1. (FUVEST SP/2001) "É praticamente impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados."
(Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).
Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias europeias recorrerem ao recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de:
a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.
b) completar as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eficientes.
c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre esta e a nobreza.


2. (PUC RJ/1994) O Absolutismo apresentou características diversas conforme sua localização na Europa dos tempos modernos.
Considerando essa diversidade, marque a afirmativa correta:
a) Na Áustria, os Habsburgos implementaram uma política de descentralização administrativa e cultural visando à consolidação do Estado Nacional.
b) Na Espanha, o absolutismo baseava-se em uma doutrina econômica liberal, cujo objetivo era fortalecer o processo de expansão ultramarina.
c) Na França, Luís XIV abandonou a Teoria do Direito Divino dos Reis, conseguindo, assim, o apoio político da Igreja Católica e dos Protestantes ao seu governo.
d) Na Inglaterra, Henrique VIII, apoiado pelo Parlamento, promulgou o Ato de Supremacia, pelo qual ampliou os poderes reais, fortalecendo a Igreja Católica.
e) Na Rússia, Pedro, o Grande, instituiu uma política de europeização tendo por fim a modernização do Estado e a ocidentalização dos costumes.


3. (PUC RJ/1995) “Ao contrário do que se verificou na monarquia absolutista francesa do século XVIII, houve diversos Estados absolutistas nos quais os respectivos monarcas e seus ministros tentaram de alguma forma por em prática certos princípios da ilustração, sem abrir mão, é claro, do próprio absolutismo - tal foi, em essência o absolutismo ilustrado.”
(FALCON, Francisco. Despotismo esclarecido. SP: Ática ,1992)
Sobre essa relação entre o iluminismo e o Absolutismo, é correto afirmar que:
a) os déspotas esclarecidos foram agentes de reformas políticas que garantiram a solidificação do Estado monárquico e evitaram a ocorrência de possíveis revoluções em seus territórios.
b) as reformas implementadas por Frederico II da Prússia permitiram o desenvolvimento da economia e o fortalecimento de setores ligados ao comércio em detrimento da aristocracia.
c) em Portugal, o Marquês de Pombal, primeiro-ministro de D. José I, exerceu forte ação reformadora, ampliando o poder do estado português através do estreitamento dos laços com a Igreja Católica.
d) os estados europeus onde o despotismo esclarecido apresentou sua forma mais típica foram os de economia mais sólida e desenvolvida.
e) José II, da Áustria (1780-1790), considerando modelo de déspota esclarecido, realizou reformas que anteciparam as revoluções burguesas ocorridas em seu país no século XIX.


4. (UEL PR/1999) Sobre o absolutismo monárquico desenvolvido na França no Século XVI é correto dizer que:
a) conseguiu que o povo, através do voto garantisse a concentração de todo o poder nas mãos do rei.
b) constituiu-se a partir dos senhores feudais, que haviam sempre jurado fidelidade ao rei.
c) recebeu da Igreja Católica uma veemente oposição.
d) dependeu basicamente da convergência parcial dos objetivos da realeza com os interesses da burguesia.
e) impediu o desenvolvimento comercial dos países onde os reis tinham poderes ilimitados.


5. (UEL PR/2001) Sobre o Absolutismo Monárquico, é correto afirmar:
a) Caracterizou-se pela aliança entre a nobreza e as monarquias nacionais, tendo como alvo o enfraquecimento da chamada burguesia mercantil.
b) Debilitou a formação dos Estados Nacionais e conferiu uma maior autonomia para a nobreza em geral.
c) No campo econômico, o absolutismo teve a sua atuação pelas restrições da política mercantilista.
d) Mostrou-se incompatível com o catolicismo e não se consolidou onde a Igreja conseguiu impedir o avanço da Reforma protestante.
e) Legitimou-se proclamando a origem divina do poder real e a soberania do Estado, tidos como prioritários em relação à autonomia e liberdade dos súditos.



6. (ETAPA SP/2006) No processo de formação das Monarquias Nacionais, destacou-se:
a) a adesão dos monarcas às propostas de Lutero como forma de eliminar a influência da Igreja.
b) a formação de uma aliança de estados europeus com a finalidade de contestar a autoridade imperial.
c) a adoção de formas representativas de governo que visavam dispor do apoio popular e reforçar a autoridade do monarca.
d) o esforço dos monarcas no sentido de obter a subordinação do clero e da nobreza aos desígnios da autoridade do poder real.
e) a adoção de uma política econômica liberal como uma forma de eliminar a influência das corporações de ofício.


7. (PUC MG/2002) O processo de formação dos Estados Nacionais na Idade Moderna encontra-se associado:
a) à superação da estrutura estamental da sociedade.
b) ao aumento da influência política e ideológica da Igreja.
c) à centralização de poderes nas mãos do monarca.
d) ao desenvolvimento das instituições democráticas.


8. (PUC MG/2002) Os Reis Católicos Fernando e Isabel, para a tomada de posse do Novo Mundo, logo após a chegada de Colombo em 1492, utilizaram-se:
a) da montagem do sistema colonial baseado na economia de “plantation”.
b) da atuação da Companhia de Jesus na evangelização e catequese.
c) da iniciativa privada para evitar ônus ao erário real.
d) da conquista do Império Inca por Pizarro e Almagro.


9. (PUC RS/2000) Durante o reinado de Elisabete I (1558-1603), o absolutismo inglês atingiu o auge. Analise as afirmações abaixo, sobre esse período, assinalando V (verdadeiro) ou F (falso) no parêntese.
(__) Houve uma Reforma religiosa que unificou o reino, e a religião católica tornou-se oficial, ocorrendo uma intensa perseguição aos protestantes.
(__) Ocorreu a colonização de territórios no Novo Mundo, com a fundação da primeira colônia, chamada "Virgínia", na América do Norte.
(__) Estimulou-se a educação humanista que oportunizou o florescimento cultural inglês, principalmente a produção teatral a partir das obras de William Shakespeare.
(__) Desenvolveu-se o comércio com a Índia, sendo criada uma companhia mercantil conhecida como “Companhia das Índias Orientais”.
(__) A marinha inglesa foi derrotada pela Incrível Armada espanhola, passando a fornecer recursos e apoio a corsários como Walter Raleigh, Francis Drake e John Knox.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) F – V – V – V – F
b) F – F – V – F – V
c) V – V – V – F – F
d) F – V – F – V – F
e) V – F – V – V – V


10. (UERJ/1995) A formação dos Estados nas várias regiões da Europa reordenou as relações feudais originando os chamados estados modernos, que constituíram mais um elemento da nova ordem que se articulava na Europa ocidental, nos séculos XV-XVIII.
Como características gerais destes estados modernos podemos citar.
a) superação das relações feudais / eliminação do direito costumeiro / não-intervenção da economia.
b) fortalecimento do poder papal / fortalecimento dos reinos dinásticos / consolidação do localismo político.
c) centralização e unificação administrativa / formação de uma burocracia / montagem de um exército nacional.
d) consolidação da burguesia industrial no poder / liberalização da economia / descentralização administrativa.
e) estímulo à produção urbano-industrial / eliminação dos entraves feudais / apoio à prática do mecenato nas artes.


11. (UERJ/1994) "O homem é o lobo do homem". Com Thomas Hobbes (1588-1679) introduziu-se a teoria de que os súditos deveriam delegar poderes ilimitados ao monarca, em troca da segurança oferecida por um Estado forte, personificado na figura do rei. essa é uma das premissas da seguinte estrutura política:
a) parlamentarismo
b) imperialismo
c) absolutismo
d) anarquismo
e) liberalismo


12. (UFMG/1996) Todas as alternativas contêm justificativas para o absolutismo monárquico na Era Moderna, EXCETO:
a) Segundo Bossuet, todo poder público é fruto da vontade divina e deve ser obedecido, e revolta-se contra ele é cometer um sacrilégio.
b) Segundo Erasmo de Roterdam, as razões de Estado, acessíveis somente aos governantes, não podem ser contestadas pelos interesses individuais.
c) Segundo Hobbes, o poder do governante resulta de um contrato no qual os governados renunciam aos seus direitos e a autoridade do monarca se torna ilimitada.
d) Segundo Maquiavel, a obrigação máxima do governante é manter o poder e a segurança do país que governa.


13. (UFF RJ/1993) Escrevendo sobre o século XVIII europeu, Francisco Falcon distinguiu as noções de ilustração Política e Absolutismo ilustrado:
“(...) Ilustração política é bem mais abrangente... pois inclui os séculos XVII e XVIII e estende-se à Inglaterra, França e América do Norte, ou seja, exatamente àqueles países onde não houve absolutismo ilustrado (...). Corresponde às manifestações do pensamento político e social mais significativas e permanentes associadas à época do Iluminismo. Já o conceito de Absolutismo ilustrado corresponde ao chamado ‘despotismo esclarecido’ (...). Ao contrário do anterior, este conceito só se aplica a um breve período e a alguns Estados europeus”.
(Despotismo Esclarecido. São Paulo, Ática, 1989, pp. 12-3)
A partir do texto acima, é correto afirmar que:
a) Portugal e Espanha se apresentaram como regimes típicos de Despotismos Esclarecidos na segunda metade do século XVIII, preconizando reformas de “modernização” das métropoles e aperfeiçoamento do sistema colonial.
b) O apogeu da ilustração política na Inglaterra ocorreu no século XVII com as idéias de Locke e com a Revolução Gloriosa que derrubou o Despotismo Esclarecido dos Stuarts.
c) Na França, o Despotismo Esclarecido teve em Luís XIV, em cujo reinado emergiu a crítica ilustrada que resultaria na Revolução Francesa, o seu mais fiel representante.
d) Na América do Norte, a ilustração Política exprimiu-se nas idéias de Paine e Franklin, resultando na luta contra o Despotismo Esclarecido da Coroa britânica no século XVIII.
e) No caso da Prússia, não houve ilustração Política, nem Abolicionismo ilustrado, já que a nação alemã não se havia unificado politicamente na Época Moderna.


14. (UFJF MG/1998) O processo de centralização do poder real e unificação territorial, associado ao crescente controle do Estado sobre a economia, conduziu a maior parte dos países europeus à constituição de monarquias nacionais absolutistas. Esse processo teve, contudo, importantes variações regionais.
Enumere a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, em seguida, marque a alternativa CORRETA:
(1) Portugal
(2) Espanha
(3) França
(4) Inglaterra
(5) Alemanha
(__) o processo de centralização do poder real e unificação territorial foi dificultado devido à força da nobreza feudal luterana;
(__) a unidade política foi fraca devido à persistência de diversidades regionais e pluralidade cultural e religiosa, que pode ser exemplificada pela Guerra de Reconquista;
(__) foi o primeiro país europeu a se unificar territorial e politicamente, em grande parte devido ao apoio da nobreza e da burguesia ao rei,
(__) o processo de centralização real e unificação territorial foi reforçado pela vitória na Guerra dos Cem Anos, que desenvolveu o sentimento nacional, identificando a figura do rei com a grandeza do país;
(__) no processo de unificação territorial, nobreza e burguesia colocaram restrições ao poder do rei, através da criação de um parlamento.
a) 5, 2, 1, 3, 4;
b) 4, 2, 1, 5, 3;
c) 4, 2, 1, 3, 5;
d) 3, 1, 2, 5, 4;
e) 5, 1, 2, 3, 4.


15. (UFJF MG/1999) O mundo moderno caracterizou-se pela formação dos Estados Nacionais europeus, pela descoberta e colonização da América, bem como pelo Renascimento cultural e científico. Acerca das relações deste contexto com as teorias políticas que dele emergiram, marque a alternativa errada:
a) diante das dificuldades de unificação do Estado Italiano, Maquiavel propôs uma teoria que defendia a construção de um principado com poderes absolutos;
b) como o Estado Francês já se encontrava unificado e fortalecido, coube a Montesquieu edificar a teoria dos três poderes, que reafirmava as bases do Absolutismo;
c) no contexto do Absolutismo inglês, coube a Thomas Hobbes, com sua principal obra, O leviatã, reafirmar a soberania ilimitada do governante;
d) este também foi o contexto de criação da obra de Thomas Morus, A utopia, que propunha uma organização política alternativa, baseada na formação de comunidades livres.


16. (UFMA/2000) O rei, para os teóricos do absolutismo, era apresentado como:
a) O representante do Estado e de Deus na terra.
b) O protetor das artes e representante do terceiro estado.
c) O defensor principal da pátria contra as ações da Igreja.
d) O magistrado exclusivo das questões ligadas ao clero.
e) O responsável pela formulação das regras do método científico.


17. (UFMA/2000) Com relação ao Estado Absolutista Moderno, assinale a alternativa incorreta:
a) Foi o tipo de estado característico da fase de transição entre o feudalismo e o capitalismo.
b) Adotava como política econômica o mercantilismo, fosse metalista, fosse o de balança comercial favorável.
c) Representava politicamente os interesses de uma nobreza cada vez menos feudal do ponto de vista econômico, e de uma burguesia mercantil em ascensão.
d) Possuiu como principais teóricos, formuladores de sua ação, Montesquieu, Quesnay e Adam Smith.
e) Baseava-se na concentração de poderes nas mãos do monarca, podendo este chegar a justificar-se como representante de Deus.


18. (CESJF MG/2001) O processo de centralização do poder e a unificação territorial das nações europeias começaram com a formação das monarquias nacionais, ainda na Idade Média.
Sobre as teorias que justificavam o absolutismo na Europa, podemos afirmar, EXCETO:
a) Nicolau Maquiavel (1469-1527), foi um dos primeiros a defender a ideia da necessidade de um Estado centralizado e duradouro, tendo em vista o fortalecimento do príncipe (Estado).
b) Thomas Hobbes (1588-1679) que escreveu “O Leviatã”, afirma que os homens em estado de natureza obedecem apenas a seus interesses individuais, não importando as vontades coletivas e gerais, o que os leva a constantes conflitos. Para ultrapassar essa fase, a sociedade estabeleceria um “contrato” em que os governados cederiam seus direitos a um soberano, que regeria os conflitos sociais.
c) O francês Jean Bodin (1530-1596) afirmava que o rei estava acima das leis e dos cidadãos comuns, porque sua autoridade era uma determinação divina. Portanto, ele não deveria partilhá-la com ninguém e ninguém deveria restringi-la ou questioná-la.
d) O inglês John Locke (1632-1704) que escreveu a obra “Dois Tratados Sobre o Governo”, condenou o liberalismo político e a Revolução Gloriosa (1688-1689), reafirmando assim o pensamento político de Thomas Hobbes.
e) Jean Bossuet (1624-1704) também defendia a origem divina do poder real. Pois para ele: “Não há poder público sem a vontade de Deus”. Assim, o rei era considerado um representante de Deus na terra, e rebelar-se ou questioná-lo seria um autêntico sacrilégio, pois se estaria desobedecendo a Deus.


19. (PUC PR/19) O Despotismo Esclarecido marcou a atuação de alguns monarcas europeus no século XVIII, promovendo o progresso de seus povos. A fórmula política associava:
a) absolutismo real democracia.
b) democracia socialismo.
c) absolutismo real feudalismo.
d) feudalismo filosofia iluminista.
e) absolutismo real filosofia iluminista.


20. (PUC PR/2000) O Absolutismo Real foi consagrado no plano teórico por alguns filósofos e pensadores, que o explicaram como necessário e justo.
Numere a coluna II pela coluna I, e depois assinale a alternativa que contém a sequência correta:
Coluna I
(1) Nicolau Maquiavel
(2) Jean Bodin
(3) Thomas Hobbes
(4) Jacques Bossuet
Coluna II
(__) Seis livros da República
(__) O Leviatã
(__) Política resultante das Sagradas Escrituras
(__) O Príncipe
a) 2 - 3 - 1 – 4
b) 4 - 3 - 1 – 2
c) 3 - 2 - 4 – 1
d) 2 - 3 - 4 – 1
e) 2 - 4 - 1 – 3


21. (PUC PR/2002) Com relação ao Absolutismo Real e ao Iluminismo, enumere a coluna II conforme a coluna I e depois assinale a alternativa que contém a sequência correta.
Coluna I
(1) Thomas Hobbes.
(2) Nicolau Maquiavel.
(3) Jean Jacques Rousseau.
(4) Montesquieu.
(5) D. José II, Imperador da Áustria.
Coluna II
(__) pensamento democrático, autor da obra O Contrato Social.
(__) defensor do Absolutismo Real, escreveu a obra O Leviatã.
(__) política que misturava Absolutismo Real e Iluminismo.
(__) política de resultados, sem cuidados éticos, ensinada no livro O Príncipe.
(__) divisão do poder em três partes, visava a que o poder fiscalizasse o próprio poder.
a) 3 - 1 - 5 - 2 - 4.
b) 4 - 1 - 3 - 5 - 2.
c) 3 - 1 - 5 - 4 - 2.
d) 2 - 3 - 5 - 1 - 4.
e) 1 - 3 - 5 - 2 - 4.


22. (UEPB/1999) A destruição do sistema feudal deu origem a uma nova ordem política que tinha como uma das principais características o Estado absolutista.
Assinale a alternativa que trata deste Estado.
a) O poder era exercido pela igreja e pelos senhores feudais.
b) Controle das atividades políticas e econômicas nas mãos da burguesia e do proletariado em ascensão.
c) Poder concentrado nas mãos do monarca que chegava a ser confundido com o próprio Estado.
d) Ascensão da nobreza em aliança com os burgueses.
e) Poder concentrado e exercido pelo parlamento com o aval do Rei.


23. (UEPB/2000) O processo de formação dos Estados Nacionais europeus foi marcado:
a) pela ascensão da aristocracia rural interessada em estabelecer alianças com a emergente burguesia.
b) por um evidente fortalecimento do poder dos reis, apoiados por grupos burgueses.
c) pelo aumento do prestígio da Igreja Católica, aliada à aristocracia.
d) pela retração do sentimento de nacionalidade nas populações europeias.
e) pela diminuição da presença do Estado no cotidiano das pessoas.


24. (FURG RS/2006) A Idade Moderna (século XV à primeira metade do século XVIII) teve como característica(s):
a) o surgimento da burguesia e a consolidação do seu poder político-econômico.
b) a substituição das práticas mercantilistas pelos princípios fisiocráticos.
c) a consolidação dos regimes absolutistas, apoiados pela burguesia em ascensão.
d) o enfraquecimento do sistema colonial, a partir do surgimento dos novos Estados americanos.
e) o surgimento do Estado Burguês Liberal e a emergência da democracia como força política predominante.


