1. (CONSULPLAN 2018) “Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona, foi um importante bispo, cristão e teólogo. Nasceu na região norte da África em 354. Era filho de mãe que seguia o cristianismo, porém seu pai era pagão. Logo, em sua formação, teve importante influência do maniqueísmo.”
(Reale, 1990. V 1. P. 428-34.)
Sobre Santo Agostinho e seu pensamento, analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
(__) Apesar de Agostinho ter vivido uma experiência de conversão ao cristianismo, a fé sempre foi questão secundária em seu pensamento.
(__) O mal não é um ser, mas deficiência e privação do ser. Se o mal fosse uma substância, seria um bem.
(__) Agostinho organiza o mundo e a sociedade em uma unidade coletiva denominada Cidade de Deus, desconsiderando qualquer outra forma metafísica.
(__) Os bens finitos devem ser usados como meios e não serem transformados em objetos de fruição e deleite, como se fossem fins.
A sequência está correta em
A) F, V, F, V.
B) V, F, V, F.
C) F, V, V, F.
D) V, V, F, F.
2. (CESPE 2009) A obra Cidade de Deus, de Santo Agostinho, tem como tema central
A) a constituição de uma filosofia da história com base na providência divina e em sua justificação teológica.
B) a afirmação das verdades reveladas e da teologia cristã como base da política mundana.
C) a retomada dos argumentos platônicos expostos em A República como base para a constituição da cidade de Deus.
D) a constituição dos princípios da cidade de Deus em conflito com a cidade terrena, ou a cidade do diabo.
3. (IDECAN 2016) “Antes de Deus ter criado o mundo, as ‘ideias’ já existiam dentro de sua cabeça. Assim, é atribuído a Deus as ideias eternas.”
(Gaarder, 1995:194.)
Essa citação representa um argumento
A) moderno de refutação do ateísmo iluminista.
B) de comparação entre a teologia aristotélica e platônica.
C) relacional entre a filosofia Aristotélica e a construída por Agostinho.
D) de ligação entre a filosofia de Platão e o pensamento cristão medieval.
4. (IFB 2017) As regras não deixam de ser uma forma de controle de toda sociedade. No texto “A punição generalizada” (Vigiar e punir) Foucault afirma: “[...] os reformadores pensam dar ao poder de punir um instrumento econômico, eficaz, generalizável por todo o corpo social, que possa codificar todos os comportamentos e consequentemente reduzir todo o domínio difuso das ilegalidades”. Segundo ainda o autor ‘“a semiótica com que se procura armar o poder de punir repousa sobre regras importantes. Uma delas é que “se à ideia do crime fosse ligada a ideia de uma desvantagem um pouco maior, ele deixaria de ser desejável. ‘Para que o castigo produza o efeito que se deve esperar dele, basta que o mal que causa ultrapasse o bem que o culpado retirou do crime’” (Beccaria, apud Foucault, 1987).
O presente argumento refere-se a seguinte regra:
A) especificação ideal.
B) idealidade suficiente.
C) certeza perfeita.
D) quantidade mínima.
E) efeitos colaterais.
5. (IFB 2017) O panoptismo é uma realidade em nossa sociedade. Michel Foucault (1987) em sua obra “Vigiar e punir” no capítulo III discorre sobre o “Panoptismo”, onde o “[...] princípio da masmorra é invertido; ou antes, de suas três funções – trancar, privar de luz e esconder – só se conserva a primeira e suprimem-se as outras duas. A plena luz e o olhar de um vigia captam melhor que a sombra, que finalmente. A visibilidade é uma armadilha” (p. 166). Assinale a alternativa que NÃO apresenta o efeito mais importante do Panóptico.
A) Induzir no detento um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do poder.
B) O poder deve ser visível e verificável. O prisioneiro, observado o tempo todo por um vigia, deve estar o tempo todo também de olho naquele que o observa.
C) Fazer com que a vigilância seja permanente em seus efeitos, mesmo se é descontínua em sua ação.
D) A perfeição do poder tende a tornar inútil a atualidade de seu exercício; esse aparelho arquitetural deve ser uma máquina de criar e sustentar uma relação de poder independente daquele que o exerce.
E) Os detentos se encontram presos numa situação de poder de que eles mesmos são os portadores.
GABARITO
1:A - 2:A - 3:D - 4:A - 5:B
1. (FUNDEP (Gestão de Concursos) 2017) Chauí (2003) considera a definição de universidade como instituição social, diferenciando-a de uma organização prestadora de serviços.
Com base nas ideias da autora sobre essa definição, é incorreto afirmar:
A) Para a instituição, o seu princípio e sua referência normativa e valorativa são a sociedade.
B) Na universidade, enquanto instituição social, a marca essencial da docência deve ser a formação.
C) A universidade, além da vocação republicana, tornou-se também uma instituição social indissociável da ideia de democracia e de democratização do saber, a partir do século XX.
D) Apermanência de uma instituição social necessita muito mais de sua capacidade de adaptar-se rapidamente a mudanças aceleradas da superfície do “meio ambiente” e muito pouco de sua estrutura interna.
2. (UFMT 2016) Segundo Kant, na obra Metafísica dos costumes, as leis da liberdade dizem respeito à filosofia prática e as leis da natureza dizem respeito à filosofia teórica. Sobre as leis da liberdade, Kant afirma: “Na medida em que elas dizem respeito apenas às ações exteriores e sua conformidade a leis, chamam-se jurídicas, mas se exigem também que essas mesmas devam ser os princípios de determinação das ações, elas são éticas, e diz-se: o acordo com as primeiras é a legalidade das ações, o acordo com as segundas, a moralidade das ações”.
Sobre as concepções de leis em Kant, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
(__) A legalidade de uma ação está em concordância com as leis jurídicas.
(__) O princípio de determinação da ação moral concerne às leis da natureza.
(__) As leis da natureza e as leis da liberdade concernem à filosofia prática.
(__) A moralidade de uma ação está em concordância com as leis éticas.
Assinale a sequência correta.
A) F, V, F, F
B) F, F, F, V
C) V, F, F, V
D) V, V, V, F
3. (IDECAN 2016) Deus é uma ideia complexa composta por ideias simples e antropomórficas, baseadas em impressões sensíveis. Essa concepção de Deus se refere à filosofia de:
A) Rousseau.
B) John Locke.
C) David Hume.
D) Immanuel Kant.
4. (Colégio Pedro II 2016) Não temos exatamente uma vida curta, mas desperdiçamos grande parte dela. A vida, se bem empregada, é suficientemente longa e nos foi dada com muita generosidade para realização de importantes tarefas. Ao contrário, se desperdiçada no luxo e na indiferença, se nenhuma obra é concretizada, por fim, se não se respeita nenhum valor, não realizamos aquilo que deveríamos realizar, sentimos que ela realmente se esvai.
(SÊNECA. Sobre a brevidade da vida. Porto Alegre: L&PM, 2007, p. 26.)
Tendo como base o texto acima, é correto afirmar que
A) grande parte da ética apresentada por Sêneca está calcada na aceitação dos valores vigentes e da vida em sociedade de Roma.
B) segundo Sêneca, a vida é breve e que temos que aproveitá-la da melhor maneira possível, inclusive com hábitos hedonistas.
C) podemos encontrar nos escritos de Sêneca a influência da filosofia estoica, principalmente nas regras de vida desenvolvidas por ele.
D) Sêneca desenvolveu seu pensamento sob os pilares da tradição Patrística latina, culminando na construção de um conjunto de regras morais.
5. (UFMT 2016) Foucault rompe com a concepção clássica de poder, afirmando que não se pode concebê-lo como materializado em determinado lugar ou em lugares específicos, pois ele está diluído pelo tecido social. Há uma espécie de onipresença do poder. Ele se apresenta como uma imensa rede microscópica, que engloba tudo e todos. [...] Devemos levar em conta, também, o poder como fonte de produção social. É o que Foucault denomina de tecnologia do poder: constrói-se toda uma maquinaria por meio da qual o poder se exerce, interditando certas ações mas também produzindo outras.
(GALLO, S. Filosofia: experiência do pensamento. São Paulo: Scipione, 2014.)
Termos como microfísica do poder, tecnologias de poder, soberania, poder disciplinar e biopoder estão presentes na filosofia de Foucault. Sobre as características do poder em Foucault, analise as afirmativas.
I - O poder se apresenta como uma trama que está presente em todas as relações sociais, constituindo uma microfísica do poder.
II - O poder disciplinar já está presente nas análises dos filósofos antigos sobre o agir político e ético.
III - O biopoder, presente no Estado de bem-estar social, pode ser considerado uma tecnologia de poder.
Está correto o que se afirma em
A) I e III, apenas.
B) I, II e III.
C) II e III, apenas.
D) I e II, apenas.
GABARITO
1:D - 2:C - 3:C - 4:C - 5:A
1. (IDECAN 2016) O homem encontra‐se no mundo com a tarefa de construir sua própria existência com um sentido. Mas vê‐se limitado pelo tempo, sendo, portanto, um ser que caminha para a morte, que é o fim da vida. A vida é o caminho no tempo para o nada. O enunciado contém elementos de qual corrente filosófica?
A) Marxismo.
B) Psicanálise.
C) Platonismo.
D) Existencialismo.
2. (Colégio Pedro II 2016) (...) a poesia é adequada a todas as Formas do belo e se estende sobre todas elas, porque seu autêntico elemento é a bela fantasia (...).
(HEGEL. Cursos de estética. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.202.)
De acordo com o texto e o pensamento de Hegel, é correto afirmar que
A) a poesia é adequada a todas as Formas do belo porque a fantasia, inerente a ela, é necessária a toda produção da beleza, em qualquer Forma em que se expresse.
B) a poesia abdica do espírito tornado livre em si mesmo, o qual se afasta progressivamente de todas as Formas do belo.
C) para sua realização, a poesia necessita do material externo e sensível, por isso se estende a todas as Formas do belo.
D) para sua realização, a poesia está presa ao material exterior e sensível, tanto como imbuída do espírito do belo.
3. (IF-RS 2015) “Precisamente nisso enxerguei o grande perigo para a humanidade, sua mais sublime sedução e tentação – a quê? ao nada? –; precisamente nisso enxerguei o começo do fim, o ponto morto, o cansaço que olha para trás, a vontade que se volta contra a vida, a última doença anunciando-se terna e melancólica: eu compreendi a moral da compaixão, cada vez mais se alastrando, capturando e tornando doentes até mesmo os filósofos, como o mais inquietante sintoma dessa nossa inquietante cultura europeia; como o seu caminho sinuoso em direção a um novo budismo? a um budismo europeu? a um – niilismo ?..."
(NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral: uma polêmica. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 11-12.)
De acordo com o referido fragmento e considerando a totalidade do pensamento de Friedrich Nietzsche, podemos afirmar que a alternativa INCORRETA é:
A) A elaboração nietzschiana sobre o niilismo é a oportunidade em que o filósofo reconcilia-se com Immanuel Kant, julgando-o como aquela honrosa exceção que, em pleno século XVIII, salvaguardou o pensamento alemão dos ataques da metafísica. Na opinião de Nietzsche, o imperativo categórico é o antídoto ao niilismo.
B) Uma das adversárias de Nietzsche é a moral da compaixão, pois nela se intensifica a decadência, a miséria e sua conservação. Sob a afirmação de “Deus" ou do “além", como aquilo que genuinamente definiria a verdadeira vida, a moral da compaixão oculta o “nada".
C) Nietzsche reconhece a ambiguidade do conceito de niilismo. Eis a razão pela qual ele diferencia o niilismo ativo do passivo. O niilista ativo é o “espírito livre" que reconhece e utiliza sua potência para ir além dos valores tradicionais. Já o niilista passivo, é o espírito cansado que se subordina à decadência dos valores religiosos e morais.
D) A disposição de afastar-se da aparência, da mudança, do vir a ser, do desejo, conduz o humano à vontade de nada, uma renúncia da vida que se configura como causa do niilismo.
E) Uma das expressões mais conhecidas de Nietzsche, com a qual o autor inicia suas análises sobre o niilismo, é o fragmento dedicado à morte de Deus. No aforismo de A Gaia Ciência, a morte de Deus conduz-nos ao diagnóstico da ausência de justificações absolutas e de orientações para o alcance do sentido da vida.
4. (IF-RS 2015) Para Kant (2001, p. 54), “a filosofia transcendental é a ideia de uma ciência para a qual a crítica da razão pura deverá esboçar arquitetonicamente o plano total, isto é, a partir de princípios, com plena garantia da perfeição e solidez de todas as partes que constituem esse edifício”. Como Immanuel Kant expõe em sua primeira obra crítica, é correto afirmar que a filosofia transcendental refere-se a:
A) Todo o conhecimento resultante da capacidade inata do ser humano.
B) Todo o conhecimento que advém da capacidade empírica dos saberes da existência humana.
C) Todo o conhecimento que se ocupa menos dos objetos que de nosso modo de os conhecer, na medida em que este deve ser possível a priori.
D) Todo o conhecimento produzido no interior da experiência sensível, imediata e cotidiana dos seres humanos.
E) Todo o conhecimento que advém das verdades teológicas.
5. (IF-RS 2015) Em seu Curso de Filosofia Positiva, Augusto Comte apresentou a lei dos três estágios. De acordo com tal lei, “cada uma de nossas concepções principais e cada ramo de nossos conhecimentos passam necessariamente por três estágios teóricos diferentes: o estágio teológico ou fictício, o estágio metafísico ou abstrato e o estágio científico ou positivo" (Comte apud REALE; ANTISERI, 2005, p. 291). No estágio positivo, o espírito humano abre mão das especulações “para procurar apenas descobrir, com o uso bem combinado do raciocínio e da observação, suas leis efetivas, isto é, suas relações invariáveis de sucessão e de semelhança" (Comte apud REALE; ANTISERI, 2005, p. 292).
A partir do exposto acima e da filosofia geral de Comte, considere as afirmativas abaixo.
I. Sua física social almeja submeter a realidade social à pesquisa científica rigorosa através da observação e do experimento, de modo precisamente idêntico ao realizado pela física e pela química.
II. A lei geral da estática social descoberta por Comte mediante o método da física social é a conexão entre os diversos aspectos da vida social.
III. A lei dos três estágios é a lei fundamental da dinâmica social, sendo ainda a senda do progresso humano.
IV. À física social compete compreender os fenômenos sociais e modificá-los em benefício da sociedade em geral, sendo o estado positivo, para onde essa modificação tem lugar ou para onde ela conduz, um itinerário e um fim.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão CORRETAS:
A) Apenas I, II e IV.
B) Apenas I, III e IV.
C) Apenas I, II e III.
D) Apenas II, III e IV.
E) I, II, III e IV.
GABARITO
1:D - 2:A - 3:A - 4:C - 5:B
1. (CESPE 2009)
Texto I
O pensamento cientificista contenta-se com a organização da experiência que se dá sobre a base de determinadas atuações sociais, mas o que estas significam para o todo social não se inclui nas categorias da teoria tradicional.
Texto II
A teoria tradicional não se ocupa da gênese social dos problemas, das situações reais nas quais a ciência é usada e dos escopos para os quais é usada.
Texto III
A teoria crítica ultrapassa o subjetivismo e o realismo da concepção positivista, expressão mais acabada da teoria tradicional. O subjetivismo, segundo Horkheimer, apresenta-se nitidamente quando os positivistas conferem preponderância explícita ao método, desprezando os dados em favor de uma estrutura anterior que os enquadraria.
Os Pensadores. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1975, Separata, p. 960 (com adaptações).
Os três fragmentos de texto acima refletem ideias
A) do Positivismo Comteano.
B) da Escola de Frankfurt.
C) da Fenomenologia Husserliana.
D) do Existencialismo Sartreano.
2. (CESPE 2009) Em Filosofia do Direito, Hegel afirma que a liberdade
A) consiste na identidade do interesse particular (da família e da sociedade civil) com o interesse geral (do Estado).
B) consiste no reconhecimento racional pelos indivíduos do que representa o interesse universal do Estado
C) consiste na subordinação dos indivíduos ao poder da razão.
D) só é possível pela subordinação dos indivíduos ao poder do Estado.
3. (CESPE 2009) Considerando a doutrina hegeliana, assinale a opção correta.
A) Essa doutrina adota o método dialético para explicar a realidade.
B) Quanto ao aspecto político, os velhos hegelianos são os de esquerda, os jovens hegelianos são os de direita.
C) De acordo com essa doutrina, o que é irracional é real e o que é real é irracional.
D) O aristotelismo e o tomismo constituem o núcleo essencial dessa doutrina.
4. (FCC 2016) Por que o mentir, ser um político corrupto e ou praticar o homicídio, são atos imorais? São atos imorais, segundo Kant, porque:
A) o mentiroso, o corrupto e o homicida, com sua ação transgridem lei universal e degeneram definitivamente o gênero humano.
B) o mentiroso, o corrupto e o homicida transgridem as três máximas morais: não respeitam em sua pessoa e na do outro a humanidade, não tratam a humanidade como um fim e o que praticam não deve servir de lei universal.
C) o mentiroso, o corrupto e o homicida agem sem escrúpulos e de forma egoísta se beneficiam, em detrimento do outro.
D) não é imoral por que o mentiroso e o corrupto podem se arrepender e ressarcir a sociedade, mas o ato praticado pelo homicida é definitivo, mesmo que se arrependa, não trará de volta o “de cujus”.
E) não é ato imoral apenas quando o mentiroso, o corrupto e o homicida se arrependem do ato praticado, perdem a liberdade e cumprem pena imposta pela sociedade.
5. (IFB 2017) Maquiavel ao discorrer sobre o modo dos príncipes cumprirem a palavra dada diz (Cap. XVIII, n. 96, p. 114): “deve o príncipe, ter o maior cuidado e não deixar escapar da boca, jamais, palavras que não estejam imbuídas das cinco qualidades acima mencionadas, mas deve dar a impressão, a quem o contempla e o ouve, que é todo piedade, fé, integridade, humanidade e religião”.
Para Maquiavel qual destas qualidades é mais relevante ao príncipe aparentar?
A) Piedade.
B) Fé.
C) Integridade.
D) Humanidade.
E) Religião.
GABARITO
1:B - 2:A - 3:A - 4:B - 5:E
1. (IF-RS 2015) São obras de Nicolau Maquiavel:
A) Do Cidadão; Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio.
B) Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio; Leviatã.
C) Leviatã; Comentários sobre a Democracia Grega.
D) O Príncipe; Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio.
