C e I.
c) I, C, I e I.
d) C, C, C e C.
14. (FATEC SP/2010) A respeito do mercantilismo é correto afirmar:
a) Foi uma doutrina desenvolvida exclusivamente na Península Ibérica e sustentava que o desenvolvimento econômico era obtido graças ao comércio e à produção de gêneros agrícolas.
b) Tratou-se de um conjunto de ideias sociais que confrontava os privilégios da nobreza e do clero em defesa dos interesses dos setores mercantis e manufatureiros.
c) Tratou-se de um conjunto de práticas e ideias religiosas desenvolvido nas regiões europeias de penetração protestante e associada, sobretudo, ao calvinismo e ao luteranismo.
d) Foi um conjunto de práticas e ideias econômicas que visava o enriquecimento dos Estados europeus por meio, principalmente, do metalismo, da exploração colonial, de práticas protecionistas e de uma balança comercial favorável.
e) Foi uma doutrina econômica desenvolvida na Inglaterra e que defendia o livre comércio, o fim das barreiras alfandegárias, o desenvolvimento industrial e a abolição das relações escravistas de produção.
15. (FUVEST SP/2010) Carlos III, rei da Espanha entre 1759 e 1788, implementou profundas reformas – conhecidas como bourbônicas – que tiveram grandes repercussões sobre as colônias espanholas na América. Entre elas,
a) o estabelecimento de medidas econômicas e políticas, para maior controle da Coroa sobre as colônias.
b) o redirecionamento da economia colonial, para valorizar a indústria em detrimento da agricultura de exportação.
c) a promulgação de medidas políticas, levando à separação entre a Igreja Católica e a Coroa.
d) a reestruturação das tradicionais comunidades indígenas, visando instituir a propriedade privada.
e) a decretação de medidas excepcionais, permitindo a escravização dos africanos e, também, a dos indígenas.
16. (PUC RJ/2010) “Para o progresso do armamento marítimo e da navegação, que sob a boa providência e proteção divina interessam tanto à prosperidade, à segurança e ao poderio deste reino [...], nenhuma mercadoria será importada ou exportada dos países, ilhas, plantações ou territórios pertencentes à Sua Majestade, ou em possessão de Sua Majestade, na Ásia, América e África, noutros navios senão nos que [...] pertencem a súditos ingleses [...] e que são comandados por um capitão inglês e tripulados por uma equipagem com três quartos de ingleses [...], nenhum estrangeiro [...] poderá exercer o ofício de mercador ou corretor num dos lugares supracitados, sob pena de confisco de todos os seus bens e mercadorias [...]”.
Segundo Ato de Navegação de 1660. In: Pierre Deyon. O mercantilismo. São Paulo: Perspectiva, 1973, p. 94-95.
Por meio do Ato de Navegação de 1660, o governo inglês:
a) estabelecia que todas as mercadorias comercializadas por qualquer país europeu fossem transportadas por navios ingleses.
b) monopolizava seu próprio comércio e impulsionava a indústria naval inglesa, aumentando ainda mais a presença da Inglaterra nos mares do mundo.
c) enfrentava a poderosa França retirando-lhe a posição privilegiada de intermediária comercial em nível mundial.
d) desenvolvia a sua marinha, incentivava a indústria, expandia o Império, abrindo novos mercados internacionais ao seu excedente agrícola.
e) protegia os produtos ingleses, matérias-primas e manufaturados, que deveriam ter sua saída dificultada, de modo a gerar acúmulo de metais preciosos no Reino inglês.
17. (UEL PR/2010) Sobre a escravidão e demais formas de trabalho compulsório no Brasil e na América, é correto afirmar:
a) O sucesso da colonização do território brasileiro deu-se em função das Capitanias Hereditárias e o consequente comércio de terras empreendido pelos seus proprietários, conhecidos como donatários.
b) Como estratégia de conquista e dominação dos espaços e povos pertencentes ao Novo Mundo, os espanhóis destruíram civilizações nativas e reduziram os sobreviventes à servidão.
c) A mão de obra escrava africana, utilizada nas colônias espanholas, constituiu-se numa grande fonte de renda por oferecer aos proprietários de terras uma forma mais eficaz e ágil de exploração das terras coloniais.
d) Na América espanhola, a mineração contou com a mão de obra nativa e, os que não colaboravam recusando-se ao trabalho eram enviados à Espanha, transformados em escravos da Coroa.
e) Nas colônias do oeste dos EUA, devido à ausência de mão de obra escrava de origem africana, recrutou-se para trabalho compulsório nas minas e em outros serviços as civilizações nativas.