25. (UEM PR/2006) O Antigo Regime é aquela forma de sociedade que surge na Europa nos tempos modernos. Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.
a) Os grandes teóricos do absolutismo real na época do Antigo Regime foram John Locke e David Hume.
b) O Antigo Regime se caracteriza, no terreno político, pela vigência do absolutismo real, e, no terreno econômico, pela implementação da política econômica mercantilista.
c) Na Inglaterra, o absolutismo real é abolido em 1760, durante a primeira Revolução Industrial.
d) Thomas Hobbes, em seu livro Leviatã, propôs a abolição do absolutismo real e a derrubada do Rei Carlos I da Inglaterra.
e) No Antigo Regime, vigora o princípio jurídico-político republicano, que diz que todos os homens são iguais perante a lei.

GABARITO

1. (UEPB/2001) A centralização monárquica, acompanhada da ampliação dos domínios reais, ou seja, territórios submetidos diretamente à autoridade do rei, englobando populações dotadas de hábitos, tradições, línguas e uma determinada consciência coletiva comuns, foi instrumentalizada pela formação de quadros burocráticos a serviço do Estado que dispunha ainda de um exército forte e permanente.
O texto em questão faz referência a qual período da evolução histórica da Europa?
a) Formação da Sociedade Feudal
b) Formação dos Estados Nacionais
c) Construção de Monarquias Constitucionais
d) Formação de Principados e Pequenas Repúblicas
e) Desconstrução do Nacionalismo Europeu


2. (UEPB/2002) Os Estados Nacionais, típicos da modernidade histórica, culminaram com a definição do Absolutismo. Dentre as alternativas abaixo relacionadas, aponte o país que melhor caracterizou a expressão do poder absoluto e a fase histórica que o antecedeu: o Feudalismo.
a) França
b) Inglaterra
c) Espanha
d) Portugal
e) Itália


3. (UFPB/1997) No período de 1400 a 1750, transformações de ordem econômica, política e ideológica criaram as pré-condições para o advento do mundo contemporâneo. O único conjunto de fatos que se enquadra, totalmente, no período acima destacado é:
a) Exploração das minas de Potosi (América); publicação do “Elogio da loucura”, de Erasmo; independência dos países africanos.
b) Início dos “enclosures” na Inglaterra; destruição da “Invencível Armada” espanhola; adesão de Calvino à Reforma.
c) Início da colonização do Brasil; Revolução Gloriosa na Inglaterra; auge da “Belle Époque”.
d) Governo de Cromwell na Inglaterra; destruição do exército de Napoleão; publicação do “Tratado do Governo Civil”, de John Locke.
e) Invasão holandesa no Brasil; publicação do “Discurso sobre o Método”, de Descartes; auge do modernismo.


4. (UFPEL RS/2000) Maquiavel aconselhou aos governantes do início da Idade Moderna formas de como manter o poder.
“É de notar-se, aqui, que, ao apoderar-se de um Estado, o conquistador deve determinar as injúrias que precisa levar a efeito, e executá-las todas de uma só vez, para não ter que renová-las dia a dia. Deste modo, poderá incutir confiança nos homens e conquistar-lhes o apoio, beneficiando-os. Quem age por outra forma, ou por timidez ou por força de maus conselhos, tem sempre necessidade de estar com a faca na mão e não poderá nunca confiar em seus súditos, porque estes, por sua vez, não se podem fiar nele, mercê das suas recentes e contínuas injúrias. As injúrias devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, tomando-se-lhes menos o gosto, ofendam menos. E os benefícios devem ser realizados pouco a pouco, para que sejam melhor saboreados.”
(MAQUIAVEL, Nicolau. “O Príncipe”. (Coleção Os Pensadores) 1º ed. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 44).
Suas ideias são características da conjuntura histórica que, na Europa, favoreceu:
a) a Escolástica e as Corporações de Ofício nas cidades.
b) o Teocentrismo e a fragmentação política do Império Romano.
c) o Renascimento e a centralização política que levou à formação dos Estados Nacionais.
d) o Iluminismo e o Liberalismo Econômico.
e) o Despotismo Esclarecido e a Revolução Industrial.


5. (UFRN/1997) O pensamento político e econômico europeu, em fins do século XVII e no século XVIII, apresentou uma vertente de crítica ao Absolutismo e ao Mercantilismo, predominantes na Europa, na Idade Moderna.
Qual das ideias abaixo caracteriza essa nova corrente de pensamento?
a) É necessária a regulamentação minuciosa de todos os aspectos da vida econômica para garantir a prosperidade nacional e o acúmulo metalista.
b) O Estado, com função de polícia e justiça, deve ser governado por um rei, cuja autoridade é sagrada e absoluta porque emana de Deus.
c) A fim de proteger a economia nacional, cada governo deve intervir no mercado, estimulando as exportações e restringindo as importações.
d) O poder do soberano era ilimitado, porque fora fruto do consentimento espontâneo dos indivíduos para evitar a anarquia e a violência do estado natural.
e) O Estado, simples guardião da lei, deve interferir pouco, apenas para garantir as liberdades públicas e a propriedade dos cidadãos.


6. (UFRN/1998) Na Idade Moderna, o Absolutismo monárquico foi característico da Europa. Para fortalecer o próprio poder real, os monarcas europeus:
a) opuseram-se aos privilégios da burguesia, apoiando os empresários capitalistas em sua luta contra as corporações de artesãos.
b) diminuíram o poder da nobreza, que passou a depender economicamente do rei, deste recebendo o governo das províncias e postos de comando no exército.
c) favoreceram os ideais econômicos da Igreja, que condenavam a usura e pregavam o “justo preço”, como desejava a burguesia.
d) socorreram economicamente a decadente burguesia e defenderam o proletariado em sua luta contra os empresários capitalistas.


7. (UFRN/2001) No século XVIII, alguns monarcas europeus conciliaram as teorias iluministas com as práticas absolutistas de governo.
O “Despotismo Esclarecido”, como foi chamada essa forma de governar, deu início às:
a) mudanças que eliminaram a intervenção do Estado na economia, permitindo total liberdade à iniciativa privada.
b) reformas que tentaram adequar as estruturas econômicas dos respectivos Estados à ordem liberal burguesa em ascensão.
c) práticas colonialistas que transformaram as estruturas econômicas, com base no desenvolvimento manufatureiro.
d) medidas econômicas que ampliaram a participação da aristocracia na relação entre metrópoles e colônias.


8. (UFSE/2001) A organização dos Estados nacionais, na Época Moderna, foi motivada por diversos acontecimentos importantes que faziam parte do contexto histórico europeu, na transição do sistema feudal para uma ordem burguesa.
Dentre esses acontecimentos destaca-se
a) a Reforma Protestante, responsável pelo surgimento de igrejas cristãs dissidentes que reduziram a autoridade espiritual dos papas e assentaram um golpe decisivo nas suas pretensões de disputar com os reis o poder temporal.
b) a Unificação Italiana, responsável pelo desenvolvimento cultural ligado às artes e letras, forneceu o suporte linguístico para a criação de uma língua nacional e acabou com a fragmentação associada aos inúmeros dialéticos.
c) o movimento das cruzadas, responsável pela abertura do comércio entre o Mediterrâneo e o Atlântico que possibilitou o surgimento da burguesia que, se aliando ao rei, forneceu as condições econômicas essenciais á centralização do poder.
d) a Peste Negra, responsável pela dizimação de grande parte da população europeia que enfraqueceu a autoridade do clero e acelerou o processo de concentração do poder nas mãos do soberano.
e) o Liberalismo, responsável pelo surgimento da doutrina da soberania do Estado que rompeu definitivamente com a concepção medieval de autoridade ao defender o poder absoluto dos reis.


9. (UFOP MG/1994) Assinale a alternativa que define com maior exatidão o direito divino dos reis.
a) Ideia de legitimidade de um governo baseada no princípio da delegação divina do direito de comandar um povo, que deve prestar obediência ao governante assim empossado.
b) Princípio de legitimidade de um governo, baseado na obrigatoriedade de o povo obedecer ao governante que foi eleito pela parcela cristã da população.
c) Fundamento de governo das monarquias absolutas, cuja base principal se assentava na premissa de que o líder espiritual da religião cristã deveria ser o monarca.
d) Princípio de governo defendido pelos líderes da “reforma”, movimento religioso preocupado com a legitimação dos Estados vigentes no período.
e) Ideia de sacralização do poder régio, promovido pela alta cúpula da Igreja Católica, que estava querendo a supremacia do poder do Papa sobre todas as monarquias do período.


10. (UFOP MG/1996) Com relação à dinâmica da economia na Europa, na Idade Moderna, assinale a alternativa incorreta:
a) A maior parte dos membros da burguesia inglesa proveio da população camponesa, favorecida pelo desenvolvimento do comércio de lã.
b) Apesar da colonização do continente americano, as economias portuguesa e espanhola não conseguiram investir os recursos para se consolidarem como potências econômicas.
c) No século XVI, os Países Baixos - Bélgica e Holanda - se destacavam como um dos principais eixos econômicos do comércio entre a Europa e as chamadas Índias Orientais.
d) Através da instituição da nobreza de robe, a burguesia francesa teve acesso à estrutura política e administrativa do Estado francês.
e) Em termos gerais, a expansão da economia mundial, nesse período, favoreceu a ascensão política e social da burguesia na Inglaterra, França e Países do Norte (Holanda).


11. (UFOP MG/1996) Em relação ao processo de constituição dos Estados na Europa, na Idade Moderna, assinale a opção correta.
a) Com a Guerra da Restauração, a Espanha conseguiu se emancipar do domínio da coroa Portuguesa, que vinha ocorrendo desde 1580.
b) Portugal e Espanha foram os primeiros Estados na Europa Ocidental a constituir um poder central efetivamente soberano, fato que permitiu a eles iniciarem a expansão marítima.
c) Como resultado da “Revolução Inglesa”, ocorrida no século XVII, a Inglaterra emergiu, em definitivo, como a primeira potência capitalista republicana, condições fundamentais para a “Revolução Industrial” do século XVIII.
d) Em decorrência das “Guerras de Religião”, ocorridas no século XVI, a França católica, pôde finalmente conquistar antigos territórios até então sob o domínio da Coroa Inglesa, protestante.
e) Após décadas de lutas contra Coroa Espanhola, a “Bélgica” (Países Baixos do Sul” inicia o século XVII como Estado independente, diferentemente da “Holanda” Países Baixos do Norte).


12. (UFOP MG/1997) Assinale a alternativa que define com maior exatidão a sociedade do Antigo Regime (Europa Ocidental, século XVI a XVII):
a) Sociedade de economia fundamentalmente industrial, com predominância da vida urbana sobre a rural.
b) Sociedade de ordens (primeiro-estado e terceiro-estado), com a nobreza (segundo-estado) exercendo o domínio social.
c) Tipo de sociedade laica, isto é, que não seguia nenhuma orientação religiosa de forma oficial.
d) Sociedade submetida a uma forma democrática de governo, com separação explícita dos poderes executivo, legislativo e judiciário.
e) Sociedade do tipo feudal, com um grande poder nas mãos da aristocracia local e uma inexistente autoridade monárquica.


13. (UFOP MG/1997) O período do governo de Luís XIV foi marcante para a história francesa e europeia.
Com relação a esse período, é correto afirmar que:
a) correspondeu à época da Noite de São Bartolomeu, evento que ficou registrado na história como um símbolo da violência gerada por conflitos religiosos.
b) no seu governo, foi marcante a presença do ministro Richelieu, o mais influente conselheiro do rei.
c) foi um período de grande centralização do Estado na França com o desenvolvimento de uma política externa belicista e de uma articulada política mercantilista.
d) foi favorável à liberdade religiosa, já que Luís XIV desenvolveu uma política de defesa à prática do protestantismo na França.
e) caracterizou-se pela vigência das ideias iluministas, já que Luís XIV desenvolveu uma política de livre circulação de ideias, sendo conhecido como um “déspota esclarecido”.


14. (UNIFICADO RJ/1994) Assinale a opção que expressa corretamente uma prática dos Estados Modernos Absolutos europeus nos séculos XV/XVIII.
a) Combate aos privilégios da nobreza.
b) Centralização política e administrativa.
c) Política econômica liberal.                      
d) Fragmentação territorial.
e) Abandono do tributarismo e do fiscalismo.


15. (UNIPAR PR/2002) “A Guerra das Duas Rosas (1455-85) representou para a aristocracia proprietária de terras, mais do que uma catástrofe natural, uma catástrofe social, um derramamento de sangue que muito a enfraqueceu...”
Uma das consequências da Guerra das Rosas na Inglaterra foi:
a) a ascensão da Dinastia Tudor que irá comandar o processo de formação da monarquia nacional centralizada submetendo a nobreza feudal enfraquecida diante do longo período de combates.
b) a disseminação da Peste Negra que foi facilitada pelas condições de pobreza ocasionadas pelas guerras e a desestruturação da produção agrícola.
c) a aproximação da Inglaterra com a Igreja Católica como único meio superar as divergências internas e a crise econômica.
d) o enfraquecimento do incipiente capitalismo inglês diante do colapso da produção de lã empobrecendo a classe dos proprietários e dos comerciantes.
e) a invasão estrangeira e o domínio de grande parte do território pelo Exército Real francês.


16. (UNIRIO RJ/2002) O Absolutismo monárquico manifestou-se de formas variadas, entre os séculos XVI e XVIII na Europa, através de um conjunto de práticas e doutrinas político-econômicas que fundamentavam a atuação do Estado Nacional Absoluto. Dentre essas práticas e doutrinas, identificamos corretamente a:
a) condenação da doutrina política medieval que justificava a autoridade monárquica absoluta através do Direito Divino dos Reis.
b) concentração dos poderes de governo e da autoridade política na pessoa do Rei identificado com o Estado c. promoção política das burguesias nacionais, principais empreendedores mercantis da expansão econômica e geográfica do Estado Moderno Absoluto.
d) adoção de práticas capitalistas e liberais como fundamento da organização econômica dos Impérios coloniais controlados pelas Monarquias europeias.
e) rejeição dos princípios mercantilistas: dirigismo econômico e protecionismo alfandegário.


17. (UNIRIO RJ/1994) Entre os séculos XVI e XVII multiplicam-se autores e doutrinas para justificar e legitimar o Estado autoritário e o Absolutismo modernos. Maquiavel, um dos teóricos da origem do Estado moderno, apontava:
a) Em O Príncipe: "um profundo desprezo pela lei moral que limitava a autoridade do governante".
b) Em O Príncipe: "necessidade de um pacto político e social que garantisse a soberania popular".
c) Em o Contrato Social: "a impossibilidade de haver poder público sem a vontade de Deus".
d) Em o Espírito das Leis: "a soberania limita dos reis e a difusão das instituições parlamentares".
e) No Leviatã: "a necessidade da renúncia de todos os direitos dos governados em favor do monarca de autoridade ilimitada."


18. (UPE/2002) Assinale a alternativa correta.
a) As monarquias absolutistas foram importantes para efetivar a centralização política europeia e concretizar a hegemonia política da nobreza.
b) A Reforma Protestante contribuiu para retomar princípios básicos do cristianismo, consagrando as teologias medievais que defendiam o livre arbítrio.
c) A Expansão Marítima Europeia foi importante para o crescimento das atividades comerciais e restabeleceu a navegação no Mediterrâneo, em crise, na Idade Média.
d) A burguesia conseguiu, na Idade Moderna, ascender socialmente e construir alianças políticas que vão facilitar sua chegada ao poder.
e) Não se pode negar que o feudalismo desapareceu da Europa, depois do crescimento do comércio no século XVI, com a decadência da nobreza.


19. (UNESP SP/1993) O início da época Moderna está ligado a um processo geral de transformações humanísticas, artística, cultural e política. A concentração do poder promoveu um tipo de Estado. Para alguns pensadores da época, que procuraram fundamentar o absolutismo,
a) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da maioria.
b) a História se explica pelo valor da raça de um povo.
c) a fidelidade ao poder absoluto reside na separação dos três poderes.
d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu representante na Terra.
e) a soberania máxima reside no próprio povo.


20. (UNESP SP/1997) “A monarquia absoluta foi uma forma de monarquia feudal diferente da monarquia dos Estados Medievais que a precedeu; mas a classe dominante permaneceu a mesma, tal como uma república, uma monarquia constitucional e uma ditadura fascista podem ser todas [elas] formas de dominação burguesa.”
(Christopher Hill, “Um Comentário”, citado por Perry Anderson em Linhagens do Estado Absolutista.)
O texto apoia a seguinte afirmação:
a) os estados Medievais precederam a monarquia.
b) a expressão “monarquia feudal” não é aplicável aos Estados Medievais.
c) os Estados Medievais podem ser considerados Estados de transição.
d) o absolutismo foi uma forma de dominação feudal.
e) o absolutismo foi politicamente neutro do ponto de vista social.


21. (UEPB/2005) Os processos de formação e consolidação dos Estados Nacionais, variáveis em cada país, sugerem que a linguagem política das monarquias no Antigo Regime variou na mesma proporção.
Considere as proposições a seguir:
I. O Estado Nacional se constituiu na realização do projeto político e econômico da burguesia em ascensão, articulado com o interesse dos monarcas europeus em retomar o controle sobre seus países.
II. A política econômica do mercantilismo utilizava barreiras alfandegárias para obter resultados favoráveis na balança comercial.
III. A afirmativa de que a Teoria do Direito Divino serviu de argumento para justificar o poder dos reis absolutos carece de sustentação, visto que a Igreja Católica era um obstáculo ao Estado Nacional.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I está correta.
b) Apenas II está correta.
c) Apenas I e II estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão corretas.


22. (UECE/2002) “Na verdade, a classificação do absolutismo como um mecanismo de equilíbrio político entre a nobreza e a burguesia desliza, com frequência, para sua designação implícita ou explícita fundamentalmente como um tipo de Estado burguês enquanto tal.”
Fonte: ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 16.
Considerando o comentário, acima apresentado, é verdadeiro afirmar:
a) a burguesia constituía o agente monopolizador no controle do Estado absolutista.
b) as monarquias absolutas representavam a subordinação política da nobreza à burguesia.
c) o Estado absolutista preservava o domínio político da nobreza, mas abria espaço à presença da burguesia.
d) o controle do Estado absolutista pela burguesia restringiu-se a Espanha.


23. (UNESP SP/1997) “a monarquia absoluta foi uma forma de monarquia feudal diferente da monarquia dos Estados medievais que a precedeu; mas a classe dominante permaneceu a mesma, tal como uma república, uma monarquia constitucional e uma ditadura fascista podem ser todas [elas] formas de dominação burguesa.”
(Christopher Hill, “Um comentário”, citado por Perry Anderson em Linhagens do Estado absolutista.)
a) os Estados medievais precederam a monarquia.
b) a expressão “monarquia feudal” não é aplicável aos estados medievais.
c) aos Estados medievais podem ser considerados Estados de transição.
d) o absolutismo foi uma forma de dominação feudal.
e) o absolutismo foi politicamente neutro do ponto de vista social.