E) O Príncipe; Comentários sobre a Democracia Grega.
2. (CONSULPLAN 2018) “Em si mesmo, o homem não é bom nem mau, mas, de fato, tende a ser mau. Consequentemente, o político não deve confiar no aspecto positivo do homem, mas, sim, constatar o seu aspecto negativo e agir em consequência disso. Assim, não hesitará em ser temido e a tomar as medidas necessárias para tornar-se temível. Claro, o ideal seria o de ser ao mesmo tempo amado e temido. Mas essas duas coisas são muito difíceis de ser conciliadas e, assim, deve fazer a escolha mais funcional para o governo eficaz do Estado.” Considerando a filosofia renascentista, o pensamento descrito anteriormente deve-se a:
A) Nicolau Maquiavel.
B) Erasmo de Roterdã.
C) Miguel de Cervantes.
D) Michel de Montaigne.
3. (CONSULPLAN 2018) Sobre John Locke, analise as afirmativas a seguir.
I. Não pretendeu transformar o discurso do cristianismo em discurso racional: para ele, fé e razão constituem âmbitos diferentes.
II. As leis, às quais os homens comumente referem as suas ações, são de três tipos diversos: as leis divinas; as leis civis; e, as leis da opinião pública ou reputação.
III.O empirismo lockiano possui bases na tradição empirista inglesa e, por isso, se opõe às ideias cartesianas de tal modo a produzir antagonismo.
A respeito de John Locke está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
A) II.
B) I e II.
C) I e III.
D) II e III.
4. (Colégio Pedro II 2016) “Tudo aquilo que se infere de um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, infere-se também do tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida pela sua própria força e pela sua própria invenção. Numa tal condição (...) não há sociedade; e o que é pior do que tudo, um medo contínuo e perigo de morte violenta. E a vida do homem é solitária, miserável, sórdida, brutal e curta.
Antologia de textos filosóficos. Curitiba:SEED,2009.
De acordo com o texto e o pensamento de Hobbes, é correto afirmar que
A) a única saída para defesa da sociedade é a guerra de todos contra todos, embora a vida se torne com isso insustentável e curta.
B) faz-se necessário o estado político, com o que a sociedade se preserva e garante a justiça, isso estabelecido por contrato.
C) o homem tem de ser por natureza um animal político, pois no Estado Civil a política é um erro, o contrato insuficiente para inibir a guerra de todos contra todos.
D) o homem está fadado irreversivelmente ao extermínio, mesmo delegando poder de representação da garantia de seu direito à vida a um soberano estabelecendo o contrato.
5. (UFMT 2016) As teorias contratualistas são aquelas segundo as quais “os indivíduos isolados no estado de natureza unem-se mediante um contrato social para constituir a sociedade civil."
(ARANHA, M. L. de A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009.)
São considerados filósofos contratualistas:
A) Hobbes, Locke e Rousseau.
B) Platão, Aristóteles e Sêneca.
C) Maquiavel, Agostinho e Descartes.
D) Nietzsche, Horkheimer, Comte.
GABARITO
1:D - 2:A - 3:B - 4:B - 5:A
1. (IF-SC 2015) A respeito dos contratualistas, associe os pensadores da coluna da esquerda às características expostas na coluna da direita.
(1) Thomas Hobbes
(2) Jean-Jacques Rousseau
(3) John Locke
(__) Defende o dever do Estado em garantir o direito natural de propriedade.
(__) O contrato social tem por finalidade estabelecer e garantir a vontade geral, além de legitimar a propriedade privada.
(__) A partir do contrato social os indivíduos renunciam o seu direito de governar a si mesmo em favor de um Estado que se sobrepõe a todas liberdades individuais.
Assinale a alternativa que contém a ordem CORRETA de associação, de cima para baixo.
A) 1, 2, 3
B) 1, 3, 2
C) 3, 2, 1
D) 2, 1, 3
E) 3, 1, 2
2. (IF-RS 2015) Ao distinguir as diversas formas de governo, Rousseau (2012, p. 79) afirma que o “[...] Soberano pode, em primeiro lugar, confiar o Governo a todo o povo ou à maior parte do povo, de modo que haja mais cidadãos magistrados do que simples cidadãos individuais”.
Dessa citação de O Contrato Social, é correto afirmar que ela se refere à:
A) Aristocracia.
B) Monarquia.
C) Sofocracia.
D) Democracia.
E) Teocracia.
3. (CESPE 2009) Para Locke, a liberdade natural do homem
A) consiste em estar livre de qualquer poder superior na Terra, tendo somente a lei da natureza como regra para ordenar suas ações, sem precisar pedir permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem.
B) é a liberdade para qualquer um fazer o que lhe apraz, viver como lhe convém, sem ser refreado por leis.
C) importa em ter regra permanente pela qual viva, comum a todos os membros de uma sociedade.
D) é o estado de guerra de todos contra todos.
4. (CESPE 2009) Para Rousseau,
A) a causa da desigualdade humana é puramente natural.
B) há dois tipos de desigualdade, uma natural ou física, e outra moral ou política.
C) a causa da desigualdade humana é puramente histórica.
D) as causas da desigualdade humana se originam do estabelecimento da propriedade privada.
5. (FCC 2018) Para o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, o homem é bom, livre e feliz no estado de natureza. Os vícios e a corrupção resultam da vida em sociedade. É na sociedade que os homens adquirem sentimento de inveja, cobiça e ódio entre seus semelhantes. Para que o homem viva conforme sua natureza boa, livre e feliz, Rousseau defende
A) a ruptura radical com os vícios da vida em sociedade e o retorno definitivo à vida em contato com a natureza.
B) uma educação em contato com a natureza para que na infância o homem não seja contaminado pelos vícios da sociedade.
C) uma revolução que ponha fim às instituições criadas pelo homem em sociedade e a adoção de um modo de vida anarquista.
D) a adequação aos bons costumes da vida em sociedade, pois é impossível o retorno definitivo à natureza.
E) que cada indivíduo busque ser bom na vida social ao controlar seus instintos maldosos, pois assim alcançará a felicidade.
GABARITO
1:C - 2:D - 3:A - 4:B - 5:B
1. (CONSULPLAN 2018) “A Escola de Frankfurt nasceu no ano de 1924, em uma quinta etapa atravessada pela filosofia alemã, depois do domínio de Kant e Hegel em um primeiro momento; de Karl Marx e Friedrich Engels em seguida; posteriormente de Nietzsche; e, finalmente, já no século XX, após a eclosão dos pensamentos entrelaçados do existencialismo de Heidegger, da fenomenologia de Husserl e da ontologia de Hartmann. Esta corrente foi a responsável pela disseminação de expressões como ‘indústria cultural’ e ‘cultura de massa’.” (Disponível em: www.infoescola.com.) São integrantes da Escola de Frankfurt, EXCETO:
A) Von Goethe.
B) Erich Fromm.
C) Theodor Adorno.
D) Max Horkheimer.
2. (Colégio Pedro II 2016) Portanto, a moralidade, a religião, a metafísica, assim como todo o resto das ideologias e suas formas correspondentes de consciência, não conservam mais o semblante de independência. Elas não possuem uma história, um desenvolvimento; são os homens que, desenvolvendo suas produções materiais e seus intercâmbios materiais, alteram junto com tais processos sua existência real, seu pensamento e os produtos de seu pensamento.
(MARX, K. e ENGELS, F. A ideologia alemã. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 136)
A partir do trecho acima citado de Marx e Engels, pode-se afirmar que a ideologia é
A) qualquer sistema de pensamento que determina as relações humanas.
B) uma forma de compreensão da economia e das trocas materiais em sociedade.
C) um produto imaterial do modo como os seres humanos se organizam materialmente.
D) uma orientação político-partidária que orienta que tipo de sociedade se quer construir.
3. (FCC 2016) Para a indagação: por que os sujeitos sociais não percebem o vínculo entre o poder econômico e o poder político? Marx observa que os trabalhadores se veem como indivíduos isolados (cada qual com sua família, seus parentes e amigos) que conhecem seu próprio trabalho, mas ignoram os trabalhos das outras categorias de trabalhadores, isto é, não se percebem como formando uma classe social única. Por não se perceberem como classe social, não se reconhecem como produtores da riqueza e das coisas.
Esse fenômeno Marx chama de:
A) materialismo dialético.
B) mais valia e lucro.
C) alienação econômica e ideológica.
D) consciência de classe e representação.
E) superestrutura e infraestrutura econômica.
4. (IF-RS 2015) Leia as afirmativas sobre a Escola de Frankfurt.
I. A pesquisa social para os frankfurtianos deve ser especializada, restrita aos campos de saber específicos, visto que a pretensão de totalidade, mais do que contribuir, prejudica e embaça as análises da sociedade.
II. A teoria crítica da sociedade é a designação dada ao conjunto de elaborações desenvolvidas pela Escola de Frankfurt. O nome da teoria não é apenas um nome fantasia sem sentido, porém uma referência ao atributo que a distinguiria dos trabalhos da sociologia empírica americana.
III. Embora os frankfurtianos tenham recusado a ortodoxia marxista, trata-se de uma teoria crítica cujo esforço foi reatualizar a transformação operada por Karl Marx.
IV. De orientação nitidamente liberal, a Escola de Frankfurt tem sua origem no Instituto de Pesquisa Social e seus estudos procuram questionar a crescente valorização das pesquisas de orientação marxista. Mais do que um experimento de pesquisa social, a Escola de Frankfurt é uma militância liberal.
Dentre as alternativas abaixo, em qual delas há afirmativas verdadeiras?
A) Apenas I e II.
B) Apenas I e III.
C) Apenas II e III.
D) Apenas II e IV.
E) Apenas I e IV.
5. (CESPE 2013) Adorno e Horkheimer publicam, em 1947, A dialética do esclarecimento, uma das obras fundamentais da teoria crítica. Nessa obra, eles apresentaram a expressão indústria cultural, que atualmente é amplamente empregada em diversas áreas dos estudos culturais. A partir dessas informações, e considerando a referida obra, assinale a opção correta.
A) A indústria cultural representa a luta contra a sociedade pós-moderna, na qual a crescente burocracia e a produção da cultura de massa infantilizam e adormecem o povo.
B) A indústria cultural distribui, por meio de novos meios técnicos, elementos da cultura tradicional, mobilizando criticamente os indivíduos, visto que apresenta o caráter libertador do capitalismo.
C) A expressão indústria cultural designa o surgimento de uma cultura estandardizada, marcada pela emoção superficial, condicionada e comercializada segundo o modo dos bens de consumo.
D) A indústria cultural é um fator relevante de luta contra a opressão e o capitalismo, por meio de mídias impressas e visuais que orientam os indivíduos criticamente.
E) A expressão indústria cultural representa o surgimento de um segmento cultural crítico e libertador, oriundo do desenvolvimento das mídias, do cinema, da imprensa e da publicidade nos Estados Unidos da América.
GABARITO
1:A - 2:C - 3:C - 4:C - 5:C
1. (FCC 2018) Uma das sentenças mais conhecidas da história da filosofia foi formulada pelo filósofo francês René Descartes: “Penso, logo existo”. Para chegar a essa sentença, Descartes põe em dúvida o conhecimento da realidade. Mas, com essa sentença, ele garante que
A) o ser que existe tem existência anterior ao ato de pensar, pois o pensamento só é possível num ser que existe.
B) pensar é ter certeza de que a realidade pensada é verdadeira, porque pensar implica não pôr em dúvida a existência da realidade.
C) o ser que dúvida se mantém no caminho da dúvida indefinidamente, pois o ato de pensar põe em dúvida a existência.
D) o limite da dúvida é pôr em dúvida tudo que existe, mas ao pôr tudo que existe em dúvida não se pode duvidar do próprio ato de pensar.
E) o limite do pensamento é admitir não haver conexão entre pensamento e realidade, já que só existe realidade no próprio ato de pensar.
2. (IFB 2017) Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma afirmação que se liga ao significado de “analiticamente verdadeiro”, conforme elaborado por Kant em sua obra “Crítica da Razão Pura”.
A) O juízo analítico tem o sentido de verdadeiro por definição.
B) O juízo analítico pode versar sobre objetos do mundo da experiência.
C) O juízo analítico tem a verdade do conteúdo afirmado decidido por leis lógicas elementares, pressupondo as regras semânticas da língua em que é afirmado.
D) O juízo analítico deve sua analiticidade somente à relação entre o conceito de sujeito e o conceito do predicado.
E) No juízo analítico o predicado do enunciado não acrescenta conteúdo ao sujeito do enunciado.
3. (IFB 2017) Leia as afirmações sobre a exposição metafísica do espaço e do tempo como formas a priori da intuição.
I) Na estética transcendental, trata-se o tempo intuitivo como relações de sucessão e simultaneidade.
II) Na estética transcendental, trata-se o espaço como a forma da intuição do sentido externo enquanto o tempo como a forma da intuição do sentido interno.
II) Na estética transcendental, trata-se o espaço como a forma da intuição do sentido externo enquanto o tempo como a forma da intuição do sentido interno.
III) Na estética transcendental, o sentido interno não tem primazia sobre o sentido externo, eles estão no mesmo nível de representação.
IV) Na estética transcendental, espaço e tempo tem um caráter também conceitual.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmações CORRETAS, de acordo com a posição de Kant em sua obra “Crítica da Razão Pura”.
A) I, II e IV
B) I, II e III
C) II e IV
D) II e III
E) I e II
4. (IFB 2017) Kant resume a lição básica da estética e da analítica transcendental ao afirmar que “as condições da possibilidade da experiência em geral são, ao mesmo tempo, as condições da possibilidade dos objetos da experiência” (Crítica da Razão Pura, A 158/B 197).
Assinale a alternativa que apresenta a consequência desta lição.
A) Podemos conhecer alma como se esta fosse um objeto de experiência.
B) Podemos conhecer a extensão espacial e temporal do universo como se fosse um objeto de experiência.
C) Podemos conhecer as coisas elas mesmas quando as colocamos numa experiência.
D) Podemos conhecer os objetos que estamos aptos a experimentar, aqueles que nos aparecem, e não as coisas em si mesmas e que estão para além da nossa experiência.
E) Podemos conhecer dialeticamente as ideais regulativas enquanto princípios constitutivos da experiência possível.
5. (SEDUC - CE 2016) Leia o fragmento abaixo.
“[…] as condições da possibilidade da experiência em geral são, ao mesmo tempo, condições da possibilidade dos objetos da experiência e têm, por isso, validade objetiva num juízo sintético, a priori”.
Kant, Crítica da Razão Pura.
Essa afirmação implica em uma grande reviravolta na teoria do conhecimento moderno, impulsionada pelo modo como Kant defendeu
A) a relação de interdependência entre os sentidos e a razão e, ao mesmo tempo, entre os juízos analíticos e sintéticos, como via de acesso à verdade.
B) o papel das questões metafísicas acerca do Ser e da alma, como aspectos fundantes da filosofia transcendental.
C) a estrutura transcendental dos fenômenos como condição de serem intuídos pela razão pura.
D) a conciliação entre os projetos racionalista e empirista de fundamentação do conhecimento, como possibilidade de conhecimento das coisas em si.
E) a coincidência entre as capacidades de perceber e entender, inerente ao sujeito, e à própria estrutura da realidade.
GABARITO
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1. (SEDUC - CE 2016) Leia o fragmento abaixo.
“O verdadeiro é o vir-a-ser de si mesmo, o círculo que pressupõe seu fim como sua meta, que o tem como princípio, e que só é efetivo mediante sua atualização e seu fim”. Hegel, A Fenomenologia do Espírito.
Sabendo que o pensamento hegeliano está no topo do idealismo alemão, e apoiado no fragmento acima, podemos afirmar que Hegel compreende a verdade como
A) um estágio do ser em sua particularidade.
B) uma condição do ser em sua circularidade.
C) uma abertura ao ser em sua totalidade.
D) o próprio ser em sua efetividade.
E) o que dá forma ao ser em sua unicidade.
2. (CEPERJ 2013) Immanuel Kant dedicou sua Crítica da razão pura à questão do conhecimento. De acordo com o que escreve o filósofo alemão na abertura da parte sobre a “razão em geral" desta obra, todo o nosso conhecimento começa:
A) na razão, vai daí aos sentidos e termina no entendimento.
B) na razão, vai daí ao entendimento e termina nos sentidos
C) no entendimento, vai daí à razão e termina nos sentidos.
D) nos sentidos, vai daí ao entendimento e termina na razão.
E) nos sentidos, vai daí à razão e termina no entendimento.
3. (CONSULPLAN 2018) “A razão coloca-se predominantemente em função da fé, ou seja, a filosofia serve à teologia, para a interpretação da escritura (Exegese) ou para a construção doutrinária sistemática (dogmática). A pesquisa racional ‘autônoma’ deve ser vista no quadro do problema religioso da conversão dos infiéis, para quem é necessário propor a doutrina cristã com base em argumentação racional. Não basta crer: é preciso compreender a fé. E isso não se obtém somente interpretando os textos sacros ou mostrando suas possíveis implicações para vida individual e comunitária dos homens, mas também demonstrando com base na razão as verdades aceitas pela fé ou, pelo menos, a sua logicidade ou a sua não contraditoriedade com os princípios fundamentais da razão.”
(Reale, 1990. V 1. P 482.)
O fragmento anterior se insere diretamente no contexto da filosofia
A) patrística.
B) templária.
C) escolástica.
D) maimônides.
4. (CONSULPLAN 2018) “Karl Popper desenvolveu uma concepção própria da lógica e da metodologia da ciência. Sua principal contribuição consiste na formulação da noção de _____________________ como critério fundamental para a caracterização das teorias científicas, tentando, assim, superar o problema da impossibilidade da verificação definitiva de uma hipótese através do método indutivo encontrado na ciência. Assim, para Popper é a possibilidade de falsificar uma hipótese científica que permite a correção e o desenvolvimento das teorias científicas, e em última análise o progresso da ciência, embora nenhuma teoria possa jamais ser fundamentada de forma conclusiva. O conhecimento é, portanto, essencialmente conjetural, sendo impossível a certeza definitiva. É necessário, por isso, defender a liberdade de crítica e de experimentação.”
(Japiassú, 2006:180.) Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
A) relatividade
B) cientificidade
C) falseabilidade
D) verossimilidade
D) verossimilidade
5. (CONSULPLAN 2018) Descartes queria apresentar regras certas e fáceis que, sendo observadas exatamente por quem quer que seja, tornassem impossível tomar o falso por verdadeiro e, sem qualquer esforço mental inútil, mas aumentando sempre gradualmente a ciência, levando ao conhecimento verdadeiro de tudo o que se é capaz de conhecer. São regras do método de Descartes, EXCETO:
A) Regra da análise.