18. (UFPR/2010) A mão de obra utilizada nas plantations que se estabeleceram nas colônias europeias na América era formada majoritariamente por escravos trazidos da África e seus descendentes. Sobre os processos de independência na América e sua relação com a escravidão de africanos e afrodescendentes, assinale a alternativa correta.
a) A libertação dos escravos na América do Norte foi o principal motivador da Independência das Treze Colônias inglesas.
b) Os escravos e os negros e mestiços livres haitianos armaram-se para a luta e tiveram papel fundamental nos levantes contra as autoridades francesas que culminaram na Independência do Haiti e na abolição da escravidão nesse território.
c) As palavras Liberdade, Igualdade, Fraternidade, tornadas lema da Revolução Francesa, foram estendidas às suas colônias e concretizadas quando o governo revolucionário da França aboliu simultaneamente a escravidão em todos os seus territórios na América, desencadeando as guerras de independência.
d) Somente Colômbia, Venezuela e Equador levaram a cabo a abolição da escravidão durante seus processos de independência.
e) O Haiti e as Treze Colônias inglesas declararam sua independência das metrópoles, respectivamente França e Inglaterra, proibindo o tráfico de escravos nas últimas décadas do século XVIII.
19. (UFRN/2010) Thomas Mun, pensador inglês do século XVII, analisando o conjunto de práticas e ideias econômicas adotadas pelos Estados Modernos, afirmou:
“O recurso comum [...] para aumentar nossa riqueza e tesouro é pelo comércio externo, no qual devemos observar algumas regras rígidas. A primeira é vender mais aos estrangeiros, anualmente, do que consumimos de seus artigos. A parte de nosso stock que não nos for devolvida em mercadorias deverá necessariamente ser paga em dinheiro [...].”
MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1976, v. 2. p. 223.
O conjunto das práticas e ideias econômicas a que o texto faz referência constitui o
a) liberalismo econômico, que propunha a consolidação da aliança política e econômica dos reis absolutistas com as burguesias nacionais.
b) mercantilismo, cujos princípios incluíam a manutenção de uma balança comercial favorável e o acúmulo de metais preciosos.
c) mercantilismo, que defendia a completa eliminação do metalismo, mediante a criação de uma balança comercial superavitária.
d) liberalismo inglês, para o qual a intervenção do Estado era a única forma de uma nação superar a pobreza.
20. (UFT TO/2010) Uma frase que define o lema do período mercantilista ―Ouro, poder e glória” também ilustra que o mercantilismo foi uma política de nacionalismo econômico, vinculado ao surgimento do Estado Nacional Moderno e ao fortalecimento do poder real.
Sobre alguns princípios básicos do mercantilismo, podemos afirmar:
I. As colônias devem ser úteis como mercados consumidores para as exportações de manufaturas metropolitanas e fonte de abastecimento de matérias-primas e metais preciosos.
II. As colônias só podem abastecer as metrópoles a que pertençam, sendo proibida as manufaturas nas colônias, que concorram com o artigo metropolitano. todo o comércio colonial devia ser monopolizado pela metrópole.
III. Na Espanha defendia-se o aumento das exportações sobre as importações, como um meio de melhorar o estoque de lingotes de ouro e prata. Daí serem conhecidos como Colbertismo por dar ênfase a essa prática mercantilista, investiu-se na fabricação de artigos de luxo e manufaturas para exportação.
IV. No século XVI, considerando que o poderio espanhol baseava-se nos metais preciosos provenientes da América Espanhola, prevaleceram as práticas metalistas. Daí adotar disposições para a capitalização de ouro e prata.
V. No século XVIII, as práticas mercantilistas foram essencialmente colonialistas, passando-se a considerar as colônias apenas como fornecedoras de manufaturas, metais preciosos. Não sendo consideradas como mercados consumidores.
Assinale a sequência CORRETA:
a) V, V, V, F, F
b) F, F, V, V, F
c) F, F, V, F, V
d) V, V, F, V, F

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