24. (UNIFOR CE/2000) Bossuet destacou-se como um dos principais teóricos do absolutismo. Em seu livro procurou:
a) fundamentar suas explicações sobre o absolutismo em princípios racionais, sem interferência religiosa.
b) defender a ideia de que somente a autoridade do monarca, limitada pelo legislativo, poderia manter a ordem interna de uma nação.
c) demonstrar que o alcance da plenitude política e do poder absoluto dependia da virtude e da fortuna dos reis.
d) justificar o absolutismo monárquico sob o ponto de vista religioso, elaborando a teoria do direito divino dos reis.
e) definir o absolutismo como um poder centralizado na pessoa do rei com auxílio de ministros, escolhidos pelo parlamento.


25. (FM Petrópolis RJ/2013) Na Idade Média, a autoridade do rei existia, mas era relativamente fraca, pois o poder era exercido, efetivamente, pelo senhor feudal. Com a crise do feudalismo, o poder central vê sua importância aumentar. Os senhores foram se enfraquecendo, de forma lenta, com a perda de terras e servos. Nesse contexto, uma nova política se fortalece, tendo como característica básica a monarquia de direito divino.
Essa nova política correspondeu ao surgimento do Estado
a) absolutista
b) constitucionalista
c) neoliberal
d) neocolonialista
e) social-democrata


GABARITO


1. (UNIFOR CE/2000) As monarquias absolutistas na Europa marcaram o surgimento do Estado Moderno, que se caracterizou pela existência de:
a) sinais visíveis de enfraquecimento dos laços de fidelidade dos senhores feudais, afugentando da Corte os elementos mais destacados desse grupo social.
b) um forte movimento de descentralização e enfraquecimento do Estado, contribuindo para a derrocada do capitalismo.
c) uma burocracia – conjunto de instituições e funcionários administrativos e judiciários a serviço do poder político – e pelo monopólio da força.
d) movimentos dos exércitos nacionais que derrubavam as fronteiras geográficas definidas.
e) grande desinteresse por parte dos habitantes das diversas regiões da Europa em criar uma identidade nacional.


2. (UNIFOR CE/2001)
I) "Um dos sentimentos dominantes entre os povos do século XIV foi o desejo de estreitar os laços da língua, para que pudessem exprimir, com as mesmas palavras, as mesmas maneiras de sentir e pensar. O Renascimento iniciado na Itália forneceu esse suporte linguístico..."
II) "Manifestou-se desde o século XIV, no Ocidente, o anseio por uma espécie de nacionalismo eclesiástico, ou seja, o desejo por uma religião nacional, para que os príncipes pudessem dirigir, a seu modo, os cleros nacionais."
III) "O interesse em conter as massas camponesas, que, estimuladas pelo desenvolvimento comercial, buscavam novas oportunidades de trabalho nas cidades, fazia com que burgueses e nobres se preocupassem em organizar novas estruturas políticas..."
(Myriam B. Mota e Patrícia R. Braick - História das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 1997)
Os textos referem-se:
a) ao modelo de Estado nacional que se desenvolveu na Europa entre os séculos XII e XVII.
b) às contribuições do Renascimento e da Reforma Religiosa para a unificação italiana e alemã.
c) a fatores responsáveis pelo surgimento dos Estados Modernos, governados por monarcas absolutistas.
d) às consequências da formação dos Estados Modernos para o desenvolvimento econômico e cultural europeu.
e) aos limites impostos às monarquias nacionais, estabelecidos pelos interesses da burguesia e da nobreza europeia.


3. (UNIFOR CE/2001)
I) Noite de São Bartolomeu – 24 de agosto de 1572 – em que foram massacrados milhares de protestantes.
II) Guerra dos três Henriques que deu início à dinastia dos Bourbons.
III) Edito de Nantes que concedeu, em 1598, liberdade de culto aos protestantes.
Os itens identificam uma sequência de fatos ligados à:
a) formação da monarquia absolutista na França.
b) convocação dos Estados Gerais franceses.
c) eclosão das revoluções burguesas na Europa.
d) sujeição do parlamento à monarquia europeia.
e) instalação da assembleia constituinte na França.



4. (UNIFOR CE/2002) “O domínio do Estado absolutista era o da nobreza feudal, na época da transição para o capitalismo. O seu fim assinalaria a crise do poder de sua classe: o advento das revoluções burguesas.”
(Perry Anderson. Linhagens do Estado Absolutista. Tradução. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 41)
Coerentemente com a interpretação do autor, pode-se afirmar que o Estado absolutista:
a) representou um mecanismo de equilíbrio político entre a nobreza e a burguesia até o fim do Antigo Regime.
b) foi um fenômeno tipicamente feudal, em que o rei tornou-se defensor dos interesses exclusivamente políticos da burguesia comercial.
c) significou um instrumento utilizado pela burguesia contra a aristocracia, visando destruir o poder da nobreza feudal.
d) engendrou uma violenta crise no interior da nobreza, já que os reis não possuíam legitimação jurídico-política.
e) representava fundamentalmente um aparelho para a proteção dos privilégios aristocráticos.


5. (Mackenzie SP/2005) Considere as afirmativas abaixo.
I) O Absolutismo caracterizou-se como um tipo de regime político que, durante a transição do feudalismo para o capitalismo, preocupava-se com o desenvolvimento econômico, principalmente comercial.
II) A nobreza feudal opôs-se ao regime absolutista, por considerá-lo prejudicial aos seus interesses. Ficou, por isso, restrita à posse das terras e dos títulos nobiliárquicos.
III) Os monarcas absolutistas apoiavam seu poder supremo em direitos consagrados por meio de uma Constituição reconhecida pelo Papa.
Assinale:
a) se somente I estiver correta.
b) se somente III estiver correta.
c) se somente I e II estiverem corretas.
d) se somente II e III estiverem corretas.
e) se todas estiverem corretas.


6. (UNIFOR CE/2005) Pode-se afirmar que o absolutismo correspondeu ao período de transição do feudalismo ao capitalismo, quando a burguesia,
a) para controlar a nobreza, concedeu monopólios comerciais ao Estado e contribuiu para a acumulação capitalista.
b) sob a proteção do Estado, acumulou capitais e criou condições para o desenvolvimento da sociedade capitalista.
c) abdicou o poder político em nome do Estado para controlar o salário de grande massa de trabalhadores livres.
d) ao aplicar seus capitais na agricultura, criou condições para o fortalecimento do Estado e da sociedade capitalista.
e) aceitou as imposições do Estado em troca da concessão de privilégios fiscais e judiciários para suas empresas.


7. (UEPB/2005) O desenvolvimento interno da economia feudal promovido pelos artífices e mercadores criou a necessidade de ampliar o intercâmbio trocando também as moedas, prática dominada pelos banqueiros, principalmente os italianos. Neste sentido, marque a alternativa que NÃO se refere ao tema em questão.
a) Os banqueiros italianos chegaram a obter o apoio do papa, que se utilizava dos mercadores para a tributação de países católicos e o transporte de mercadorias, postagem e dinheiro.
b) A contradição entre a Igreja e os banqueiros residia na cobrança de juros, já que cobrar pela duração do empréstimo, para o clero, consistia na venda do tempo, pertencente a Deus.
c) O considerável número de judeus usurários reforçava os motivos da Igreja para condenar o empréstimo de dinheiro a juros.
d) A Igreja não admitia rever seus dogmas e nunca se dispôs a reavaliar o problema da usura, negando inclusive a possibilidade do arrependimento.
e) Não foram poucos os burgueses que, na hora da morte, doaram parte de suas riquezas aos pobres e à Igreja em troca da salvação.


8. (FATEC SP/2002) Com a morte de Elizabeth I, da Inglaterra (1603), acaba a dinastia Tudor, que desfrutava de uma situação de grande prosperidade, graças à política mercantilista, e tem início a dinastia Stuart.
Sobre a dinastia Stuart é correto afirmar que:
a) Carlos I assume o poder logo após a morte de Elizabeth e torna-se o todo-poderoso, rei de três países: Inglaterra, Escócia e Irlanda.
b) Jaime I foi chamado de “o imbecil mais sábio de toda a cristandade”, por Henrique IV, rei da França, devido à falta de habilidade política, excesso de vaidade, teimosia inarredável e grande erudição.
c) Oliver Cromwell exigiu que o Parlamento criasse o Primeiro Bill of Rights, que dava ao cidadão garantia contra detenções arbitrárias e tributos ilegais.
d) Jaime II lançou os Atos de Navegação, decretos que estabeleciam que somente embarcações inglesas poderiam realizar o comércio com suas colônias da América.
e) Carlos II fugiu para a França quando Guilherme de Orange invadiu a Inglaterra, e iniciou- se a Revolução Puritana.


9. (FGV/2001) “O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (...) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis da natureza (...).”
(HOBBES, Thomas. Leviatã)
A partir do texto acima podemos afirmar que:
a) o fim último dos homens é a vida em liberdade e a guerra social;
b) para terem uma vida mais satisfeita e cuidarem de sua conservação, os homens têm que dominar uns aos outros;
c) por amar a liberdade, o homem tem que sair da condição de guerra, consolidando leis de forma democrática;
d) para se conservarem, os homens restringem a própria liberdade;
e) a democracia, como forma de governo, é a única garantia da conservação dos homens frente ao estado de guerra total.


10. (PUC RS/2003) Entre os séculos XV e XVII, a intelectualidade europeia cria novas concepções teóricas sobre o poder do Estado e seu exercício legítimo. Uma das mais célebres dessas concepções buscava estabelecer uma explicação racional para o poder absoluto do soberano a partir do conceito de Estado de Natureza, no qual os indivíduos, egoístas e absolutamente livres, viveriam em constante e violento conflito, resultando daí a necessidade de que tais indivíduos cedessem, por contrato, todos os seus direitos ao Estado, abdicando da liberdade para garantir a segurança e a paz social. Trata-se das ideias de:
a) Thomas Hobbes.
b) Jean Bodin.
c) Nicolau Maquiavel.
d) Hugo Grotius.
e) Jacques Bossuet.


11. (UESPI/2003) Os enunciados abaixo elencados correspondem às definições e ideias mais correntes formuladas sobre o estado Moderno absolutista, exceto um deles. Assinale-o.
a) O Estado Moderno absolutista foi uma espécie de Estado de transição ente as estruturas políticas e sociais medievais e as sociedades mercantis dos Tempos Modernos;
b) “Foi [de um lado] um ‘estado feudal transformado’ com a burocracia administrativa, formada em grande parte pelos senhores feudais, que mantinham valores e privilégios seculares; de
outro, um dinâmico agente mercantil” (C. Vicentino);
c) Estado de base servil escravista que rompe o pacto Igreja vs. Estado característico da era medieval;
d) Estado despótico baseado numa espécie de aliança ou pacto entre o rei e a burguesia;
e) É sob o estado Moderno absolutista que prospera o que se chama de cultura renascentista europeia.


12. (UFSCAR SP/2003) À cristianização compulsiva se seguiu, tempos depois, a partir da dinastia dos Bourbons, a castelhanização compulsiva. O centralismo castelhano, negador da pluralidade nacional e cultural da Espanha, chegou ao paroxismo sob a ditadura de Franco.
Eduardo Galeano. A descoberta da América (que ainda não houve)
Tendo em vista o texto, considere as quatro afirmações seguintes:
I) O autor refere-se ao período da imposição do cristianismo na Espanha e suas colônias, com os tribunais da inquisição, nos séculos XV e XVI.
II) O autor refere-se à unificação espanhola comandada por castelhanos, a partir da aliança entre Isabel de Castela e Fernando de Aragão.
III) O autor refere-se às lutas por independência por parte de catalãos, andaluzes, bascos e galegos.
IV) O autor refere-se ao centralismo do Estado ditatorial de Franco no final do século XIX.
Estão corretas as afirmações
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) I, III e IV, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.


13. (UFPB/2005) O conjunto de experiências vividas pela Humanidade, a partir da desagregação do mundo feudal, tem sido denominado de modernidade, caracterizando-se por profundas e abrangentes transformações sobre a sociedade, a cultura, a economia, a política e o espaço.
Sobre os fatos históricos que compõem as bases iniciais dos tempos modernos, é INCORRETO afirmar:
a) A Reforma Protestante constituiu uma reação ao catolicismo medieval, questionando muitos dos seus valores, a exemplo da condenação da Igreja católica à usura e ao lucro.
b) O Renascimento promoveu uma visão e representação de mundo centradas nas potencialidades do ser humano, diferentemente da época medieval, em que a centralidade na visão e representação do mundo residia na divindade.
c) O Absolutismo configurou a centralização do poder nas mãos do monarca, contrapondo-se à fragmentação do poder feudal e correspondendo à forma originária do Estado capitalista moderno.
d) O Capitalismo pré-industrial questionou o controle do Estado sobre a economia e defendeu a livre concorrência entre as nações, princípios concretizados no Mercantilismo, em contraponto à política econômica estatizante do feudalismo.
e) A Revolução Científica possibilitou a observação da natureza, mediante a realização de experimentos, bem como a comprovação de pesquisas através de dados empíricos, substituindo a forma contemplativa de conhecimento predominante na época medieval.


14. (UFG GO/2004) O conde de Sabugosa, vice-rei entre 1720 e 1735, apoiou a comunidade de negociantes baianos em seus esforços em preservar o monopólio do tráfico negreiro com a África em oposição aos interesses dos comerciantes de Lisboa, que tinham o apoio de D. João V. [...]
Em 1734 houve um protesto contra o monopólio do sal e contra os preços exorbitantes, o juiz de fora de Santos liderou um ataque contra o depósito de sal, colocando o produto à venda com preço reduzido.
RUSSEL-WOOD, John. Centro e periferia no mundo brasileiro, 1500-1508. Revista Brasileira de História. São Paulo: Anpuh/Humanitas, 18:36 (1988) 232-233.
Os relatos indicam a especificidade da relação colonial na América portuguesa no contexto do capitalismo comercial e absolutista. Da leitura dos relatos conclui-se que:
a) o sistema colonial português na América baseava-se na relação de respeito, entre as partes, derivada do pacto colonial.
b) a especificidade do sistema colonial português na América vinculava-se à subordinação política e econômica da colônia à metrópole.
c) a transgressão do princípio da autoridade absoluta do Rei efetivou-se nos atos praticados pelos representantes da Coroa e pela população administrada.
d) a organicidade do sistema colonial estava assegurada pelas formas de domínio político-administrativo da metrópole.
e) a rigidez do domínio metropolitano impediu o atendimento às demandas políticas e econômicas da população colonial.


15. (UNIFOR CE/2003) Considere o texto.
"O governo monopolista, fundamentado nos monopólios da tributação e da violência física, atingira, assim, nesse estágio particular, como monopólio pessoal de um único indivíduo, sua forma consumada. Era protegido por uma organização de vigilância muito eficiente. O rei latifundiário, que distribuía terras ou dízimos, tornara-se o rei endinheirado, que distribuía salários, e este fato dava à centralização um poder e uma solidez nunca alcançados antes."
(Norbert Elias. O processo civilizador. Trad. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993. v. 2. p. 170)
O governo de Luís XIV (1661-1715) é considerado notável exemplo da forma de governo descrita pelo texto acima. Para manter e concentrar o poder nas mãos do soberano,
a) os mecanismos criados para promover a ascensão da burguesia e os privilégios e benefícios concedidos à nobreza eram estratégias adotadas pelo monarca para manter essas camadas sociais sob seu controle, estimular a rivalidade entre eles e consequentemente, manter o poder centralizado na figura do rei.
b) os benefícios e os direitos concedidos de maneira uniforme à burguesia e à nobreza favoreciam a convivência pacífica entre as duas classes e, nesse contexto, todas as decisões do rei eram aclamadas e consideradas eficientes, uma vez que não estimulavam rivalidades na sociedade.
c) os privilégios fartos concedidos à nobreza, que contrastavam e agravavam a situação de falência econômica da burguesia, faziam parte das estratégias encontradas pelo soberano para evitar o enfraquecimento da classe social da qual era proveniente e que constituía sua tradicional base política.
d) as leis e direitos revistos e reformulados no regime absolutista favoreceram a ascensão e o fortalecimento das classes populares num contexto de inevitável decadência da nobreza e total isolamento político da burguesia, que culminou, posteriormente, na eclosão da Revolução Francesa.
e) as estratégias do monarca visavam concentrar ao máximo o poder em suas mãos, ainda que de forma autoritária, em virtude dos altos níveis de corrupção existentes no seio da nobreza e em decorrência da ambição exacerbada que manifestavam os setores burgueses, impedindo a eficiência de sua administração.


16. (FGV/2000) Sobre a formação do absolutismo na França, é incorreto afirmar que:
a) seus antecedentes situam-se, também, nos reinados de Filipe Augusto, Luís IX e Filipe IV, entre os séculos XII e XIV;
b) fez-se necessária nesse processo a centralização dos exércitos, dos impostos, da justiça e das questões eclesiásticas;
c) a abolição da soberania dos nobres feudais não teve um importante papel nesse contexto;
d) a Guerra dos Cem Anos foi fundamental nesse processo;
e) durante esse processo a aliança com a burguesia fez-se necessária para conter e controlar a resistência de nobres feudais.


17. (UFTM MG/2003) Durante a Idade Moderna, na Europa, a vida econômica, social e política foi marcada:
a) pelo liberalismo econômico, pela sociedade estamental de privilégios e pela formação das monarquias nacionais.
b) pelo intervencionismo do Estado na economia, pelos privilégios do clero e da nobreza e pelos Estados absolutistas.
c) pela acumulação de metais para indicar a riqueza do país, pela divisão em classes sociais e pela repartição do poder em três.
d) pela liberdade de produção e comércio, pela ampla mobilidade entre as classes sociais e pelos Estados liberais burgueses.
e) pelo controle estatal da economia, pela liberdade de expressão e pelas monarquias absolutistas de direito divino.