B) Regra da síntese.
C) Regra da evidência.
D) Regra da conclusão.
GABARITO
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1. (CONSULPLAN 2018) “Foi iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário único, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse princípio é a água.” A descrição anterior se refere a qual pensador?
A) Protágoras.
B) Anaxágoras.
C) Parmênides.
D) Tales de Mileto.
2. (IBADE 2017) Corrente filosófica que enfatiza o papel da razão como fundamento do modo de conhecer a realidade. Nesta perspectiva, a razão vai possibilitar a apreensão e a justificação do conhecimento sem o recurso sensorial interferindo no processo do conhecimento. Tal conceito refere-se à(ao):
A) Dogmatismo.
B) Fenamenismo.
C) Empirismo
D) Ceticismo.
E) Racionalismo.
3. (FCC 2016) A liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. Em outras palavras, conforma-se ou resignar-se é uma decisão livre, tanto quanto não se resignar nem se conformar, lutando contra as circunstâncias.
(CHAUI, p. 324)
Qual é o filósofo autor desse conceito sobre liberdade?
A) Aristóteles, em Ética para Nicômaco.
B) Jean-Paul Sartre, em O Ser e o Nada.
C) Immanuel Kant, em Crítica da Razão Prática.
D) John Locke, em Ensaio acerca do Entendimento Humano.
E) Georg Wilhelm Hegel, em Princípios da Filosofia do Direito.
4. (IDECAN 2016) “A filosofia surgiu como reação ao pensamento mitológico. Nas colônias gregas da Ásia menor, na Jônia, um ciclo de grande prosperidade forma uma classe intermediária forte e interessada em romper com as estruturas mitológicas que justificavam o poder da aristocracia rural. Nestas cidades origina‐se a ‘Filosofia’, como que tendo como característica primeira a questão da origem do universo. Os primeiros filósofos são chamados de ‘físicos’, pois buscavam a origem da natureza. Nisso formaram uma escola.” O período descrito no enunciado denomina‐se:
A) Natural.
B) Psicológico.
C) Cosmológico.
D) Aristocrático.
5. (IDECAN 2016) “Não é o indivíduo que se encontra em si mesmo, mas o espírito do mundo.”
(Gaarder: 1995, 395.)
Esse pensamento compõe a antropologia de qual filósofo?
A) Hegel.
B) Nietzsche.
C) Karl Marx.
D) J. P. Sartre.
GABARITO
1:D - 2:E - 3:B - 4:C - 5:A
1. (FCC 2016) Segundo Kant o imperativo categórico exprime-se numa fórmula geral: “Age em conformidade apenas com aquela máxima pela qual possas querer ao mesmo tempo que ela se torne lei universal”. Essa fórmula permite a Kant deduzir as três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever.
Considere as afirmativas:
I. Age de tal maneira que tua ação devesse representar os anseios morais de cada um.
II. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por vontade em lei universal da natureza.
III. Age como se a máxima de tua ação devesse representar a intenção mais profunda de sua consciência.
IV. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.
V. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como meio.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) II, III e V.
B) I, II e IV.
C) II, IV e V.
D) I, II e V.
E) III, IV e V.
2. (CESGRANRIO 2010) Para Platão, o que caracteriza o conhecimento (episteme) em seu contraste com a opinião (doxa) é estar
A) referido ao que é inteligível, imutável e universal.
B) referido ao que é substancial, ininteligível e universal.
C) referido ao que é sensível, transitório e particular.
D) referido às formas universais abstraídas por indução da matéria.
E) baseado em uma objetividade tal qual a da Física Newtoniana.
3. (CESGRANRIO 2010) Quais os procedimentos mais típicos da maiêutica socrática?
A) Devir e plano de imanência.
B) Ironia e dialética.
C) Espanto e rigor.
D) Dialética e método experimental.
E) Observação da natureza e dialética.
4. (CESPE 2010) Na atualidade, não basta a uma empresa ser economicamente forte. A sociedade exige novos valores. A existência de códigos formais de ética empresarial e profissional, se estes forem bem implantados e divulgados, revela-se essencial ao estabelecimento de condutas expectáveis, mitigadoras da ocorrência de fraudes de diversas naturezas. A respeito da ética empresarial e profissional, assinale a opção correta.
A) O código não é o único mecanismo de conduta, algumas medidas podem ser implantadas no sentido da remoção ou, pelo menos, redução de condutas inadequadas, em que a definição de incentivos apropriados revela-se eficaz na eliminação do comportamento indesejável.
B) É suficiente restringir a implantação de um código de ética a torná-lo apenas um manual para reduzir o risco de interpretações subjetivas sobre os aspectos morais e éticos inerentes a cada situação em particular.
C) Deve-se omitir, dos clientes e fornecedores, informações da empresa, para evitar compreensões erradas e mal interpretadas.
D) É suficiente explicar a um empregado, para evitar que ele cometa atitudes antiéticas, o fato de os padrões éticos de cada pessoa serem diferentes dos da sociedade como um todo.
E) Um código de ética não abrange todas as questões decorrentes do exercício de uma atividade, mas fornece, por outro lado, uma linha de atuação e de conduta mais austera, sujeitando os seus partícipes a penalidades no caso de transgressões.
5. (CESGRANRIO 2010) São admitidas como teses de Thomas Hobbes e John Locke:
A) Thomas Hobbes - o estado de natureza consiste em um estado de guerra de todos contra todos. John Locke - a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre através do contrato de transferência dos direitos naturais do indivíduo ao estado assim criado.
B) Thomas Hobbes - o homem é um animal político por natureza John Locke - o direito natural à propriedade funda-se na apropriação do ente natural pelo trabalho, desdobramento natural da vida humana.
C) Thomas Hobbes - o direito natural à propriedade funda-se na apropriação do ente natural pelo trabalho, desdobramento natural da vida humana. John Locke - o poder político deve fundamentar-se na hierarquia da descendência de Adão.
D) Thomas Hobbes - a passagem do estado de natureza para o estado civil ocorre através do contrato de transferência dos direitos naturais do indivíduo ao estado assim instaurado. John Locke - o direito natural à propriedade funda-se na apropriação do ente natural pelo trabalho, desdobramento natural da vida humana.
E) Thomas Hobbes - a democracia consiste na forma de governo perfeita e fundada na liberdade enquanto autonomia da vontade racional. John Locke - o estado de natureza consiste em um estado de guerra de todos contra todos.
GABARITO
1:C - 2:A - 3:B - 4:A - 5:D
1. (CESGRANRIO 2010) Kant autodenomina seu projeto filosófico como uma revolução copernicana. A esse respeito, analise as afirmativas abaixo.
I - O projeto de Kant aponta para o desenvolvimento de uma Teoria do Conhecimento de cunho idealista, onde o referencial não são as coisas em si mesmas, mas o modo de acesso a elas.
II - Kant propõe uma crítica da Metafísica tradicional, de modo que essa possa dar conta dos desenvolvimentos da Física Moderna, tal como é a praticada por Copérnico.
III - Kant propõe uma crítica do conhecimento empírico, em prol daquele que se desenvolve de forma analítica.
Está correto o que se afirma em
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) I e III, apenas.
E) I, II e III.
2. (CESGRANRIO 2010) Embora “Metafísica” seja o título de uma obra aristotélica, não há qualquer ocorrência desse termo em Aristóteles e tampouco tal título foi dado por ele mesmo à sua obra assim tradicionalmente conhecida. O responsável por tal título foi, em verdade, Andrônico de Rodes, ao agrupar e classificar os escritos aristotélicos por volta do ano 50 a.C. Observe as formulações abaixo.
I - O ente enquanto ente.
II - O primeiro motor imóvel.
III - Os primeiros princípios e causas do real, como o princípio de não contradição.
Constitui(constituem), segundo Aristóteles, o(s) objeto(s) próprio(s) da ciência mais elevada que, posteriormente, veio a ser denominada Metafísica:
A) I, apenas.
B) III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
3. (CESGRANRIO 2010) O projeto sartriano de substituir a noção de natureza humana pela de condição humana funda-se na
A) concepção de que não há uma essência humana dada previamente à existência, mas sim um horizonte humano de possibilidades de realização através da escolha e da decisão.
B) concepção, segundo a qual a essência humana encontra-se historicamente inviabilizada pela mecanização dos processos produtivos, trazendo à tona a necessidade de restabelecer e reformular sua identidade universal.
C) refutação da concepção aristotélica do homem como animal político a partir das noções de direito natural e lei racional.
D) ideia de que o sujeito do conhecimento não é anterior aos dados da experiência, sendo ele, anteriormente à recepção dos dados sensíveis e de suas relações, comparável a um quadro branco paulatinamente preenchido pela experiência.
E) ideia de que o Eu consititui-se como resistência às forças externas opressoras e, portanto, deve libertar-se de toda materialidade natural (corpo, sensações, opiniões) para conquistar a si mesmo.
4. (CESGRANRIO 2010) Para Tomás de Aquino, a Filosofia está separada da Teologia, porque, enquanto a primeira fundamenta seus argumentos em princípios da razão humana, a segunda
A) funda-se no exercício radical da razão.
B) dá-se apenas no campo da fé e da revelação, não possuindo argumentos.
C) estabelece seus argumentos tendo como base a revelação.
D) estabelece seus parâmetros na relação com os deuses.
E) visa a atingir o que está para além da razão humana, com base no que é cognoscível.
5. (CONSULPLAN 2018) “Com os ______________ o quadro mudou em relação aos antecessores. A problemática do cosmos entrou em crise e a atenção passou a se concentrar no homem e em suas virtudes específicas. Nascia assim a problemática moral.” (Reale, 1990. V 1. P 24.) Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.
A) jônicos
B) sofistas
C) atomistas
D) escolásticos
GABARITO
1:A - 2:E - 3:A - 4:C - 5:B
1. (IFB 2017) Assinale a alternativa que apresenta os três princípios de conexão entre diferentes ideias do espírito humano, conforme defende David Hume na sua obra “Ensaio acerca do entendimento humano”
A) Semelhança, progressividade e causalidade.
B) Necessidade, universalidade e contingência.
C) Semelhança, contiguidade, causalidade.
D) Imaginação, memória, reflexão.
E) Tautologia, contradição e contingência.
2. (IFB 2017) Sartre afirmou, no texto “Náusea”, que os humanistas estavam errados, no entanto ele escreve o texto “O existencialismo é um humanismo”. Sartre ataca em seu pensamento um tipo de humanismo que:
A) considera que o homem está constantemente fora de si mesmo; é projetando-se e perdendo-se fora de si que ele faz com que o homem exista.
B) afirma não existir outro universo além do universo humano, o universo da subjetividade humana.
C) em sua teoria toma o homem como meta e como valor superior. Aquele que atribui um valor ao homem em função dos atos mais elevados de certos homens.
D) recorda ao homem que não existe outro legislador a não ser ele próprio e que é no desamparo que ele decidirá sobre si mesmo.
E) demonstra que não é voltando-se para si mesmo, mas procurando sempre uma meta fora de si que o homem se realizará precisamente como ser humano.
3. (IFB 2017) Nas “Meditações”, Descartes adverte que apesar de só nos juízos é que se pode encontrar “falsidade formal e verdadeira”, pode encontrar-se nas ideias uma falsidade material. Assinale a alternativa que apresenta exemplos de ideias materialmente falsas segundo Descartes.
A) As ideias de situação e movimento.
B) As ideias de duração e de número.
C) As ideias de frio e calor.
D) As ideias de infinito e substância.
E) As ideias de Deus e perfeição.
4. (IFB 2017) Assinale a alternativa que apresenta o princípio que permite tirar inferências da experiência, conforme defende David Hume na sua obra “Ensaio acerca do entendimento humano”.
A) A razão suficiente.
B) A demonstração.
C) A intuição.
D) O hábito.
E) A razoabilidade.
5. (FCC 2016) É antiga a percepção de que os seres humanos são diferentes das coisas; contudo, as ciências humanas são uma conquista recente. Podemos dizer que, do século XV ao século XX a investigação do humano realizou-se de três maneiras em três períodos diferentes. Esses períodos são
A) humanismo, positivismo e historicismo.
B) antropocentrismo, empirismo e positivismo.
C) naturalismo, criticismo e positivismo.
D) essencialismo, racionalismo e histórico-social.
E) mítico, racionalização e dialética.
GABARITO
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1. (Colégio Pedro II 2016) “Se, por outro lado, Deus não existe, não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim, não teremos nem atrás de nós, nem na nossa frente, no reino luminoso dos valores, nenhuma justificativa e nenhuma desculpa. Estamos só, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz.”
(SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p.624)
Identifica-se, no texto acima, o pensamento existencialista de Sartre, segundo o qual o ser humano
A) encontra-se num mundo sem sentido definido, onde as escolhas por ele feitas remetem somente a ele, sem amparo em valores a priori.
B) não é responsável por seus atos, porque não se criou a si mesmo e porque não escolheu existir, não devendo nada aos outros.
C) está só e sem desculpas, perdido num mundo, onde suas escolhas resultam de um contexto de causas estranhas a ele.
D) está condenado a ser livre e, por essa razão, deve ser responsabilizado por tudo o que acontece ao seu redor.
2. (Colégio Pedro II 2016) Ao invés de indicar algo que seja comum a tudo o que chamamos linguagem, digo que não há uma coisa sequer que seja comum a estas manifestações, motivo pelo qual empregamos a mesma palavra para todas – mas são aparentadas entre si de muitas maneiras diferentes. Por causa deste parentesco, ou destes parentescos, chamamos a todas de “linguagens”. (...)Não posso caracterizar melhor essas semelhanças do que por meio das palavras “semelhanças familiares”; pois assim se sobrepõem e se entrecruzam as várias semelhanças que existem entre os membros de uma família (...). [O]s ‘jogos’ formam uma família.
(WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p.169)
O conceito wittegensteiniano de “semelhanças familiares”
A) é um jogo de linguagem utilizado pelo autor para resolver todos os problemas tradicionais da filosofia.
B) é uma crítica à perspectiva filosófica de que é possível definir linguagem por meio de uma condição necessária.
C) é uma definição por analogia, em que linguagem está para família como jogos está para parentesco.
D) é constatação de que há tal identidade entre os tipos de linguagem de modo a permitir tratar-se de uma família.
3. (SEDUC - CE 2016) Leia o texto abaixo.
“Ao invés de indicar algo que seja comum a tudo o que chamamos linguagem, digo que não há uma coisa sequer que seja comum a estas manifestações, motivo pelo qual empregamos a mesma palavra para todas, - mas são aparentadas entre si, de muitas maneiras diferentes. Por causa deste parentesco, ou destes parentescos, chamamos a todas de 'linguagens'”.
Wittgenstein, Investigações Filosóficas.
O texto acima reflete o amadurecimento das ideias de Wittgenstein que, nessa fase,
A) considera a estrutura essencial da linguagem como aquilo que possibilita dizer algo verdadeiro ou falso sobre a realidade.
B) admite uma análise pragmática da linguagem, considerando a multiplicidade de contextos em que a utilizamos.
C) defende que a linguagem é fruto da estrutura lógica do pensamento, unificando pensar, ser e dizer.
D) introduz o conceito de “jogos de linguagem”, cujas regras oferecem a consistência lógica necessária ao discurso sobre a realidade.
E) compreende que os limites da linguagem são, eles mesmos, os limites nos quais pensamos a realidade.
4. (CESGRANRIO 2010) É muito comum distinguir Ética de Moral, tomando apenas a primeira como uma investigação filosófica, porque
A) Ética diz respeito tanto às práticas como aos valores morais, enquanto que Moral se restringe apenas aos valores.
B) a primeira se fundamenta na Ciência e a segunda, na Religião.
C) ambas dizem respeito a valores morais, a primeira, por investigá-los em seus fundamentos, e a segunda, por reuni-los de acordo com regras de conduta comumente aceitas.
D) ambas dizem respeito à investigação teórica; a primeira, de condutas simples, e a segunda, de condutas complexas.
E) cada uma tem uma forma própria de lidar moralmente com o ser humano, uma, na ordem, outra, na obediência.
5. (CESPE 2009) Kant, na introdução de sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes afirma: “Neste mundo e até também fora dele, nada é possível pensar que possa ser considerado como bom sem limitação a não ser uma só coisa: uma boa vontade.”
Tendo em vista a ética Kantiana e o texto acima, pode-se acertadamente dizer que
A) devemos agir de tal modo que o princípio da nossa ação se transforme em princípio particular da ação humana.
B) as regras morais esgotam-se nos dez mandamentos da lei mosaica.
C) devemos fazer o bem porque ele nos traz benefícios.
D) a utilidade ou inutilidade de alguma coisa em nada pode tirar o valor do bem.
GABARITO
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1. (Colégio Pedro II 2016) (...) E na introdução à dialética transcendental, Kant diz: “Verdade ou aparência não se encontram no objeto na medida em que ele se dá na intuição e sim no juízo a seu respeito, na medida em que é pensado.”
A caracterização da verdade como “concordância”, adequatio, omoiosis, é, de certo, por demais vazia e universal. (...)
(HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo, § 44, b). In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009, p.156.)
A partir do trecho da obra Ser e tempo de Heidegger, pode ser afirmado que
A) Kant apresenta uma concepção de verdade que discute o próprio conceito de verdade.
B) Kant também se ateve ao conceito de verdade como concordância, a qual se encontra no juízo a respeito do objeto.
C) Heidegger, assim como Kant, afirma que a caracterização da verdade como concordância é vazia e universal.
D) Heidegger aponta que a verdade entendida como juízo é que é vazia e universal, por ser correspondência afastada da adequação entre sujeito e objeto.
2. (SEDUC - CE 2016) Leia o texto abaixo.
“Tudo o que recebi, até presentemente, como o mais verdadeiro e seguro, aprendi-o dos sentidos ou pelos sentidos: ora, experimentei algumas vezes que esses sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou”.
Descartes, Meditações.
Podemos assegurar que, de acordo com o racionalismo cartesiano, essa passagem trata
A) do processo de edificação sistemática de incertezas que comprovam o quão falha é a razão para Descartes.
B) da insuficiência do processo de dúvida como método de busca da verdade.
C) de como, para Descartes, os sentidos são o caminho pelo qual chegamos à verdade, apesar de algumas vezes provocarem enganos.
D) do primeiro passo da dúvida metódica, em que a menor suspeita de engano leva Descartes a desconfiar plenamente nos sentidos.
E) da instauração radical da dúvida a tudo o que é possível conhecer, seja pelos sentidos ou pela razão, como último estágio do racionalismo de Descartes.
3. (FCC 2016) “A ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e da falta de curiosidade. Por isto, onde vemos coisas, fatos e acontecimentos, a atitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas e, em certos casos, afastadas”.
NÃO corresponde às características gerais do conhecimento científico:
A) É objetivo, pois procura as estruturas universais e necessárias das coisas investigadas.
B) É heterogêneo, isto é, busca as leis particulares de funcionamento dos fenômenos, que nem sempre são as mesmas para fatos que nos parecem diferentes.
C) É quantitativo, busca medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para coisas que parecem diferentes.
D) Estabelece relações causais depois de investigar a natureza ou estrutura do fato estudado e suas relações com outros semelhantes ou diferentes.
E) Procura renovar-se e modificar-se continuamente, evitando a transformação das teorias em doutrinas e destas em preconceitos sociais.
4. (Colégio Pedro II 2016) Até os doze anos a menina é tão robusta quanto os irmãos e manifesta as mesmas capacidades intelectuais; não há terreno em que lhe seja proibido rivalizar com eles. Se, bem antes da puberdade e, às vezes, mesmo desde a primeira infância, ela já se apresenta como sexualmente especificada, não é porque misteriosos instintos a destinem imediatamente à passividade, ao coquetismo, à maternidade: é porque a intervenção de outrem na vida da criança é quase original e desde seus primeiros anos sua vocação lhe é imperiosamente insuflada.
(BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo (Vol. 2). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 9-10.)
Os estudos de Simone de Beauvoir (1908-1986) contribuíram incontestavelmente para os debates acerca da situação da mulher e a luta para a igualdade de gênero.
A partir do trecho acima, assinale a opção que melhor demonstra o problema apresentado pela filósofa.
A) Beauvoir afirma a distinção entre os sexos e inaugura o pensamento de uma feminilidade que faz parte da condição humana da mulher. A natureza feminina é que compõe seu ser enquanto mulher.
B) Beauvoir discute a consolidação da posição social da mulher, pois, biológica e psiquicamente suas distinções se apresentam de forma clara para um tratamento diferenciado em relação aos homens.
C) Não há, para Beauvoir, qualidades, valores, modos de vida especificamente femininos. Esse é um mito inventado pelos homens para prender as mulheres na sua condição de oprimidas.
D) A ideia de que “ninguém nasce mulher: torna-se mulher” representa o ápice da filosofia feminista presente em O segundo sexo, afirmando que, por natureza, qualquer um pode-se tornar mulher socialmente.
5. (FCC 2016) Chauí afirma que “quando Darwin elaborou a teoria biológica da evolução das espécies, o modelo de explicação usado por ele permitia-lhe supor que o processo evolutivo ocorria por seleção natural dos mais aptos à sobrevivência. Na mesma época a sociedade capitalista estava convencida de que o progresso social e histórico provinha da competição e da concorrência entre os indivíduos, segundo a lei econômica da oferta e da procura. Um filósofo, Spencer, aplicou, então, a teoria darwiniana à sociedade: nesta, os mais “aptos” (isto é, os mais capazes de competir e concorrer) tornam-se naturalmente superiores aos outros, vencendo-os em riqueza, privilégios e poder”.
Essa atitude do filósofo Spencer pode ser considerada
A) equivocada, Spencer transpõe uma teoria científica (biológica) para uma explicação filosófica sobre a essência da sociedade criando a ideologia evolucionista.
B) acertada, Spencer ao transportar a teoria da evolução conseguiu explicar a origem das desigualdades sociais.
C) acertada, Spencer tomou conceitos referentes a fatos naturais e os converteu em fatos sociais, demonstrando a relação natureza e sociedade.
D) equivocada, porque Spencer, ao concluir pela superioridade de uns sobre os outros para explicar o progresso social e histórico, deixa de considerar a luta de classes como motor da história.
E) equivocada, Spencer generalizou para toda a realidade resultados obtidos num campo particular de conhecimentos específicos. Correta, porque considerou a existência do circuito indivíduo/sociedade/espécie.
GABARITO
1:B - 2:D - 3:B - 4:C - 5:A
1. (NUCEPE 2015) Sobre o problema do mal, podemos afirmar:
I - A existência do mal no mundo é um fato inegável e, como tal, seja como mal moral, seja como mal natural, gera o problema da crença na existência de um Deus.
II - A existência do mal conduz ao problema de como explicar a benevolência e a onipotência de Deus, uma vez que a existência de tantos males no mundo contradiz tais propriedades.
III - Alguns teóricos justificaram a presença do mal no mundo como necessária para possibilitar a realização de uma maior bondade moral, como por exemplo, a santidade. Sem o mal, a grande bondade moral de pessoas como Madre Tereza de Calcutá e Irmã Dulce não seria possível.
IV - Alguns teóricos argumentam para justificar a presença do mal no mundo a partir de uma analogia artística: da mesma maneira que a harmonia de uma peça musical envolve dissonâncias que são posteriormente resolvidas, o mal contribui para a harmonia ou beleza geral do mundo.
V - Uma outra tentativa de solução para o problema do mal é aquela chamada de defesa do livre-arbítrio: o mal é uma consequência necessária da liberdade de escolha, caso contrário, sem liberdade de escolha, não haveria de fato livre-arbítrio.
Marque a alternativa CORRETA.
A) Somente as afirmações I e II estão erradas.
B) Somente as afirmações III, IV e V estão corretas.
C) Todas as afirmações estão corretas.
D) Todas as afirmações estão erradas.
E) Somente a afirmação V está errada.
2. (IF-RS 2015) “Mas não temerei dizer que penso ter tido muita felicidade de me haver encontrado, desde a juventude, em certos caminhos, que me conduziram a considerações e máximas, de que formei um método, pelo qual me parece que eu tenha meio de aumentar gradualmente meu conhecimento, e de alçá-lo pouco a pouco, ao mais alto ponto, a que a mediocridade de meu espírito e a curta duração de minha vida lhe permitam atingir."
(DESCARTES, R. Discurso do método. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 66.)
Das alternativas abaixo, qual NÃO corresponde às regras do método expostas por René Descartes nesse texto?
A) Jamais acolher alguma coisa como verdadeira que não se apresente clara e distintamente.
B) Procurar os juízos sintéticos a priori que possam fundamentar as condições de possibilidade do conhecimento humano.
C) Dividir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quanto possíveis para melhor resolvê-las.
D) Conduzir por ordem os pensamentos dos objetos mais simples de conhecer até o conhecimento dos mais compostos.
E) Fazer, em toda parte, enumerações tão completas e revisões tão gerais com a certeza de nada omitir.
3. (UFMT 2015) Montesquieu (1689 – 1755), na obra O espírito das Leis , afirma: “Quando os poderes legislativo e executivo ficam reunidos numa mesma pessoa ou instituição do Estado, a liberdade desaparece [...] Não haveria também liberdade se o poder judiciário se unisse ao executivo, o juiz poderia ter a força de um opressor. E tudo estaria perdido se uma mesma pessoa ou instituição do Estado exercesse os três poderes: o de fazer leis, o de ordenar a sua execução e o de julgar os conflitos entre os cidadãos.”.
A partir dessas informações sobre a filosofia política de Montesquieu e a divisão que propõe do poder, é correto afirmar:
A) O poder judiciário aplica as leis; o poder legislativo cria e aprova as leis; o poder executivo executa normatizações e deliberações referentes à administração do Estado.
B) O poder judiciário tem força para administrar o executivo; o poder executivo tem força para conduzir o judiciário; o poder legislativo tem força para tutelar o judiciário.
C) O poder legislativo aplica as leis; o poder executivo gerencia as normatizações e deliberações relacionadas à administração do Estado; o poder judiciário aprova as leis.
D) O poder executivo cria as leis; o poder judiciário sanciona as leis; o poder legislativo efetiva as leis na administração do Estado.
4. (NUCEPE 2015) Sobre a história da atividade filosófica no Brasil, podemos afirmar que
I - “o quadro histórico da atividade filosófica no Brasil é ainda caracterizado por uma relação de dependência com os países centrais, especialmente Europa e Estados Unidos. A pesquisa filosófica brasileira é bastante frágil se pensada em termos de contribuição original ao debate filosófico corrente no mundo”.
II - “no período colonial brasileiro, o ensino e o estudo da filosofia é fortemente determinado pela vigência da Ratio Studiorum, código e método pedagógico dos Jesuítas, vinculados filosoficamente às concepções aristotélico-tomistas”.
III - “uma das correntes filosóficas mais importantes no Brasil foi o positivismo, ainda que a presença deste em terras tupiniquins se contrastasse com a tradição cultural brasileira da época, que era estranha a qualquer mentalidade de padrão científico. Sua forte presença no Brasil se deu pela acessibilidade como filosofia espontânea da república e do progresso, agradando ainda pelo seu conservadorismo político”.
IV - “o neotomismo tem grande influência no pensamento brasileiro. O seu marco no país é a fundação da Faculdade de Filosofia São Bento, em São Paulo, pelos monges beneditinos, em 1908. No período republicano teve pouca influência por força do desprestígio da Igreja Católica. A partir da década de 20 do século XX é que assumiu papel cultural importante no cenário brasileiro. Teve como representantes autores como Leonardo Van Acker, Alexandre Correia, Maurício Teixeira Leite Penido, Eduardo Prado de Mendonça e Alceu Amoroso Lima”.
Marque a alternativa CORRETA.
A) Apenas a afirmação II está correta.
B) Estão corretas apenas as afirmações I, III e IV.
C) Apenas a afirmação I está errada.
D) Todas as afirmações estão erradas.
E) Todas as afirmações estão corretas.
5. (NUCEPE 2015) O problema ambiental se tornou central nas discussões contemporâneas em todas as esferas, desde a política e a economia, passando pela alimentação, organização das cidades e educação. E no âmbito da filosofia, um dos focos é a conexão entre ética e ecologia, pensada a partir do que veio a se chamar de ética ambiental. Sobre isso, marque a alternativa CORRETA.
A) A problematização filosófica da Ética ambiental se define apenas a partir do horizonte do direitos dos animais não-sencientes.
B) Ética e ecologia se interseccionam no horizonte cosmológico dos determinantes naturais que configuram a organização do mundo ideal.
C) A dimensão ética do problema ambiental se restringe ao papel que os animais ocupam nos ecossistemas
D) A ética ambiental tem a tarefa de definir quais ecossistemas devem ser preservados e quais não o devem.
E) A ética ambiental consiste em teoria e prática sobre a preocupação adequada com valores e deveres em relação ao mundo natural.
GABARITO
1:C - 2:B - 3:A - 3:E - 5:E
1. (CESPE 2013) Kant, no campo da razão prática, estimou positivamente os préstimos do senso comum. Ele, de fato, declarou na Crítica da razão pura: “A mais alta filosofia, em relação aos fins essenciais da natureza humana, não pode levar mais longe do que a direção apontada pelo senso comum”. E, na Fundamentação da metafísica dos costumes, seção I, ele afirmou: “E aqui não nos podemos furtar a certa admiração ao ver como, no senso comum, a capacidade prática de julgar se avantaja tanto sobre a teórica (...). No campo prático (discernimento do dever), a capacidade de julgar do senso comum mostra suas vantagens quando exclui das leis práticas os impulsos sensíveis. Ele se torna, então, sutil; (...) e — o que é sumamente importante — pode, nesse caso, esperar ser bem-sucedido na tarefa de determinar o valor das ações, tão bem quanto qualquer filósofo; mais ainda, pode proceder com maior segurança do que este, porque o filósofo, não dispondo de outros princípios diferentes do senso comum, pode ser facilmente perturbado e desviado do reto caminho por uma multiplicidade de considerações estranhas ao caso”.
I. Kant. apud Arcângelo R. Buzzi. Introdução ao pensar. Petrópolis: Vozes, 13.ª ed., 1984, p. 102-3.
No tocante às ideias expostas no texto acima, assinale a opção correta.
A) Na compreensão dos fins da natureza humana, a filosofia vai mais longe que o senso comum, segundo Kant.
B) O senso comum, no pensamento de Kant, tem um alto valor positivo no campo das discussões teóricas (sobre o conhecimento), e não no campo das decisões práticas (sobre o agir).
C) Pode-se interpretar o senso comum kantiano, no campo da razão prática, como próxima à noção de bom senso, introduzida por Descartes.
D) Segundo Kant, o filósofo está em condições melhores de julgar as questões imediatas da vida prática do homem do que o homem que segue com bom senso as noções do senso comum sobre os fins do viver humano.
E) De acordo com Kant, no campo da vida prática, o senso comum é grosseiro e, por isso, incapaz de julgar bem em face das sutilezas das decisões humanas.
2. (CESPE 2013) O momento didático corresponde à circunstância pontual de organização de uma proposta didática em condições definidas e implica escolher o que se vai ensinar e, de maneira coerente, como se vai fazê-lo, em circunstâncias específicas. A coerência entre o que e como ensinar constrói-se didaticamente a partir de supostos filosóficos que se sustentem ― momento reflexivo/crítico e momento teórico/propositivo ― e de uma cuidadosa avaliação e consideração do marco institucional do segmento ao qual se dirigem as aulas. Nesse ponto, é essencial compreender a quem estão dirigidas essas aulas ou, melhor ainda, com quem o professor constrói o espaço filosófico de ensino, já que cada grupo será uma realidade diferente e, portanto, um espaço diferente para a filosofia. O êxito de um curso dependerá, em definitivo, de uma integração ativa de todos esses elementos.
Alejandro Cerletti. O ensino de filosofia como problema filosófico. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 94 (com adaptações).
Considerando o texto acima, assinale a opção correta.
A) O estabelecimento de reflexão e diálogo com os estudantes é fundamental para a construção de um ambiente de aprendizado propício ao ensino de filosofia.
B) É possível construir uma didática universal para o ensino de filosofia, a despeito da perspectiva filosófica adotada.
C) O professor de filosofia deve ser o protagonista da construção do espaço filosófico, uma vez que os estudantes ainda não compreendem a dinâmica desse espaço.
D) A proposta didática de um curso independe das realidades do segmento ao qual se dirige, devendo vincular-se apenas aos níveis de compreensão e aos interesses dos estudantes.
E) O o que e o como ensinar estão fundamentalmente imbricados, o que implica a existência de uma didática universal para o ensino da filosofia.
3. (CESPE 2013) O estudo sobre o episódio das sereias, concernente à Odisseia de Homero, é uma passagem emblemática da obra A dialética do esclarecimento, de Adorno e Horkheimer. Na Odisseia, Ulisses narra que, para sobreviver ao canto das sereias, tapou com cera os ouvidos dos marinheiros e mandou que o atassem ao mastro da nau sem, contudo, tapar seus próprios ouvidos. Amarrado, Ulisses ouviu o canto inebriante, mas não sucumbiu a ele. Seus nautas, por sua vez, não escutaram o canto e remaram incessantemente, surdos à beleza. Para Adorno e Horkheimer, as medidas tomadas por Ulisses quando seu navio se aproximou do território das sereias pressagiam alegoricamente a dialética do esclarecimento. Tendo o texto como referência inicial, assinale a opção correta com base na teoria de Adorno e Horkheimer.
A) Ulisses triunfa sobre as sereias, pois abdica do gozo de escutar seus cantos. No entanto, aos nautas é permitido o gozo desse canto, emblema do próprio gozo da arte.
B) Ulisses somente pode escutar o canto das sereias, porque escolheu sua própria prisão. Os remadores sabem que algo belo existe, mas também sabem que, para sobreviver, devem viver sem essa beleza.
C) Os remadores estão condenados a trabalhar sem o gozo completo da beleza, enquanto Ulisses, o chefe, tem direito ao gozo livre e completo do belo.
D) A atitude de Ulisses marca a libertação estética das classes sociais oprimidas, pois remando surdas sem parar, elas vencem as sereias.
E) O triunfo de Ulisses sobre as sereias constitui uma forma emergente de mito sobre a racionalidade, ou seja, representa a transformação da arte em magia.
4. (CESPE 2013) De acordo com o pensador G. Vico, o senso comum é um julgamento sem qualquer reflexão, comumente sentido por toda uma classe, todo um povo, toda uma nação, ou por todo o gênero humano. Segundo Heidegger, nós nos movimentamos no nível de compreensão do senso comum à medida que nós cremos em segurança no seio das diversas “verdades” da experiência da vida, da ação, da pesquisa, da criação e da fé.
M. Heidegger. Sobre a essência da verdade. São Paulo 1970, p. 18 (com adaptações).
A propósito dessas informações acerca do significado do senso comum, problematizado pela filosofia, assinale a opção correta.
A) Enquanto o senso comum é um conhecimento seguro, a filosofia é um pensamento inseguro. Logo, a filosofia deve ser rejeitada como perigosa para o homem do cotidiano.
B) O senso comum reflete, argumenta e justifica suas crenças.
C) O senso comum é convicção arraigada, crença partilhada com segurança pelos homens, na vida, na ação, na pesquisa, na criação e na fé. A convicção é fundamental ao pensamento e, portanto, o senso comum se identifica com o pensamento filosófico.
D) É com o senso comum que o homem enfrenta, no cotidiano, os seus problemas imediatos. O senso comum antecede todo o filosofar. Devido a essa anterioridade e ao seu caráter de convicção inquestionada, ele deve ser considerado como critério de julgamento, como princípio dirimente de todas as dúvidas teóricas.
E) O senso comum é um julgamento irrefletido, que, uma vez compartilhado por muitos homens no âmbito da cultura como crença cotidiana, é tido como óbvio e permanece inquestionado. A filosofia, porém, é um movimento radical de autonomia do homem baseado no exercício do pensamento, do questionamento. Por isso, a filosofia se põe de maneira crítica frente às pretensões do senso comum.