18. (UFTM MG/2003) Leia:
“(...) como não há poder público sem a vontade de Deus, todo governo, seja qual for sua origem, justo ou injusto, pacífico ou violento, é legítimo; todo depositário da autoridade, seja qual for, é sagrado; revoltar-se contra ele é cometer um sacrilégio.”
“É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder, tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder.”
(in Rubim Aquino, História das sociedades: das sociedades modernas às atuais.)
Os autores desses trechos, referindo-se à Europa durante a Idade Moderna,
a) representam, com suas ideias, a corrente filosófica conhecida como Iluminismo, contrária aos Estados absolutistas.
b) refletem visões opostas, pois o primeiro legitima o poder absoluto do rei e o segundo defende limitações ao poder.
c) justificam, com suas teorias políticas, o Absolutismo monárquico vigente na maioria dos países europeus naquela época.
d) permitem compreender as disputas políticas e militares que opuseram os principais Estados nacionais modernos.
e) apresentam visões contrárias sobre o poder real, pois o primeiro mostra sua fragmentação e o segundo, sua concentração.


19. (UEG GO/2004) Os Estados modernos, característicos da Europa Ocidental entre os séculos XV e XVII, tinham no absolutismo e no mercantilismo elementos interdependentes que, juntos, visavam garantir o seu fortalecimento político.
Acerca dos processos e formação dos Estados modernos, é CORRETO afirmar:
a) A constituição dos Estados modernos está ligada a um processo geral de transformações que promoveram a ascensão da burguesia industrial ao controle efetivo dos governos absolutistas.
b) A reordenação do exército e da burocracia visava, respectivamente, à garantia do monopólio da força e à ampliação da arrecadação de impostos, condições essenciais para a estabilidade do Estado moderno.
c) O despreparo intelectual da nobreza, face as renovações tecnológicas ocorridas entre os séculos XV e XVIII, implicou a anulação do poder dessa ordem no Estado moderno.
d) O absolutismo, como sistema político, caracterizou-se pela substituição das práticas mercantilistas pelos princípios liberais, consolidando o poder político e social da burguesia.
e) A colonização inglesa na América se distanciou das práticas mercantilistas em função da similitude climática e cultural entre a colônia e a metrópole.


20. (UEL PR/2005) “Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Consequentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus.”
(Jacques Bossuet, bispo e ideólogo do absolutismo. 1709)
 “(...) que seja prefixada à Constituição uma declaração de que todo o poder é originariamente concedido ao povo e, consequentemente, emanou do povo.”
(Emenda Constitucional proposta por Madison, parlamentar francês, em 8 de junho de 1789.)
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre Absolutismo e Revolução Francesa, considere as afirmativas a seguir.
I) Para o primeiro autor os indivíduos no Estado Absoluto tinham o dever de obedecer ao soberano como súditos, enquanto para o segundo, no Estado Liberal o cidadão é um ser racional, livre e capaz de escolher seus próprios governantes.
II) O primeiro documento é marcado pela ideia de que somente um governo dotado de poder absoluto, derivado de Deus, poderia garantir a paz e a segurança dos indivíduos, enquanto para o segundo, o Estado de Direito, regido por uma constituição livremente estabelecida, conseguiria reger as relações entre os indivíduos.
III) Para o primeiro texto, o poder absoluto apelava para regras jurídicas formais que valessem para todos; enquanto para o segundo, o soberano estava acima da lei, sendo este poder ilimitado, resultante do consentimento espontâneo dos seus súditos.
IV) O primeiro documento prega um estado forte e centralizado, enquanto o segundo defende um Estado liberal e representativo.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III
c) II e III.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.


21. (UFTM MG/2005) Durante a Idade Moderna, governos europeus adotaram uma política econômica que, embora com variações, caracterizava- se pelo intervencionismo, visava ao fortalecimento e ao enriquecimento do Estado e atendia aos interesses da burguesia. Trata-se:
a) do Absolutismo.
b) da Fisiocracia.
c) do Liberalismo.
d) da Ilustração.
e) do Mercantilismo.


22. (UFJF MG/2005) O Absolutismo Real surgiu na Europa em meio à transição da sociedade feudal para a ordem capitalista, a partir do século XV.
Sobre o Absolutismo, pode-se afirmar que:
a) acarretou a perda completa do poder da nobreza, agora destituída dos privilégios que detinha, diante de outros grupos.
b) em sua versão francesa, revelou-se mais permeável à representação política, dada a grande importância do Parlamento, especialmente sob Luis XIV;
c) o estabelecimento de impostos regulares, para financiar o exército e a administração reais, colabora para a efetivação deste absolutismo.
d) enfraqueceu-se a autoridade da Igreja com a afirmação do poder real, tal como se verifica em Portugal e Espanha, onde se promoveu uma rígida separação entre Igreja e Estado, na administração civil;
e) a burguesia tornou-se a classe politicamente dirigente, instituindo-se, desta forma, uma ordem econômica baseada no livre mercado.


23. (UEM PR/2006) A respeito do Estado Nacional centralizado que emerge na Europa entre final da Idade Média e início dos tempos modernos, assinale o que for incorreto:
a) Pode-se dizer que o Estado moderno é uma organização política em cujo interior coexistem instituições e costumes herdados do feudalismo com instituições e costumes da sociedade burguesa em formação.
b) Esse Estado representou um grande obstáculo ao desenvolvimento da burguesia comercial-manufatureira, visto que impediu a formação do mercado interno (nacional) para os produtos manufaturados.
c) Na Alemanha e na Itália, o Estado Nacional centralizado foi organizado somente no século XIX.
d) Maquiavel foi um grande pensador renascentista que defendeu o fortalecimento do poder monárquico.
e) Na Inglaterra, o Estado centralizado desempenhou papel importante no desenvolvimento do capitalismo, ao criar leis rigorosas para combater a vadiagem dos camponeses expulsos da terra e obrigá-los ao trabalho assalariado na manufatura ou na agricultura.


24. (UEPB/2006) O reordenamento das relações feudais originou os chamados “Estados Modernos”, constituindo-se, então, em mais um elemento na nova ordem que se articulava na Europa ocidental nos séculos XV e XVIII. Como características gerais dos Estados Modernos, podemos citar:
a) Consolidação da burguesia industrial no poder / liberalização da economia / descentralização administrativa.
b) Centralização e unificação administrativa / formação de uma burocracia / montagem de um exército nacional.
c) Estímulo à produção urbano-industrial / eliminação dos entraves feudais / apoio à prática do mecenato nas artes.
d) Superação das relações feudais / eliminação do direito consuetudinário / consolidação do localismo político.
e) Desenvolvimento da economia / apoio da burguesia / apoio popular.


25. (UEPB/2006) A consolidação das monarquias nacionais assumiu formas diferentes em cada lugar da Europa. Nesse contexto, analise as seguintes proposições:
I. Na França o poder do rei se fortaleceu na baixa Idade Média, mas se tornou absoluto na Idade Moderna, ao contrário da Inglaterra, onde o poder real foi limitado constitucionalmente.
II. A centralização do poder real tomou corpo, também, a partir da ideia renascentista de individualismo, que criou a imagem de um rei representante e protetor de sua nação, encarnando o ideal nacional.
III. O desenvolvimento da economia e o apoio da burguesia foram decisivos para a consolidação das monarquias nacionais.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as proposições I e III estão corretas.
b) Somente as proposições I e II estão corretas.
c) As proposições I, II e III estão corretas
d) Somente as proposições II e III estão corretas.
e) Todas as proposições estão incorretas.



GABARITO

1. (UFMG/2006) Em 1726, o comerciante Francisco da Cruz contou, em uma carta, que estava para fazer uma viagem à vila de Pitangui, onde os paulistas tinham acabado de se revoltar contra a ordem do rei. Temeroso de enfrentar os perigos que cercavam a jornada, escreveu ao grande comerciante português de quem era apenas um representante em Minas Gerais, chamado Francisco Pinheiro, e que, devido a sua importância e riqueza, frequentava, no Reino, a corte do rei Dom João V. Pedia, nessa carta, que, por Francisco Pinheiro estar mais junto aos céus, servisse de seu intermediário e lhe fizesse o favor de me encomendar a Deus e à Sua Mãe Santíssima, para que me livrem destes perigos e de outros semelhantes.
Carta 161, Maço 29, f.194. Apud LISANTI Fo., Luís. Negócios coloniais: uma correspondência comercial do século XVIII. Brasília/São Paulo: Ministério da Fazenda/Visão Editorial, 1973. (Resumo adaptado)
Com base nas informações desse texto, é possível concluir-se que a iniciativa de Francisco da Cruz revela um conjunto de atitudes típicas da época moderna.
É CORRETO afirmar que essas atitudes podem ser explicitadas a partir da teoria estabelecida por:
a) Nicolau Maquiavel, que acreditava que, para se alcançar a unidade na política de uma nação, todos os fins justificavam os meios.
b) Etienne de La Boétie, que sustentava que os homens se submetiam voluntariamente a seus soberanos a partir da aceitação do contrato social.
c) Thomas Morus, que idealizou uma sociedade utópica, sem propriedades ou desigualdades, em que os governantes eram escolhidos democraticamente.
d) Jacques Bossuet, que defendia o direito divino dos reis apoiado numa visão hierárquica dos homens e da política, como extensão da corte celestial.


2. (UFPA/2005) “…doentes atingidos por estranhos males, todos inchados, todos cobertos de úlceras, lamentáveis de ver, desesperançados da medicina, ele (o Rei) cura-os pendurando em seus pescoços uma peça de ouro, com preces santas, e diz-se que transmitirá essa graça curativa aos reis seus sucessores.”
(William Shakespeare, Macbeth).
Essa passagem da peça Macbeth é reveladora:
a) da capacidade artística do autor de transcender a realidade de seu tempo.
b) da crença anglo-francesa, de origem medieval, no poder de cura dos reis.
c) do direito divino dos reis, que se manifestava em seus dons sobrenaturais.
d) da mentalidade renascentista, voltada ao misticismo e ao maravilhoso.
e) do poder do absolutismo, que obrigou a Igreja a aceitar o caráter sagrado dos reis.


3. (UFRN/2006) O rei Henrique VIII, que governou a Inglaterra de 1509 a 1549, criou uma legislação específica sobre o trabalho. Nessa legislação, determinava-se: Os mendigos velhos e incapacitados para o trabalho deverão pedir licença para mendigar. Para os vagabundos jovens e fortes, açoites e reclusão. Serão presos à parte traseira de um carro e se lhes açoitará até que o sangue emane de seu corpo, devolvendo-o em seguida, sob juramento, à sua terra natal ou ao local onde residiram durante os últimos três anos, para que “se ponham a trabalhar”. [...] Em caso de reincidência, deverá açoitar-se novamente o culpado e cortar-lhe metade da orelha; na terceira vez, será enforcado como criminoso perigoso e inimigo da sociedade.
MARX, Karl. O Capital. Apud FARIA, Ricardo de Moura et al. História. Belo Horizonte: Ed. Lê, 1995. v. 1. p. 63.
Tais leis foram elaboradas com o objetivo de:
a) controlar a enorme massa de camponeses expropriados de suas terras, que, não encontrando trabalho, se tornavam mendigos e vagabundos.
b) impedir o fluxo migratório do campo para a cidade, uma vez que o sistema fabril não conseguia absorver esses contingentes de mão-de-obra.
c) estimular o desenvolvimento da grande indústria, disciplinando os vadios e os mendigos, para que operassem as máquinas nas fábricas.
d) reprimir a reação da população rural, que, obrigada a migrar para as cidades, se negava a submeter-se ao regime de trabalho nas fábricas.


4. (UFMA/2006) Assinale a opção que descreve corretamente o absolutismo inglês nos séculos XVI e XVII:
a) Foi o sistema de governo que aumentou o poder do rei, à semelhança de outras nações européias, e que levou à formação do parlamentarismo como instrumento político para reafirmar os interesses da nobreza agrária protestante contra a burguesia comercial católica.
b) Foi o sistema de governo que contribuiu para o avanço inglês no comércio e na indústria, reforçado pela chamada Invencível Armada, a frota de navios que consolidou a sua hegemonia nos mares, garantindo a implantação do mercantilismo e da expansão colonial.
c) Foi o regime caracterizado pela descentralização política, através do crescente papel do parlamento e do enfraquecimento do papel do monarca por uma constituição, ao mesmo tempo em que os interesses de burgueses, nobres, comerciantes e camponeses foram politicamente harmonizados.
d) Foi o regime marcado pela ascensão da dinastia Tudor, responsável direta pela extinção do Parlamento, o que gerou intensos conflitos internos e externos, com o enfraquecimento do comércio internacional e a perda das colônias na América.
e) Foi o regime que favoreceu a consolidação do mercantilismo através da aliança entre a burguesia mercantil e a nobreza, destruindo progressivamente os vestígios do feudalismo no campo e rompendo com a Igreja Católica, gerando intensos conflitos políticos e religiosos.


5. (UNIMONTES MG/2006) No processo de unificação nacional português, após a morte de Dom Fernando I, no século XIV, ocorreu a união de alguns setores sociais em torno de Dom João, mestre da Ordem de Avis, configurando a chamada Revolução de Avis.
Essa união pode ser associada à/ao.
a) desejo da alta e das pequenas nobrezas latifundiárias portuguesas de formar a União Ibérica, aumentando o número de camponeses e servos disponíveis para produzirem dentro do regime feudal.
b) apreensão da pequena nobreza, grupos mercantis e artesãos portugueses, em relação à possibilidade de perda da autonomia nacional e da anulação social e política lusa, face ao reino de Castela.
c) preocupação das camadas populares rurais em garantir o acesso a terras, de modo a permitir a manutenção e ampliação da economia de plantation, fundamental para a economia lusa.
d) necessidade de assegurar, pela conquista e domínio da região de Castela, um fornecimento constante de mercadorias e metais preciosos, com vistas a aumentar o poder político português.


6. (UNIMONTES MG/2006) Analise as afirmativas abaixo acerca da França do século XVIII, assinalando C para as CORRETAS e I para as INCORRETAS
(__) o Estado Absolutista francês pautou-se pela hipertrofia das atribuições da monarquia nacional e pelo enfraquecimento da ação dos Estados Gerais.
(__) o Estado Absolutista francês pautou-se pela limitação do poder da Igreja e pela submissão do alto clero ao pagamento de impostos.
(__) o Estado Absolutista francês pautou-se pela ampliação do poder das Assembleias Populares, ou Estados Gerais, na condução das questões políticas nacionais.
Você obteve:
a) C, I e I
b) C, C e I
c) I, C e C
d) I, I e C



7. (FGV/2006) “O hispano-americano principia como uma justificação da independência, mas se transforma quase imediatamente num projeto: a América é menos uma tradição a seguir que um futuro a realizar. Projeto e utopia são inseparáveis do pensamento hispano-americano, desde o final do século XVIII até nossos dias”.
PAZ, Octavio. Labirintos da solidão. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984, 2. ed., p.109.
Sobre o processo de independência na América espanhola, é correto afirmar:
a) O Congresso do Panamá, de iniciativa de Simon Bolívar, tinha como objetivo a criação de uma confederação pan-americana e contava com a simpatia britânica.
b) A utopia da unidade era compartilhada por líderes da independência, como San Martin, Hidalgo e Morelos.
c) A luta pela independência visava à libertação dos criollos da tutela do domínio metropolitano, possibilitando assim a modificação da estrutura social e econômica das colônias.
d) As guerras de independência, inicialmente lideradas pelas elites nativas, ganharam força com a participação de índios e escravos que concretizaram a emancipação do domínio espanhol.
e) Bolívar, chamado de o “libertador”, era um político conservador, defensor de uma monarquia pan-americana.


8. (FURG RS/2006) A Idade Moderna (século XV à primeira metade do século XVIII) teve como característica(s):
a) o surgimento da burguesia e a consolidação do seu poder político-econômico.
b) a substituição das práticas mercantilistas pelos princípios fisiocráticos.
c) a consolidação dos regimes absolutistas, apoiados pela burguesia em ascensão.
d) o enfraquecimento do sistema colonial, a partir do surgimento dos novos Estados americanos.
e) o surgimento do Estado Burguês Liberal e a emergência da democracia como força política predominante.


9. (UEM PR/2006) O Antigo Regime é aquela forma de sociedade que surge na Europa nos tempos modernos. Sobre esse assunto, assinale a alternativa correta.
a) Os grandes teóricos do absolutismo real na época do Antigo Regime foram John Locke e David Hume.
b) O Antigo Regime se caracteriza, no terreno político, pela vigência do absolutismo real, e, no terreno econômico, pela implementação da política econômica mercantilista.
c) Na Inglaterra, o absolutismo real é abolido em 1760, durante a primeira Revolução Industrial.
d) Thomas Hobbes, em seu livro Leviatã, propôs a abolição do absolutismo real e a derrubada do Rei Carlos I da Inglaterra.
e) No Antigo Regime, vigora o princípio jurídico-político republicano, que diz que todos os homens são iguais perante a lei.



10. (UFPI/2006) As monarquias absolutas da Época Moderna surgiram de uma combinação de interesses entre os Monarcas e a Burguesia. Dentre os interesses que levaram a essa aproximação, podemos afirmar:
I. A definição de fronteiras e, ao mesmo tempo, de mercados internos e externos.
II. A busca da implantação de certas práticas econômicas destinadas a agilizar o comércio e as transações financeiras.
III. O incentivo à fragmentação territorial da Europa, em pequenos feudos, diminuindo o poder dos reis na cobrança de impostos, fazendo com que o comércio se desenvolvesse sem amarras tributárias.
IV. O crescimento do poder da Igreja Católica, já que o protestantismo será extremamente combatido pelos monarcas absolutistas.
a) Somente I e II estão corretas.
b) Somente I, III e IV estão corretas.
c) Somente III está correta.
d) Somente I e IV estão corretas.
e) Todas estão corretas.


11. (UFTM MG/2007) Leia os trechos:
O processo de transformações (...) ocorridas na Europa ocidental, a partir do século XI, culminou no século XVI com uma grande revolução espiritual. Essa revolução, que eclodiu sob a forma de movimentos de contestação à autoridade e ao poder da Igreja de Roma, tomou o nome genérico de Reforma Protestante.
O processo histórico que levou à centralização monárquica na Europa ocidental deu origem (...) às monarquias nacionais. (...) Em sua dinâmica (...) o rei continuou a acumular poderes cada vez mais amplos e de maior alcance. Desse processo surgiu, no curso do século XVI, em vários lugares da Europa, um novo tipo de formação política: o Estado absolutista.
(Alceu Pazzinato e Maria Helena Senise, História Moderna e Contemporânea)
Durante o século XVI, a grande revolução espiritual relacionou-se à nova formação política, pois essa revolução
a) dividiu a Europa em dois grandes blocos, o católico, sob a hegemonia da França, e o protestante, sob a da Holanda, países onde se implantou o absolutismo de direito divino.
b) garantiu a transferência das rendas arrecadadas pela Igreja católica para os Estados monárquicos, o que assegurou o enriquecimento, por exemplo, do Império alemão.
c) não só retardou a consolidação do absolutismo, como na França, devido às guerras de religião, mas também fortaleceu os reis, como no caso da criação da Igreja anglicana na Inglaterra.
d) permitiu aos monarcas a escolha da religião de seus súditos, favorecendo, por exemplo, a afirmação das monarquias absolutistas ibéricas, que aderiram ao protestantismo.
e) estimulou conflitos entre países com religiões diferentes, o que gerou a Guerra dos Trinta Anos e, consequentemente, contribuiu para consolidar o absolutismo no Sacro Império.