5. (CESPE 2013) No ensaio Confissão criadora , Paul Klee, de forma lapidar, anuncia sua concepção relativa ao sentido de ser da arte: “A arte não reproduz o visível, mas torna visível”; “... Porque as obras de arte não só reproduzem com vivacidade o que é visto, mas também tornam visível o que é vislumbrado em segredo”. De modo semelhante, Heidegger, em A origem da obra de arte, apresenta a arte como uma forma de pôr-em-obra a verdade, no sentido do desvelamento, do tornar visível o desvelamento do mundo e da natureza em jogo na obra de arte. Assim, tomando como exemplo um templo grego, Heidegger diz que ele “não imita nada” e que ele torna visível o mundo em que ele se apresenta: “É a obra templo que primeiramente ajusta e, ao mesmo tempo, congrega em torno de si a unidade das vias e relações, nas quais nascimento e morte, infelicidade e prosperidade, vitória e derrota, resistência e ruína ganham para o ser humano a forma de seu destino. A amplitude dominante dessas relações abertas é o mundo desse povo histórico. A partir dele e nele é que ele é devolvido a si próprio, para o cumprimento a que se destina”. Além disso, a obra-templo faz aparecer também em seu esplendor a “terra”, isto é, a “natureza” (physis), fazendo vir à luz a pedra, o rochedo das montanhas, a imensidade do céu, a claridade do dia e a treva da noite, o mar, os animais etc. A este vir à luz, a este levantar-se ele próprio e na sua totalidade chamavam os gregos, desde muito cedo, a physis. Ela abre ao mesmo tempo a clareira daquilo sobre o qual e no qual o homem funda o seu habitar. Chamamos isso a Terra”.
Martin Heidegger. A origem da obra de arte. Lisboa: Edições 70, 2007.
Acerca das ideias suscitadas no texto acima, assinale a opção correta.
A) Para ambos os autores citados no texto, a arte, primariamente, não tem o sentido de imitar ou de reproduzir o visível, mas o de tornar visível o que é vislumbrado no segredo, o sentido de desvelar.
B) Para Klee e Heidegger, a obra de arte é meramente uma expressão da subjetividade das vivências do artista.
C) Heidegger trata da obra de arte de modo estético, ou seja, levando em consideração a questão do belo e das vivências do belo por parte do artista e daquele que aprecia e julga a obra em relação à sua beleza.
D) A arte, na concepção de Heidegger, é algo de irracional; portanto, não tem vinculação com a verdade e não deve interessar ao filósofo.
E) De acordo com Paul Klee e Heidegger, a arte consiste na imitação do real, ou seja, na reprodução do visível.
GABARITO
1:C - 2:A - 3:B - 4:E - 5:A
1. (CESPE 2013) Os PCNs para o Ensino Médio definem como competências e habilidades para o ensino de filosofia
1.º) Representação e comunicação:
• ler textos filosóficos de modo significativo;
• ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas e registros;
• elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;
• debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição em face de argumentos mais consistentes.
2.º) Investigação e compreensão:
• articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas ciências naturais e humanas, nas artes e em outras produções culturais.
3.º) Contextualização sociocultural:
• contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sociopolítico, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
• ler textos filosóficos de modo significativo;
• ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas e registros;
• elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;
• debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição em face de argumentos mais consistentes.
2.º) Investigação e compreensão:
• articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas ciências naturais e humanas, nas artes e em outras produções culturais.
3.º) Contextualização sociocultural:
• contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sociopolítico, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
Considerando o eixo investigação e compreensão dos PCN e refletindo acerca do ensino de filosofia no ensino médio, é correto afirmar que
A) em função do caráter investigativo e reflexivo da filosofia, a investigação e compreensão constituem o eixo mais importante entre os definidos pelos PCN.
B) é fundamental, no desenvolvimento do eixo de competências de investigação e compreensão, a articulação da filosofia com as diferentes ciências e artes.
C) a competência do eixo de investigação e compreensão só se torna possível por meio de debates entre diversos professores de diversas disciplinas.
D) a competência de articulação de conhecimentos deve ser a última a ser desenvolvida, uma vez que necessita de todas as outras.
E) o eixo de investigação e compreensão está ligado ao caráter interdisciplinar da filosofia, de modo exclusivo.
2. (CESPE 2013) Segundo Walter Benjamin, o conceito de aura é associado à invenção de um meio de representação que modificou o estatuto da pintura na virada dos séculos XIX e XX. Assinale a opção em que é apresentado esse meio de representação.
A) fotografia
B) xilogravura
C) serigrafia
D) litografia
E) ready-made
3. (CESPE 2013) A educação atual deve contemplar o ensino das ciências, das artes, das letras e da cultura clássica de forma integrada e harmônica, desvinculada de mitos e preconceitos. A filosofia, por exemplo, se abordada desde o início do processo de escolarização, auxiliará professores e alunos a perceberem as relações existentes entre as diversas disciplinas. Contudo, para tanto, não se pode conceber uma disciplina de filosofia de maneira isolada, na qual são ensinados conceitos e sistemas sem diálogo com o conjunto dos saberes. Nesse sentido, o filósofo deve-se informar das múltiplas linhas de pesquisa em andamento na escola, construindo, assim, um diálogo inter e transdisciplinar com esses conhecimentos.
Vanderlei Carbonara. Concepções ético-epistemológicas que fundamentam a ação interdisciplinar e transdisciplinar no ensino fundamental e médio. In: Celso Candido & Vanderlei Carbonara (Org.). Filosofia e ensino: um diálogo transdisciplinar. Ijuí: Unijuí, 2004, p. 103 (com adaptações).
Com referência ao assunto abordado no fragmento de texto acima, assinale a opção correta.
A) Os professores de filosofia devem dedicar-se unicamente a ensinar a cultura clássica.
B) O ensino de filosofia facilita a articulação das disciplinas, podendo ser um vetor de promoção das atividades interdisciplinares na escola.
C) A filosofia é pouco adequada ao diálogo inter e transdisciplinar, dado ser uma disciplina altamente conceitual.
D) A interdisciplinaridade é uma característica intrínseca ao contexto escolar e, consequentemente, ao ensino de filosofia, visto que saberes são produzidos a despeito do engajamento dos professores.
E) O professor de filosofia deve ensinar conceitos filosóficos desconsiderando o contexto escolar e atendendo às necessidades atuais.
4. (CESPE 2013) Tendo em vista a compreensão da técnica como forma de verdade dominante na experiência histórica do homem contemporâneo, segundo Heidegger, assinale a opção correta.
A) Para Heidegger, a ciência e a técnica se fundam em uma compreensão do ser como efetividade ou funcionalidade. A partir dessa compreensão do ser, subjetividade e objetividade se configuram como momentos funcionais, como energia e matéria, como insumo e recurso, empregados e processados na realização do real, cuja realidade vigora como produção, isto é, como causação e efetivação.
B) No pensamento de Heidegger, a teoria científica é uma simples contemplação e descrição objetiva do real.
C) No pensamento de Heidegger, ciência e técnica são coisas separadas. A técnica é a mera aplicação da ciência. A ciência vem antes da técnica, pois a ciência é teoria, e a técnica é prática.
D) Para Heidegger, ciência e técnica não abrigam em si nenhuma metafísica, pois são formas de pensar e agir antimetafísicas.
E) Na concepção de Heidegger, a técnica é somente um meio ou instrumento de ação a serviço do homem. Com esse meio, o homem pode fazer o bem ou o mal.
5. (CESPE 2013) Tradicionalmente, considera-se que a experiência estética tem valor em si mesma, logo essa experiência só é possível se houver uma atitude desinteressada na relação com os objetos. Com relação à atitude desinteressada, assinale a opção correta.
A) A atitude desinteressada transforma o objeto em meio a serviço de um fim.
B) A atitude desinteressada é uma atitude instrumental e cognitiva.
C) Na atitude desinteressada, a relação com o objeto tem valor moral e ativo.
D) Na atitude desinteressada, a atenção é mobilizada sem nenhuma intenção instrumental.
E) A atitude desinteressada é uma atitude indiferente com valor teleológico.
GABARITO
1:B - 2:A - 3:B - 4:A - 5:D
1. (BIO-RIO 2010) Neidson Rodrigues (1985) diz que a filosofia é análoga a um farol e não a um indicador de caminhos. Esse autor, simbolicamente, quis dizer que:
A) o farol é algo concreto e que emite luz para os navegantes localizarem cardumes;
B) o farol tem a função de iluminar caminhos, que podem ser múltiplos, para que se alcancem os objetivos;
C) o farol faz parte dos recursos de uma sociedade contemporânea que tem por base fazer o conhecimento pela imagem;
D) o farol possibilita a visão do trabalho numa perspectiva tradicional que assegura a obtenção de respostas já comprovadas;
E) o farol, por ser muito antigo, permite a leitura histórica da sociedade.
2. (CESPE 2009) Tomás de Aquino valoriza a natureza, assim como Aristóteles, entendendo que o conhecimento racional provém inicialmente dos sentidos. Da sensação, o intelecto abstrai a individualidade das coisas, depurando-lhe a matéria. O resultado são as formas.
Os Pensadores. Ed. Abril Cultural, p. 118 , S. Paulo, 1975.
Com relação ao pensamento tomista, assinale a opção correta.
A) A primeira e mais importante via da prova da existência de Deus é a da causa eficiente.
B) A forma substancial é o conteúdo do qual uma coisa é feita.
C) A forma por excelência do mal é o pecado, que é um mal moral, pois é resultante da sua vontade livre.
D) A teoria hilemórfica aristotélica foi recusada pela teoria tomista por não se aplicar à teoria sacramental católica.
3. (CESPE 2009) Assinale a opção correspondente ao imperativo categórico de Kant.
A) Age de tal modo que a máxima de tua ação possa ser sempre erigida em princípio de uma legislação universal.
B) Age de tal modo que a tua ação atenda ao princípio da razão e da igualdade entre os homens.
C) Age de tal modo que tua ação respeite as regras estabelecidas pela comunidade em que tu vives.
D) Age de tal modo que a tua ação esteja de acordo com os mandamentos de Deus.
4. (CESPE 2009) Se os nossos adversários que admitem a existência de uma natureza não criada por Deus quisessem refletir sobre estas considerações tão claras e certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de atribuir ao sumo mal tantos bens, e a Deus, tantos males.
Santo Agostinho. A natureza do bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005, p. 15 (com adaptações).
A partir do assunto abordado no texto acima e considerando o pensamento agostiniano a esse respeito, assinale a opção incorreta.
A) É razoável e racional sustentar que os grandes bens provêm de um princípio, e os pequenos bens, de outro.
B) Se todas as coisas que Deus criou só podem ser boas, o pecado consiste em usar mal o bem.
C) Nenhuma natureza é má na condição de natureza. A natureza não é má senão enquanto diminui nela o bem.
D) Ao contrário dos maniqueus, Agostinho afirma que Deus é também criador do corpo.
5. (CESPE 2009) Toda ciência precisa de princípios racionalmente aceitáveis para a elaboração de sua teoria. Um tipo de explicação científica aceitável é a nomológico-dedutiva, que consiste essencialmente em
A) estabelecer um percentual que indica a ocorrência do índice de possibilidade de um determinado evento, a partir da frequência dos eventos singulares favoráveis.
B) estruturar amplas generalizações que possuam a forma de leis, para delas concluir sobre novos fatos que decorrem dos anteriores necessariamente.
C) estabelecer um fator de ocorrência de eventos que podem ser expressos por uma fração, na qual o numerador representa o evento de sucesso, e o denominador, a totalidade da possibilidade dos eventos.
D) partir de fatos singulares para a formulação de amplas generalizações, que servirão para entender as regularidades da natureza.
GABARITO
1:B - 2:C - 3:A - 4:A - 5:B
1. (CESPE 2009) A filosofia moral sistematiza, em correntes de pensamento, algumas das ideias a respeito dos princípios e do sentido da ação humana. Acerca desse assunto, assinale a opção correta.
A) Kant era favorável à elaboração de um manual prático que contivesse modelos concretos de ações.
B) A moral geral é aquela que cuida de aplicar princípios universais às diferentes formas da atividade humana.
C) Epicuro pode ser considerado o pai da ética, pois foi o primeiro a se dedicar ao estudo do agir humano.
D) Atualmente, a ética é entendida como a moral epistemologicamente organizada.
2. (CESPE 2009) A respeito de Francis Bacon e de suas ideias, assinale a opção correta.
A) Defendeu o método dedutivo como o mais indicado para a moderna ciência.
B) Foi um dos iniciadores do pensamento moderno, por sua defesa do método experimental em oposição ao conhecimento meramente teórico e escolástico.
C) Em sua teoria do pensamento acrítico, a tarefa da filosofia é vista como a liberação, pelo homem, de preconceitos e superstições.
D) De acordo com suas ideias, os ídolos consistem em realidades e evidências que estimulam a mente humana e propiciam o verdadeiro conhecimento.
3. (IFB 2017) Ao apresentar a obra “Concepção Dialética da História” de Gramsci, Carlos Nelson Coutinho e Leandro Konder, anunciam um novo texto de Gramsci que deveria ser publicado, onde o filósofo italiano desenvolveria a “teoria da vontade coletiva” apenas esboçada no livro que apresentavam. No novo texto, Gramsci propõe uma ação revolucionária, no sentido da hegemonia político-econômica e cultural com vistas a reunificar a humanidade. Neste contexto “o Partido” é definido com as expressões abaixo, EXCETO:
A) O moderno príncipe.
B) Organizador da vontade coletiva.
C) O reformador da sociedade.
D) Condutor da vontade popular.
E) O novo imperativo categórico.
4. (IFB 2017) Um tema relevante no estudo dos fundamentos filosóficos da educação é a catarse. O que significa a fixação do momento “catártico” para Gramsci?
A) O ponto de partida de toda a filosofia da práxis.
B) A passagem do momento puramente econômico para o momento histórico.
C) A elaboração superior da estrutura em superestrutura.
D) A passagem do “objetivo ao subjetivo”.
E) A estrutura da força exterior, que subjuga o homem, transformada em meio de liberdade.
5. (UECE-CEV 2018) Compreender a sociedade como uma obra cultural, como uma obra de arte, como expressão do espírito absoluto hegeliano é
A) potencializar o empreendedorismo capitalista.
B) impedir a funcionalidade da percepção e da sensibilidade.
C) a mais utópica possibilidade de libertação.
D) valorizar a organização da tecnocracia.
GABARITO
1:D - 2:B - 3:C - 4:A - 5:C
1. (CONSULPLAN 2018) Aristóteles apresenta a metafísica, em primeiro lugar, como “busca das causas primeiras”. Assim, devemos determinar quais e quantas são essas “causas”. Aristóteles então estipulou que as causas, necessariamente, devem ser finitas quanto ao número e referiu-se ao mundo do devir reduzindo-se às seguintes quatro causas, EXCETO:
A) Causa formal.
B) Causa material.
C) Causa eficiente.
D) Causa substancial.
2. (CESPE 2017) A definição filosófica de ato moral como um ato, sobretudo, de moderação, isto é, uma justa medida entre dois extremos, está relacionada ao pensamento ético de
A) Aristóteles, pois ele afirma que a virtude é uma qualidade que se exprime na escolha do meio-termo entre a falta e o excesso.
B) Platão, visto que, para ele, a virtude não é algo que possa ser ensinado, tampouco algo inato, mas, sim, um dom divino.
C) Kant, já que, para ele, agir moralmente significa exercer a autonomia inerente ao homem, por meio do exercício da razão.
D) Nietzsche, pois ele propõe que a moralidade e a equidade são meios inadequados para alcançar a felicidade.
E) Foucault, já que, para ele, os números são os princípios de todas as coisas e estabelecem, assim, a medida da moralidade.
3. (IDECAN 2016) Aristóteles foi um filósofo clássico de fundamental importância para a filosofia. Em seu pensamento trabalhou com vários temas, inclusive a felicidade, ao pensar sobre viver uma boa vida. São formas de felicidade para Aristóteles, EXCETO:
A) A vida como pesquisador e filósofo.
B) A vida como de prazeres e satisfações.
C) A vida como cidadão livre, responsável.
D) A vida como protagonista da bondade.
4. (FCC 2016) Sobre a política NÃO corresponde ao pensamento de Aristóteles:
A) O homem é um animal político por natureza porque é da natureza humana buscar a vida em comunidade.
B) A família e a aldeia (famílias e clãs) são as duas formas comunitárias existentes, cronologicamente anterior à comunidade política.
C) Cada forma política tem uma causa própria para sua corrupção, exceto a democracia porque possui o controle dos cidadãos.
D) A comunidade política é o fim a que tendem a comunidade familiar e a comunidade de aldeia.
E) O Estado ideal é um regime misto que combina o que há de melhor na aristocracia e na república.
5. (Colégio Pedro II 2016) É pois a Tragédia imitação de uma ação de caráter elevado, completa e de certa extensão, em linguagem ornamentada e com as várias espécies de ornamentos distribuídas pelas diversas partes [do drama], [imitação que se efetua] não por narrativa, mas mediante atores, e que suscitando o “terror e a piedade, tem por efeito a purificação dessas emoções”.
(ARISTÓTELES. Poética (Capítulo VI). In: DUARTE, Rodrigo (org.). O belo autônomo: textos clássicos de estética. Belo Horizonte: Autêntica, 2012. p. 37.)
Segundo o pensamento aristotélico, é correto afirmar que a Tragédia
A) imita o cotidiano e os homens comuns, da mesma forma que a Epopeia, diferindo apenas em métrica.
B) não é uma imitação dos homens, como na Comédia, mas de ações e de vida, de felicidade ou infelicidade.
C) assim como a Comédia, procura imitar de modo apaixonado, os homens inferiores, focando em sua torpeza anódina e inocente.
D) assim como a Epopeia, não se regula pela política e pela oratória, uma vez que a linguagem do cidadão foi substituída pela fala do orador.
GABARITO
1:D - 2:A - 3:D - 4:C - 5:B
1. (UFMT 2015) Aristóteles estabeleceu uma tipologia das formas de governo que se tornou clássica. Um dos critérios utilizados na classificação dessas formas de governo obedece à quantidade: monarquia, governo de um só; aristocracia, governo de poucos; politeia, governo de muitos. O outro critério é de caráter axiológico: as três formas de governo acima podem ser boas quando visam ao bem comum ou corrompidas quando visam ao interesse particular. A partir dessas informações, marque a afirmativa correta.
A) A tirania é a forma corrompida da democracia; a monarquia é a forma corrompida da aristocracia; a politeia é a forma corrompida da oligarquia.
B) A tirania é a forma de governo corrompida da monarquia; a oligarquia é a forma corrompida da aristocracia; a democracia é a forma de governo corrompida da politeia.
C) A politeia é a forma corrompida da aristocracia; a democracia é a forma corrompida da oligarquia; a tirania é a forma corrompida da monarquia.