12. (UEL PR/2007) A formação do Estado espanhol - constituído da aliança entre a monarquia, a nobreza fundiária e a Igreja Católica - implicou uma estrutura fundiária patrimonial com uma sociedade hierárquica e nobiliárquica.
Sobre o tema é correto afirmar que:
a) A fragilidade da burguesia das cidades comerciais espanholas foi superada com a formação do Estado.
b) O Estado nacional espanhol, ao se constituir, deixou de lado os valores aristocráticos.
c) O setor religioso não teve importância na formação do Estado nacional espanhol.
d) A Monarquia Espanhola Católica foi o resultado de uma aliança marcada pelo predomínio de valores aristocráticos.
e) A nobreza fundiária estava desinteressada na constituição da Monarquia Espanhola.


13. (UEL PR/2007) Leia o texto a seguir:
“A causa pela qual os espanhóis destruíram tal infinidade de almas foi unicamente não terem outra finalidade última senão o ouro, para enriquecer em pouco tempo, subindo de um salto a posições que absolutamente não convinham a suas pessoas; enfim, não foi senão sua avareza que causou a perda desses povos, que por serem tão dóceis e tão benignos foram tão fáceis de subjugar; e quando os índios acreditaram encontrar algum acolhimento favorável entre esses bárbaros, viram-se tratados pior que animais e como se fossem menos ainda que o excremento das ruas; e assim morreram, sem Fé e sem Sacramentos, tantos milhões de pessoas.[...].”
Fonte: LAS CASAS, B. de. O paraíso destruído. Tradução de Heraldo Barbuy. Porto Alegre: L & PM, 1985. p. 30.
Com base no texto, é correto afirmar:
a) Bartolomé de Las Casas voltou-se contra a Coroa Espanhola ao perceber que a conquista da América sufocaria as possibilidades de evangelização dos habitantes do novo continente.
b) No episódio da conquista da América, o Frei Dominicano Bartolomé de Las Casas ficou conhecido como defensor incondicional dos índios, ao ressaltar a crueldade dos conquistadores.
c) Os conquistadores da América hispânica e da portuguesa rechaçaram o discurso do Frei Las Casas por considerarem que seus pensamentos representavam os princípios da Igreja Católica, contrária à expansão territorial.
d) O Frei Dominicano defendeu a dignidade e a liberdade dos indígenas até sua morte, transformando-se, assim, em ícone do livre-arbítrio nas Américas de colonização espanhola, portuguesa e inglesa.
e) O discurso de Las Casas em defesa dos indígenas era uma das diversas estratégias de conquista, uma vez que ele representava nas colônias os interesses da Coroa Espanhola.


14. (UEL PR/2007) Leia o texto a seguir:
“A independência política e a formação dos Estados Nacionais na América Latina ocorreram a partir do rompimento do sistema colonial e foram dirigidos por setores dominantes da colônia descontentes com a impossibilidade de usufruir as ‘novas vantagens’ que o capitalismo do novo século lhes oferecia. Portanto, essas características peculiares distanciam o processo latino-americano do processo pelo qual a Europa passou. Além disso, aqui havia, antes da colonização espanhola e portuguesa, culturas autóctones, que se rebelaram e lutaram para sobreviver depois do impacto da chegada dos europeus. E junto a elas estavam os negros africanos, que também foram incorporados a este continente. Espanha e Portugal quiseram se sobrepor e engolir as demais culturas, num processo de homogeneização praticado por meio da língua, da religião, dos padrões econômicos. Foram vencedores em parte: essa simbiose constituiu o cimento das futuras nações latino-americanas”.
Fonte: PRADO, M. L. A formação das nações latino-americanas. São Paulo: Atual, 1994. p. 2.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que:
a) As diferentes formas de conquista e exploração das colônias contribuíram para a fragmentação desse “novo mundo”, denominado América, em diversas “Américas”. A de colonização hispânica apoiou-se, principalmente, na servidão indígena, enquanto a portuguesa baseou-se na exploração da mão-de-obra escrava africana.
b) Independentes, as colônias espanhola e portuguesa optaram por uma república democrática, que contemplasse em suas constituições a ideia de igualdade e liberdade para os diferentes povos que habitavam essas ex-colônias.
c) A utilização da escravidão africana e indígena contribuiu para formatar as características das sociedades que foram constituídas nas Américas hispânica e portuguesa, em relação à prática da reciprocidade entre esses povos e ao sentimento de solidariedade entre os países no que diz respeito às práticas políticas.
d) A exploração colonial originada com a conquista e colonização da América Espanhola e América Portuguesa, embora tenha acontecido em períodos diferentes, foi baseada na escravidão negra, aproveitando a demanda do tráfico de mão-de-obra vinda da África.
e) O Brasil e os países hispano-americanos configuram-se em exemplos de alteridade e prosperidade em função do projeto de colonização empreendido nesses espaços.


15. (UEPB/2007) Sobre os fundamentos teóricos para o absolutismo monárquico, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira:
I. Jean Bodin
II. Thomas Hobbes
III. Jaques Bossuet
(__) O rei era predestinado por Deus para assumir o trono e governar a sociedade.
(__) Todo aquele que não se submetesse à autoridade do rei deveria ser considerado inimigo da ordem pública e do progresso social.
(__) O homem era lobo do homem. Só o rei dava segurança a todos.
A alternativa correta é:
a) III, II, I
b) III, I, II
c) II, III, I
d) II, I, III
e) I, III, II


16. (UFPA/2007) O trecho abaixo é de um dos mais importantes historiadores da Idade Moderna. Nele Fernand Braudel descreve um aspecto da relação entre a política e a sociedade na Espanha moderna governada por Felipe II. Leia-o atentamente.
“Diz-se, com razão, que o Estado Moderno foi inimigo das nobrezas e dos feudalismos. Contudo, é preciso entendermo-nos: foi ao mesmo tempo o seu inimigo e o seu protetor, o seu associado. Reduzi-los à obediência, primeira tarefa, aliás nunca terminada; em seguida usá-los como instrumento de governo. Para além deles e por eles manter o peuple vulgaire [povo comum] ...”
(Fernand Braudel. O mediterrâneo e o mundo mediterrânico na época de Felipe II. 2 edições. Lisboa: Publicações D. Quixote, 1995, p. 71).
A alternativa que melhor descreve a relação entre o Estado Moderno espanhol e a sociedade é:
a) Felipe II era um rei sábio e ilustrado, o qual ao lado de seus súditos criou leis e também a primeira Constituição na Espanha moderna, que se tornou um símbolo social do monarca constitucional.
b) O monarca era absoluto e superior a todos os outros componentes da sociedade que governava. No entanto, seu governo devia agradar à nobreza, pois esta era elemento importante para subjugar o povo não nobre.
c) O rei era um déspota esclarecido: ao mesmo tempo em que dominava a todos, os tratava de forma sensata, equilibrada e bem organizada, garantindo com esta ordem uma dominação integral de nobres e povo.
d) Felipe II era um monarca absolutista caracterizado por ser inimigo da nobreza e dos pobres em geral, os quais reduzia pessoalmente à sua ordem e obediência, auxiliado por suas tropas e exército.
e) O rei, embora absolutista, estava preocupado em controlar o povo espanhol influenciado pelos ideais da Revolução Francesa. Daí sua necessidade de acordos políticos com a nobreza local.


17. (UNIMONTES MG/2007) NÃO constitui característica do Absolutismo na França:
a) a identificação entre o Estado e a figura do Monarca.
b) a manutenção do exército nacional permanente.
c) a centralização dos mecanismos de governo nas mãos do Monarca.
d) a adoção do racionalismo iluminista como justificador do poder absoluto.



18. (UNIOESTE PR/2007) O bispo Jacques Bossuet, grande teórico do absolutismo monárquico, afirmou: "Todo poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e seus representantes na terra. Resulta de tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e que atacá-lo é sacrilégio. O poder real é absoluto. O príncipe não precisa dar contas de seus atos a ninguém."
(In: Coletânea de Documentos Históricos para o 1º grau. São Paulo, SE/CENP, 1978, p. 79).
Assinale a alternativa que NÃO CARACTERIZA o regime absolutista de poder:
a) A justificativa do poder real pela teoria do direito divino.
b) A personificação do Estado na figura do rei.
c) A junção, na figura do rei, dos poderes de legislar, executar e julgar.
d) A centralização administrativa.
e) A noção de representatividade, por delegação através do voto.


19. (FFFCMPA RS/2007) “Aquele que trocar o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes sua ruína do que sua preservação; pois, um homem que queira fazer em todas as coisas profissão de bondade deve arruinar-se entre tantos que não são bons. Daí ser necessário a um príncipe, se quiser manter-se, aprender a poder não ser bom e a se valer ou não disto segundo a necessidade”.
(Nicolau Maquiavel, O Príncipe, 1513).
A partir da citação acima, considere as seguintes afirmativas:
I. Maquiavel expressa de forma realista as tendências políticas da era moderna. Com base na sua experiência histórica, sugeria as regras de conduta necessárias à preservação do poder pelo novo príncipe;
II. Defendia que o Soberano incorporasse princípios e valores expressos por S. Tomás de Aquino face às crises e os dilemas que inauguram a emergência da época moderna;
III. Maquiavel expõe teses que permitem compreender em profundidade a divisão da península itálica e os novos métodos necessários à sua unificação;
IV. Maquiavel exprime a existência de uma moralidade dualista na vida política, a moral que se regia segundo as normas, e a que o fazia segundo a conveniência.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas II, III e IV são verdadeiras.
b) Apenas I, II e III são verdadeiras.
c) Apenas I, III e IV são verdadeiras.
d) Apenas I, II e IV são verdadeiras.
e) Apenas II e III são verdadeiras.


20. (Mackenzie SP/2007) A respeito do nascimento e da consolidação dos Estados nacionais ibéricos, no limiar da Idade Moderna, são feitas as seguintes afirmações:
I. As lutas de reconquista do território da península aos muçulmanos, que a haviam ocupado desde o século VIII, constituem um dos principais elementos do processo de formação desses Estados nacionais.
II. A ascensão de D. João, mestre de Avis, ao trono português, em 1385, encontrou apoio nos grupos de comerciantes portugueses, numa época de florescimento das atividades comerciais no Reino.
III. O ano de 1492, além de selar definitivamente a centralização política da futura Espanha após a vitória militar sobre o rei mouro de Granada, marca a descoberta da América por Colombo, que viajara a serviço dos “Reis Católicos”.
Assinale:
a) se apenas I é correta.
b) se apenas I e II são corretas.
c) se apenas II e III são corretas.
d) se apenas I e III são corretas.
e) se I, II e III são corretas.


21. (UECE/2007) Dentre os fatores que possibilitam o reino da França afirmar-se como a primeira potência europeia no século XIII, podemos destacar:
a) O rei da França controla diretamente uma grande e fértil parte dos territórios do reino.
b) Os reis da França detêm o título imperial e contam com o sustento dos reis da Inglaterra, seus vassalos.
c) A união incondicional entre a Igreja e os reis franceses permitiu a reunião de grandes fortunas e extensões de terras férteis, passando a constituir-se um dos primeiros núcleos dos estados nacionais.
d) O reino da França é o maior e o mais populoso da Europa. Os soberanos consolidam as instituições monárquicas e a centralização do poder, exercendo um forte controle sobre a feudalidade.



22. (UFC CE/2007) “A etiqueta foi, nos séculos do seu apogeu (do XV ao XVIII), minucioso cerimonial regendo a vida em sociedade, (...) tudo isso esteve determinado pela lei e pelo costume.”
(RIBEIRO, Renato Janine. A etiqueta no Antigo Regime: do sangue à doce vida. São Paulo: Brasiliense, 1983, p. 7)
Em relação à importância da etiqueta para as relações sociais no Estado Moderno, assinale a alternativa correta.
a) A etiqueta, na sociedade de corte, configurou-se como instrumento de dominação social dos banqueiros e de incentivo à descentralização política e econômica do Estado Moderno.
b) A sociedade de corte identificou-se com a formação do Estado Moderno, cujo processo de constituição deu-se contra a fragmentação política e econômica praticada pelos senhores feudais.
c) A constituição do Estado Moderno propiciou à realeza a oportunidade de eliminar as práticas mercantilistas e de impor o retorno à economia desmonetarizada.
d) A sociedade de corte, dominada pela burguesia, notabilizou-se por desprezar as boas maneiras, o uso da linguagem, o luxo e a moda, enquanto formas de distinção social.
e) A etiqueta, além de recorrer ao uso de costumes provenientes das civilizações inca e asteca, propiciou a difusão de valores estéticos oriundos das mitologias egípcia e grega.


23. (UFPEL RS/2007) “Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se puder ser uma delas. [...]
Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro que se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em virtude de os homens serem maus, quebra-se quando surge ocasião de melhor proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona. Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de tal modo que, se não conseguir a amizade, possa pelo menos fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser temido e não ser odiado, ao mesmo tempo.
MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527). O Príncipe. Lisboa: Europa-América, 1976.
O documento embasa
a) a organização de uma sociedade liberal, precursora dos ideais da Revolução Francesa.
b) o direito divino dos reis, reforçando as estruturas políticas e religiosas medievais.
c) o absolutismo monárquico, sob a ótica de um escritor renascentista.
d) a origem do Estado Moderno, através do Contrato Social.
e) o republicanismo como regime político, apropriado para os Estados Modernos.


24. (UFRGS/2007) O sistema monárquico absolutista, que atingiu seu apogeu sob o reinado de Luís XIV, apresenta–se como o modelo de gestão política característico do período histórico moderno.
Sobre esse sistema, é correto afirmar que ele
a) não era arbitrário, pois o monarca não podia transgredir certas leis e costumes fundamentais do reino.
b) foi responsável pelo desenvolvimento do conceito de cidadania, ao afirmar as liberdades individuais em contraposição ao sistema político medieval.
c) apresentava, entre seus princípios teóricos, a noção de que a potência soberana do Estado emana do povo.
d) foi enaltecido pelos iluministas, notadamente pelo filósofo Montesquieu, admirador da tripartição do poder político adotada pelo absolutismo
e) não foi bem-sucedido como forma de governo, pois desprezava a racionalização burocrática da máquina estatal.


25. (UNIMONTES MG/2007) Para a formação dos Estados absolutistas europeus, na transição entre a Idade Média e Moderna, NÃO contribuiu
a) o auxílio econômico da camada mercantil, interessada em obter proteção para suas rotas comerciais e se ver livre das extorsões dos senhores feudais.
b) o apoio dos camponeses, superexplorados pelos nobres que poderiam proporcionar a defesa dessa camada menos favorecida socialmente.
c) a retomada do Direito Romano, que ofereceu suporte jurídico tanto para as atividades das camadas mercantis como para a centralização política.
d) a capacidade de certos grupos da nobreza de alcançarem vitória em guerras civis, ainda que dizimando grande parcela dessa camada social.


GABARITO


1. (ESCS DF/2008) “O comércio e a guerra não eram evidentemente as únicas atividades externas do Estado absolutista no Ocidente. O seu outro grande esforço era investir na diplomacia. Esta foi uma das grandes invenções institucionais da época – inaugurada na área miniatural da Itália do século XV, institucionalizada aí com a Paz de Lodi e adotada na Espanha, França, Inglaterra, Alemanha e em toda a Europa, durante o século XVI.”.
(Anderson, Perry. Linhagens do Estado absolutista)
Assinale a opção que melhor apresenta as grandes questões da diplomacia europeia durante o surgimento dos Estados Modernos no século XVI:
a) as questões religiosas fruto da expansão das Reformas Religiosas – as disputas territoriais;
b) o nacionalismo xenófobo – conflitos entre Estados católicos e protestantes;
c) expansão do islamismo na Península Ibérica – as disputas coloniais;
d) a fragmentação política da península italiana – sistema bipolar de poder;
e) a Paz Armada – fim dos Impérios coloniais.


2. (UDESC SC/2008) É correto afirmar, em relação ao absolutismo:
a) As liberdades individuais e a preservação dos direitos alcançados pelos servos foram características do período absolutista.
b) A primeira revolução de caráter burguês e contra o absolutismo ocorreu na França.
c) As disputas religiosas e entre igrejas não se relacionavam de forma alguma com as práticas absolutistas.
d) Na França os filósofos iluministas foram, em sua esmagadora maioria, favoráveis à política absolutista.
e) O período das práticas absolutistas foi maior na França do que na Inglaterra.



3. (UNIFESP SP/2008) Do ponto de vista sócio-político, o Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime (séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como
a) burguês-despótico.
b) nobiliárquico-constitucional.
c) oligárquico-tirânico.
d) aristocrático-absolutista.
e) patrício-republicano.


4. (UNIFOR CE/2008) Considere o texto.
“O príncipe” atormentou a humanidade durante quatro séculos. E continuará a atormentá-la.
(Jean-Jacques Chevalier. As grandes obras políticas − de Maquiavel a nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1980. p. 48)
Dentre as ideias de Maquiavel, que foram explicitadas durante o contexto da formação dos Estados Nacionais, destacam-se
a) "os fins justificam os meios" e "a razão do Estado deve sobrepor-se a tudo".
b) “a força é justa quando necessária” e “cabe ao Parlamento a decisão final”.
c) “o governante deve ser amado e não temido” e “o poder está na força de Deus”.
d) “um déspota deve ser deposto” e “os três poderes garantem o equilíbrio de poder”.
e) “é mais seguro ser temido do que amado” e “a legitimidade é fruto do contrato social”.


5. (UFOP MG/2008) O século XVII, na França, foi marcado pela força do governo de Luís XIV, conhecido como “Rei Sol”.
A respeito desse governo, assinale a afirmativa correta.
a) Era um governo favorável à liberdade religiosa, exemplificada na manutenção do edito de Nantes, que assegurava o culto protestante na França.
b) Esse governo manteve uma política de livre circulação de ideias, sendo conhecido como um “déspota esclarecido”.
c) Nesse governo, foi marcante a atuação do Ministro Richelieu, considerado o mais influente conselheiro do rei Luís XIV.
d) No governo, houve crescimento da centralização política e administrativa, marcado por uma política externa belicosa e mercantilista.



6. (UPE/2008) O absolutismo marcou politicamente uma época, contribuindo, inclusive, para o avanço econômico da burguesia.
Um dos seus grandes teóricos, Thomas Hobbes, defendia
a) as mesmas ideias de Maquiavel, fazendo da descentralização política o grande eixo do seu pensamento.
b) a importância da autoridade para articular a sociedade, negando que o homem fosse um animal social por natureza.
c) o pensamento aristotélico numa perspectiva republicana, combatendo a democracia liberal.
d) a liberdade como valor máximo do ser humano, inegociável em qualquer circunstância.
e) a centralização política nas mãos do rei e a existência de um Parlamento ativo e decidido.


7. (FEI SP/2008) “A etiqueta não se reduz a mero repertório do que devemos ou não fazer. É preciso que os gestos e palavras considerados belos adquiram um sentido cerimonial, tomem a forma de um ritual quase religioso. É preciso que as boas maneiras, esta redução da ética a uma estética, do bom ao belo, se enraízem numa política: que a conduta valorizada seja um sacrifício prestado a um senhor, a um príncipe que governa não só o Estado como os atos de seus membros de maior destaque. O homem da etiqueta não é apenas uma pessoa bem-educada. É alguém que expressa seus costumes de modo a tributar e obter prestígio. As maneiras servem à circulação, à atribuição do respeito; permitem valorizar os poderosos, venerá-los; a etiqueta só se compreende a partir de uma estratégia política.”
(Ribeiro, Renato J. apud Arruda, J. e Piletti, N. Toda a História. São Paulo: Ática, 1999, .206)
De acordo com o texto:
a) a etiqueta foi usada no Antigo Regime para reforçar o poder dos senhores às expensas do poder real.
b) a etiqueta opera a identificação do bom ao belo, o que serve à política de centralização do poder real e à valorização da nobreza.
c) o homem de etiqueta, ao agir educadamente, mostra sua subserviência em relação ao príncipe e ao clero e sua inferioridade na escala social do Antigo Regime.
d) a etiqueta no Antigo Regime possuía uma função meramente decorativa, não tendo maiores implicações políticas.
e) tão importante para nobres quanto para camponeses, as regras fixas da etiqueta permitiam visualizar o papel de cada estamento nas sociedades do Antigo Regime.


8. (UFU MG/2008) Leia o trecho a seguir.
O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina.
O rei vê de mais longe e de mais alto: deve acreditar-se que ele vê melhor, e que deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição.
BOSSUET, Jaques-Bénigne. Bispo de Meaux, 1627-1704. Política tirada da Sagrada Escritura. In FREITAS, G. de. 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano Editorial, s/d. p. 201.
Considerando os princípios que legitimavam o regime monárquico absolutista, é correto afirmar que, segundo Bossuet
a) a autoridade do rei é sagrada, pois ele age como ministro de Deus na terra.
b) a soberania real deve ter limites, pois ela pode provocar sedições.
c) todo o Estado está concentrado na pessoa do rei, que deve se manter neutro diante dos conflitos sociais.
d) as leis e os indivíduos são soberanos em relação ao rei e ao Estado.


9. (UNICID SP/2009) Entre os grandes pensadores do século XVII, merece destaque Thomas Hobbes (1588-1679), autor da obra
a) O Leviatã, em que defendia o absolutismo monárquico, a partir da premissa de que somente se todos os homens cedessem os seus direitos ao rei, abrindo mão da própria liberdade, é que estaria garantida a sobrevivência da sociedade.
b) O Contrato Social, em que condenava o absolutismo monárquico e defendia a tese de que a sociedade deveria ser estruturada em princípios democráticos que garantissem a participação política de todos os cidadãos.
c) Política Retirada da Sagrada Escritura, em que defendia os princípios do absolutismo monárquico a partir da premissa de que o rei era o representante legítimo de Deus na terra e, portanto, deveria ser respeitado por todos os homens.
d) O Leviatã, em que defendia a criação de uma monarquia parlamentarista, baseada nos princípios iluministas, cuja finalidade era garantir os direitos naturais do homem, ou seja, a vida, a liberdade e a propriedade.
e) O Contrato Social, em que realizou a defesa dos princípios do absolutismo, a partir da teoria de que havia um contrato tácito entre o rei e os súditos, pelo qual o primeiro garantia a harmonia da sociedade e os segundos abdicavam da liberdade.


10. (UNIFESP SP/2009) O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza.
(Thomas Hobbes (1588-1679). Leviatã. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.)
O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário.
(Nicolau Maquiavel (1469-1527). O Príncipe. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.)
Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que
a) ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder.
b) Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.
c) ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade.
d) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.
e) ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano.


11. (UFT TO/2008) A organização dos Estados Nacionais, entre os séculos XV e XVIII, foi desencadeada por diversos acontecimentos importantes, que fizeram parte do contexto histórico europeu na transição do sistema feudal para uma sociedade de ordem burguesa.
Com base nessa informação é INCORRETO afirmar que:
a) a organização dos Estados Nacionais na Europa se deu de forma homogênea e com o apoio dos camponeses.
b) a organização dos Estados Nacionais na Europa não se deu de forma homogênea.
c) os Estados Nacionais foram consolidados com o objetivo de proporcionar a estabilidade política e administrativa necessárias ao desenvolvimento das ideias burguesas de expansão e crescimento comercial.
d) a centralização do poder nas mãos do monarca foi essencial à concretização dos ideais da burguesia.


12. (CEFET PR/2009) O absolutismo foi um sistema político que vigorou nas monarquias europeias durante os séculos XVI e XVII. Suas características básicas eram a concentração de poder nas mãos dos reis, uso da violência pelo governo, falta de liberdades e total controle social e diversos pensadores buscaram justificar o poder absoluto dos monarcas. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Thomas Morus, em sua obra mais famosa, “Utopia”, cria uma ilha reino imaginária que alguns autores modernos viram como uma proposta idealizada de um Estado absolutista, no qual o monarca é o maior símbolo do equilíbrio entre as forças sociais conflitantes.
b) Jean Bodin, em sua obra “Os seis livros da República”, associava o Estado à própria célula familiar, colocando o poder real como ilimitado, comparado ao chefe de família.
c) A principal obra de Nicolau Maquiavel, “O príncipe”, escrita para responder a um questionamento a respeito da origem e da manutenção do poder, influenciou os monarcas europeus, que a utilizaram para a defesa do absolutismo. As ações do Estado são regidas pela racionalidade e não pela moral.
d) Jacques Benigne Bossuet, contemporâneo de Luís XIV, foi um dos maiores defensores do absolutismo e, simultaneamente, do “direito divino dos reis”; em sua obra “Política Segundo a Sagrada Escritura”, afirmava que a Monarquia era de origem divina, cabendo aos homens aceitar todas as decisões reais, pois questioná-las transformá-los-ia não somente em inimigos públicos, mas também em inimigos de Deus.
e) Thomas Hobbes, autor de “Leviatã”, proclamou que, em seu estado natural, a vida humana era “solitária, miserável, desprezível, bestial e breve”; buscando escapar da guerra de todos contra todos, os homens uniram-se em torno de um contrato para formar uma sociedade civil, legando a um soberano todos os direitos para protegê-los contra a violência.


13. (UEG GO/2009) O Estado moderno, que representou a superação de concepções políticas medievais, encontrou vários teóricos. Entre eles merecem destaque Maquiavel, Jean Bodin e Thomas Hobbes. Este último ficou conhecido por afirmar que o Estado:
a) é uma criação do homem para sua própria defesa e proteção.
b) é uma criação divina, e o monarca, seu representante.
c) é um instrumento de exploração das classes dominantes.
d) é um instrumento democrático em benefício do indivíduo.


14. (UFTM MG/2009) Na Inglaterra, durante a época dos Tudor, também havia insatisfação contra os abusos da Igreja Católica. Criticavam-se a ineficiência dos tribunais eclesiásticos e o favoritismo na distribuição de cargos públicos para membros do clero. O pagamento de dízimos e seu envio para Roma eram igualmente objeto de queixas. A tensão contra a Santa Sé aumentou quando o papa negou a Henrique VIII, que governou entre 1509 e 1547, o direito de se divorciar de Catarina de Aragão, tia do imperador Carlos V, do Sacro Império Romano-Germânico.
(Alceu Pazzinato e Maria Helena Senise, História Moderna e Contemporânea)
Em decorrência da situação descrita no texto,
a) as divergências doutrinárias levaram o rei a separar-se da Igreja Católica, criando uma nova religião com base nas teses de Lutero.
b) o rei rompeu com a Igreja de Roma, apoiado pelo Parlamento, que o tornou chefe supremo da Igreja da Inglaterra, fortalecendo seu poder.
c) o Parlamento inglês confirmou a decisão papal, o que fez o rei dissolvê-lo, concretizando seu absolutismo e o controle sobre a Igreja.
d) a decisão do papa gerou um conflito bélico entre a Inglaterra e a Espanha, que contou com o auxílio do Sacro Império.
e) os bens da Igreja foram confiscados pelo Estado, que os cedeu à burguesia, cujo apoio foi fundamental à consolidação do absolutismo.


15. (UNESP SP/2009) (...) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve-se acreditar que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição.
(Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), Política tirada da Sagrada Escritura. apud Gustavo de Freitas, 900 textos e documentos de História)
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) O autor critica o absolutismo do rei e enfatiza o limite da sua autoridade em relação aos homens.
b) Para Bossuet, o poder real tem legitimidade divina e não admite nenhum tipo de oposição dos homens.
c) Bossuet defende a autoridade do rei, mas alerta para as limitações impostas pelas obrigações para com Deus.
d) Os princípios de Bossuet defendem a soberania dos homens diante da autoridade divina dos reis.
e) O autor reconhece o direito humano de revolta contra o soberano que não se mostre digno de sua função.


16. (UEG GO/2010) Nos séculos XVII e XVIII, ganharam força as teorias contratualistas, cujo principal questionamento é o fundamento racional do poder soberano. Filósofos como Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseau tinham igual propósito de investigar a origem do Estado. Esses pensadores partem da hipótese do estado de natureza e imaginam as pessoas vivendo antes de qualquer sociabilidade. Thomas Hobbes, advertindo que a guerra era inevitável no estado natural, conclui que a única maneira de garantir a paz seria a delegação de um poder ilimitado ao soberano. Por defender tais princípios, Hobbes ficou conhecido como o teórico do
a) neoliberalismo.
b) absolutismo.
c) liberalismo.
d) socialismo.


17. (UEPB/2010) É difícil imaginar sociedades sem Estado. Hoje, como ontem, os Estados podem se fundar em princípios jurídicos, ideológicos ou religiosos e culturais, com governos eleitos ou ditatoriais. Analise as questões abaixo e aponte, com F ou V, as falsas e as verdadeiras.
(__) A ideia de Estado vem do Renascimento, quando se refletia sobre a relação entre governantes e governados. Aqui surge a lógica que diz que o Estado não tem que necessariamente recorrer ao uso da força para ser respeitado, e que ele legitimasse quando é autorizado pelo povo para comandar.
(__) O Estado é apenas um dos elementos da natureza. Ele é um instrumento que os homens herdam naturalmente para que possam resolver seus conflitos e organizar a vida em comunidade.
(__) Não existe qualquer diferença entre os conceitos de Estado, administração e governo. O Estado é apenas uma criação filosófica, já o governo é a única face visível do poder público.
(__) Uma das principais características do Estado moderno é possuir o monopólio da violência e ter a autoridade necessária para fazer cumprir a lei que garante os direitos e deveres do cidadão.
Assinale a alternativa correta:
a) V, V, F, V
b) V, F, V, F
c) F, F, V, V
d) V, F, F, V
e) V, F, V, V


18. (UFJF MG/2010) Acerca do início da Idade Moderna, leia a afirmação abaixo. Em seguida, com base na citação e em seus conhecimentos, responda ao que se pede.
Atividades econômicas, estruturas e relações sociais, formas políticas, ideologias, manifestações culturais, tudo afinal se modificou em maior ou menor grau, embora em ritmos e proporções bastante diferenciados entre si. Tal conjunto permite-nos considerar essa época o começo de um período distinto do medieval, quaisquer que tenham sido as permanências e continuidades então verificadas. Explica-se assim o hábito há muito difundido entre os historiadores de procurar sintetizar todas as transformações do período que então se iniciava utilizando a noção de moderno.
Fonte: FALCON, Francisco; RODRIGUES, Antonio E. A formação do mundo moderno: a construção do Ocidente dos séculos XIV ao XVIII. 2ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. P.2.
Sobre as diversas modificações ocorridas no período, marque a alternativa INCORRETA.
a) O movimento conhecido como Renascimento Cultural tinha como uma de suas características centrais o antropocentrismo.
b) O desenvolvimento dos Estados Modernos foi caracterizado pela crescente descentralização dos poderes, que enfraqueceu o poder dos monarcas.
c) O movimento da Reforma Protestante criticou as práticas da Igreja Católica e dividiu a Cristandade Ocidental.
d) Ocorreu a propagação de importantes correntes de pensamento tais como as teorias de direito divino dos Reis.
e) O surgimento de avanços tecnológicos como a bússola e o astrolábio colaborou para a realização das grandes navegações.


19. (UFPR/2010) Sob o ponto de vista político, todos os reis medievais ibéricos se consideravam herdeiros legítimos e descendentes dos antigos monarcas visigodos. Por isso, consideravam sua qualquer terra ganha aos “infiéis”. Assim surgiu a palavra Reconquista. A guerra permanente tinha-se por justa, até que fosse alcançado o objetivo último. Mais do que um conflito religioso, a Reconquista surgia a todos, na Europa cristã, como uma questão de herança.
(Adaptado de Oliveira Marques. Breve História de Portugal. Lisboa: Presença, 2001. p. 72–73.)
Sobre o fenômeno da Reconquista, é correto afirmar:
a) Favoreceu o nascimento dos reinos ibéricos independentes.
b) Promoveu a conversão em massa das populações muçulmanas para o cristianismo.
c) Deslocou integralmente o interesse e a ação dos cruzados para a Península Ibérica.
d) Fomentou a migração imediata dos muçulmanos para o norte da África.
e) Encerrou a coexistência entre cristãos e muçulmanos no medievo ibérico.


20. (UNIR RO/2010) “O Estado sou eu”. A célebre frase atribuída ao rei francês Luís XIV, também conhecido como Rei-Sol, sintetiza o período absolutista na Europa moderna. Em relação ao Estado absolutista, assinale a afirmativa correta.
a) A política econômica do absolutismo estava baseada no livre comércio que era controlado pela burguesia.
b) A nobreza havia perdido seus privilégios políticos e sociais devido às constantes guerras entre os Estados absolutistas.
c) Os poderes de governos e a autoridade política encontravam-se centralizados nas mãos do soberano.
d) A burocracia foi reduzida em decorrência da atuação burguesa que defendia a diminuição da presença estatal na vida dos súditos.
e) As diversas revoltas camponesas, ocorridas naquele momento, conquistaram melhorias nas condições de trabalho no meio rural.


21. (FGV/2010) A denominada Sociedade do Antigo Regime, tipo de organização social peculiar à maior parte da Europa, na Idade Moderna, teve como característica jurídica principal:
a) A tributação exclusiva das camadas mais pobres, formadas por artesãos, servos e pequenos proprietários.
b) O desenvolvimento de uma cultura correspondente aos valores da burguesia, que adaptou o poder, a arte, a ciência e a filosofia aos ideais de trabalho e geração de riquezas.
c) O princípio da desigualdade, com o estabelecimento de direitos e privilégios de acordo com a posição social de seus membros, definida por nascimento.
d) A monarquia absolutista, consolidada com base no poder econômico da alta burguesia, a adoção do parlamentarismo constitucional e a implementação dos direitos fundamentais do cidadão.
e) A tolerância religiosa e a elaboração de leis que estabeleceram monarquias laicas que coibiram perseguições religiosas e políticas.


22. (FGV/2011) "Nascido da dor, nutrindo-se da esperança, ele é na história o que é na poesia a saudade, uma feição inseparável da alma portuguesa". Desta maneira, o historiador português João Lúcio de Azevedo dimensionou a importância do sebastianismo para a cultura e para a história de seu país. Acerca desse fenômeno é correto afirmar:
a) Trata-se de uma tendência literária vinculada à poesia barroca, que influenciou fortemente a cultura lusitana desde o início do século XVI.
b) Trata-se de uma corrente da ilustração portuguesa desenvolvida no século XVIII e ligada a Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal.
c) Trata-se de uma vertente do pensamento liberal português contemporâneo baseada nas obras do matemático José Sebastião e Silva.
d) Trata-se de uma heresia protestante desenvolvida em Portugal, no século XVII, e muito difundida nas possessões coloniais, baseada no culto a São Sebastião.
e) Trata-se de uma crença messiânico-milenarista vinculada ao desaparecimento do rei dom Sebastião no norte da África, em 1578.


23. (UFPR/2011) A chamada União das Coroas Ibéricas (1580–1640) consistiu no domínio do Reino de Castela sobre o de Portugal. Naquele momento, os reis da dinastia dos Habsburgos, Felipe II, III e IV, subjugaram toda a Península Ibérica, e Madri tornou-se capital dos vastos impérios coloniais português e espanhol, reduzindo a importância e o status da cidade de Lisboa. Sobre esse período, considere as seguintes afirmativas:
1. O domínio castelhano da Península Ibérica, idealizado por séculos, teve lugar graças à guerra movida pelo Habsburgo Felipe II contra o Rei Dom Sebastião, da casa dinástica de Avis, que então detinha a Coroa portuguesa.
2. O controle holandês sobre o Nordeste açucareiro (1630–1654) constituiu um resultado direto do controle de Castela sobre Portugal, como consequência da dificuldade castelhana de controlar militarmente tanto o império espanhol como o português.
3. Várias instituições e repartições administrativas, eclesiásticas e judiciárias foram criadas, visando
uma maior aproximação entre o Brasil e Castela. Entre tais repartições e instituições, estão o Conselho de Índias, mais tarde Conselho Ultramarino, as Visitações do Santo Ofício às partes do Brasil e o Tribunal Superior da Relação, criado na Bahia em 1609.
4. A restauração e consolidação de uma nova dinastia detentora da Coroa portuguesa, a de Bragança, decorreram de um tratado de paz firmado entre Madri e Lisboa, o qual pôs fim pacificamente à dominação castelhana da parte lusa da Península Ibérica.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.