D) A oligarquia é a forma corrompida da monarquia; a tirania é a forma corrompida da democracia; a aristocracia é a forma corrompida da politeia.
2. (IF-RS 2015) Pode-se afirmar que a lógica aristotélica:
I. Ocupa-se com os conteúdos pensados ou com os objetos referidos pelo pensamento.
II. Estabelece as condições e os fundamentos necessários de todas as demonstrações.
III. Oferece princípios, leis, regras e normas para todo pensamento que quiser ser verdadeiro.
IV. É um instrumento do pensamento e da linguagem dispensável para o campo científico.
V. Lida com leis universais, que independem do tempo, lugar, pessoas ou circunstâncias.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão CORRETAS:
A) Somente I, II e III.
B) Somente I e II.
C) Somente III e IV.
D) Somente II, IV e V.
E) Somente II, III e V.
3. (IF-RS 2015) Considere as seguintes afirmativas relacionadas à política de Aristóteles.
I. O homem é um animal político por natureza (zóon politikon), ou seja, é da natureza humana buscar a vida em comunidade e, portanto, a política não é por convenção (nómos), mas por natureza (phýsei).
II. A justiça política consiste em duas ações principais: igualar os desiguais, isto é, criar os iguais; e determinar que o tratamento desigual dos desiguais seja justo.
III. Os cidadãos existem para o bem da pólis, motivo pelo qual Aristóteles delimita com precisão a esfera pública de atuação do Estado, autorizando-o a regular e dirigir a esfera privada.
IV. Existem três formas básicas de governo correto: o governo de um só – Monarquia; o governo de um pequeno grupo – Aristocracia; e o governo da maioria – Politica.
V. A ciência política deve pautar-se, essencialmente, por perspectivas ideais, deixando de lado as perspectivas de natureza pragmática e empírica.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão CORRETAS:
A) Apenas I e II.
B) Apenas I, II e IV.
C) Apenas III e V.
D) Apenas I, IV e V.
E) Apenas II, III e IV.
4. (CESPE 2013) Segundo Aristóteles, a analítica tem por objeto a demonstração, quer dizer, a dedução que parte de premissas verdadeiras; por sua vez, a dialética tem por objeto os raciocínios que se assentam sobre opiniões prováveis. Para esse filósofo, a dialética é uma arte intermediária entre a retórica e a analítica. De acordo com Aristóteles, a analítica coincide com o que foi chamado de lógica formal: o estudo dos conceitos, juízos e raciocínios, considerados nas formas em que são enunciados, abstraindo-se da matéria ou do conteúdo a que se aplicam. O raciocínio é a operação discursiva por meio da qual se conclui que uma ou várias proposições (premissas) implicam a verdade, a probabilidade ou a falsidade de outra proposição (conclusão). Nesse contexto de analítica do discurso demonstrativo, destaca-se o silogismo: todo raciocínio dedutivo rigoroso, que não supõe nenhuma proposição estranha subentendida.
No que concerne às ideias apresentadas no texto acima, assinale a opção correta.
A) A dialética tem o mesmo valor argumentativo no pensamento tanto de Aristóteles quanto de Platão.
B) A analítica aristotélica pressupõe os seguintes princípios: a identidade do representado na dimensão do conceito, a não contradição na dimensão do enunciado, a ordem de fundamento e a consequência na conexão entre os enunciados.
C) Toda linguagem e toda forma de discurso são objeto da analítica de Aristóteles.
D) A lógica formal leva em consideração o conteúdo do pensamento.
E) A lógica formal estuda, essencialmente do ponto de vista psicológico, os atos de conceituar, julgar e raciocinar, visto que tem como objeto os conceitos, juízos e raciocínios.
5. (CEPERJ 2013) No capítulo IX de sua Poética, Aristóteles situa o discurso poético em relação ao discurso histórico, destacando especificidades de seu conteúdo e de seu valor. Para o filósofo grego, no capítulo em questão, a poesia é:
A) mais filosófica, porém menos séria do que a história, pois a poesia se refere principalmente ao particular, e a história, ao universal.
B) menos filosófica, porém mais séria do que a história, pois a poesia se refere principalmente ao universal, e a história, ao particular.
C) mais filosófica e mais séria do que a história, pois a poesia se refere principalmente ao universal, e a história, ao particular.
D) menos filosófica e menos séria do que a história, pois a poesia se refere principalmente ao particular, e a história, ao universal.
E) tão filosófica e tão séria quanto a história, pois ambas se referem principalmente ao universal.
GABARITO
1:B - 2:E - 3:A - 4:B - 5:C
1. (CEPERJ 2013) Em sua Poética, Aristóteles se pergunta a respeito da natureza do discurso poético e de seu efeito. Em resposta a essas questões, ele apresenta dois conceitos fundamentais para a sua compreensão da tragédia e que terão “grande influência na teoria e na crítica literárias posteriormente", como comenta Danilo Marcondes na sua Iniciação à história da filosofia. Essas duas noções aristotélicas são:
A) o belo e o sublime.
B) o sujeito e o objeto.
C) o apolíneo e o dionisíaco
D) a imitação e a purificação.
E) a aura e a reprodução.
2. (CONSULPLAN 2018) As afirmativas a seguir tratam da tripartição da alma em Aristóteles. Analise-as.
I.É o princípio mais elementar da vida, ou seja, o princípio que governa e regula as atividades biológicas.
II. Os animais possuem sensações, apetites e movimentos. III.É o pensamento e as operações a ele ligados, como a escolha racional.
Cada afirmativa anterior se relaciona, respectivamente, a qual parte?
A) Alma natural; alma cultural; e, alma metafísica.
B) Alma vegetativa; alma sensitiva; e, alma intelectiva.
C) Alma espiritual; alma psicológica; e, alma substancial.
D) Alma antropológica; alma teológica; e, alma corpórea.
3. (CONSULPLAN 2018) “Anaximandro de Miletonasceu por volta de fins do século VII a. C. e morreu no início da segunda metade do século VI. Elaborou um tratado sobre a natureza, do qual nos chegou um fragmento. Trata-se do primeiro tratado filosófico do ocidente e do primeiro escrito grego em prosa. A nova forma de composição literária tornava-se necessária pelo fato de que o logos devia estar livre do vínculo da métrica e do verso para corresponder plenamente às suas próprias instâncias.” (Reale, 1990. V 1. p. 31.)
Dentre as alternativas a seguir, apenas uma compõe o pensamento filosófico de Anaximandro; assinale-a.
A) Os números são os “princípios” primeiros e nos números, precisamente, mais do que no fogo, na terra e na água, eles acreditavam ver muitas semelhanças com as coisas que existem e se geram.
B) O “princípio” (arché) é o infinito, ou seja, uma natureza (physis) infinita e indefinida da qual provém todas as coisas que existem. O termo usado para isso é a-peiron, que significa aquilo que é privado de limites, tanto externos quanto internos.
C) O devir ao qual tudo está destinado caracteriza-se por uma contínua passagem de um contrário ao outro: as coisas frias esquentam, as quentes esfriam, as úmidas secam, as secas umedecem, os jovens envelhecem, o vivo morre, mas daquilo que está morto renasce outra vida jovem e assim por diante.
D) O “princípio” deve ser infinito, mas deve ser pensado como ar infinito, sustância aérea ilimitada. Exatamente como a nossa alma, que é ar, se sustenta e se governa, assim também o sopro e o ar abarcam o cosmos inteiro. E ainda: o ar está próximo ao incorpóreo e, como nós nascemos sob o seu fluxo, é necessário que ele seja infinito e rico, para não ficar reduzido.
4. (CONSULPLAN 2018)
Trecho I “[...] a filosofia pretende explicar a totalidade das coisas, ou seja, toda a realidade, sem exclusão de partes ou momentos dela. Assim, a filosofia distingue-se das ciências particulares, que assim se chamam exatamente porque se limitam a explicar partes ou setores da realidade, grupos de coisas ou de fenômenos. E a pergunta daquele que foi e é considerado como o primeiro dos filósofos – ‘Qual é o princípio de todas as coisas?’ – já mostra a perfeita consciência desse ponto. Portanto, a filosofia se propõe como objeto a totalidade da realidade e do ser precisamente descobrindo qual é o primeiro ‘princípio’, isto é, o primeiro ‘por que’ das coisas.”
(Reale, 1990. V 1. P 21.)
Trecho II “[...] A filosofia visa a ser ‘explicação puramente racional daquela totalidade’ que tem por objeto. O que vale em filosofia é o argumento da razão, a motivação lógica, o logos. Não basta à filosofia constatar, determinar dados de fato ou reunir experiências: ela deve ir além do ato e além das experiências, para encontrar a causa ou as causas precisamente através da razão. É justamente esse caráter que confere cientificidade à filosofia. Pode-se dizer que esse caráter também é comum às outras ciências, que, enquanto tais, nunca são uma mera constatação empírica, mas também são pesquisas de causas e razões.”
(Reale, 1990. V 1. P 22.)
Os dois trechos citados anteriormente se referem, respectivamente, a quais conotações da filosofia antiga?
A) Conteúdo / Escopo.
B) Escopo / Conteúdo.
C) Conteúdo / Método.
D) Método / Conteúdo
5. (CONSULPLAN 2018) “Os filósofos de Miletohaviam notado o ‘dinamismo universal’ das coisas que nascem, crescem e perecem, bem como do mundo – aliás, dos mundos –, submetido ao mesmo processo. Além disso, haviam pensado o dinamismo como característica essencial do próprio ‘princípio’ que gera, sustenta e reabsorve todas as coisas. Entretanto, não haviam levado adequadamente tal aspecto da realidade ao nível temático. E é precisamente isso o que faz Heráclito.”
(Reale, 1990. V 1. p. 35.)
Analise as afirmativas a seguir.
I. “Tudo se move, tudo escorre” (panta rhei), nada permanece imóvel e fixo, tudo muda e se transmuta, sem exceção.”
PORQUE
II. “Não se pode descer duas vezes o mesmo rio e não se pode tocar duas vezes uma substância mortal no mesmo estado, pois, por causa da impetuosidade e da velocidade da mudança, ela se dispersa e se reúne, vem e vai.”
Assinale a alternativa correta.
A) A afirmativa I é verdadeira e a II, falsa.
B) A afirmativa I é falsa e a II, verdadeira.
C) As afirmativas I e II são verdadeiras e a II é uma justificativa da I.
D) As afirmativas I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
GABARITO
1:D - 2:B - 3:B - 4:C - 5:C
1. (IBADE 2017) Segundo este filósofo, a moral é a esfera da razão prática que responde à pergunta: “O que devemos fazer?”. Tal afirmação foi realizada por:
A) Friedrich Hegel.
B) Karl Marx
C) Immanuel Kant.
D) Sartre.
E) Michel Foucault.
2. (SEDUC - CE 2016) Leia o texto abaixo.
O termo grego epistemedesigna o conhecimento teórico fundamentado e elaborado com rigor. Opõe-se à doxa, o conhecimento comum, obtido sem reflexão constituindo uma mera opinião. Em sentido estrito, o termo epistemologia designa a disciplina filosófica que estuda a natureza do conhecimento obtido nas ciências; identifica e avalia os métodos e o modo de operar de cada uma. Busca distinguir a ciência autêntica da pseudociência. Muitas vezes, a epistemologia é identificada com a filosofia da ciência, embora esta constitua um campo de investigação mais vasto. Em sentido amplo, o termo epistemologia equivale à teoria do conhecimento ou gnosiologia (do grego gnosis, ação de conhecer), a área de estudo filosófico sobre o processo de conhecer em geral.
A partir desses apontamentos, com qual questionamento abaixo o texto acima tece relação direta?
A) Como tiveram início as primeiras cidades e as leis que as regem e organizam?
B) Existe alguma diferença entre o belo artístico e o belo considerado natural?
C) O que é linguagem e como explicar a sua função no mundo contemporâneo?
D) Qual fundamento alicerça os deveres e como se define a forma de agir?
E) Uma teoria científica pode ser refutada por uma única observação contrária?
3. (Colégio Pedro II 2016) Todos compreendem o quanto seja louvável a um príncipe manter a palavra dada e viver com integridade e não com astúcia. Contudo, pela experiência de nossos tempos, vê-se que certos príncipes realizaram coisas notáveis, mas tiveram em pouca conta a fé dada e souberam com astúcia manejar a cabeça dos homens. Superaram, enfim, aqueles que se apoiaram na sinceridade.
(MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe (Capítulo XVIII). In MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009, p. 457.)
A partir do trecho selecionado, marque a opção em que se encontra a melhor definição para o pensamento político maquiaveliano, em relação à filosofia política desenvolvida na Grécia Clássica.
A) Diferentemente do pensamento desenvolvido na Grécia Clássica, a obra de Maquiavel revela o realismo político sob uma análise das ações humanas.
B) Diferentemente do pensamento desenvolvido na Grécia Clássica, a obra de Maquiavel revela o idealismo político sob uma análise ideal do Bom Governo.
C) Semelhante ao pensamento desenvolvido na Grécia Clássica, a obra de Maquiavel revela o idealismo político sob uma análise ideal do Bom Governo.
D) Semelhante ao pensamento desenvolvido na Grécia Clássica, a obra de Maquiavel revela o realismo político sob uma análise das ações de sua época.
4. (FCC 2016) É na Grécia clássica que a tradição cultural ocidental estabelece a origem da linguagem conceitual, onde uma nova forma de falar constitui-se em oposição à forma originária que comunicava por metáforas situações vividas pelo narrador. Essa nova forma de falar descreve e demonstra o pensamento entendedor das coisas: as propriedades destas são pensadas analiticamente como existindo sem nenhuma dependência dos processos emocionais de quem as compreende.
As duas formas de linguagens, mencionadas no parágrafo acima, são
A) senso-comum e bom-senso.
B) teologia e ciência.
C) mythos e logos.
D) linguagem popular e linguagem erudita.
E) religião e filosofia.
5. (IF-RS 2015) Leia as afirmativas expostas abaixo sobre as principais características da Filosofia, em seu nascimento, na Grécia Antiga.
I. É uma cosmologia, isto é, uma explicação racional sobre a ordem presente ou atual do mundo: sua origem ou causas, sua forma, suas transformações e repetições, seu término.
II. A preocupação com o devir ou o vir a ser levará, pouco a pouco, os filósofos a distinguir entre aparência do mundo e a verdade ou essência do mundo.
III. Seu pressuposto básico é que “nada vem do nada e nada retorna ao nada": não há criação a partir do nada.
IV. A preocupação dos filósofos “físicos" é com o devir ou o vir a ser, ou seja, com o movimento (a transformação dos seres) e com o repouso (a identidade da phýsise a estabilidade dos seres).
V. O fundo imortal e perene de onde tudo brota e para onde tudo regressa é a phýsis, qualidade primordial da origem e constituição dos seres.
Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão CORRETAS:
A) Apenas I e IV.
B) Apenas II, III e V.
C) Apenas III, IV e V.
D) Apenas I, II e IV.
E) I, II, III, IV e V.
GABARITO
1:C - 2:E - 3:A - 4:C - 5:E
1. (IF-RS 2015) Tendo em vista as características do mito e da filosofia na Grécia Antiga, relacione as colunas.
I. Mito.
II. Filosofia.
( ) Pergunta e narra sobre o que era antes que tudo existisse.
( ) Opera, discursivamente, por meio de analogias, metáforas e parábolas.
( ) Exige investigação para responder aos problemas postos pela natureza.
( ) Pergunta e explica como as coisas existem e são agora.
( ) Não se preocupa com as contradições e irracionalidades de seu discurso.
( ) Explica os fenômenos da natureza a partir de causas puramente naturais.
A sequência correta de cima para baixo encontra-se na alternativa:
A) I, I, II, II, I e II.
B) II, II, I, I, II e I.
C) II, I, II, I, II e I.
D) I, I, II, I, II e II.
E) I, II, I, II, I e II.
2. (CONSULPLAN 2018) “A preocupação em perguntar e compreender a natureza do mundo (a physis) era comum. Queria entender a origem, aquilo que originou todas as coisas, o princípio delas.” (Disponível em: mundoeducacao.bol.uol.com.br.)
Essa afirmação se refere estritamente à filosofia:
A) Sofista.
B) Socrática.
C) Aristotélica.
D) Pré-Socrática.
3. (FCC 2016) Parmênides e Heráclito foram dois pensadores pré-socráticos com ideias antagônicas: este considerava que é essencial a mudança e a contradição existente nas próprias coisas; aquele, contrariamente, considerava que o que não pode ser pensado não pode existir e o que não existe não pode ser pensado.
Considere:
I. “Nós nos banhamos e não banhamos no mesmo rio. Não é possível descer duas vezes no mesmo rio”.
II. “O ser tampouco é divisível, pois é todo inteiro, idêntico a ele; não sofre nem acréscimos, o que seria contrário à sua coesão, nem dominação, mas todo inteiro, está cheio de ser; é, assim, inteiramente contínuo, pois o ser é contínuo ao ser”.
III. “Este cosmos, o mesmo para todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o criou: mas sempre foi, é e será um fogo sempre vivo, acendendo-se e apagando-se com medida”.
IV. “É uma a mesma e a mesma coisa: o vivo e o morto, o acordado e o adormecido, o jovem e o idoso, pois a mudança de um converte no outro, reciprocamente”.
V. “Não há que temer que jamais se prove que o não ser é. Só nos resta um caminho a percorrer, o ser é. E há uma multidão de sinais de que o ser é incriado, imperecível, pois somente (o ser) é completo, imóvel e eterno”.
Correspondem ao pensamento de Heráclito, o que se afirma APENAS em
A) I, II e IV.
B) II, III e V.
C) III, IV e V.
D) I, III e IV.
E) II, IV e V.
4. (CESPE 2009) Os pioneiros do pensamento ocidental anteriores a Sócrates, de um modo geral, observavam a natureza. À noite segue o dia. As estações do ano sucedem-se uma à outra. As plantas e os animais nascem, crescem e morrem. Diante desse espetáculo cotidiano da natureza, o homem manifesta sentimentos variados — medo, resignação, incompreensão e espanto. E são precisamente esses sentimentos que acabam por levá-lo à filosofia. O espanto inicial traduz-se em perguntas intrigantes: o que é essa natureza, que apresenta tantas variações? Ela possui uma ordem ou é um caos sem nexo?
Bernadete Abrão (Org.). História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 24 (com adaptações).
A partir do assunto abordado no texto acima e considerando o pensamento de filósofos pré-socráticos, assinale a opção correta.
A) Parmênides é o filósofo pré-socrático que do seu tempo destoava dos outros filósofos por sua abordagem da temática antropológica ao estudar o agir do homem e fundar, desse modo, a ética.
B) Pitágoras considerava tudo relativo na medida em que percebia o inter-relacionamento de todas as coisas.
C) Para Heráclito, o mundo era um eterno fluir, como um rio em que seria impossível banhar-se duas vezes na mesma água.
D) Para Anaxímenes, tudo se origina na água e toda a natureza teria como único princípio esse elemento natural.
5. (CONSULPLAN 2018) “Na Grécia Antiga, havia ‘professores’ itinerantes, os sofistas, que percorriam as cidades ensinando a arte da retórica às pessoas interessadas. A principal finalidade de seus ensinamentos era introduzir o cidadão na vida política. Tudo o que temos desses professores são fragmentos e citações e, por isso, não podemos saber profundamente sobre o que eles pensavam. Aquilo que temos de mais importante a respeito deles foi aquilo que disseram Platão e Aristóteles.”
(Disponível em: mundoeducacao.bol.uol.com.br.)
Considerando o trecho anterior, analise as afirmativas a seguir.
I. Seu saber era aparente e não efetivo, pois não possuía compromisso com a verdade, sim com o lucro.
II. Ensinavam a arte de argumentar e persuadir, indispensável para exercer a cidadania numa democracia direta.
III. Contribuíram para o ensino. Formaram um currículo de estudos que foi resgatado no período medieval.
IV. Há periculosidade do pensamento no ponto de vista moral, bem como inconsistência na teorética. V. Os sofistas representam um fenômeno imprescindível. É impensável a filosofia sem eles.
A respeito do pensamento direto dos principais socráticos sobre os sofistas estão corretas apenas as afirmativas
A) I e IV.
B) I e V.
C) II e III.
D) III e IV.
GABARITO
1:A - 2:D - 3:D - 4:C - 5:A
1. (Colégio Pedro II 2016) – Então, tomemos dessas pluralidades a que quiseres; a seguinte, por exemplo, se estiveres de acordo: leitos há muitos, e também mesas. – Como não? – Porém para todos esses móveis só há duas ideias: a ideia do leito e a ideia da mesa. – Certo. – Costumamos, também, dizer que os obreiros desses móveis têm em mira a ideia segundo a qual um deles apronta leitos e outros as mesas de que nos servimos, e assim para tudo o mais. Porém a ideia em si mesma, o obreiro não fabrica. Como o poderia?
(PLATÃO. A República – livro X. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 553)
O trecho citado, retirado do Livro X da República de Platão, expressa
A) a crítica à imitação como afastamento da verdade em três graus.
B) um caso tipificado de contemplação das formas pela experiência.
C) o reconhecimento da forma de leito e de cadeira por reminiscência.
D) uma explicação do uno e do múltiplo pressupondo a teoria das ideias.
2. (IF-RS 2015) Assinale a alternativa INCORRETA. De acordo com a teoria de Platão, as ideias apresentam algumas características básicas, a saber:
A) A corporeidade – a Ideia pertence a uma dimensão totalmente diversa do mundo incorpóreo.
B) A inteligibilidade – a Ideia é, por excelência, objeto da inteligência e só com ela pode ser captada.
C) A imutabilidade – as Ideias são imunes a todo tipo de mudança e não só ao nascer e ao perecer.
D) A unidade – cada Ideia é uma unidade e unifica a multiplicidade das coisas que dela participam.
E) A perseidade – as Ideias são em si e por si, isto é, absolutamente objetivas.
3. (IF-RS 2015) No diálogo A República, Platão identifica e distingue quatro modos ou graus de conhecimento. Quais deles dizem respeito à matemática e às ideias (eidos), respectivamente?
A) A intuição intelectual (nóesis) e o raciocínio dedutivo (diánoia).
B) A imaginação (eikasía) e a intuição intelectual (nóesis).
C) A crença (pístis) e o raciocínio dedutivo (diánoia).
D) O raciocínio dedutivo (diánoia) e a intuição intelectual (nóesis).
E) A opinião (dóxa) e a imaginação (eikasía).
4. (CESPE 2013) Considerando a dialética platônica, assinale a opção correta.
A) A dialética, na concepção de Platão, é a lógica da aparência, ou seja, a arte dos raciocínios ilusórios; nesse sentido, a dialética identifica-se com o sofisma.
B) A dialética, na concepção de Platão, é meramente um instrumental de argumentação que se destaca pelo excessivo emprego de sutilezas, de distinções engenhosas e inúteis.
C) A dialética, em Platão, é a arte de discutir por perguntas e respostas, de dividir as coisas em gêneros e espécies, é remontar de conceitos em conceitos, de proposições em proposições, até os conceitos mais universais e os primeiros princípios, que não são meras ficções do espírito, mas têm uma consistência no ser.
D) A dialética platônica não está relacionada à ironia nem à maiêutica socrática.
E) A dialética, segundo Platão, é a aplicação científica da conformidade às leis, inerentes à natureza do pensamento; é a verdadeira natureza própria das determinações do entendimento, das coisas e, de uma maneira geral, do finito.
5. (CEPERJ 2013) O amor é tema do diálogo O banquete, de Platão. Nele, os convivas se divertem fazendo elogios a Eros, deus do amor. De acordo com o que nos é relatado nessa obra, Sócrates ouviu o discurso que pronuncia sobre Eros de:
A) um aprendiz, Fedro, mas Sócrates não lhe dá crédito.
B) um deus, o próprio Eros, que o transmitiu diretamente a Sócrates.
C) um homem, Agatão, como o próprio Sócrates dá inteiro crédito
D) uma mulher, Diotima, como o próprio Sócrates dá inteiro crédito
E) um rei tirano, Dionísio, mas Sócrates não lhe dá crédito.
GABARITO
1:D - 2:A - 3:D - 4:C - 5:D
1. (CESPE 2009) Nosso mundo é uma cópia imperfeita e transitória de outro mundo, transcendente, onde estão as ideias — formas incorpóreas, invisíveis, eternas e imutáveis. Nossos sentidos só captam a cópia. Ao original, só a Razão tem acesso. Nosso mundo é o da doxa, da mera opinião; para ver o que há por trás dele, precisamos da ciência, a episteme. Só assim podemos alcançar o fundamento supremo das coisas: a ideia do bem e a ideia do belo.
Eliel Cunha e Janice Florido (Org.). Grandes Filósofos. São Paulo: Nova Cultural, 2005, p. 20 (com adaptações).
Considerando as ideias apresentadas no texto acima bem como o pensamento platônico, assinale a opção correta.
A) O intelecto pode apreender as ideias, porque a alma não é de origem material nem corpórea.
B) A alma humana só contempla as ideias puras de todas as coisas depois de prender-se ao corpo.
C) Não existem ainda o belo em si, o bom em si e o grande em si, no desenvolvimento da filosofia platônica, no momento em que esta começa a adquirir autonomia e se distinguir do socratismo.
D) Para Platão, tanto a doxa, quanto a episteme são conhecimentos racionalmente fundamentados.
2. (CONSULPLAN 2018) “Platão descobriria e procuraria demonstrar que a realidade ou o ser não é de um único gênero e que, além do cosmos sensível, existe também uma realidade inteligível que transcende o sensível.” (Reale, 1990. V 1. P 24.)
Ao pensar assim, Platão estaria constatando o que mais tarde seria chamado de:
A) Lógica.
B) Metafísica.
C) Cosmologia abstrata.
D) Moral transcendental.
3. (IBADE 2017) Filósofo grego e discípulo de Sócrates, Platão deixou Atenas depois da condenação e morte de seu mestre, sendo responsável por inúmeras obras, destacando-se:
A) Critica da economia política (1859).
B) A sagrada família (1845) colaboração com Engels.
C) A miséria da filosofia: resposta à filosofia da miséria de Proudhon (1847).
D) Hippias Maior (o que é o belo?): Eutifron (o que é a piedade?); Menon (o que é a virtude?).
E) A crítica da filosofia do direito de Hegel publicada postumamente.
4. (SEDUC - CE 2016) Leia o texto abaixo.
Se alguém me diz por que razão um objeto é belo, e afirma que é porque tem cor ou forma, ou devido a qualquer coisa do gênero – afasto-me sem discutir, pois todos esses argumentos me causam unicamente perturbação. Quanto a mim, estou firmemente convencido, de um modo simples e natural, e talvez até ingênuo, que o que faz belo um objeto é a existência daquele belo em si, de qualquer modo que se faça a sua comunicação com este. O modo por que essa participação se efetua, não o examino neste momento; afirmo, apenas, que tudo o que é belo é belo em virtude do Belo em si”.
Platão, Fédon.
Na obra filosófica de Platão, a convicção de Sócrates presente no texto representa
A) a crença na anterioridade lógica dos valores estéticos em relação à ciência.
B) a comprovação do monadismo platônico que unifica o corpo e a alma, mundo sensível e mundo inteligível.
C) a crítica ao naturalismo, fundado na experiência sensível, e a fundamentação da metafísica platônica, fundada nas ideias (logoi).
D) a influência da noção de beleza para os gregos, nas ideias postas em toda filosofia platônica.
E) a defesa da superioridade ontológica do Belo em relação às demais causas da realidade.
5. (Colégio Pedro II 2016) “SÓCRATES: E agora, Mênon, vê que progressos ele já fez em termos de memória? De início não sabia que linha forma a figura de oito pés e mesmo agora não sabe, mas antes achava que sabia e respondeu confiante como se soubesse, sem ter consciência das dificuldades; ao passo que agora sente a dificuldade em que se encontra e, além de não saber, não acha mais que sabe.”
(PLATÃO. Mênon. In: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 35)
Dentre as características da filosofia socrática inferidas dos escritos de Platão, o trecho acima retrata
A) o uso da dialética como meio de alcançar as verdades imutáveis da alma.
B) o constante recurso a analogias e abundantes exemplos para testar definições.
C) a crença na reminiscência ou recordação como meio de acessar o conhecimento.
D) a convicção de que a investigação se inicia com um reconhecimento do não saber.
GABARITO
1:A - 2:B - 3:D - 4:C - 5:D
1. (IFB 2017) Chalmers (1993) ao discutir a filosofia da Ciência em seu livro “O que é a Ciência afinal?” procurou familiarizar-se com as teorias sobre a Ciência. Logo no primeiro capítulo ele discute o Indutivismo e a Ciência como conhecimento derivado dos dados da experiência. O autor trata neste capítulo dos seguintes assuntos, EXCETO:
A) uma concepção de senso comum da ciência;
B) a validade do método hipotético-dedutivo;
C) raciocínio lógico e dedutivo;
D) a previsão e explicação no relato indutivista;
E) a atração do indutivismo ingênuo.
2. (IFB 2017) A Filosofia da Ciência ajuda a discutir os fundamentos epistemológicos da educação. Um tema que não pode ficar fora desta discussão é o falsificacionismo. Popper afirma: “Eu posso, [...], admitir alegremente que falsicacionistas como eu preferem uma tentativa de resolver um problema interessante por uma conjectura audaciosa, mesmo (e especialmente) se ela logo se revela falsa, a alguma récita da sequência de truísmos irrelevantes”
(POPPER apud CHALMERS, 1993, p 20).
Para os falsificacionistas:
I) O empreendimento da ciência consiste na proposição de hipóteses falsificáveis.
II) As teorias que foram falsificadas devem ser inexoravelmente rejeitadas.
III) Apenas aquelas teorias que podem se revelar verdadeiras ou provavelmente verdadeiras devem ser admitidas na ciência.
IV) Aprendemos de nossos erros. A ciência progride por tentativa e erro.
V) Especulações precipitadas devem ser encorajadas, desde que sejam falsificáveis e desde que sejam rejeitadas quando falsificadas.
Estão CORRETAS apenas as afirmações:
A) I, II, III e IV
B) II, III, IV e V
C) III, IV, V e I
D) IV, V, I e II
E) V, I, II, III e IV
3. (IFB 2017) Conhecer as principais correntes da Filosofia da Ciência é algo essencial para quem pretende se especializar em uma forma de conhecimento.
Assim sendo, numere as frases abaixo relacionando o número com os pensadores obedecendo a seguinte critério:
I) Lakatos
II) Popper
III) Feyerabend
IV) Kuhn
V) Ravetz
( ) A ideia de que a ciência pode e deve ser governada de acordo com regras fixas e universais é simultaneamente não-realista e perniciosa.
( ) Eu posso [...] admitir alegremente que falsificacionistas como eu preferem uma tentativa de resolver um problema interessante por uma conjectura audaciosa.
( ) O núcleo irredutível de um programa é tornado infalsificável pela “decisão metodológica de seus protagonistas”.
( ) O conhecimento científico é realizado por um esforço social complexo, e é obtido do trabalho de muitos artífices em sua interação muito especial com o mundo da natureza.
( ) Substituiu o termo chave de sua teoria pelo termo “Matriz disciplinar” em sentido mais geral, e “exemplar” para tratá-lo em sentido mais restrito.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
A) I, II, III, IV e V
B) II, III, IV, V e I
C) III, II, I, V e IV
D) IV, III, II, I e V
E) V, I, II, III e IV
4. (IFB 2017) Discutir as concepções diversas de Ciência é uma das atribuições do professor de filosofia. Entre estas concepções encontramos a de Imre Lakatos, que “desenvolveu sua descrição da ciência como uma tentativa de melhorar o falsificacionismo popperiano e superar as objeções a ele” (CHALMES, p. 113). Todas as proposições abaixo correspondem ao pensamento de Lakatos, EXCETO:
A) um programa de pesquisa é uma estrutura que fornece orientação para demonstrar sua superioridade sobre o seu rival.
B) os programas de pesquisa serão progressivos ou degenerescentes, dependendo de sucesso ou fracasso persistente quando levam à descoberta de fenômenos novos.
C) o núcleo irredutível de um programa de pesquisa é tornado infalsificável pela “decisão metodológica de seus protagonistas”.
D) o trabalho no interior de um único programa de pesquisa envolve a expansão e a modificação de seu cinturão protetor pela adição e modificações e articulação de várias hipóteses.
E) os méritos relativos de dois programas de pesquisa somente podem ser decididos “olhando-se para trás”, ou seja, estudando o desenvolvimento de cada um.
5. (Prefeitura de Fortaleza - CE 2016) René Descartes (1596-1650) fundou o racionalismo, que deslocou o fundamento do conhecimento e da certeza do objeto para o sujeito e do objetivo ao subjetivo. A frase “Penso, logo existo” virou marca registrada do(a):
A) pensamento cartesiano.
B) marxismo.
C) social-democracia.
D) hermenêutica.
GABARITO
1:B - 2:D - 3:C - 4:A - 5:A
1. (FCC 2016) Em busca do conhecimento verdadeiro, Bacon e Descartes preocuparam-se em examinar as causas e as formas do erro. Para Bacon existem quatro tipos de ídolos ou imagens que formam opiniões cristalizadas e preconceitos, que impedem o conhecimento da verdade. Os ídolos presentes na crítica de Bacon são
A) da persona, da aparência, do espelho e da linguagem.
B) do templo, do palácio, da vigília e do crepúsculo.
C) da antinomia, da orgia, do ludens e do extático.
D) da caverna, do fórum, do teatro e da tribo.
E) do mítico, do simbólico, do ego e da história.
2. (SEDUC - CE 2016) Leia o texto abaixo.
“Não é demais destacar que, na ótica da LDB, os conhecimentos de Filosofia e Sociologia são justificados como 'necessários ao exercício da cidadania' [...]. Com os demais componentes da Educação Básica, devem contribuir para uma das finalidades do Ensino Médio, que é a de 'aprimoramento como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico' [...]”. Parecer CNE/CEB: 38/2006.
De acordo com o contexto atual da legislação educacional brasileira, podemos afirmar que a Filosofia
A) passou a ser, recentemente, um conhecimento obrigatório em todas as etapas da educação básica, inclusive no Ensino Médio.
B) ainda hoje, é disciplina obrigatória no Ensino Médio de escolas públicas, e facultativa para a mesma etapa nas escolas privadas.
C) passou a ser, mais recentemente, considerada disciplina obrigatória no Ensino Médio de todas as escolas públicas e privadas.
D) passou, muito recentemente, de conhecimento obrigatório para conteúdo transversal obrigatório, tendo a ética como conteúdo central.
E) desde 2008, assumiu a condição de disciplina obrigatória nos ensinos Fundamental e Médio das escolas públicas.
3. (FCC 2016) Dermeval Saviani, em seu livro Do senso comum à consciência filosófica define a filosofia como uma reflexão que possui três características que se complementam.
São características da reflexão filosófica:
A) clareza, objetividade e sistemática.
B) dogmática, reflexiva e crítica.
C) analítica, lógica e dialética.
D) radicalidade, rigor e globalidade.
E) sistemática, dialógica e recursiva.
4. (CESPE 2013) O que o filósofo procura na verdade do mito é a verdade da própria filosofia. Na época de sua errância racional, a filosofia sentia-se absolutamente autônoma e independente da não filosofia. No espaço dessa independência, julgava atingir com os recursos da razão uma verdade absoluta, necessária, universal. Em nome dessa verdade, desprezava tudo que não se enquadrasse na bitola da racionalidade. O mito, as lendas, os sonhos, a loucura, a poesia, a religião, para terem lugar no país da verdade, guardado pela filosofia, necessitavam das credenciais da razão. No rigor dessa ditadura, não se destruía, decerto, a liberdade desde que sua essencialização se submetesse aos princípios racionais da lógica. Pois a essência da liberdade era a verdade. Hoje a filosofia sente sua dependência da não-filosofia. É aquém da alternativa de racional e irracional que se instaura o espaço de toda verdade. Na liberdade dessa dimensão originária se articulam a verdade da fantasia, a verdade dos sonhos, a verdade da loucura. O juízo já não é o lugar primogênito da verdade. Há verdades, no plural, correlativas ao sentido das diversas intencionalidades. É a liberdade que é a essência da verdade.
Emanuel Carneiro Leão. Aprendendo a pensar. 2.ª ed. Petrópolis: Vozes, 1989, p. 195 (com adaptações).
Tendo como referência as ideias apresentadas no texto acima, assinale a opção correta.
A) Segundo o texto, o fundamento da liberdade é a verdade, entendida como verdade do juízo, verdade da razão.
B) De acordo com o texto, hoje a filosofia deve passar da ditadura da razão para a ditadura do irracional.