24. (UFRN/2011) Entre os teóricos que defenderam o Absolutismo monárquico estava Jacques Bossuet, que declarou:
“O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é uma disposição para a sedição.”
Jacques Bossuet, Política tirada da Sagrada Escritura. FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, [1977]. v. 2, p. 201. [Adaptado]
Analisando os conflitos políticos da Inglaterra no século XVII, o historiador Christopher Hill escreveu:
“A partir das vitórias militares sobre os Cavaleiros, [os Cabeças Redondas] conseguiram a rendição do rei em 1646. Entretanto, Carlos I reorganizou seus soldados e recomeçou a guerra, sendo derrotado definitivamente pelos Cabeças Redondas de Cromwell. Preso, Carlos I foi julgado pela Alta Corte de Justiça, a mando do Parlamento, sendo condenado à morte. Em janeiro de 1649, o rei foi decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em Londres.”
HILL, Christopher. O eleito de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 179.
Analisando a afirmação teórica de J. Bossuet e relacionando-a com os fatos narrados por C. Hill, pode-se corretamente afirmar que a execução de Carlos I assinalou
a) um momento decisivo na história europeia, por ter posto em xeque um princípio político central do Estado Moderno e lançado as bases políticas liberais contemporâneas.
b) uma etapa fundamental na evolução do Parlamento inglês, pois, a partir daí, os burgueses tiveram acesso à Câmara dos Comuns.
c) a reação da facção liberal no Parlamento, que, dominada pelos puritanos, defendia o direito divino dos reis.
d) a implantação definitiva da monarquia parlamentar inglesa, pois, daí por diante, a sucessão real seria decidida pelo Parlamento.


25. (Mackenzie SP/2011) Na França de Luís XIV, o Estado dinástico atingiu maturidade e começou a evidenciar algumas de suas características clássicas: burocracia centralizada; proteção real para impor fidelidade; sistema de tributação universal, mas aplicado de maneira injusta; supressão da oposição política pelo uso do protecionismo ou, se necessário, da força e cultivo das artes e ciências como meio de aumentar o poderio e prestígios nacionais. Essas políticas permitiram à monarquia francesa alcançar estabilidade política, implantar um sistema uniforme de leis e canalizar a riqueza e os recursos nacionais a serviço do Estado como um todo.
M. Perry, Civilização Ocidental
O texto apresenta características importantes a respeito do Antigo Regime (XV-XVIII). Dessa forma, é correto afirmar que tal período foi marcado pela tríade
a) Iluminismo-mercantilismo-sociedade estamental.
b) Absolutismo-liberalismo-sociedade estamental.
c) Absolutismo-mercantilismo-sociedade estamental.
d) Iluminismo-mercantilismo-sociedade sectária.
e) Absolutismo-capitalismo monopolista-sociedade estamental.



GABARITO

1. (UEFS BA/2011) O absolutismo que se instalou na Europa Ocidental, a partir do século XVI, construiu-se sobre uma base social caracterizada pela
a) desigualdade dos diferentes grupos sociais perante a lei.
b) divisão da soberania do Estado entre o rei, a Igreja e a nobreza feudal.
c) confirmação da autonomia do senhor feudal dentro de suas propriedades.
d) aceitação da liberdade religiosa dos cidadãos, mesmo em desacordo com a religião do rei.
e) supremacia da autoridade da Igreja sobre as populações dos reinos europeus ocidentais.


2. (UFU MG/2011) Leia o texto a seguir.
O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades. [...] Um príncipe não pode observar todas as coisas a que são obrigados os homens considerados bons, sendo frequentemente forçado, para manter o governo, a agir contra a caridade, a fé, a humanidade, a religião [...]. O príncipe não deve se desviar do bem, se possível, mas deve estar pronto a fazer o mal, se necessário.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1986.
Sobre o pensamento político de Maquiavel e o contexto histórico em que se insere, assinale a alternativa correta.
a) Os reis precisavam de autonomia e não poderiam estar submetidos a nenhuma instituição para alcançar a plenitude política.
b) Os princípios da representação popular e dos ideais democráticos eram amplamente defendidos.
c) A ação violenta por parte dos governantes contra os seus súditos era censurada.
d) A política estava desvinculada dos princípios cristãos, mantendo-se a legitimidade dos reis pelos princípios da representatividade.


3. (UNESP SP/2011) O fim último, causa final e desígnio dos homens (...), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (…) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos (...).
(Thomas Hobbes. Leviatã, 1651. In: Os pensadores, 1983.)
De acordo com o texto,
a) os homens são bons por natureza, mas a sociedade instiga a disputa e a competição entre eles.
b) as sociedades dependem de pactos internos de funcionamento que diferenciem os homens bons dos maus.
c) os castigos permitem que as pessoas aprendam valores religiosos, necessários para sua convivência.
d) as guerras são consequências dos interesses dos Estados, preocupados em expandir seus domínios territoriais.
e) os Estados controlam os homens, permitindo sua sobrevivência e o convívio social entre eles.


4. (FGV/2012) Leia o fragmento.
(...) entre os séculos XVII e XVIII ocorreram fatos na França que é preciso recordar. Entre 1660-1680, os poderes comunais são desmantelados; as prerrogativas militares, judiciais e fiscais são revogadas; os privilégios provinciais reduzidos. Durante a época do Cardeal Richelieu (1585-1642) aparece a expressão “razão de Estado”: o Estado tem suas razões próprias, seus objetivos, seus motivos específicos. A monarquia francesa é absoluta, ou pretende sê-lo. Sua autoridade legislativa e executiva e seus poderes impositivos, quase ilimitados, de uma forma geral são aceitos em todo o país. No entanto... sempre há um “no entanto”. Na prática, a monarquia está limitada pelas imunidades, então intocáveis, de que gozam certas classes, corporações e indivíduos; e pela falta de uma fiscalização central dos amplos e heterogêneos corpos de funcionários.
(Leon Pomer, O surgimento das nações. Apud Adhemar Marques et al, História Moderna através de textos)
No contexto apresentado, entre as “imunidades de que gozam certas classes”, é correto considerar
a) os camponeses e os pequenos proprietários urbanos eram isentos do pagamento de impostos em épocas de secas ou de guerras de grande porte.
b) a burguesia ligada às transações financeiras com os espaços coloniais franceses não estava sujeita ao controle do Estado francês, pois atuava fora da Europa.
c) a nobreza das províncias mais distantes de Paris estava desobrigada de defender militarmente a França em conflitos fora do território nacional.
d) os grandes banqueiros e comerciantes não precisavam pagar os impostos devido a uma tradição relacionada à formação do Estado francês.
e) o privilégio da nobreza que não pagava tributos ao Estado francês, condição que contribuiu para o agravamento das finanças do país na segunda metade do século XVIII.


5. (ESPM/2013) Morto o rei, em maio do mesmo ano, a república foi proclamada, o que dava a entender que as reivindicações dos niveladores estavam sendo atendidas, mas a revolução parou aí, e a sensação de traição foi virando certeza. A revolta dos niveladores malogrou.
Além da fracassada tentativa dos Niveladores, o país conheceu também o movimento dos Escavadores, que, por meio da ação direta e pacífica, tentaram chegar a uma forma de comunismo agrário.
(Paulo Miceli. As Revoluções Burguesas)
O texto deve ser relacionado com:
a) a Revolução Puritana, na Inglaterra;
b) a Revolução Gloriosa, na Inglaterra;
c) as Frondas, na França;
d) a Revolução Francesa de 1789;
e) a Revolução de 1830, na França.


6. (Fac. Direito de Franca SP/2013) A etiqueta foi, nos séculos do seu apogeu (do XV ao XVIII), minucioso cerimonial regendo a vida em sociedade: roupas, formas de tratamento, uso da linguagem, distribuição no espaço, tudo isso esteve determinado pela lei e pelo costume."
Renato Janine Ribeiro. A etiqueta no Antigo Regime. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 7.
O papel da etiqueta no Antigo Regime pode ser associado
a) ao esforço da realeza para impedir a exposição pública da ostentação e da pompa que orientavam sua vida privada.
b) à dinâmica política do Estado absolutista, em que os governantes deviam acolher no seu espaço privado representantes de todas as classes sociais.
c) à disposição, natural na burguesia mercantil metropolitana, de buscar o luxo e a ostentação.
d) à lógica hierarquizadora da sociedade, em que cada pessoa devia conhecer seu lugar, sua posição e seu papel social.
e) ao papel regrador da sociedade, exercido pela Igreja Católica, que determinava o vestuário adequado dos fiéis.


7. (UFG GO/2012) Leia o texto a seguir.
É notório que os reis que deixaram boa memória, cada um no seu tempo, buscaram a maneira de acrescentar as suas rendas e fazendas, sem danos e prejuízo dos seus súditos, para sustentar o seu estado real, a boa governança dos seus reinos, bem como a guarda e conservação deles para a conquista e guerra.
ARCHIVO GENERAL DE SIMANCAS. Diversos de Castela. Livro 3, fólio 85. Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. p. 256. [Adaptado].
Escrito no século XV, o texto é parte de uma instrução régia de Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Ele revela, como aspecto característico das monarquias europeias centralizadas, a organização das finanças régias,
a) considerando as despesas com a administração dos negócios militares.
b) implementando uma política de favorecimento da burguesia emergente.
c) estabelecendo uma remuneração à nobreza pelos serviços burocráticos.
d) impondo o controle estatal às atividades econômicas privadas.
e) justificando a intervenção na economia com base nos princípios de autossuficiência.


8. (UFT TO/2012) Os Estados nacionais, como Portugal, Espanha, Inglaterra e França, foram se constituindo gradativamente entre os séculos XII e XVI e envolveram interesses diferenciados da nobreza e da burguesia em formação. No que se refere aos interesses da burguesia é CORRETO afirmar que:
a) As monarquias se desobrigaram de buscar a unidade monetária, diminuindo em muito a possibilidade do comércio entre as nações.
b) As monarquias romperam com a nobreza, passando a adotar os princípios básicos do capitalismo nascente, o que facilitou a consolidação da burguesia.
c) As monarquias buscaram a unificação das leis, da moeda e do território, medidas importantes na produção e comercialização dos produtos.
d) Ao se aproximarem da nobreza, dada a facilidade que essa tinha no domínio tecnológico da produção fabril, os reis se distanciaram da burguesia nascente.
e) O dinheiro acumulado pela burguesia impediu a consolidação dos Estados nacionais, em razão dos compromissos políticos entre as monarquias e a nobreza.


9. (FM Petrópolis RJ/2013) Na Idade Média, a autoridade do rei existia, mas era relativamente fraca, pois o poder era exercido, efetivamente, pelo senhor feudal. Com a crise do feudalismo, o poder central vê sua importância aumentar. Os senhores foram se enfraquecendo, de forma lenta, com a perda de terras e servos. Nesse contexto, uma nova política se fortalece, tendo como característica básica a monarquia de direito divino.
Essa nova política correspondeu ao surgimento do Estado
a) absolutista
b) constitucionalista
c) neoliberal
d) neocolonialista
e) social-democrata



10. (UDESC SC/2012) Em relação à Formação dos Estados Nacionais Modernos, é correto afirmar.
a) O absolutismo e o poder centralizado no monarca foram as bases iniciais para a formação do Estado Nacional Moderno.
b) Os Estados se formam sob bases democráticas e não sob as absolutistas.
c) O poder descentralizado foi uma das marcas da Instituição Estado Nacional Moderno.
d) A forte mobilidade social fez com que os burgueses produzissem a Instituição do Estado Nacional Moderno.
e) Os burgueses controlavam o exército e cobravam impostos do povo para as cortes.


11. (UECE/2012) A Europa no final do século XIII e no início do século XIV tem outro perfil em formação, com o estabelecimento de uma crise irreversível entre as duas maiores forças políticas do mundo medieval, o papado e o império. Sobre essa crise é correto afirmar-se que
a) abalou uma cultura; os ideais teocráticos e universalistas tornaram-se anacrônicos diante de novos sujeitos políticos.
b) impediu que novos sujeitos sociais, com seus valores calcados na burguesia nascente se consolidassem.
c) mesmo com muita dificuldade, a instituição tradicional conhecida como papado sobreviveu ao império.
d) bloqueou o desenvolvimento da economia mercantil e bancária.


12. (UECE/2013) Ancien Régime (Antigo Regime) é um termo que foi utilizado inicialmente pelos revolucionários franceses para designar, com conotações pejorativas, o sistema de governo precedente à Revolução Francesa de 1789. Esse sistema de governo correspondia
a) à monarquia absoluta, sob as dinastias de Valois e Bourbon.
b) a um sistema político-econômico na defesa da liberdade individual.
c) à monarquia parlamentarista, que mantinha a soberania política e econômica da França.
d) à assembleia dos representantes eleitos pelos cidadãos.


13. (UEFS BA/2013)
“As leis prendem o ladrão
Que rouba um ganso aos comuns,
Mas deixam solto o outro
Que rouba a terra do ganso.”
(AQUINO et al. 1993, p.133). AQUINO, R. et al. História das sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais. 28. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1993.
A canção popular, originária da Inglaterra do século XVIII, faz referência
a) ao confisco das terras de criadores de aves e de gado bovino, para a implantação de oficinas de artesanato.
b) à atuação de empresários e de burgueses junto à justiça inglesa, para desalojar os camponeses de suas terras.
c) aos privilégios adquiridos pelos camponeses, que entregavam suas terras em troca de empregos no serviço público.
d) à acumulação de capital pelos proprietários de fazendas de gado e vinhedos, alcançada com a ajuda do governo inglês.
e) ao movimento de cercamento dos campos, com o objetivo de garantir pastagens para a criação de carneiros, cuja lã alimentaria as fábricas de tecidos.


14. (UEFS BA/2013) Porque nada é mais impertinente do que ver um cozinheiro ou um camareiro envergar um traje enfeitado com galões ou renda, pôr a espada à cinta e se insinuar entre as melhores companhias nos passeios públicos; ou ver uma camareira vestida tão artificiosamente quanto sua patroa; ou encontrar criados domésticos de qualquer tipo ataviados como as pessoas da nobreza. Tudo isso é revoltante. O estado dos criados é de servidão, de obediência às ordens de seus patrões. Não estão destinados a serem livres, a fazerem parte do organismo social com os cidadãos. (DARNTON. 1986, p. 178).
DARTNON, R. Tradução Sonia Coutinho. O grande massacre de gatos. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
O texto, de meados do século XVIII, originário da França, escrito por um autor anônimo, traduz a concepção de uma sociedade
a) de classes, na qual o poder aquisitivo orientava a participação nas atividades sociais e políticas.
b) em que a cidadania era direito de todos, resultando na liberdade de circular por todos os espaços da sociedade.
c) hierarquizada em estados, baseados nos privilégios de nascimento e resistente à ascensão dos estados menos favorecidos.
d) liberal, na qual todos seriam iguais perante a lei, independentemente da profissão ou do nível econômico de cada um.
e) de castas, na quais a filiação religiosa definia a posição superior ou inferior que cada cidadão ocuparia.


15. (UEMG/2013) O Absolutismo como forma de governo esteve presente na península Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado as maiores economias de seu tempo.
Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram:
a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava subordinado ao Estado; Thomas Hobbes, criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam que o Rei era um representante divino.
b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria da supremacia do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin, que defenderam a subordinação do indivíduo ao Estado.
c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se diferenciaram na aplicabilidade teológica, bem como Thomas Hobbes, que preconizou o indivíduo como senhor de seus direitos.
d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social, Jacques Bossuet, que estabeleceu o conceito de individualismo primordial, e Jean Bodin, que defendeu a primazia da esfera governamental.


16. (UFAL/2013) Durante os séculos XV a XVIII, ocorreu em grande parte da Europa um processo de fortalecimento dos governos das monarquias nacionais. Esse processo resultou no chamado absolutismo monárquico. A autoridade do rei tornou-se a fonte suprema dos poderes do Estado; em nome do soberano, o poder era exercido pelos diversos membros do governo. Vários teóricos elaboraram argumentos que justificavam o absolutismo; dentre eles, destacam-se:
a) Thomas Hobbes e Jacques Bossuet.
b) Thomas Hobbes e Diderot.
c) Maquiavel e Voltaire.
d) Voltaire e Jean Bodin.
e) Montesquieu e Jaques Bossuet.


17. (UFPB/2013) A concentração de poder nas mãos dos reis, organizando e comandando exércitos; coordenando e distribuindo justiça; decretando e executando leis e criando e arrecadando tributos, é característica do regime político que vigorou no início da modernidade na Europa.
Esse regime político é conhecido como:
a) Comunismo.
b) Democracia.
c) Absolutismo.
d) Socialismo.
e) Liberalismo.


18. (Unifev SP/2013) A morte de Jules Mazarin em 9 de março de 1661 marca o nascimento do absolutismo de Luís XIV. O próprio rei anunciou a morte do cardeal na manhã seguinte. Ele reuniu todos os oito ministros, que esperavam ansiosamente o nome do sucessor de Mazarin. Para surpresa geral, o rei voltou-se para o chanceler Séguier e declarou solenemente: “Senhor, eu lhe pedi que se reunisse com meus ministros e secretários de Estado para dizer que até agora eu deixei o falecido senhor cardeal conduzir os assuntos de Estado; já é hora que eu próprio governe. Vocês me auxiliarão com seus conselhos, quando eu lhes pedir”.
(Dimitri Casali. www.historiaviva.com.br)
É possível afirmar que o reinado de Luís XIV
a) promoveu aguda centralização política, reforçando a figura e o papel do rei e transformando a França num Estado absolutista.
b) estabeleceu a tripartição dos poderes, evitando o predomínio do executivo sobre o legislativo e assegurando a autonomia do judiciário.
c) eliminou a hegemonia aristocrática sobre o Estado francês, incentivou as atividades comerciais e ampliou a influência da burguesia na administração pública.
d) representou um esforço de unificação do poder político, mas fracassou na tentativa de submeter os senhores feudais ao comando real.
e) determinou o início do Estado moderno na Europa, com sua estrutura rigidamente hierarquizada e sua lógica absolutista.


19. (IFGO/2013) O Absolutismo foi a forma de governo adotada em vários Estados europeus entre os séculos XVI e XVIII. Embora haja pontos em comum, existem diferenciais próprios em cada reino que assumiu um caráter absolutista. A esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
a) Uma das características comuns do Absolutismo é a presença de uma monarquia dinástica que buscava, na Igreja, apoio para seu caráter divino.
b) O rei Henrique VIII, da Inglaterra, estabeleceu uma prática absolutista que juntava os poderes reais de Estado com a chefia do poder religioso, através da instituição da Igreja Anglicana.
c) Em Portugal, um poder de molde absolutista, conhecido como Despotismo esclarecido, foi exercido pelo Primeiro Ministro, o Marques de Pombal.
d) “O Estado sou Eu.” era a máxima do Rei Luís XIV, que estabeleceu uma forma de governar em que sua imagem era valorizada ao máximo, inclusive nas moedas ou em retratos que circulavam pelas cidades da França.
e) Maquiavel, ao escrever “O Príncipe”, buscava dar conselhos úteis ao governante para manter seu poder absoluto sobre toda a Itália unificada de sua época.