C) O mito é um discurso narrativo irracional, alógico. A filosofia é a guardiã da racionalidade no âmbito da cultura, e, portanto, não deve nem se interessar pelo mito.
D) Segundo o texto, só há a verdade do juízo, a verdade da razão. O mito é irracional; logo, mito e não verdade coincidem. O mito tem algo de infantil, de primitivo, de bárbaro.
E) Na filosofia da existência, problematizam-se tanto a racionalidade quanto a irracionalidade. Nessa filosofia, descobre-se que o lugar da verdade é anterior ao discurso, à predicação, ao juízo, ou seja, que uma experiência de verdade existencial, a qual é fundamentalmente plural, antecede a verdade predicativa, lógica.
5. (SEDUC - CE 2016) Leia o texto abaixo.
“[…] não exigirei que um sistema seja suscetível de ser dado como válido, de uma vez por todas em sentido positivo; exigirei, porém, que sua forma lógica seja tal que se torne possível validá-lo através de recurso a provas empíricas, em sentido negativo: deve ser possível refutar, pela experiência, um sistema científico empírico”.
Popper, A lógica da pesquisa científica.
O critério de demarcação da ciência na Filosofia de Popper pode ser compreendido como:
A) a possibilidade de uma teoria ser, a partir de suas proposições, contraposta por outra.
B) a fragilidade que as proposições indutivas de uma teoria possuem perante a verificação experimental.
C) o grau de incerteza presente na teoria de modo que, quanto maior ele for, mais consistente será a comprovação de suas proposições.
D) o modo como uma teoria conserva sua consistência, apesar das contradições entre proposições indutivas e dedutivas.
E) a possibilidade de uma teoria ser contestada através do método experimental.
GABARITO
1:D - 2:C - 3:D - 4:E - 5:E
1. (CESPE 2013) Em O que é isto: a filosofia , Heidegger declara: “A palavra philosophia diz-nos que a filosofia é algo que, pela primeira vez e antes de tudo, vinca a existência do mundo grego (...): A filosofia é, nas origens de sua essência, de tal natureza que ela primeiro se apoderou do mundo grego e só dele, usando-o para se desenvolver”. Esse assenhoreamento ocorreu pelo despertar do espanto ou da admiração (thaumadzo) com o ser: “precisamente isto, que o ente permaneça recolhido no ser, que no fenômeno do ser se manifesta o ente; isto jogava os gregos, e a eles primeiro unicamente, no espanto. Ente no ser: isto se tornou para os gregos o mais espantoso”. O thaumadzo é atestado como princípio (arkhé) da filosofia por Platão e Aristóteles. Primeiramente, Platão (no Teeteto 155d) afirma: “É verdadeiramente de um filósofo esse pathos — o espanto (thaumadzein); pois não há outra origem imperante (arkhé) da filosofia do que este”. E Aristóteles (na Metafísica A 2, 982b 12ss) confirma o dito de Platão: “Pelo espanto, os homens chegaram agora e chegaram antigamente à origem imperante do filosofar”.
Acerca do tema abordado no texto acima, assinale a opção correta.
A) Os primeiros filósofos podem ser considerados como primitivos cientistas da natureza, cujo thaumadzo decorria da precariedade de sua ciência.
B) Para os gregos, o espanto filosófico ocorria em relação ao mistério do ser, que abrangia e recolhia a totalidade do ente.
C) A filosofia é atemporal e, dessa forma, estranha à historicidade do ser humano.
D) O pathos que está no princípio da filosofia grega é a dúvida.
E) Para Platão e Aristóteles, o thaumadzo é apenas o início da filosofia, ou seja, ele deixa de valer em estágios mais avançados do filosofar.
2. (IFB 2017) Habermas em sua obra Verdade e Justificação avalia uma possível analogia entre a correção de normas morais e a verdade de proposições descritivas. Leia as afirmações sobre a correção de normas morais e a verdade de proposições descritivas abaixo.
I) Verdade é um conceito que transcende toda a justificação e que não pode ser identificado como assertibilidade idealmente justificada.
II) O aspecto incondicional da verdade só pode ser explicado no contexto da ação e não no contexto do discurso.
III) A correção moral é imanente à justificação.
IV) Para a correção moral é impossível atribuir um aspecto incondicional, visto que o mundo social não é indisponível à ação.
V) A analogia entre verdade e correção moral só pode ser feita para além do plano do discurso.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmações CORRETAS de acordo com a posição de Habermas.
A) I, III e V
B) II e IV
C) IV e V
D) III, IV e V
E) I, II e III
3. (IFB 2017) Assinale a alternativa que apresenta o fundamento da teoria crítica da sociedade elaborada por Habermas em sua obra Teoria do agir comunicativo.
A) A semântica linguística;
B) A crítica da razão instrumental;
C) A ética do discurso;
D) A pragmática linguística;
E) A subjetividade comunicativa.
4. (CESPE 2009) A análise do funcionamento da linguagem — e do pensamento que a utiliza — deve ser anterior ao próprio conhecimento, pois este depende de certas regras bem precisas para não se equivocar. A essas regras Aristóteles deu o nome de órgonon (instrumento). Essas regras constituem, em parte, o que modernamente é denominado lógica. Como instrumento, o órgonon não é propriamente um conhecimento, mas sua condição básica e preliminar.
Bernadete Abrão (Org.). História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 63 (com adaptações).
À luz das regras lógicas do silogismo categórico, analise as seguintes premissas:
Algum ministro não é honesto
Ora, todo ministro é poderoso.
Assinale a opção que apresenta a conclusão que, juntamente com as premissas apresentadas, torna o argumento válido.
A) Logo, algum ministro é honesto.
B) Logo, todo honesto é poderoso
C) Logo, algum poderoso não é honesto.
D) Logo, algum honesto não é poderoso.
5. (IFB 2017) Assinale a alternativa que apresenta o ente racional para o qual o conceito de vontade boa contém o de dever, manifestando-se na forma do mandamento, do imperativo, conforme defende Kant em sua obra “Fundamentação da Metafísica dos Costumes”.
A) Sujeito cuja vontade é necessariamente boa.
B) Sujeito que possui exclusivamente bons talentos.
C) Sujeito que possui tanto apetite racional quanto inclinações naturais.
D) Sujeito exclusivamente mau.
E) Sujeito santificado.
GABARITO
1:B - 2:E - 3:D - 4:C - 5:C
1. (FCC 2016) Segundo Aranha, há diversas características presentes no discurso ideológico, tais como: naturalização, abstração, universalização, lacuna e inversão. Considere o seguinte exemplo de discurso ideológico: segundo a ideologia burguesa, a desigualdade social resulta de diferenças individuais, porque os indivíduos são desiguais por natureza, e a desigualdade social é, portanto, inevitável.
O exemplo aponta para a característica da ideologia de
A) Naturalização.
B) Abstração e aparecer social.
C) Universalização.
D) Lacuna.
E) Inversão.
2. (FCC 2016) Estética diz respeito à sensibilidade humana e às formas de manifestação desta sensibilidade. Às vezes restringe-se às reflexões e estudos de uma forma privilegiada de manifestação da sensibilidade que á a arte. Sensibilidade diz respeito ao fato de o ser humano ser afetado por tudo aquilo com que entra em contato. A este “ser afetado” as pessoas respondem de diversas maneiras, por exemplo, externando sentimentos ou emoções. Sentir a realidade emocionalmente oferece aos seres humanos uma maneira de entendê-la que não é igual à maneira racional expressa, por exemplo, no conhecimento científico e filosófico. “Uma ponte que nos leva a conhecer e a expressar os sentimentos é, então, a arte, e a forma de nossa consciência apreendê-los é através da experiência estética. Na arte busca-se concretizar os sentimentos numa forma, que a consciência capta de maneira mais global e abrangente do que no pensamento rotineiro”, diz Duarte Júnior.
(DUARTE JR, João Francisco. Fundamentos estéticos da educação. Campinas: Papirus, 1988, p.15 a 18)
Considere, à luz do enunciado acima, as afirmações abaixo.
I. As artes são formas importantes de manifestação da sensibilidade humana.
II. Estética, como área da investigação filosófica, preocupa-se com problemas relacionados à sensibilidade humana.
III. A afetividade diz respeito à sensibilidade e, portanto, ao campo de estudos e reflexões da estética.
IV. Sensibilidade é, juntamente com a racionalidade, um caminho necessário de entendimento da realidade para os seres humanos.
V. Pode-se dizer que, através da arte, pode-se captar de maneira mais global do que em outras formas de entendimento, os sentimentos e a própria realidade.
Está correto o que se afirma em
A) I, III e V, apenas.
B) IV e V, apenas.
C) II, III e IV, apenas.
D) I, II e III, apenas.
E) I, II, III, IV e V.
3. (SEDUC - CE 2016) Leia o texto abaixo.
Em seu livro, Microfísica do Poder, Foucault salienta que “o poder funciona e se exerce em rede. Nas suas malhas, os indivíduos não só circulam, mas estão sempre em posição de exercer este poder e de sofrer sua ação; nunca são o alvo inerte ou consentido do poder, são sempre centros de transmissão. Em outros termos, o poder não se aplica aos indivíduos, passa por eles”.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1992, p. 183.
Partindo do pensamento de Foucault e do conteúdo desse trecho, podemos dizer que esse filósofo concebe o poder como
A) a relação social, engendrada nas mais diversas instituições e situações cotidianas, através da disciplina e do controle.
B) a parte da estrutura social e política que mantém a divisão entre aqueles que o possuem e os que não o possuem.
C) a concentração de forças que contrapõe as classes sociais nas suas expressões contemporâneas de mundo em rede.
D) a ação política que se estabelece através de mecanismos específicos de controle da vida social.
E) a estratégia natural dos indivíduos para dissolver os instrumentos, por meio dos quais a sociedade age sobre eles.
4. (CESPE 2009) Para Hegel, em Filosofia da História,
A) a razão governa o mundo, mas a história universal não é um processo racional.
B) a razão governa a ação dos indivíduos, mas não governa sua história como história universal.
C) a razão governa o mundo, e a história universal é um processo racional.
D) a história não é um processo racional, ela se torna um processo racional apenas no Ocidente.
5. (SEDUC - CE 2016) Leia o fragmento abaixo.
“[…] as condições da possibilidade da experiência em geral são, ao mesmo tempo, condições da possibilidade dos objetos da experiência e têm, por isso, validade objetiva num juízo sintético, a priori”.
Kant, Crítica da Razão Pura.
Essa afirmação implica em uma grande reviravolta na teoria do conhecimento moderno, impulsionada pelo modo como Kant defendeu
A) a relação de interdependência entre os sentidos e a razão e, ao mesmo tempo, entre os juízos analíticos e sintéticos, como via de acesso à verdade.
B) o papel das questões metafísicas acerca do Ser e da alma, como aspectos fundantes da filosofia transcendental.
C) a estrutura transcendental dos fenômenos como condição de serem intuídos pela razão pura.
D) a conciliação entre os projetos racionalista e empirista de fundamentação do conhecimento, como possibilidade de conhecimento das coisas em si.
E) a coincidência entre as capacidades de perceber e entender, inerente ao sujeito, e à própria estrutura da realidade.
GABARITO
1:E - 2:E - 3:A - 4:C - 5:E
1. (CONSULPLAN 2018) “Nascer nada mais é do que um agregar-se de coisas que já existem e o morrer um desagregar-se, ou melhor, um separar-se dessas coisas.” O pensamento anterior é proveniente do:
A) Ecletismo.
B) Ceticismo.
C) Estoicismo.
D) Atomismo.
2. (CONSULPLAN 2018) Sobre Gaston Bachelard, analise as afirmativas a seguir.
I. “Para o filósofo, a ciência é imutável e, a partir desse conceito, se destacou em sua época. Foi responsável pela criação de novos modelos de estudo, como o substancialismo, que dá ideia de substância; animismo, termo relacionado ao princípio de dar vida à matéria; e o imagismo, correspondente ao excesso de imagens. De acordo com o pesquisador científico filosófico, o ramo da filosofia que interfere na ciência é estático por natureza. Isto implica dizer que o espírito científico deve formar-se a partir de bases sólidas e fundamentadas. Além do mais, a objetividade da ciência só se conclui quando a mesma se rompe com o objeto imediato.” (Disponível em: www.estudopratico.com.br.)
PORQUE II. “É considerado o pai do existencialismo contemporâneo. Lançou bases para um novo racionalismo ou racionalismo aberto, fundado na crítica da epistemologia tradicional e na renovação da história das descobertas científicas. Sua obra inclui escritos originais sobre a poética dos elementos naturais e uma investigação do imaginário humano sem fronteiras. Em sua linha de pensamento a existência é fruto de deliberação livre e voluntária do homem e a ciência é uma manifestação da complexidade do interior da alma humana.” (Japiassú, 2006:25.)
Assinale a alternativa correta.
A) As afirmativas I e II são falsas.
B) A afirmativa I é falsa e a II, verdadeira.
C) A afirmativa I é verdadeira e a II, falsa.
D) As afirmativas I e II verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
3. (IFB 2017) Em “Verdade e Método”, Gadamer desenvolve uma teoria hermenêutica em que os preconceitos e a alteridade do texto estão imbricados num jogo interpretativo, que pode ser visto como um círculo hermenêutico. Assinale a alternativa que apresenta a visão de Gadamer sobre a Aufklärungem geral.
A) Aufklärung desenvolveu uma teoria dos preconceitos, onde os preconceitos de autoridades são tomados como indicativos de verdade e, portanto, devem guiar nossa interpretação.
B) A Aufklärung desenvolveu uma teoria dos preconceitos, cuja divisão básica seria entre preconceitos da estima humana e preconceitos por precipitação. Tal teoria promoveu um descrédito dos preconceitos.
C) A Aufklärung apresentou a verdade como uma forma de preconceito acima da verificação racional.
D) A Aufklärung criticou toda forma de tradição, com exceção da tradição religiosa cristã, pois os preconceitos desta valem por si mesmo, visto que não precisariam ser justificados pelo conhecimento racional, dado seu caráter de sagrado.
E) A Aufklärung defendeu o passado, a volta ao antigo como o reconhecimento de uma sabedoria superior, cuja verdade manifesta-se na interpretação daquele que voltou as fontes originárias.
4. (IFB 2017) Em “Verdade e Método”, Gadamer afirma: “[...] é essencial a toda pergunta que tenha um sentido. Sentido quer dizer, todavia, sentido de orientação. O sentido da pergunta é pois a única direção que a resposta pode adotar se quiser ter sentido e ser pertinente”. Assinale a alternativa que NÃO corresponde à posição de Gadamer.
A) Com a pergunta, o interrogado é colocado sob uma determinada perspectiva.
B) O surgir de uma pergunta rompe de certo modo o ser do interrogado.
C) O logos que desenvolve o ser do interrogado, aberto pela pergunta, já é sempre resposta, e só tem significado no sentido da pergunta.
D) Como é a pergunta que dá a direção, ela não deve estar apoiada em nenhum preconceito, do contrário será tendenciosa.
E) A pergunta tanto abre o tema em um determinado sentido quanto delimita o significado da resposta.
5. (FUNCAB 2014) A preocupação com o conhecimento verdadeiro sempre esteve no centro do debate filosófico. Acerca do problema do conhecimento, é correto afirmar que a verdade:
A) é uma questão de opinião e persuasão, para Sócrates.
B) não pode ser alcançada se não através das sensações, de acordo com Platão e Aristóteles.
C) varia de um lugar para outro, sendo estabelecida apenas por convenção ou costume, de acordo com os sofistas.
D) só existe logos no divino, não podendo ser contemplada pelo homem, sob condição alguma, de acordo com Santo Agostinho.
E) é inata e só pode ser alcançada por meio do método dedutivo ou matemático, segundo Francis Bacon.
E) é inata e só pode ser alcançada por meio do método dedutivo ou matemático, segundo Francis Bacon.
GABARITO
1:D - 2:A - 3:B - 4:D - 5:C
1. (CEPERJ 2013) Em suas teses “Sobre o conceito da história", publicadas em Magia e técnica, arte e política (Obras escolhidas v. 1), Walter Benjamin analisa criticamente a ideia do progresso. Na tese 13, Benjamin afirma que a ideia de um progresso da humanidade na história é inseparável da ideia de sua marcha no interior de um tempo caracterizado como:
A) vazio e homogêneo.
B) cheio e heterogêneo.
C) saturado de agoras.
D) misterioso e redentor
E) revolucionário.
2. (CEPERJ 2013) Theodor Adorno esteve sempre atento, em seu pensamento, aos variados perigos que rondam o exercício da filosofia durante a época contemporânea, a partir do século XX. No fragmento “Dentro e fora", de Minima moralia, ele destacou que a filosofia estava ameaçada no espaço acadêmico e no espaço extra-acadêmico, respectivamente, pelas pressões
A) da tautologia organizada e da tautologia desorganizada.
B) da economia estatal e da economia de mercado.
C) da economia de mercado e da tautologia organizada.
D) da tautologia organizada e da economia de mercado.
E) da tautologia desorganizada e da economia de mercado.
3. (CEPERJ 2013) Durante o século XX, a filósofa Hannah Arendt afimou que existe uma antiga resposta para a pergunta sobre o sentido da política tão simples e concludente, que poderia dispensar outras respostas por completo. De acordo com o que explana Hannah Arendt em O que é política?, esse sentido da política é:
A) o poder.
B) a administração.
C) a liberdade.
D) a igualdade.
E) o bem.
4. (CESGRANRIO 2010) Os estudos realizados pelos filósofos das ciências do século XX demonstraram a evolução da ciência e como isso revolucionou a metodologia científica, abrindo espaço para que os cientistas refletissem criticamente sobre suas próprias técnicas de trabalho. O aspecto que garante a ciência como criadora de conhecimentos, em seu sentido objetivo, é a
A) realidade.
B) consistência.
C) aceitação.
D) refutabilidade.
E) objetividade.
5. (CESPE 2009) No que se refere à teoria epistemológica de Gaston Bachelard, assinale a opção correta.
A) As rupturas epistemológicas constituem a igualdade de interpretação das conclusões de várias teorias científicas.
B) Os filósofos devem encontrar um só ponto de vista para julgar a ciência.
C) O cientista posiciona-se contra um conhecimento anterior, destruindo conhecimentos mal-feitos e elaborando outros.
D) Essa teoria adota a filosofia do sim na medida em que recupera a autoridade epistemológica do conhecimento grego antigo.
GABARITO
1:A - 2:D - 3:C - 4:D - 5:C

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