20. (PUC RJ/2013) Ao longo dos séculos XVI e XVII, o continente europeu passou por transformações políticas que afirmaram a forca dos governos monárquicos absolutistas. Sobre as práticas políticas e econômicas desse tipo de governo, e INCORRETO afirmar que o Estado absolutista:
a) foi importante para a modernização administrativa dos reinos ao estabelecer controle sobre a cobrança de impostos e taxas.
b) criou a burocracia civil que contribuiu para a centralização das decisões políticas nas mãos da elite dirigente.
c) esteve associado a teoria política que argumentava que o direito de governar do rei era divino, pois derivava diretamente da vontade popular.
d) contribuiu para a formação dos mercados internos nacionais através de legislação intervencionista e protecionista.
e) foi capaz de organizar grandes forças militares profissionais e permanentes, devido a sua capacidade de concentrar recursos.


GABARITO

1. (ESPM/2014) A França no século XVI viveu mergulhada em uma instabilidade que envolvia aspectos políticos e religiosos, como foi exemplo o infame massacre da Noite de São Bartolomeu, em 1572. Com a intenção de pacificar o país, o rei Henrique IV promulgou o Edito de Nantes pelo qual:
a) foi concedida liberdade de culto aos protestantes, bem como o direito de conservar algumas praças de guerra para sua defesa;
b) o rei renunciou ao protestantismo e se fez batizar católico;
c) revogou a liberdade de culto permitida aos franceses e impôs o catolicismo;
d) o rei obteve o direito de nomear bispos e cardeais o que permitiu que a dinastia Bourbon pudesse exercer influência sobre a Igreja Católica;
e) foi criada a Igreja Anglicana, separada da Igreja Católica Romana, subordinada ao poder do rei.


2. (Fameca SP/2014) [...] um sistema mais amplo, denominado Antigo Regime. Esse nome só surgiu muito tempo depois, com os franceses, que o utilizaram para nomear o sistema social que eles haviam destruído por meio de uma revolução – a Revolução Francesa.
(Luiz Koshiba. História: origens, estruturas e processos, 2000.)
Entre as principais características desse sistema, é correto incluir
a) os Estados teocráticos, nos quais o monarca era o sumo pontífice, e o sistema de monopólios nas atividades mercantis.
b) as monarquias absolutistas, justificadas pela teoria do direito divino, e a política mercantilista, baseada no intervencionismo.
c) as monarquias constitucionais, com voto censitário, e o controle estatal sobre as atividades econômicas e a circulação de capitais.
d) os Estados liberais, fundamentados na ideologia iluminista burguesa, e práticas de liberdade de produção e de comércio.
e) as repúblicas aristocráticas, marcadas pelos privilégios sociais, e o desenvolvimento da indústria e do trabalho livre.


3. (FGV/2014) O paradoxo aparente do absolutismo na Europa ocidental era que ele representava fundamentalmente um aparelho de proteção da propriedade dos privilégios aristocráticos, embora, ao mesmo tempo, os meios pelos quais tal proteção era concedida pudessem assegurar simultaneamente os interesses básicos das classes mercantis e manufatureiras nascentes. Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição tradicional. Nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e menos ainda um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada.
(Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista. p. 18 e 39. Adaptado)
Segundo Perry Anderson, o Estado absolutista
a) não tinha força política para submeter os trabalhadores do campo e a aristocracia com a cobrança de pesados impostos e, simultaneamente, oferecer participação política e vantagens econômicas para o crescimento da burguesia comercial e manufatureira.
b) nunca se submeteu aos interesses da burguesia mercantil e manufatureira em detrimento da aristocracia, mas, ao contrário, tornou-se um escudo de proteção dos camponeses contra o domínio feudal exercido por meio de pesados impostos.
c) garantiu, sob a sua proteção, o domínio econômico e político da aristocracia sobre os camponeses e, para sobreviver economicamente, atendeu aos interesses de expansão do mercado da burguesia mercantil e manufatureira, mas a afastou do poder político.
d) preservou a propriedade feudal e os interesses dos camponeses, mas, para que isso se efetivasse, submeteu-se à pressão da burguesia mercantil e manufatureira ao aproximá-la do poder político, oferecendo cargos públicos a essa classe.
e) não protegeu a aristocracia nem os camponeses que, para sobreviverem, estabeleceram alianças pontuais com a burguesia comercial em ascensão econômica e com crescente participação política, com o intuito de obter acesso à terra.


4. (UEA AM/2014) Escrito entre 1601 e 1602, Hamlet é um drama de autoria de William Shakespeare. A peça representa a história de Hamlet, príncipe da Dinamarca, que volta ao seu país, depois de ter recebido a notícia da morte de seu pai. Ao retornar ao castelo de Elsenor, percebe que sua mãe, recém viúva, casou-se com Cláudio, irmão do rei morto, que se apossou do trono do reino. O conflito agrava-se quando o espectro do falecido rei aparece a Hamlet, relatando-lhe que ele havia sido assassinado pelo seu irmão. Hamlet procura vingar a morte de seu pai e combater o usurpador do poder. As consequências do conflito, interno à monarquia dinamarquesa, redundam em sofrimentos, mortes e conquista do país por um exército estrangeiro.
Situando-se a peça na história do período em que foi escrita e analisando-se o seu conteúdo político, pode-se sustentar que
a) a preservação do poder legítimo do monarca é entendida como condição necessária à manutenção da paz e à autonomia do reino.
b) a centralização política antidemocrática produz a oposição e a rebelião das populações mais pobres do reino.
c) o poder absolutista dos reis é considerado causa de desentendimentos entre indivíduos, sem que isso altere a estabilidade política dos reinos.
d) a fragilidade, a incompetência política e militar dos monarcas ingleses impediram a consolidação do absolutismo.
e) as monarquias absolutistas conseguiram impor a religião cristã ao conjunto da sociedade europeia.


5. (UNICAMP SP/2014) À medida que as maneiras se refinam, tornam-se distintivas de uma superioridade: não é por acaso que o exemplo parece vir de cima e, logo, é retomado pelas camadas médias da sociedade, desejosas de ascender socialmente. É exibindo os gestos prestigiosos que os burgueses adquirem estatuto nobre. O ser de um homem se confunde com a sua aparência. Quem age como nobre é nobre.
(Adaptado de Renato Janine Ribeiro, A Etiqueta no Antigo Regime. São Paulo: Editora Moderna, 1998, p. 12.)
O texto faz referência à prática da etiqueta na França do século XVIII. Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) A etiqueta era um elemento de distinção social na sociedade de corte e definia os lugares ocupados pelos grupos próximos ao rei.
b) O jogo das aparências era uma forma de disfarçar os conluios políticos da aristocracia, composta por burgueses e nobres, e negar benefícios ao Terceiro Estado.
c) Os sans-culottes imitavam as maneiras da nobreza, pois isso era uma forma de adquirir refinamento e tornar-se parte do poder econômico no estado absolutista.
d) Durante o século XIX, a etiqueta deixou de ser um elemento distintivo de grupos sociais, pois houve a abolição da sociedade de privilégios.


6. (UNIRG TO/2014) Leia o texto a seguir.
Damiens foi condenado a ser, em 2 de março de 1757, sobre palco erguido na praça de Grève, ferido nos mamilos, braços, coxas e barrigas das pernas. Sua mão direita, segurando a faca com que tentou matar o rei, deve ser queimada com fogo de enxofre. A seguir, seu corpo deverá ser puxado e desmembrado por quatro cavalos e seus membros consumidos pelo fogo.
Fragmento da sentença do processo contra Robert-François Damiens. In: FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. p. 9. (Adaptado).
A sentença apresentada descreve uma prática de punição, típica do Antigo Regime, que consiste
a) no suplício, em que a pena estipula a quantidade de dor física a que o condenado deve ser submetido de acordo com a gravidade do crime cometido.
b) na retaliação, em que o condenado por homicídio é submetido à pena de morte, retomando o princípio do “olho por olho”, da lei de Talião.
c) na tortura, em que as igrejas punem de forma pública e exemplar os condenados por praticarem pecados ou heresias.
d) no sacrifício, em que o condenado, recusando assumir a culpa, é submetido a uma pena brutal, tornando- se um mártir para a população.


7. (Univag MT/2014)
Texto 1
O Estado nasce do interior da sociedade, mas ele se eleva acima dela. Antes do seu advento imperava o “estado de natureza”, a guerra de todos contra todos. Assim, ele surge como manifestação da evolução humana, cujo sinal é a consciência da necessidade de um poder superior, absoluto e despótico, voltado para a defesa da sociedade. Essa consciência origina um contrato pelo qual os homens abdicam da sua liberdade anárquica em favor do Estado, afim de evitar o caos. A figura bíblica do Leviatã representa o Estado: um monstro cruel que, no entanto, impede que os peixes pequenos sejam devorados pelos maiores.
(www.cefetsp.br. Adaptado.)
Texto 2
No estado natural do homem ele possuiria direitos naturais que não dependeriam de sua vontade (um estado de perfeita liberdade e igualdade). Locke afirma que a propriedade é uma instituição anterior à sociedade civil (criada junto com o Estado) e por isso seria um direito natural ao indivíduo, que o Estado não poderia retirar. “O Homem era naturalmente livre e proprietário de sua pessoa e de seu trabalho”.
(www.brasilescola.com)
A partir da leitura dos textos, assinale a alternativa correta.
a) O texto 1 representa a concepção do Estado, segundo a ótica liberal.
b) Os dois textos apresentam a mesma concepção de Estado.
c) O texto 1 contém argumentos favoráveis ao Estado Absolutista.
d) O texto 2 contém críticas à propriedade privada.
e) O texto 2 apresenta ideias opostas ao individualismo burguês.


8. (Mackenzie SP/2014) Thomas Hobbes, em sua obra Leviatã, discute a origem da autoridade do soberano, negando sua origem divina, contrapondo a ideia de que o soberano nasce da vontade dos homens. Essa forma de governo que marcou a Idade Moderna foi
a) resultado do apoio da aristocracia que, defrontando-se com problemas de obtenção de rendas, encontrou na monarquia centralizada uma nova forma para manutenção de seus privilégios.
b) apoiada pelos camponeses e servos que, aspirando libertar-se dos grandes proprietários de terras, passaram a apoiar a política real de unificação e centralização administrativa e judicial.
c) incentivada pelos setores populares urbanos (artesãos e pequenos comerciantes), interessados em neutralizar o poder dos grandes comerciantes e banqueiros nas importantes cidades europeias.
d) a solução para os problemas que a burguesia mercantil enfrentava, pois esta necessitava do poder real forte para efetivar uma política econômica que garantisse as suas possibilidades de expansão.
e) resultado de uma aliança entre o clero e a nobreza rural para apoiar a centralização do poder nas mãos do monarca e assim evitar a ascensão política da burguesia mercantil europeia.


9. (UERN/2013) As origens do Antigo Regime estão ainda no final do período Medieval, quando começaram a se formar Estados Nacionais. Na transição da Idade Média para Idade Moderna, as monarquias que se colocavam no domínio político dos nascentes Estados cooptaram a nobreza para integrar o corpo aristocrático que incluía ainda o clero. (Disponível em: www.infoescola.com.)
Sobre o Antigo Regime, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
(__) A expressão Antigo Regime é uma construção a posteriori que se reveste de fortes conotações ideológicas em função da legitimação da Revolução Francesa.
(__) Foi um processo de construção histórica que culminou nas regiões de Alexandria, Constantinopla e Jerusalém, nos séculos XV e XVI.
(__) Buscou, no século XVII, unificar toda a Europa em torno de um único rei absolutista caracterizado pela sua ligação com a igreja e o respeito às individualidades.
(__) Constitui basicamente um fenômeno típico das regiões centro-ocidentais da Europa.
A sequência está correta em
a) V, F, V, F
b) V, V, F, F
c) V, F, F, V
d) F, F, V, V


10. (UNISC RS/2014) O ano de 2014 apresenta eventos importantes para o Brasil, como eleições para os cargos mais altos da hierarquia de poder político, envolvendo o poder Executivo e Legislativo. Assim como o Brasil, outros países do mundo também têm eleições para escolher os governantes. Porém, nem sempre na história o poder político foi democrático. Por exemplo, na Europa, na época moderna os reis eram absolutistas. Sobre o Absolutismo é correto afirmar que
a) foi organizado numa estruturação de Estado fraco e pouco centralizado.
b) foi uma forma de governo em que os reis nunca centralizaram o poder, pois esse poder ficou com a Igreja.
c) possibilitou o surgimento e fortalecimento das monarquias centralizadas em países como França, Inglaterra e Espanha.
d) com a formação dos Estados Nacionais, a Igreja Católica continuou, ao longo da Idade Moderna, como uma das maiores aliadas dos reis absolutistas.
e) permitiu à burguesia assumir o poder político dos Estados Nacionais e da Igreja Católica.


11. (ENEM/2009) O que se entende por Corte do antigo regime é, em primeiro lugar, a casa de habitação dos reis de França, de suas famílias, de todas as pessoas que, de perto ou de longe, dela fazem parte. As despesas da Corte, da imensa casa dos reis, são consignadas no registro das despesas do reino da França sob a rubrica significativa de Casas Reais.
ELIAS, N. A sociedade de corte. Lisboa: Estampa, 1987.
Algumas casas de habitação dos reis tiveram grande efetividade política e terminaram por se transformar em patrimônio artístico e cultural, cujo exemplo é
a) o palácio de Versalhes.
b) o Museu Britânico.
c) a catedral de Colônia.
d) a Casa Branca.
e) a pirâmide do faraó Quéops.



12. (ENEM/2010) O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.
b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
d) neutralidade diante da condenação dos servos.
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.


13. (ENEM/2012) Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento. Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio. Que é indispensável convocar com frequência o Parlamento para satisfazer os agravos, assim como para corrigir, afirmar e conservar as leis.
(Declaração de Direitos. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br. Acesso em: 20 dez 2011 – Adaptado)
No documento de 1689, identifica-se uma particularidade da Inglaterra diante dos demais Estados europeus na Época Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime político que predominavam na Europa continental estão indicados, respectivamente, em:
a) Redução da influência do papa – Teocracia.
b) Limitação do poder do soberano – Absolutismo.
c) Ampliação da dominação da nobreza – República.
d) Expansão da força do presidente – Parlamentarismo.
e) Restrição da competência do congresso – Presidencialismo.


14. (IFPE/2015) Qual dentre as alternativas abaixo não corresponde a uma característica das monarquias absolutistas surgidas na Europa na Idade Moderna?
a) Nos regimes absolutistas, todo o poder político e administrativo estava centralizado na figura do Rei.
b) O poder do monarca foi legitimado por vários teóricos, como Nicolau Maquiavel e Jacques Bossuet.
c) A teoria do Direito Divino dos Reis afirmava que o poder do monarca absolutista tem como fundamento a vontade de Deus.
d) Mesmo com o poder centralizado, a população poderia fazer interferências em decisões reais, caso essas fossem impopulares.
e) A economia desses Estados era baseada em práticas conhecidas como Mercantilismo.


15. (IFRS/2015) O contexto de surgimento dos Estados Nacionais, no início da Idade Moderna, esteve atrelado a uma política centralizadora, onde a nobreza, que acumulou terras durante a Idade Média, temia a ascensão da burguesia mercantil, fato que levaria à consequente perda de seus privilégios. Falamos aqui da política
a) Capitalista.
b) Imperialista.
c) Absolutista.
d) Desenvolvimentista.
e) Liberal.


16. (IFRS/2015) O pensador francês Jacques Bossuet (1627-1704) acreditava que a monarquia era algo sagrado. Na sua visão, os reis cristãos eram instrumentos de Cristo, os representantes diretos do próprio Deus na Terra, eleitos diretamente por Ele para reinarem.
Essa maneira de Bossuet pensar a política, de uma perspectiva religiosa, satisfazia principalmente aos interesses
a) das monarquias absolutistas.
b) da democracia das cidades italianas.
c) das nobrezas feudais.
d) do teocentrismo medieval.
e) dos camponeses supersticiosos.


17. (UNIMONTES MG/2015) O Antigo Regime pode ser entendido como o sistema político, social e econômico característico na Idade Moderna Europeia Ocidental. Do ponto de vista político e econômico, correspondeu a/ao
a) Liberalismo e Fisiocracia.
b) Absolutismo e Mercantilismo.
c) Medievalismo e Feudalismo.
d) Constitucionalismo e Liberalismo.


18. (USP/2015) Na Europa da Idade Moderna, os chamados “Estados absolutistas” são aqueles nos quais
a) a ausência de consensos sociais mínimos é tão acentuada que apenas o poder real consegue se impor e eliminar todos os outros poderes menores.
b) o poder espiritual da Igreja é forte o suficiente para impedir o exercício de outros poderes menores.
c) a burguesia luta permanentemente para destituir a nobreza do poder, o que só ocorrerá com o início da Idade Contemporânea.
d) o poder político compete com o poder espiritual, até a definição daquele que, em exclusão dos demais, se tornará o poder hegemônico.
e) o poder político do rei é exercido na inversa proporção do poder de instâncias representativas de outros extratos sociais.


19. (UEL PR/1999) Sobre o absolutismo monárquico desenvolvido na França no Século XVI é correto dizer que:
a) conseguiu que o povo, através do voto garantisse a concentração de todo o poder nas mãos do rei.
b) constituiu-se a partir dos senhores feudais, que haviam sempre jurado fidelidade ao rei.
c) recebeu da Igreja Católica uma veemente oposição.
d) dependeu basicamente da convergência parcial dos objetivos da realeza com os interesses da burguesia.
e) impediu o desenvolvimento comercial dos países onde os reis tinham poderes ilimitados.


20. (UEL PR/2001) Sobre o Absolutismo Monárquico, é correto afirmar:
a) Caracterizou-se pela aliança entre a nobreza e as monarquias nacionais, tendo como alvo o enfraquecimento da chamada burguesia mercantil.
b) Debilitou a formação dos Estados Nacionais e conferiu uma maior autonomia para a nobreza em geral.
c) No campo econômico, o absolutismo teve a sua atuação pelas restrições da política mercantilista.
d) Mostrou-se incompatível com o catolicismo e não se consolidou onde a Igreja conseguiu impedir o avanço da Reforma protestante.
e) Legitimou-se proclamando a origem divina do poder real e a soberania do Estado, tidos como prioritários em relação à autonomia e liberdade dos súditos.

GABARITO